Pedro Calungsod nasceu aproximadamente no ano 1654, na região de Visayas, nas Filipinas. Sua vida foi uma mudança contínua no serviço do Evangelho.
Estudou com os jesuítas de Loboc, na ilha de Bohol. Em 1668, viajou para Guam, no arquipélago das Ilhas Marianas, para se juntar a uma das missões dos jesuítas espanhóis. Com o beato Diego San Vitores (1627-1672), catequizaram os Chamorros. Nesse lugar, a vida era difícil e os missionários enfrentaram a perseguição e calunias. Pedro, contudo, demonstrou uma grande fé e caridade, e continuou catequizando os seus muitos convertidos, dando testemunho de Cristo através de uma vida de pureza e dedicação ao Evangelho.
Segundo a tradição, o sucesso desfrutado pelos dois missionários na ilha despertou o ódio e a hostilidade dos xamãs, indígenas locais.
Um comerciante chinês, chamado Choco, fez circular o boato de que a água batismal foi envenenada. Então, uma criança que tinha sido batizada morreu e os missionários tornaram-se os responsáveis. Choco foi apoiada pelos “homens médicos”, o “macanjas” e pelos “jovens homens”, os “urritaos” que desprezavam os missionários.
No dia 2 de abril de 1672, os missionários foram para a aldeia de Tumon para batizar a filha do chefe Mata’pang que recusou de repente. Mas eles foram em frente, tendo recebido autorização da mãe da criança.
Liderados por Mata’pang e pelo chefe Hurao, os assassinos caçaram Calungsod e San Vitores, ao longo da praia, e os fizeram prisioneiros. Começaram a lançar lanças primeiro em Pedro. O garoto desviou-se dos dardos com considerável destreza. Eventualmente, Pedro foi atingido por um dardo no peito e Hurao terminou de matá-lo com um golpe na espada na cabeça, e Diego com um “bolo” uma tradicional faca em forma de folha, mutilando seus corpos e jogando-os no mar. Os restos mortais dos mártires nunca foram recuperados. Pedro tinha apenas 18 anos.
Algumas testemunhas contaram que Pedro poderia ter fugido para um lugar seguro, mas escolheu permanecer ao lado do Padre Diego. O sacerdote, antes de ser morto, pôde dar a absolvição a Pedro.
Pedro foi beatificado em 5 de março de 2000 pelo Beato João Paulo II e canonizado em 21 de outubro de 2012 pelo Papa Bento XVI.
O milagre que permitiu sua canonização aconteceu em 2003 no hospital na cidade de Cebu: uma mulher considerada morta, depois de duas horas, voltou à vida após a invocação do bem-aventurado mártir jovem.
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