Catarina Mancini, filha de uma família da alta sociedade de Pisa, Itália, ainda estava no berço quando viu seu Anjo da Guarda e dele recebeu um aviso que preservou sua vida. Algum tempo depois, ela recebeu uma segunda visita e, a partir daí, estabeleceu-se entre a alma pura da criança e o espírito benfazejo uma misteriosa troca de orações e de graças. Foi nesta escola que Catarina aprendeu os segredos do amor divino.
A jovem desejava ser esposa unicamente de Jesus Cristo; no entanto, foi obrigada por seu pai a se casar e formar uma família. Em poucos anos, o marido e os dois filhos de Catarina faleceram. Catarina, apesar de seu forte desejo pela vida religiosa, viu-se novamente obrigada a contrair núpcias. Deus saberia manifestar Sua glória na obediência de Sua serva, purificando esta alma superior pelo sacrifício. Em poucos anos, Catarina viu-se cercada de uma família numerosa. Em meio às ocupações, aos cansaços, às preocupações que lhe davam os cuidados com a casa e com a educação de seus filhos, ela soube, administrando ativa e minuciosamente o seu tempo, encontrar o prazer de se entreter com Deus na mais alta contemplação. Sua caridade era inesgotável; jamais um pobre batera em vão à sua porta. Ela se alegrava, sobretudo, em consolar os doentes, em cuidar de suas feridas, em oferecer-lhes, juntamente com as esmolas, palavras de paz e consolação.
Deus ainda permitiu que ela fosse provada através das perdas bastante dolorosas de seu segundo marido e de seus seis filhos. Desde então ela passou a rejeitar toda e qualquer aliança terrestre, fez votos de jejuar quatro vezes por semana, de manter uma dura disciplina quotidianamente e de não se permitir o mais ligeiro repouso que não fosse sobre um leito de tábuas de madeira. Logo ela deixou o mundo para entrar no claustro da Ordem das Irmãs de São Domingos. Doravante ela se chamaria Irmã Maria. Lá, ela se distinguiu através de duras penitências, visões místicas e por um admirável zelo pelas almas do purgatório.
Tradução e Adaptação :
Gisèle do Prado
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