Evangelho segundo São Lucas 2,36-40.
Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, estava no Templo uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada
e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela, e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do Templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações.
Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré.
Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele.
Tradução litúrgica da Bíblia
Monge grego(949-1022)
Hinos 42, SC 196
Corramos para Deus,
que desceu à Terra
para nossa salvação!
Corramos, pois, irmãos, para Deus, o Criador de todas as coisas, que desceu à Terra por nós, pecadores, que inclinou os Céus e Se escondeu dos anjos, que habitou no seio da Virgem santa, que dela tomou carne, sem mutação, de forma inefável, e que dela saiu para a salvação de todos nós.
E a nossa salvação consiste nisto, em que a boca de Deus manifestou a grande luz dos séculos futuros: o Reino dos Céus desceu à Terra, o Rei soberano dos seres das alturas e dos seres deste mundo veio até nós, quis tornar-Se semelhante a nós, a fim de que todos partilhemos do Reino dos Céus, tenhamos parte na sua glória e sejamos herdeiros dos bens eternos que nunca ninguém viu. Bens esses que são - tal é a minha convicção, a fé que afirmo - o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a Santíssima Trindade: eis a fonte de todos os bens, eis a vida de tudo o que existe, eis a alegria inexprimível e a salvação de todos quantos recebem alguma coisa da sua luz inefável e têm consciência de estar em comunhão com Ele.
Escutai: a razão pela qual Ele é chamado Salvador é que leva a salvação àqueles a quem Se une; ora, a salvação consiste em ser libertado de todos os males e encontrar todos os bens para sempre: a vida em vez da morte, a luz em vez das trevas, e, em vez da escravatura das paixões e das ações infames, a total liberdade que é concedida a quantos se uniram a Cristo, Salvador de todos os seres: então, eles possuirão, sem poderem voltar a perdê-la, toda a alegria, toda a felicidade e toda a beatitude que só conhecerá, conceberá e verá quem estiver sincera e ardentemente preso a Cristo.
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