e depois Bispo de Orleães.
Foi exilado em Colónia e depois em Liège,
por causa de calúnias.
Morreu em Saint-Trond (Bélgica).
A França foi a terra deste grande Santo, que nasceu de pais virtuosíssimos, que deram ao filho uma educação esmerada, sobre a base de princípios cristãos.
Antes de dar à luz o menino, a mãe já o dedicara a Deus. De boa inteligência, Euquério ocupou sempre um dos primeiros lugares entre os condiscípulos. Cedo se acostumou a ler um ou outro trecho da Escritura. Certa vez leu as palavras de S. Paulo (I. Cor. 7, 29, 31.) “O tempo é breve! O que resta é que, não só os que têm mulheres, sejam como se as não tivessem, mas também os que choram, como se não chorassem; e os que usam deste mundo, como se dele não usassem; porque a figura deste mundo passa”.
Impressionado e iluminado por estas palavras, conheceu a vaidade do mundo e resolveu dizer-lhe adeus, entrando numa ordem religiosa. Fez-se religioso no convento de Jumièges, na diocese de Rouen. Chegou a um grau tão alto de virtude e santidade que foi eleito sucessor do Bispo, quando este, seu tio do lado paterno, morreu. Prevendo, porém, os eleitores que recusaria aceitar esta dignidade, mandaram uma comissão a Carlos Martelo, com o pedido de aprovar e continuar a eleição. Carlos Martelo, que conhecia o alto valor de Euquério, não só deu a aprovação, mas mandou um mensageiro ao convento onde Euquério estava, com a ordem terminante de trazê-lo à força, caso isto necessário fosse. Euquério, conhecendo bem os perigos que acompanham a dignidade episcopal, pediu que desistissem da sua eleição. Quando, porém, os confrades lhe apresentaram as razões indubitáveis da vontade divina, Euquério obedeceu e aceitou a cruz episcopal.
Exemplaríssimo religioso, como Bispo havia de ser também cumpridor dos deveres. Zelava pela dignidade dos templos, aos sacerdotes dava instruções sobre a vida clerical e para os diocesanos era Apóstolo e Pai.
Com a maior pontualidade fazia as visitas pastorais, procedendo nelas com toda a prudência e energia. A maior parte dos bens distribuiu entre os pobres e necessitados. A bondade e condescendência sabia associar, quando preciso, energia e rigor, sem acepção de pessoas. Quando Carlos Martelo, para poder continuar a guerra contra os sarracenos quis lançar mão dos bens da Igreja, achou enérgica resistência da parte do Bispo. Este convencido da justiça da causa tomou a si as consequências desse proceder e pouco se incomodou com as iras do poderoso mordomo. Como este já conhecesse a inflexibilidade do antístite, em negócios de direitos da Igreja, concebeu a ideia de removê-lo ardilosamente da diocese. Passando por Orleans, convidou-o a acompanhá-lo na viagem a Paris. Chegados à Capital, fez ao Bispo a comunicação que de Orleans seria transferido para Colónia. Como em Orleans, também em Colónia era venerado e querido pelos diocesanos, o que ainda foi causa de outra remoção sua para Liège. Seis anos viveu assim no desterro, sem que os companheiros lhe tivessem ouvido uma só palavra de queixa.
Os últimos anos viveu no convento de S. Trondom e teve uma morte santa, aos 20 de fevereiro de 738. As relíquias de Santo Euquério, que repousam da Igreja do convento, foram glorificadas por inúmeros milagres.
http://alexandrina.balasar.free.fr/euquerio_de_orleans.htm
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