quarta-feira, 27 de abril de 2022

EVANGELHO DO DIA 27 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 3,16-21. 
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele». Quem acredita nele não é condenado, mas quem não acredita nele já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus». E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santo Afonso-Maria de Ligório 
(1696-1787) 
Bispo, doutor da Igreja 
Temos de nos dirigir a Deus 
com confiança e familiaridade 
«Deus amou tanto o mundo» 
As misericórdias de que foi objeto são penhor extremamente seguro do amor de Deus por si. Ora, quando Deus ama uma alma e é por ela sinceramente amado, desagrada-Lhe encontrar nela rebeldia. Se, pois, quer alegrar o seu coração cheio de amor, a partir de hoje, vá ter com Ele, na medida do possível, com sincera confiança e ternura livre. «Eis que Eu gravei a tua imagem na palma das minhas mãos», disse o Senhor a Jerusalém, «as tuas muralhas estão sempre diante dos meus olhos» (cf Is 49,16). É também assim que Ele lhe fala a si: «Alma querida, que temes? Porquê essa rebeldia? Trago o teu nome escrito nas minhas mãos: nunca perco de vista fazer-te bem. São os teus inimigos que te fazem tremer? Sabe que a preocupação com a tua defesa está de tal maneira presente no meu pensamento que Me é impossível distrair-me dela». Acima de tudo, avive a sua confiança pensando no dom que Deus nos fez em Jesus Cristo: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito». De onde nos poderia vir o temor de que Deus nos recusasse qualquer bem, clama o Apóstolo, depois de Se ter dignado fazer-nos a doação do seu próprio Filho: «Ele, que nem sequer poupou o seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não havia de nos oferecer tudo juntamente com Ele?» (Rom 8,32). «As minhas delicias são estar com os filhos dos homens» (Prov 8,31). O paraíso de Deus, pode dizer-se, é o coração do homem. Deus ama-o? Ame-O também a Ele. As suas delícias são estar consigo? Ponha as suas delícias em permanecer com Ele, em passar a sua vida inteira na sua amável companhia, que será, assim o espera, o encanto da sua eternidade.

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