PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA |
“Ela está no Céu”
Celebrando
a Mãe de Deus
A fé das Igrejas cristãs, tanto Romana e
mais ainda a Oriental Católica e Ortodoxa, celebra com grande veneração as
festas de Nossa Senhora, nossa Mãe. Louvando Maria, estamos celebrando Jesus em
sua Mãe e em seus Santos. Todo o culto se dirige a Deus Pai, por Jesus, no
Espírito Santo. Mas todo o Corpo de Cristo celebra. Ele é a cabeça, o Sumo Sacerdote.
Nós somos os membros e participamos de seu ministério sacerdotal de Cristo. Em
Cristo celebramos as glórias que Deus concedeu a Maria por ser a mãe de seu
Filho Unigênito que Se encarnou. Maria não pode ser vista sem Jesus. Jesus não
pode ser visto sem Maria, Não podemos seguir Jesus sem Maria, pois foi dela que
tomou seu corpo humano que era intimamente unido a sua Divindade. Negar Maria é
negar todo o mistério da salvação no qual ela tem a missão de Mãe do Filho de
Deus. Cortando a árvore, caem os frutos. Celebramos a Assunção de Maria. Nesse
dado de fé professamos que, “Terminado seu curso de vida terrena, Maria foi
elevada ao Céu em corpo e alma”. Alguns dizem que não está na Bíblia. Já antes
do Novo Testamento ser escrito, temos dados da fé que foram transmitidos ao
povo de Deus. A Santa Tradição está unida à Palavra de Deus, pois ali estão os
ensinamentos apostólicos que nos foram transmitidos. A comunidade primitiva já
transmite dados da fé pela tradição, como diz Paulo em dois lugares: “O que
recebi eu vos transmiti” (1Cor 13,23 e 15,3), referido-se à
Eucaristia, a Ceia e à Ressurreição. Paulo diz que recebeu do Senhor, quer
dizer que a tradição, os ensinamentos a par com os Evangelhos que foram
escritos muito depois.
Viver como Maria
Maria é o modelo
completo de quem viveu o que Jesus ensinou. É a discípula perfeita, pois viveu
em contínua intimidade com Jesus, tanto no seu seio como na sua vivência
doméstica. O modo de Maria viver, diferente de todos na linha da geração, pois
só ela é mãe, nós o vivemos na intimidade, pois é o mesmo Jesus que habita em
nós em seu Ser glorificado e como Eucaristia. Maria, em seu canto, na visita a
Isabel, mostra a preocupação com os pobres e sofredores, que é a mensagem
central de Jesus que veio buscar o que estava perdido (Mt
18,11).
Maria, vivendo totalmente o Evangelho, já tem sua ressurreição e glorificação
junto a seu Filho. Por participar de sua carne humana como mãe já está no
Paraíso como nós que também participamos de sua carne. A Ressurreição, não é só
ajuntar ossos esparramados e até destruídos, mas a condição de união ao Filho
de Deus que Se encarnou. Paulo ensina essa vitória sobre a morte que nos
garante a vitória final.
Buscar as coisas do alto
Maria é a mulher
do Apocalipse, gloriosa, como Igreja que reúne os apóstolos e todos os fiéis na
vitória sobre o dragão – o mal - que quer destruir todo bem. A Igreja é símbolo
de Maria, a mãe que vê seu Filho e seus filhos perseguidos. Ela estimula a buscar
as coisas do alto onde já reina com Cristo. Reinar é ter a certeza de fazer todo
o bem para que haja vida e vida em abundância.
Buscar as coisas do alto é fortalecer os laços de fraternidade entre os
irmãos. Ela é a irmã maior que cuida dos filhos de Deus. Por estar intimamente
unida a Cristo, nosso culto, referindo-se a ela, está direcionado a Cristo no
seu louvor ao Pai. A intercessão de Maria manifesta a bondade de Deus que quer
todos com Ele na glória. A oração de Maria, nossa Corredentora, no Espírito
Santo, nos aproxima do Pai.
Celebrar a
Assunção de Maria é contemplar nossa futura vitória.
Leituras:
Apocalipse 11,19ª; Salmo 44; 1 Coríntios 15,20-27;Lucas 1,39-56
1.
Em
Cristo celebramos as glórias que Deus concedeu a Maria por ser a mãe de seu
Filho Unigênito que se encarnou
2.
Maria,
vivendo totalmente o Evangelho, já tem sua ressurreição e glorificação junto a
seu Filho.
3.
Reinar
é ter a certeza de fazer todo o bem para que haja vida e vida em
abundância.
Mãe não esquece o filho
É
magnífica a figura de Maria nesta simbologia da Igreja perseguida e gloriosa.
Maria ainda passa pelos sofrimentos de seu Filho no Corpo de Cristo que é a
Igreja, que somos nós.
A
grandiosidade da Ressurreição de Jesus é dada a todos os que Nele crêem. Primeiro Ele, depois os que pertencem a
Cristo. Dentre os que pertencem a Cristo está sua Mãe, à qual Ele pertence
também por sua origem na carne. Levando ao Céu nossa humanidade na Ascensão,
atraiu também a si sua Mãe, a primeira redimida e ressuscitada com o Filho ao
qual está unida pela carne e depois pela fé.
Maria
se torna, em sua Assunção, modelo para a humanidade redimida que se abre a Deus
e transforma o mundo. Ela é a expressão da misericórdia de Deus. Ela se torna
ministra dessa misericórdia, pois Deus faz nela maravilhas. Ela se torna
portadora do Espírito Santo para a santificação de João Batista e de todos os
que creem.
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