São Plácido nasceu na cidade de Roma, no ano 514. Seus pais eram nobres e de boa situação financeira. Seu pai se chamava Tertulo e sua mãe, Faustina. Plácido tinha três irmãos: Vitório, Flávia e Eutíquio.
História de São Plácido
A História de São Plácido está bastante ligada à história de um primo seu chamado Mauro, conhecido também como Santo Amaro. Com efeito, os dois primos e amigos, quando completaram sete anos, foram levados por seus pais a um grande amigo que esses pais tinham em comum: São Bento, o fundador da ordem dos Beneditinos. São Bentos os recebeu como filhos e fez deles verdadeiros discípulos, que seguiram os ensinamentos do mestre por toda a vida.
Salvo da morte
Estando já os dois primos no mosteiro junto com São Bento, Amaro salvou a vida de São Plácido de uma maneira extraordinária. Isso aconteceu ainda na infância dos primos. São Bento teve uma visão quando estava em oração. Ele viu o menino Plácido afogando-se nas águas de um lago que ficava próximo. Por isso, enviou Amaro, mandando que este corresse para salva-lo nas águas do lago. Amaro obedeceu prontamente e chegou a tempo de salvar Plácido que realmente estava se afogando dentro do lago.
Os primos se separam
Os primos seguiram a vida monástica como discípulos de São Bento. Depois que eles cresceram, tornaram-se membros da ordem e foram ordenados sacerdotes por causa de suas capacidades intelectuais. Após a ordenação, tiveram que se separar por razões missionárias. Cada um seguiu seu caminho obedecendo ao plano de Deus para suas vidas.
O líder São Plácido
São Plácido foi em missão para Messina, uma cidade italiana na região da Sicília, incumbido de construir um mosteiro beneditino. Ele conseguiu terminar sua missão após alguns anos. Plácido construiu também uma igreja contígua ao mosteiro, a qual dedicou a São João batista. Ele fez estas obras com tanta dedicação e eficiência, que todos o elegeram o abade do novo mosteiro.
O martírio ao lado dos irmãos
Os três irmãos de São Plácido decidiram certa vez irem até Messina para visitar o irmão, do qual estavam com saudades. Eles passaram um longo período ali, como hóspedes do mosteiro, podendo participar das missas e alguns momentos de oração dos monges. Até que chegou o mês de setembro do ano 541.
Nesta época, os árabes muçulmanos chamados sarracenos invadiram Messina e chegaram até o mosteiro causando ali grande destruição. Os monges conseguiram fugir, mas São Plácido permaneceu até o fim, como o capitão de um navio, zelando pela vida de seus comandados. Os irmãos de Plácido decidiram ficar com ele neste momento decisivo. Os árabes, então, encontraram São Plácido junto com seus irmãos e disseram que eles seriam poupados da morte se renegassem a fé em Jesus Cristo.
São Plácido, após uma troca de olhares com seus irmãos, falou em nome de todos: “Preferimos morrer a trairmos a fé em Jesus Cristo.” Por causa disso, eles foram amarrados e arrastados até uma praia que ficava ali perto. Lá, morreram decapitados. Os corpos desses mártires foram retirados dali por alguns monges que souberam do acontecido, e levados para a igreja do Mosteiro, que estava quase toda destruída. Ali eles foram sepultados.
Redescoberta confirmando a história
A região da Sicília sofreu várias vezes com as invasões dos árabes, de forma que o mosteiro e a igreja construídos por São Plácido foram reconstruídos muitas vezes. Somente depois do ano 1099 é que a paz se firmou na região, quando os árabes foram expulsos definitivamente dali. Então, o imperador católico chamado Rugero, deu ordens para a reconstrução de tudo.
Quando terminaram a reconstrução do mosteiro, ele foi nomeado como Priorado Geral dos beneditinos. Mais tarde, no ano de 1588, o superior do mosteiro sentia-se incomodado ao ver que o interior da igreja não recebia a luz do sol nem mesmo ventilação. Por isso, ele mandou abrir ali, 3 enormes portas para resolver o problema. Para tanto, foi preciso fazer um deslocamento do altar principal.
Quando fizeram isso, descobriram os restos mortais quatro irmãos mártires, confirmando a história. E no momento em que retiraram os corpos dos mártires, brotou ali uma fonte de água límpida, chamada por todos de milagrosa. As relíquias destes santos foram levadas posteriormente para o mosteiro de Montecassino e foram guardadas junto com as relíquias do primo Santo Amaro.
Devoção a São Plácido
Em 1918, um terrível fato aconteceu: um terremoto de proporções nunca vistas destruiu Messina, o mosteiro e a igreja construídos por São Plácido. Mas a devoção a ele permaneceu firme nos corações dos fiéis. Tanto que, apesar de a Igreja ter determinado que ele fosse comemorado no dia 15 de janeiro, junto com a festa de seu primo Santo Amaro, os fiéis da região de Messina continuaram celebrando a festa de São Plácido no dia 5 de outubro. A festa litúrgica de São Plácido, porém, acontece no dia 15 de janeiro.
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