Evangelho segundo S. João 19,25-27.
Naquele
tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher
de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predileto, Jesus
disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis
a tua Mãe». E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São Boaventura (1221-1274),
franciscano, doutor da Igreja
Os sete dons do Espírito Santo
«Eis aí a tua mãe»
A gloriosa Virgem Maria pagou o nosso
resgate como mulher corajosa, com amor de compaixão por Cristo. Diz o Evangelho
de São João: «A mulher, quando está para dar à luz, sente angústia, porque
chegou a sua hora» (16,21). A bem-aventurada Virgem Maria não experimentou as
dores que precedem o parto, porque não concebeu em pecado, como Eva, contra quem
foi pronunciada aquela maldição; a sua dor veio-lhe depois: Ela deu à luz na
cruz. As outras mulheres conhecem a dor corporal, Ela experimentou a dor do
coração. As outras sofrem uma alteração física, Ela sofreu a compaixão e a
caridade.
A bem-aventurada Virgem Maria pagou o nosso resgate como
mulher corajosa, com amor de misericórdia pelo mundo, e sobretudo pelo povo
cristão: «Pode a mãe esquecer-se do seu filhinho, pode deixar de ter amor pelo
filho das suas entranhas?» (Is 49,15) Isto pode ajudar-nos a compreender que
todo o povo cristão saiu das entranhas da Virgem gloriosa. Que Mãe a nossa!
Imitemo-la e sigamo-la no seu amor. Ela sentiu uma tal compaixão pelas almas,
que teve em nada qualquer perda material e qualquer sofrimento físico. «Fomos
resgatados a alto preço!» (1Cor 6,20)
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