Evangelho segundo São Lucas 11,29-32.
Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa: pede um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal de Jonas.
Assim como Jonas foi um sinal para os habitantes de Nínive, assim o será também o Filho do homem para esta geração.
No juízo final, a rainha do sul levantar-se-á com os homens desta geração e há de condená-los, porque veio dos confins da Terra para ouvir a sabedoria de Salomão; e aqui está quem é maior do que Salomão.
No juízo final, os homens de Nínive levantar-se-ão com esta geração e hão de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; e aqui está quem é maior do que Jonas».
Tradução litúrgica da Bíblia
Bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequese batismal n.°14, 16-21
O sinal do profeta Jonas
Dirá alguém: mostrem-nos que é possível a ressurreição de um homem morto há três dias e que um homem metido no túmulo pode ressuscitar ao fim de três dias. Ora, se procuramos uma testemunha idónea sobre essas circunstâncias precisas, dá-no-la o próprio Senhor nos Evangelhos quando diz: «Assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra» (Mt 12,40). Quando examinamos a história de Jonas, a semelhança parece-nos muitíssimo significativa.
Jesus foi enviado a proclamar a penitência: tal como Jonas. Mas este fugiu, apreensivo com o que dali resultaria, ao passo que Jesus Se apresentou de coração aberto para pregar a salutar penitência. Jonas dormia no barco e ressonava enquanto a tempestade agitava o mar. Por obra da providência, também o mar despertou durante o sono de Jesus, a fim de revelar a seguir o poder daquele que dormia. Jonas foi atirado para o ventre do monstro; Jesus, pelo contrário, desceu espontaneamente até onde se encontrava o monstro místico da morte; e desceu espontaneamente para que a morte rejeitasse – vomitasse – aqueles a quem tinha tragado, conforme a passagem da Escritura: «Livrá-los-ei do poder do sepulcro, resgatá-los-ei da morte» (Os 13,14).
Creio que Jonas foi preservado porque «a Deus tudo é possível» (Mt 19,26). Creio também que Cristo foi ressuscitado de entre os mortos: com efeito, numerosos são os testemunhos que possuo a esse respeito, tanto nas Sagradas Escrituras, como na ação daquele que ressuscitou, manifestada até aos nossos dias; Ele foi o único que desceu aos infernos para de lá subir logo a seguir. Ele desceu à morte e muitos corpos de santos que estavam mortos foram por Ele ressuscitados. Uma vez, pois, que temos as profecias, a fé habita em nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário