sexta-feira, 27 de maio de 2022

EVANGELHO DO DIA 27 DE MAIO

Evangelho segundo São João 16,20-23a. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria. A mulher, quando está para ser mãe, sente angústia, porque chegou a sua hora. Mas depois que deu à luz um filho, já não se lembra do sofrimento, pela alegria de ter dado um homem ao mundo. Também vós agora estais tristes; mas Eu hei de ver-vos de novo e o vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria. Nesse dia, não Me fareis nenhuma pergunta».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Agostinho(354-430) 
Bispo de Hipona(norte de África),
doutor da Igreja 
Sermões sobre São João,n.º 101
«Ninguém vos poderá tirar a vossa alegria» 
«Eu hei de ver-vos de novo e o vosso coração se alegrará e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria»: estas palavras do Salvador não devem ser reportadas ao tempo que se seguiu à ressurreição, em que Ele Se mostrou aos seus discípulos na carne e lhes disse para Lhe tocarem, mas a outro tempo, do qual Ele já dissera: «Quem Me ama, será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele» (Jo 14,21). Esta visão não é para esta vida, mas para a do mundo que há de vir; não é uma visão para o tempo, mas uma visão que não terá fim. «A vida eterna consiste nisto: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste» (Jo 17,3). Desta visão e conhecimento, disse o apóstolo Paulo: «Hoje vemos como num espelho, de maneira confusa; então, veremos face a face. Hoje conheço de maneira imperfeita; então, conhecerei exatamente como sou conhecido» (1Cor 13,12). Por agora, a Igreja produz este fruto do seu trabalho no desejo; então, produzi-lo-á na visão. Agora, produ-lo na dor; então, produzi-lo-á na alegria. Agora, produ-lo na súplica; então, produzi-lo-á no louvor. Este fruto não terá fim, porque só o infinito nos cumulará. Era por isso que Filipe dizia: «Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta» (Jo 14,8).

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