terça-feira, 31 de maio de 2022

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO

Evangelho segundo São Lucas 1,39-56. 
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Paulo VI (1897-1978) 
Papa de 1963 a 1978 
Exortação apostólica sobre a alegria cristã
«Gaudete in Domino» 
(© Libreria Editrice Vaticane)
«A minha alma glorifica o Senhor» 
Há vinte séculos que a fonte da alegria cristã não cessa de jorrar na Igreja, especialmente no coração dos santos. Na primeira fila, está a Virgem Maria, a cheia de graça, a Mãe do Salvador. Acolhedora do anúncio do alto, Serva do Senhor, Esposa do Espírito Santo, Mãe do Filho eterno, a sua alegria irrompe diante de sua prima Isabel, que tinha elogiado a sua fé, dizendo: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações». Ela compreendeu, melhor que qualquer outra criatura, que Deus faz maravilhas: o seu nome é santo, Ele mostra a sua misericórdia, exalta os humildes, é fiel às suas promessas. O desenrolar visível da vida de Maria não sai da trama habitual; mas ela medita nos mais pequenos sinais de Deus, recordando-os no seu coração (cf Lc 2,19.51). Não lhe foram poupados sofrimentos: está de pé junto da cruz, eminentemente associada ao sacrifício do Salvador inocente, Mãe das dores. Mas está também aberta sem medida à alegria da ressurreição; e foi elevada em corpo e alma à glória do Céu. Primeira a ser resgatada, imaculada desde o momento da sua concepção, incomparável morada do Espírito, habitáculo puríssimo do Redentor dos homens, ela é ao mesmo tempo a Filha bem-amada de Deus e, em Cristo, a Mãe universal. Ela é o símbolo perfeito da Igreja terrena e glorificada. As palavras proféticas a respeito da nova Jerusalém adquirem uma ressonância maravilhosa na sua existência singular de Virgem de Israel: «Eu exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus, porque me revestiu com as vestes da salvação e me envolve no manto da justiça, como o jovem esposo se adorna com o diadema, como a noiva se enfeita com as suas joias» (Is 61,10).

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