terça-feira, 31 de maio de 2022

49. O JUMENTO E OS LADRÕES

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Dois jumentos iam trotando despreocupados pela estrada. 
Um deles, sempre na frente, marchava orgulhosamente porque transportava no lombo uma mochila cheia de dinheiro. 
O outro, sempre atrás, com semblante humilde e resignado, levava apenas dois sacos de milho. 
Súbito surge pela frente um bando de salteadores. 
Manietaram o condutor e avançaram na carga que os animais levavam.
Quem se atirou sobre o jumento do milho, logo viu que não valia a pena mexer com ele, e investiu também na carga do dinheiro. 
Bateram no condutor e fugiram com tudo. 
O companheiro que modestamente levava o milho, levou apenas um susto.
Palavra de vida: Se alguém julga ser alguma coisa, quando não é nada, ilude-se. Cada um examine sua própria conduta(Gl.6,3). Se você tem alguma coisa, não demonstre. Se não tem, sinta-se feliz.

REFLETINDO A PALAVRA - “Vida reconciliada”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA CONSAGRADO
SACERDOTE NA PAZ DO SENHOR
Clima de conversão
A espiritualidade do sacramento da penitência – confissão – não é somente pedir perdão de um passado a ser chorado, mas nos encaminha a um presente a ser construído. Essa obra é a vida cristã que foi danificada pelo pecado. Na realidade, trata-se de construir uma vida de amor. Assim, a confissão não só dá o estado de graça, abre os tesouros dos sacramentos, recupera o coração, mas confere a missão de construir uma comunidade de conversão permanente. Não se trata só de cancelar o mal causado pelos pecados acusados para que não voltem a acontecer. E para que não voltemos ao mesmo erro, precisamos da saúde espiritual que encontramos no Corpo de Cristo, no qual estamos inseridos. Depurando os males, fortalecendo o caminho, estamos em um clima de conversão permanente na comunidade. Sem o clima de conversão, a comunidade perde a vitalidade apostólica e a capacidade de testemunhar Jesus e seu Evangelho. Nas comunidades é muito frequente a tensão e o desencontro entre pessoas. Elas tornam-se assim um antro de fofoca e agressões, que levam muitos a se afastarem. É um contra testemunho que distancia os que poderiam fazer parte e obstrui o caminho dos que atuam. O projeto de Jesus é o amor mútuo, que é anúncio. “Nisto conhecerão que sois meus discípulos se vos amardes uns aos outros”, nos diz Jesus. A vida da comunidade reconciliada no amor é o maior testemunho e a maior pregação. Como o mal fere a comunidade, a confissão é um excelente meio para recuperá-la. Por isso a celebração do sacramento busca encaminhar os problemas que se criam na comunidade. Não podemos pensar que resolve só os meus problemas, mas ajuda também a comunidade. O pecado é social e atinge todo o corpo de Cristo. A concepção individualista prejudica o sacramento. 
Auxílios da graça 
Podemos pensar que a carga da conversão seja muito pesada para o indivíduo e a comunidade e que não podemos nos libertar. Não há situação tão difícil que não possa ser solucionada. Se permanecermos somente no aspecto humano, pode ser que seja difícil ou até impossível a superação. Mas a graça de Deus garante a solução das dificuldades. O que parece impossível para nós, não o é para Deus. “A Deus nada é impossível!” Contamos não com milagres, mas com sua graça amorosa. Deus jamais nos condena. Sempre vem em nosso socorro. A graça curativa do sacramento faz maravilhas. Os milagres que Jesus fazia são sinais de sua força redentora. Ele é o médico divino. A confissão dá a graça, não só para aquele momento, mas para secundar nossa fraqueza no dia a dia. A graça, que é Cristo, é como o alimento que mais que gostoso, é vital. 
Pedir a perseverança 
Santo Afonso diz que Deus dá a graça, mas a perseverança na graça deve ser pedida com humildade. É necessária a oração insistente para permanecer no bem com a graça de Deus. A súplica faz parte do ser cristão. Jesus disse com clareza: “Pedi e recebereis”. Deus respeita nossa liberdade, por isso deixa-nos escolher. Estar unido a Ele na oração suplicante mostra o quanto somos dependentes dEle em nossa fragilidade. Podemos voltar a cair. Somos os filhos que voltam, mas que querem continuar e não fazer a tontices de antes. Com o auxílio dos santos, nossos amigos, e a proteção maternal de Maria, venceremos! Rezemos uns pelos outros. São João escreve: “Se alguém vê seu irmão pecar... que ele ore e Deus dará a vida a este irmão” (1Jo 5,16). Rezar é um dom e um privilégio.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JULHO DE 2006

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO

Evangelho segundo São Lucas 1,39-56. 
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Paulo VI (1897-1978) 
Papa de 1963 a 1978 
Exortação apostólica sobre a alegria cristã
«Gaudete in Domino» 
(© Libreria Editrice Vaticane)
«A minha alma glorifica o Senhor» 
Há vinte séculos que a fonte da alegria cristã não cessa de jorrar na Igreja, especialmente no coração dos santos. Na primeira fila, está a Virgem Maria, a cheia de graça, a Mãe do Salvador. Acolhedora do anúncio do alto, Serva do Senhor, Esposa do Espírito Santo, Mãe do Filho eterno, a sua alegria irrompe diante de sua prima Isabel, que tinha elogiado a sua fé, dizendo: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações». Ela compreendeu, melhor que qualquer outra criatura, que Deus faz maravilhas: o seu nome é santo, Ele mostra a sua misericórdia, exalta os humildes, é fiel às suas promessas. O desenrolar visível da vida de Maria não sai da trama habitual; mas ela medita nos mais pequenos sinais de Deus, recordando-os no seu coração (cf Lc 2,19.51). Não lhe foram poupados sofrimentos: está de pé junto da cruz, eminentemente associada ao sacrifício do Salvador inocente, Mãe das dores. Mas está também aberta sem medida à alegria da ressurreição; e foi elevada em corpo e alma à glória do Céu. Primeira a ser resgatada, imaculada desde o momento da sua concepção, incomparável morada do Espírito, habitáculo puríssimo do Redentor dos homens, ela é ao mesmo tempo a Filha bem-amada de Deus e, em Cristo, a Mãe universal. Ela é o símbolo perfeito da Igreja terrena e glorificada. As palavras proféticas a respeito da nova Jerusalém adquirem uma ressonância maravilhosa na sua existência singular de Virgem de Israel: «Eu exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus, porque me revestiu com as vestes da salvação e me envolve no manto da justiça, como o jovem esposo se adorna com o diadema, como a noiva se enfeita com as suas joias» (Is 61,10).

MARIA, MÃE DA IGREJA

"No alto da cruz, quando Jesus dá à Mulher o discípulo amado por seu filho (Jo 19, 26), a Virgem Maria recebe, por herança, a filiação de toda humanidade, ora representada por João, tornando-se a amorosa Mãe da Igreja, gerada por Cristo com o envio do Espírito Paráclito." 
 Na primeira Missa celebrada na memória da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, em 21 de maio de 2018, o Papa Francisco recordou que os Evangelhos se referem a Maria em um contexto de maternidade. “As palavras de Nossa Senhora são palavras de mãe e os Padres da Igreja compreenderam bem isto e entenderam também que a maternidade de Maria não termina com ela; vai além”. Os Padres, completou o Papa, “afirmam sempre que Maria é mãe, a Igreja é mãe e a sua alma é mãe: há algo de feminino na Igreja, que é «maternal». Por conseguinte, explicou, “a Igreja é feminina porque é ‘igreja’, ‘esposa’: é feminina e é mãe, dá à luz”. Portanto, é “esposa e mãe”, mas “os Padres vão além e dizem: “Inclusive a sua alma é esposa de Cristo e mãe””. Dando continuidade ao programa precedente, quando falou de Maria, modelo da Igreja como Mãe, padre Gerson Schmidt* nos propõe hoje uma reflexão sobre “Maria Mãe da Igreja”: "Quando dizemos que Maria é Mãe da Igreja estamos confirmando o seu papel singular na Encarnação, gerando em seu seio o Filho de Deus feito carne e dando-o para a Salvação do mundo.

31 de maio - Beato Nicolau Barré

O povo que estava acampado no deserto tinha sede (Ex 17, 3). O espetáculo do povo espiritualmente sedento estava também sob o olhar de Nicolau Barré, da Ordem dos Mínimos. O seu ministério colocava-o continuamente em contato com pessoas que, vivendo no deserto da ignorância religiosa, corriam o perigo de ir beber na fonte corrompida de algumas ideias do seu tempo. Eis por que ele sentiu o dever de se tornar um mestre espiritual e um educador para todos aqueles que alcançava com a sua ação pastoral. Para ampliar o seu raio de ação, fundou uma nova família religiosa, as Irmãs do Menino Jesus, com a missão de evangelizar e educar a juventude abandonada, a fim de lhe revelar o amor de Deus e comunicar em plenitude a Vida divina, e de contribuir para a edificação das pessoas. O novo Beato não cessou de enraizar a sua missão na contemplação do mistério da Encarnação, pois Deus sacia a sede daqueles que vivem em intimidade com Ele. Mostrou que uma ação feita em nome de Deus não podia deixar de unir a Deus, e que a santificação passa também através do apostolado. Nicolau Barré convida cada um de nós a ter confiança no Espírito Santo, que guia o Seu povo no caminho do abandono a Deus, da abnegação, da humildade, da perseverança mesmo nas provações mais difíceis. Essa atitude abre à alegria da caminhada rumo à experiência da ação poderosa de Deus vivo.
Papa João Paulo II-Homilia de Beatificação- 
07 de março de 1999.

Nossa Senhora das Milicias

Nossa Senhora a Cavalo,
Patrona da cidade de Scicli, Sicília

      Segundo a tradição católica, em 1091, na planície de Donnalucata, perto de Scicli, na Sicília, os sarracenos estavam prestes a desembarcar em Isola Bella, então sob domínio normando com Ruggero D'Altavilla à frente. Os sarracenos, liderados pelo emir Belcane, queriam resgatar os tributos da ilha, tornando-a assim uma região que lhes pertenceria. Assim que chegaram às margens de Donnalucata, os ciclitanos e os normandos, povos católicos, invocaram a ajuda da Virgem, que apareceu em um cavalo branco disfarçada de gloriosa guerreira, derrotando os sarracenos e libertando a Sicília. A tradição é confirmada pelos Códigos Ciclitanos. No entanto, Nossa Senhora não aparece em um cavalo branco, mas em uma nuvem tão brilhante quanto o sol. Os normandos participam da batalha, ao lado do povo de Scicli, mas a presença de Ruggero D'Altavilla não é conhecida.Sem saber a data exata da aparição, os fiéis católicos ciclitanos veneram a Virgem no último sábado de maio; foi originalmente comemorada nos dias próximos à Páscoa, conforme decreto mencionado abaixo.

31 DE MAIO: SANTO ERMÍAS

Santo Ermías foi um soldado da reserva. Prestou serviço militar em Kômona, de Capadócia, cumprindo com sua obrigação com César. Era um dos mais valentes soldados da sua tropa e nunca recuou diante do inimigo, mesmo nas derrotas. Quando teve início a perseguição aos cristãos, nos tempos do rei Marco Antonio, Ermías foi também conduzido à prisão, sem que levassem em conta os grandes serviços prestados ao rei e, tão pouco, a sua idade avançada. Então, o governador Sebastiano ordenou a Ermías que fizesse um sacrifício aos ídolos. esta ordem surpreendeu o santo que, sorrindo, disse: “Seria pouco inteligente e até estranho, governador, deixar a luz e adorar a obscuridade, abandonar a verdade e abraçar-me com a mentira; perder a vida e me deixar cair na morte. Nosso Deus e Senhor Jesus Cristo disse: ‘Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida’. (Jo 8:12) ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida'”. (Jo 14:6) Depois disso, o governador ordenou que ele fosse lançado no fogo. No meio das chamas, milagrosamente, o santo permaneceu incólume, sem nenhum sinal de queimadura. Santo Ermías morreu, mais tarde, decapitado. 
Tradução e publicação neste site com permissão de 
Trad.: Pe. Andre

CAMILA BATISTA DA VARANO Religiosa, Mística e Beata 1458-1524

O príncipe Júlio César de Varano, senhor do ducado de Camerino, era um fidalgo guerreiro e alegre, muito generoso com o povo e sedutor com as damas. Tinha cinco filhos antes de se casar, aos vinte anos, com Joana, filha do duque de Rimini, que completara doze anos de idade. Tiveram três filhos. Criou todos juntos no seu palácio de Camerino, sem distinção entre os legítimos e os naturais. Camila era sua filha primogénita, fruto de uma aventura amorosa com uma nobre dama da corte. Nasceu em 9 de abril de 1458. Cresceu bela, inteligente, caridosa e piedosa. Tinha uma personalidade sedutora e divertida, apreciava dançar e cantar. Tinha herdado o temperamento do pai, motivo de orgulho para ele, que a amava muito. Ainda criança, depois de ouvir uma pregação sobre a Paixão de Jesus Cristo, fez um voto particular: derramar pelo menos uma lágrima todas as sextas-feiras, recordando todos os sofrimentos do Senhor. Porém tinha dificuldade para conciliar o voto à vida divertida que levava, quando não conseguia vertê-la sentia-se mal toda a semana. Mas esse exercício constante, a leitura sobre mística e o estudo da religião, amadureceram a espiritualidade de Camila, que durante as orações das sextas-feiras ficava tão comovida que chorava muito.

FÉLIX DE NICÓSIA Frade capuchinho, Santo (1715-1888)

Nasceu do matrimónio de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, em Nicósia (Itália), a 5 de Novembro de 1715. A família era pobre mas muito religiosa. A proximidade do convento dos Capuchinhos deu-lhe a possibilidade de frequentar aquela comunidade, conhecer os religiosos e admirar o seu estilo de vida. Ao frequentar o convento sentia-se cada vez mais fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário. Quando completou vinte anos pediu ao Superior do Convento de Nicósia para interceder junto do Padre Provincial de Messina a fim de que pudesse ser acolhido na Ordem como leigo porque, dado que era analfabeto, não podia ser admitido como clérigo, mas sobretudo porque aquele estado mais condizia à sua índole humilde e simples. Recebeu resposta negativa não só então mas também às repetidas solicitações nos oito anos sucessivos. Contudo o seu desejo nunca diminuiu. Em 1743, ao saber que o Padre Provincial de Messina estava em Nicósia para uma visita, pediu para lhe expor o seu desejo. Finalmente o Provincial acolheu-o na Ordem, enviando-o ao Convento de Mistretta para o ano de noviciado. No dia 10 de Outubro de 1744 emitiu a profissão. Foi devoto de Jesus Crucificado e teve um culto particular pela Eucaristia. Concluiu a sua vida terrena no dia 31 de Maio de 1787. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII a 12 de Fevereiro de 1888. Canonizado em 2005.

Nossa Senhora visita Santa Isabel e a Devoção dos cinco primeiros sábados

     O Evangelho de São Lucas narra que a Virgem Maria, após receber a notícia sobre a concepção de sua prima, “levantou-se e foi com pressa para a região montanhosa, para uma cidade de Judá, e ela entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel” (Lucas 1, 39-40).
     Nossa Senhora recebeu a mensagem da gravidez de Santa Isabel quando residia em Nazaré; Santa Isabel morava em Ein Karem na época, e a distância entre as duas aldeias é de aproximadamente 150 quilômetros. 
     Ein Karem fica nos arredores de Jerusalém a 754 m acima do nível do mar, enquanto Nazaré está a 346 m. Portanto, Maria Santíssima teve que enfrentar um íngreme percurso. Além disso, o caminho tinha muitos perigos ocultos. O caminho de terra que cruzava a região montanhosa era um local para os bandidos que surpreenderiam os viajantes desavisados.
CONTINUA EM MAIS INFORMAÇÕES

NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de Julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista. A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma. A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador. O encontro das duas Mães é a verdadeira explosão de salvação, de alegria e de louvor ao Criador.

31 DE MAIO – MARIA VISITA SUA PRIMA ISABEL

O último dia de maio, todo ele consagrado a Maria, é encerrado com uma festa Mariana: a visita de Maria à sua prima Isabel. Qual foi o motivo dessa visita? Mencionemos alguns: 
Oferecer seus préstimos à futura mãe de João Batista, pois toda gestante precisa de um acompanhamento caridoso. 
Levar a notícia do próximo nascimento de Jesus e João, conforme lhes foi anunciado pelo Anjo. Portanto, uma visita missionária.
Comentar os últimos acontecimentos no Templo com Zacarias, as expectativas e os preparativos para o nascimento de João e de Jesus, seu noivado com José, e tantos detalhes que somente as mulheres sabem descobrir e ampliar. 
Enfim, desabafar-se mutuamente em diálogos descontraídos, também com os vizinhos e vizinhas. 
Lição: Aprendamos com Maria a fazer visitas de caridade, de reconciliação e de paz.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio Sauter CSsR

SANTA PETRONILA

Este afresco, um dos mais antigos da cristandade, encontra-se atrás da abside da basílica que o Papa Sirício (cujo papado durou de 384 a 399) mandou construir, entre 390 e 395, na Via Adreatina, conhecida como Via Domitilla.Neste afresco figura a inscrição PETRONELLA MART.

O prenome Petronila é um diminutivo do prenome Pedro ou Petrus. Ela era descendente de Titus Flavius Petro, avô do imperador romano Vespasiano.Como muitos dos santos dos primeiros tempos da Igreja, não se conhece praticamente muita coisa da vida de Petronila. As únicas informações seguras que há são o nome que ela trazia e o fato de ser uma mártir: estas duas indicações figuram num afresco do Século IV encontrado na basílica subterrânea das catacumbas de Roma. O sarcófago que conservava os restos da santa foi transferido para a basílica pontifical pelo Papa Paulo I, em 757 e se encontra, desde então, na Basílica de São Pedro.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MAIO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Terça-feira – Santos: Câncio, Petronila de Roma, Pascásio
Evangelho (Lc 1,39-56) “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito alegra-se em Deus, meu Salvador, porque olhou para a pequenez de sua serva.
Maria estava vivendo um bom momento. Sabia que tinha sido agraciada e escolhida por Deus, e via a alegria de Isabel. Dois sentimentos arrebatam-na: gratidão humilde à graça divina, e alegria por se saber amada. E reconhece que será conhecida por todos com a feliz, a agraciada e favorecida sem nenhum merecimento seu. Se somos agradecidos a Deus, mostremos isso com nossa alegria.
Oração
Senhor meu Deus, eu vos bendigo por vosso amor, que tudo faz para minha felicidade. Uno-me a Maria, vossa escolhida, para vos agradecer e louvar vossa misericórdia. Com ela eu me alegro pelo que fizestes por ela e por mim, e sou feliz porque me amais apesar de minha pequenez. Cuidai de mim, para que possa mostrar a todos, com minha alegria, que nos dais toda esperança. Amém

segunda-feira, 30 de maio de 2022

48. HISTORIA DE FIM DE ANO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Alguns rapazes caminham pela praia numa conversa animada. 
De repente um deles se abaixa e pega alguma coisa. 
Era uma bolsinha de couro toda enegrecida pelo tempo.
Dentro, um punhado de pedrinhas que o rapaz não teve a curiosidade de observar. 
Enquanto continuavam naquele papão animado, o rapaz ia tirando as pedrinhas e atirando-as displicentemente no mar. Só quando pegou a última, teve a curiosidade de examinar melhor. 
Entre admirado e desapontado, mostrou-a para os colegas dizendo num tom de frustração: 
- Olhem! É um diamante! 
Eram todas pedras de diamante! 
Era tarde para se queixar. 
Palavra de vida: Enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos... (Gl 6,10) - Deus nos deu 365 pedrinhas de diamante, que são os dias do ano. Será que estamos jogando quase tudo fora, esbanjando nosso tempo precioso? (Do livro “365 dias – 365 histórias”)

REFLETINDO A PALAVRA - “Caminhar de acordo com a vocação”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA CONSAGRADO
SACERDOTE NA PAZ DO SENHOR
Pão para a vida do mundo
 
Iniciamos, a partir deste domingo, o discurso sobre o pão da vida no evangelho de João. Suspende-se a leitura de Marcos, que será retomada no 22º domingo. Ouvimos, no domingo passado, a passagem que mostra a compaixão de Jesus para com o povo sofrido. Hoje vemos essa compaixão na multiplicação dos pães. Socorrer os necessitados é a vocação primeira de Jesus: “Veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). No evangelho de João, a multiplicação dos pães, mais que um milagre, é um sinal. Sinal que nos leva à fé em Jesus. Ele, para solucionar a fome do mundo, coloca-se a Si próprio como o pão da vida. Esse pão da vida nós o comemos acreditando nele. O primeiro lugar onde podemos encontrá-lo é na Eucaristia. Por isso, João, ao iniciar o texto, escreve: “era Páscoa dos Judeus”. É no momento mais importante para os Judeus, no qual fazem memória de sua salvação, que Jesus se coloca como Vida, não somente para o corpo, mas para a pessoa total. Todo esse projeto está simbolizado na multiplicação dos pães. Jesus se preocupa com o povo. Eram muitos. Para comprar pão para todos, seriam necessários 200 dias de trabalhado, num bom salário. Jesus é a sabedoria que prepara o banquete e convida a todos os povos (Eclo 24,18-21). A multidão está lembrando isso. Jesus abençoa o pão, coloca-o na dimensão maior, a partilha, que é a multiplicação. Para Jesus continuar a ser o pão repartido, Ele coloca os apóstolos para distribuírem o pão. São eles que levarão a abundância da vida de Jesus a todos. A vocação misericordiosa de Jesus continua na Igreja através dos apóstolos, a quem Jesus confia a missão de pregar e de alimentar. 
Pequenos gestos, grandes soluções 
Curiosamente, se lermos a Escritura sob o prisma do pequeno e do frágil, vamos ver que estes estão sempre presentes nas grandes soluções: Diz André: “Aqui há um menino que tem cinco pães e dois peixinhos”. É um frágil alimento que o menino levou para seguir Jesus. Jesus quer precisar de nossa fragilidade. Não sem razão, o salmo coloca a invocação: “Todos os olhos, Senhor, esperam em vós, e vós lhes dais o alimento no tempo certo” (Sl 144). Na fragilidade, contamos com o Senhor. Na Eucaristia Ele se faz presente com a mesma generosidade que marcou sua vida. A atitude de Jesus de envolver os apóstolos na solução é a comunicação de uma vocação particular na Igreja: conduzir o fraco a realizar sua vocação, como nos recorda Paulo na carta aos Efésios: “Eu vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes com toda a humildade e mansidão” (Ef 4,1-2). O sustento de nossa vocação de seguir Jesus está na capacidade de partilhar o pouco que temos, para que todos tenham muito. Os pequenos gestos de partilha geram a vida 
Solução sócio-espiritual 
A Páscoa é a base das soluções que Jesus oferece. Os milagres foram sinais que Jesus usou para indicar o caminho para viver como Ele viveu: primeiramente a partir da fragilidade, pois Ele era um frágil humano que precisou contar com o que temos para instaurar o Reino. Valoriza o pequeno. Jesus assume também o povo como um todo, mas o quer em grupos onde se possa viver a partilha. Por isso mandou dividi-los em grupos. Assentados na abundante relva: Ele é o bom Pastor. Quando vivemos realmente a partilha, conseguimos a verdadeira espiritualidade que é fazer a passagem natural da eucaristia ao pão repartido, e do pão repartido a ser eucaristia. Por isso João acena para a Páscoa. 
Leituras:2Reis4,42-44;Salmo144; 
Efésios 6,1-5; João 6,1-15. 
1. Interrompemos a leitura de Marcos para ouvir o discurso sobre o pão da vida de João, capítulo 6. Jesus, no cumprimento de sua vocação de ser vida. A multiplicação dos pães é um sinal (milagre) que indica a realização da vocação de Jesus. Era um povo faminto. A solução não vinha da abundância, mas sim da fragilidade do pouco bem repartido.
2. Nos caminhos de Deus, as grandes soluções vêm sempre dos pequenos. O frágil alimento do menino torna-se a solução. Na fragilidade contamos com o Senhor. Na Eucaristia Ele se faz presente com a mesma generosidade de vida. Ele comunica à Igreja sua vocação. Seu sustento é a capacidade de partilhar nossa fragilidade. 
3. A Páscoa é a base das soluções que Jesus oferece. Ela indica o caminho de viver como Ele viveu. Jesus assume todo o povo, mas o divide em comunidades menores para ser possível a partilha. Age como o bom pastor que conduz para bons lugares. Em resumo: para viver a vocação na espiritualidade é preciso fazer a passagem natural da Eucaristia para o pão partido e do pão para a Eucaristia. Isso é a Páscoa que João indica no início do Evangelho. 
Quem quer pão? 
Eu, quando ficar rico, vou abrir uma padaria. Aquela de matar a fome de todo mundo. Imagine a cena: um povo com uma fome de lascar. Como fazer? Diante do impossível, André disse: Está aqui um menino que tem cinco pães e dois peixes. Jesus abençoou e mandou distribuir. Comeram atéee! E sobrou, e muito! O menino salvou o espetáculo. Essa criançada é fogo! Jesus, de tão pouco fez tanto. É uma lição: com nosso pouco podemos fazer mais do que aqueles que têm muito. E se esse moleque tivesse 5 milhões de reais e 2 milhões de dólares? Imagine se ia dividir!? Todos continuariam com fome. É assim que acontece no mundo e vemos por aqui. Não precisa tomar, basta que não haja tanta ganância. Olhem que caixão não tem gaveta! 
Homilia do 17º Domingo Comum 
EM JULHO DE 2006

EVANGELHO DO DIA 30 DE MAIO

Evangelho segundo São João 16,29-33. 
Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto, agora falas abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora — e já chegou— em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No mundo, sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Tito Brandsma(1881-1942) 
Carmelita holandês, mártir 
Conferência 
Paz e amor pela paz de 11/11/1931 
«No mundo, sofrereis tribulações. 
Mas tende confiança: Eu venci o mundo»
Por muito que amemos a paz e todos tenhamos no fundo do coração a esperança de que a nossa ação em seu favor não será inútil, nem vós nem eu podemos escapar à pressão destes tempos. Significa isto que não podemos libertar-nos da dúvida geral de que, segundo as leis da História, alguma coisa possa mudar: sempre que uma guerra sucede a outra, a causa da paz recebe um golpe mortal. Vivemos ainda demasiado sob a influência daqueles que defendem que recorrer às armas para vencer a guerra é o melhor caminho para alcançar a paz. No entanto, é extraordinário verificar que, ao longo dos séculos, surgem constantemente heróis e mensageiros de paz. Encontramos estes mensageiros, estes apóstolos de paz, em todos os tempos e lugares, e hoje em dia, por sorte, também não faltam. Mas nenhum desses mensageiros de paz alcançou eco tão duradouro como Aquele a quem chamamos Príncipe da Paz (cf Is 9,5). Permiti que vos relembre quem é este Mensageiro. No Domingo de Páscoa, depois da morte de Cristo na cruz, os apóstolos pareciam ter perdido toda a esperança. E quando, aos olhos do mundo, a missão de Cristo estava acabada e mais não era do que um fracasso para esquecer, eis que Ele lhes aparece, reunidos no Cenáculo com medo dos seus opositores, e, em vez de declarações beligerantes contra os seus adversários, lhes diz: «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz; não vo-la do como a dá o mundo» (Jo 14,27). Gostava de repetir-vos esta palavra, de fazê-la ressoar pelo mundo fora, sem me preocupar com quem a ouvirá. Gostava de repeti-la tantas vezes que, mesmo que não a aceitássemos, acabaríamos por escutá-la até chegarmos a compreendê-la.

Beata Marta Maria Wiecka, Irmã vicentina - 30 de maio

      Marta Maria nasceu no dia 12 de janeiro de 1874, em Nowy Wiec no noroeste da Polônia. Foi batizada seis dias depois. Era a terceira de 13 filhos de Marcelino e Paulina. Seus pais, donos de um campo de cem hectares, viviam num ambiente de fé profunda. Na casa de Marta se rezava o Rosário em família todos os dias, se liam as biografias dos santos ou outros livros religiosos. O Estado polonês havia desaparecido do mapa da Europa no ano 1795, depois das três repartições sucessivas de seu território entre Áustria, Prússia e Rússia. Nowy Wiec se encontrava na região prussiana cujas autoridades, aplicando métodos impositivos e as vezes brutais, submetiam a população a uma germanização forçada. A família Wiecka e muitas outras constituíram a base da oposição diante da invasão germânica.

Beato Carlos Liviero

Deus manifestou-se também a nós, nos nossos tempos, e transmitiu aqui o seu Espírito porque os seus Apóstolos nos tinham anunciado, nas nossas casas, naquela sucessão viva e ininterrupta que desde o cenáculo de Jerusalém alcançou este povo que Deus amou com o coração daquele pastor santo que agora com alegria inefável a Igreja nos convida a chamar Beato: é Carlos Liviero! Amigo de Deus e Profeta: são estas as características da fisionomia do Beato Carlos, bispo desta amada diocese, que surpreendem particularmente. Amigo de Deus: o que são os santos senão os amigos de Deus? São amigos porque o conhecem, amam, encontram, seguem, partilham com Ele alegrias e esperanças. A amizade requer reciprocidade e resposta: tudo isto Carlos Liviero viveu em relação ao seu Deus com experiência absoluta e comprometedora de comunhão e de amor, daquele amor a que o Evangelho desta solene celebração exorta: "Se alguém me tem amor, há de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos morada" (Jo 14,23).

Santa Dinfna, Virgem e mártir – 30 de maio

Martirológio Romano: Em Geel, no Brabante, Austrásia, no território da moderna Bélgica, Santa Dinfna, virgem e mártir.  
      A Irlanda, aconchegada nas águas azuis do Atlântico, foi evangelizada por São Patrício e há séculos é conhecida como a Ilha dos Santos. Uma relação dos santos irlandeses preencheria um calendário da Santa Igreja. Mas, infelizmente, estes santos são desconhecidos pela maior parte dos católicos. Um exemplo de santo esquecido ou desconhecido é Santa Dinfna.
     A "Vita Sancta Dimpnae" foi escrita entre 1238 e 1247 por um cônego da Colegiada de Santo Alberto de Cambrai, França, de nome Petrus Van Kamerijk, sendo Bispo de Cambrai Guy I. O autor mesmo menciona que se baseou na tradição oral popular. Portanto, não há dados comprobatórios da narração feita por ele.

30 DE MAIO: SANTO ISAAC DE CONSTANTINOPLA

Durante a perseguição aos cristãos pelo imperador ariano Valente, um eremitão, chamado Isaac, sentiu-se movido por Deus a abandonar a sua solidão e ir repreender o imperador. Assim, dirigindo-se à Constantinopla, advertiu várias vezes ao imperador Valente de que, se não cessasse a perseguição aos cristãos, e se não devolvesse a eles as igrejas tomadas e dadas aos hereges, uma grande catástrofe lhe esperava, assim como, um fim terrível. Valente fez pouco caso das pregações do eremita. Numa ocasião em que o eremitão Isaac agarrou a rédea do cavalo sobre o qual o imperador Valente cavalgava pela periferia da cidade, este ordenou a seus homens que o jogassem num pântano. Isaac escapou milagrosamente, mas como voltasse a repetir suas profecias, foi encarcerado. A profecia se cumpriu pouco tempo depois, com Valente deposto e, mais tarde, morto na batalha de Andrinópolis. Teodósio, sucessor de Valente, devolveu a liberdade a Santo Isaac, por quem sempre professou grande veneração. O servo de Deus Isaac voltou a viver retirado em solidão, atraindo para junto de si um grande número de discípulos. Estes, recusando-se a abandoná-lo, apesar das insistentes ordens do santo, acabaram por obrigá-lo a fundar um monastério que, segundo se afirma, foi o primeiro de Constantinopla. Este Monastério tomou, mais tarde, o nome de São Dálmatas, discípulo e sucessor de Santo Isaac. O Santo eremita Isaac participou do I Concílio de Constantinopla, o segundo dos concílios ecumênicos, morrendo com idade já bem avançada. 
Tradução e publicação neste site com permissão de
Trad.: Pe. Andre

Beata Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, Religiosa, Fundadora (+1902), 30 de Maio

Matilde Téliez Robles nasceu em Robledillo de la Vera (Cáceres - Espanha) no dia 30 de maio de 1841, um dia de plenitude primaveril inundado pela luz da solenidade litúrgica de Pentecostes. Ela recebeu as águas do batismo na igreja paroquial no dia seguinte do seu nascimento. Era a segunda dos quatro filhos de Félix Téliez Gómez e de sua esposa Basiléa Robles Ruiz. No mês de novembro de 1841, seu pai, devido a sua profissão de escrivão, se estabeleceu com a sua família em Béjar (Salamanca). Nesta cidade de Béjar, importante pela sua indústria têxtil, a pequena Matilde vai crescendo; recebe uma formação cultural de base, própria da sua classe social média, e uma boa formação religiosa, iniciada no ambiente profundamente cristão do seu lar. Guiada por sua mãe, já desde pequenina começa a amar intensamente o Senhor e a exercitar-se na prática da oração e nas virtudes, com uma meiga devoção a Nossa Senhora e uma grande misericórdia pelos necessitados e os pecadores. Ainda muito jovem, quando tudo na vida lhe sorria, Matilde faz a sua opção radical e definitiva por Cristo.

SANTA JOANA D’ARC Guerreira do Altíssimo

Recebendo de Deus a missão de libertar a França do jugo dos ingleses, a admirável donzela de Orleans enfrentou o martírio para o cumprimento dessa sublime missão
 
O Reino Cristianíssimo da França, aquela que era chamada a Filha Primogénita da Igreja, em 1429 estava prestes a desaparecer. Justamente castigada por Deus com quase cem anos de guerras contra os ingleses, como consequência do pecado de revolta contra o Papado, cometido no início do século XIV por seu Rei Filipe IV, o Belo, e pela elite da nação. Seu território estava reduzido a menos da metade e os ingleses cercavam a cidade de Orléans, última barreira que lhes impedia a conquista do resto do país. O herdeiro do trono, o delfim Carlos, duvidava da legitimidade de seus direitos, e seus capitães e soldados estavam desmoralizados.

FERNANDO III Rei de Castela e Leão, Santo 1198-1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França.

JOSÉ MARELLO Bispo, Santo 1844-1895

José Marello nasceu em 26 de Dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós. Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o frequentou até o final da adolescência, quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário.

Beata Maria Celina da Apresentação (Joana Germana Castang) (1878-1897)

A Beata Maria Celina da Apresentação da Bem-Aventurada Virgem Maria (no século: Joana Germana Castang) nasceu em Nojals (França), a 24 de Maio de 1878. Quando tinha apenas quatro anos foi acometida pela poliomielite, que a privou do uso normal da perna esquerda. Não obstante isto, ela iniciou a frequentar a escola, mostrando uma inteligência viva e um carácter jovial. Contudo, a partir da Primavera de 1887 uma série de provações e de lutos abateu-se sobre a família Castang, entre os quais graves dificuldades económicas. Mesmo na extrema indigência na qual se encontrou a família, Joana Germana, que tinha então dez anos, soube demonstrar uma generosidade e uma compaixão extraordinárias para a sua idade. No dia 12 de Junho de 1892 recebeu pela primeira vez a comunhão eucarística, com muita devoção e no mês de Julho, a Crisma. Desde então, Joana Germana dava a impressão de viver constantemente na presença de Deus, cumprindo com exactidão tudo o que lhe era confiado no trabalho e transmitido nos estudos.

NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de Julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MAIO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Segunda-feira – Santa Joana d’Arc
Evangelho (Jo 16,29-33) “Cremos que vieste da parte de Deus. Jesus respondeu: ─ Credes agora? Eis que vem a hora... em que vos dispersareis, cada um para seu lado...”
Os discípulos acham que estão entendendo tudo, e preparados para tudo. Nas palavras transparece certa ironia, não sei de João ou de Jesus: – Agora acreditais em mim? No entanto, daqui a pouco me abandonareis! Não sou melhor que os discípulos. Quando estou mais confiante, então fracasso e percebo toda a minha fraqueza. Não posso esquecer de pedir ajuda e socorro a todo momento.
Oração
Senhor, depois de vos ter abandonado tantas vezes, conheço bem minha fraqueza e minha falta de coragem. Não olheis para a ridícula confiança que tenho em mim, e perdoai minhas fugas e traições. Aumentai minha fé, fortalecei meu amor, dai-me a firmeza necessária para continuar a vos ser fiel apesar de tudo. Livrai-me dos perigos, dai-me generosidade, prudência e humildade. Amém.

domingo, 29 de maio de 2022

47. O MÁGICO E O CAMUNDONGO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE
PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era uma vez um camundongo que vivia angustiado, com medo do gato. 
Recorreu a um mágico, que o transformou em gato. 
Mas aí ficou com medo do cachorro e pediu que o transformasse em outro bicho mais forte. 
Foi transformado numa onça. 
Novo problema surgiu. 
Tinha medo de ser perseguido pelos caçadores. 
O mágico perdeu a paciência e o fez voltar ao que era antes dizendo: 
- Nada que faço por você, dá certo porque você tem apenas a coragem de um camundongo. É melhor ficar como está. Seus inimigos não serão mais nem o cachorro e nem a onça. Apenas o gato. Dele você consegue escapar. 
Palavra de vida: É melhor ficar como Deus nos criou.

REFLETINDO A PALAVRA - “Conversão em comunidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA CONSAGRADO
SACERDOTE NA PAZ DO SENHOR
Carregai os fardos uns dos outros
 
O sacramento da penitência, tão bom, foi tocado pelo individualismo que atingiu a espiritualidade nos séculos passados. O pecado que cresce na comunidade só pode ter um remédio que, mesmo sendo para o indivíduo, envolva a comunidade. Esse remédio nos é dado pela Palavra de Deus, que diz: “Carregai os fardos uns dos outros e cumprireis toda a lei” (Gl 6,2). O amor cobre a multidão de pecados. Carregar os fardos uns dos outros é sair do individualismo. Podemos ver quão grandes são os males da ganância, do orgulho e do prazer desenfreado as três tentações de Jesus e de todas pessoas. Esses males, que são a raiz de todos os outros, interferem profundamente na comunidade. Então é na comunidade que deve acontecer a conversão, através da vida comunitária pelo amor. Muitos dizem que a religião é questão pessoal. Faço o que quero, você faz o que quer e eu respeito vocês. Deus nos fez povo. E no povo, indivíduos. Se não reparto o pão, se não sou humilde, se não sou dedicado ao amor, estou em pecado. Para vencer esses males, com o auxílio da graça, é necessário o amor em comunidade. A confissão se reduziu a pecados contra o 6º e 9º mandamentos. Pecado não é só problema de sexualidade. No sacramento da penitência é necessário endereçar as pessoas à vida como um todo. Muitos se confessam semanalmente. É bom, se é feito para valer, não só por costume e ficar do mesmo jeito. Vamos descobrir o amor pelos necessitados nos quais refulge o rosto de Jesus. Os necessitadas podem estar nas diversas camadas sociais, o importante é descobrir Jesus sofre no irmão. 
Companheiros de busca 
Além da preocupação com o amor, preciso encontrar o caminho do amor. Viver o amor em comunidade é também viver a conversão em comunidade. Para crescer na espiritualidade de conversão é bom ter amigos de caminhada. Buscar a espiritualidade juntos é um dos segredos do crescimento espiritual, para juntos nos defendermos e procurarmos melhores estradas para viver o evangelho. Conhecemos tanto a frase: “Ai de quem está sozinho!” O sacramento da penitência devolve-nos à comunidade para juntos vencermos os males. O amor é vida que constitui essa comunidade na qual tem ação duradoura a graça de Cristo, que é remédio e estímulo de vida cristã. É preciso ter amigos no caminho espiritual. Um parêntese para nós, religiosos e sacerdotes: como é dura a solidão espiritual! Às vezes, nós não procuramos a santidade juntos. Para que vivemos juntos? Só por ser prático. Uma comunidade que não procura a santidade em comunidade também é um escândalo que o povo percebe. Por isso a vida religiosa e sacerdotal nem sempre é testemunho evangélico. “Vita comunis mea poetentia”, não o maior castigo, como se traduz, mas o meu melhor caminho de crescimento. Convertamo-nos irmãos e irmãs! 
Um amigo especial 
Dentre os tantos amigos espirituais, há um que vale a pena pensar nele. É o amigo especial que se chama também diretor espiritual Atualmente tem se falado mais sobre essa figura importante da vida espiritual, muito escassa no momento e também mal compreendida. É preciso ter alguém que esteja ao nosso lado e faça conosco a caminhada. Ele é aquele que nos acompanha e junto ajuda-nos a discernir. Deve ser alguém que caminhe conosco e queira fazer conosco esse caminho para Deus. Não se pode escolhê-lo de um momento para outro. Mas só depois de longa experiência e maturação. A meu ver, é aquele que já escolheu Jesus como sua vida e que acredita no evangelho. Assim pode ajudar-nos a caminhar.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JULHO DE 2006

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO

Evangelho segundo São Lucas 24,46-53. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois, Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no Templo, bendizendo a Deus. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Concílio Vaticano II 
Decreto sobre o ecumenismo,§§ 7-8 
(copyright©Libreria Editrice Vaticana)
«Que todos sejam um» 
Não há verdadeiro ecumenismo sem conversão interior. É que os anseios de unidade nascem e amadurecem a partir da renovação da mente (cf Ef 4,23), da abnegação de si mesmo e da libérrima efusão da caridade. Lembrem-se todos os cristãos de que tanto melhor promoverão e até realizarão a união dos cristãos quanto mais se esforçarem por levar uma vida mais pura, de acordo com o Evangelho. Porque, quanto mais unidos estiverem em comunhão estreita com o Pai, o Verbo e o Espírito, tanto mais íntima e facilmente conseguirão aumentar a fraternidade mútua. Esta conversão do coração e esta santidade de vida, juntamente com as orações particulares e públicas pela unidade dos cristãos, devem ser tidas como a alma de todo o movimento ecuménico e com razão podem ser chamadas ecumenismo espiritual. É coisa habitual entre os católicos reunirem-se frequentemente para aquela oração pela unidade da Igreja que o próprio Salvador pediu ardentemente ao Pai, na vigília de sua morte: «Que todos sejam um». Em algumas circunstâncias peculiares, como por ocasião das orações prescritas «pro unitate» em reuniões ecuménicas, é lícito e até desejável que os católicos se associem aos irmãos separados na oração. Tais preces comuns são certamente um meio muito eficaz para suplicar a unidade. São uma genuína manifestação dos vínculos pelos quais ainda estão unidos os católicos com os irmãos separados: «Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles» (Mt 18,20).

Beata Elias de São Clemente

A vida de Irmã Elias nos deixa numa espécie de constrangimento pela sua simplicidade, na qual podemos ver uma profunda experiência de Deus e grande humanidade. "O pensamento de que eu vivo para Ti, meu Deus, deve me fazer feliz em todos os eventos. Peço-Te, meu bom Jesus, com todo o meu coração a graça do desapego de todas as coisas deste mundo e viver apenas para Ti, de não desejar nada para mim, mas viver como se eu fosse sozinha no mundo. Dá-me graça, ó meu Deus, para penetrar nos segredos mais íntimos do teu Coração ardente, e viver aqui desconhecida para qualquer olhar humano vivo e até para mim mesma; Faça que eu aja conduzida diretamente por Ti, fale inspirada por Ti, viva de Teu respiro, e as batidas do meu coração se fundam com as batidas divinas do Teu.”

SÃO PAULO VI, PAPA

João Batista Montini nasceu em Concesio, uma cidadezinha nas proximidades de Brescia, em 26 de setembro de 1897, no seio de uma família católica, muito comprometida com a política e a sociedade. No outono de 1916, entrou para o seminário em Brescia e, quatro anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal na catedral. Foi enviado a Roma para continuar a estudar filosofia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, e Ciências Humanas na universidade estadual. Formou-se em Direito Canônico, em 1922, e em Direito Civil, em 1924. 
Ofícios no Vaticano 
Em 1923, Montini recebeu seu primeiro encargo pela Secretaria de Estado do Vaticano, que o designa à Nunciatura Apostólica de Varsóvia. No ano seguinte, foi nomeado Minutador. Naquele período, participou, de perto, das atividades de estudantes universitários católicos, organizadas pela FUCI, da qual foi assistente eclesiástico nacional, de 1925 a 1933. João Batista Montini foi um estreito colaborador do Cardeal Eugênio Pacelli, ao lado do qual permaneceu sempre, até quando foi eleito Papa, em 1939, com o nome de Pio XII. Foi Montini que preparou o esboço do inútil extremo apelo pela paz, que o Papa Pacelli lançou, através do rádio, em 24 de agosto de 1939, às vésperas do grande conflito mundial: “Com a paz, nada se perde! Com a guerra, pode-se perder tudo!"