PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR |
Dona Sinhana era do tempo da escravidão no Brasil. Faleceu com mais de cem anos, conservando até o fim uma memória espantosa. Ela contava:
- Nem todos os donos de escravos eram maus. Mas havia cada patrão, que Deus nos acuda! Quanta chicotada! Quanta fome a gente passava. Chi! minha Nossa Senhora do Rosário! Escravo não era gente. Por isso havia até mercado de escravos. Nesses mercados a gente era vendido, trocado, amarrado e puxado como bicho. Nas fazendas havia o toco ou tronco onde o escravo era amarrado e açoitado. Havia também o porão onde jogavam e trancavam o negro que desobedecia.
“Mas quando veio a libertação dos escravos, foi uma festa nunca vista. Eles saíam pelas ruas gritando, sambando e bendizendo a Deus.”
Lição: A escravidão ainda não acabou. Na prática ela continua de muitas maneiras. A escravidão do pecado sob as espécies mais nojentas. A escravidão da mídia que muitas vezes deforma em vez de formar. E tantas outras. Cuidado, portanto!
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