sábado, 30 de dezembro de 2023

EVANGELHO DO DIA 30 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 2,36-40. 
Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, estava no Templo uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela, e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do Templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Charles de Foucauld
(1858-1916) 
Eremita e missionário no Saara 
Retiro em Efrém 
A incomparável beleza da vida escondida em Deus
Nosso Senhor: «Depois da minha apresentação e da minha fuga para o Egito, retirei-Me para Nazaré, onde passei os anos da minha infância e juventude, até aos trinta anos 
Foi para vossa instrução que vivi assim: durante estes trinta anos, nunca deixei de vos instruir, não por palavras, mas pelo meu silêncio e o meu exemplo. O que vos ensinei? Em primeiro lugar, que podeis fazer bem aos homens, muito bem, um bem infinito, um bem divino, sem palavras, sem sermões, sem ruído, em silêncio e dando bom exemplo. Exemplo de quê? Exemplo de piedade, de cumprimento amoroso dos deveres para com Deus, de bondade com todos os homens, de ternura com os que nos rodeiam, dos deveres domésticos santificados; de pobreza, de trabalho, de abjeção, de recolhimento, da obscuridade de uma vida escondida em Deus, de uma vida de oração, de penitência, de recolhimento, perdida e encerrada em Deus. Ensinei-vos a viver do trabalho das vossas mãos, para não serdes um peso para ninguém e terdes que dar aos pobres, e dei a este tipo de vida uma beleza incomparável, a beleza de ser uma imitação da minha vida. Quem quiser ser perfeito deve viver pobremente, na mais fiel imitação da minha pobreza em Nazaré. Eu preguei a humildade em Nazaré, passando trinta anos de trabalho obscuro; a obscuridade de permanecer desconhecido durante trinta anos, Eu, que sou a luz do mundo; a obediência, Eu, que durante trinta anos fui submisso a meus pais, santos sem dúvida, mas homens, e Eu sou Deus!

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