Nasceu em Nicosia, Sicília, no ano de 1715, de uma família pobre, mas animada de profunda fé e temor a Deus, unidos a uma grande laboriosidade. O pai começava o dia participando da missa e o encerrava com uma visita ao Santíssimo Sacramento. A mãe, quando dava um pedaço de pão aos filhos, convidava-os a deixar um pouco para os pobres educando-os, desse modo, no amor aos mais necessitados. Félix, com a idade de 20 anos, pediu para ser admitido no convento dos frades Capuchinhos. Obteve resposta negativa. Mas não desistiu: rezou, implorou, pediu novamente, até que, depois de sete anos de provas, em 1743, foi finalmente admitido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.
Frei Félix não precisou de uma transformação no noviciado: pobreza, penitência, humildade, obediência, união com Deus na oração e no trabalho, toda uma vida animada e iluminada no amor a Deus e ao próximo: ele procurou viver tudo isso também na vida religiosa, numa atmosfera franciscana.
Viveu quarenta e três anos sua vida religiosa, e se auto-proclamava “o jumentinho do convento”. Passava dia após dia pelas ruas e becos da cidade e pelas localidades próximas, com uma batina velha e remendada, os pés descalços, cabeça descoberta sob a chuva ou sol quente da Sicília, sacola nos ombros, o terço nas mãos e o coração em Deus. Era afável e cordial com grandes e pequenos, ricos e pobres, autoridades e gente simples, tendo sempre uma palavra boa para todos, ora consolando, ora admoestando. Sempre agradecia com um alegre "Deo gratias" não só as esmolas, mas também as ofensas e repulsas. Frei Félix dedicava o dia ao apostolado e a noite às orações e penitências.
No fim de maio de 1787, adoeceu de uma febre forte e, no dia 29 do mês de Nossa Senhora, a quem tinha amado e venerado desde a infância, entrou na paz eterna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário