sexta-feira, 31 de maio de 2019

AS TRÊS ÁRVORES

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Era uma vez três arvorezinhas muito amigas que cresciam no alto da montanha e sonhavam mais alto ainda.Uma dizia:
- Quando crescer quero ser um baú para guardar tesouros.
A segunda:
- Quero ser transformada num navio para transportar pessoas ilustres.
A terceira:
- Eu não quero abandonar a montanha. Quero que, os que me virem, levantem mais alto os olhos e cheguem até Deus. 
Um dia chegou o dono do sitio, cortou a primeira árvore e fez dela um cocho para seus animais.. Pouco depois veio um pescador e transformou a segunda arvore num barco de pesca. Depois, um lenhador derrubou a terceira árvore, cortou-a em grandes achas e jogou-a no seu quintal.Os anos foram passando. Um pobre casal em viagem para Belém precisou abrigar-se numa ma gruta que servia de curral, a fim de receber o filho que estava para nascer. Não tendo onde reclinar o nenê, eles o colocaram num cocho. Realizou-se o sonho da primeira árvore, pois abrigou o maior e mais precioso Tesouro que passou por esta terra.Trinta anos depois, um homem tido por profeta e taumaturgo, precisou atravessar o lago de Genesaré e utilizou uma barca. Três anos depois, procurou-se madeira para fazer uma cruz e crucificar aquele Profeta, acusado de trapaceiro e visionário. Dois pedaços daquela árvore jogados no pátio foram transformados numa cruz. Nele foi pregado o Profeta, ficando suspenso entre o céu, para ser visto por todos.A árvore sentiu-se cúmplice do crime nefando, vendo o sangue inocente correr por ela. No terceiro dia, porém, o mesmo lenho brilhou como que banhado pelos raios do sol. Quem esteve pregado nele, ressuscitara glorioso. Desde então a cruz passou a ser símbolo da vitória.No decorrer dos séculos milhares de árvores a imitaram, transformando-se em cruzes, pequenas e grandes, ocupando as igrejas, as famílias e os estabelecimentos públicos.Salve Cruz vitoriosa, onde pendeu a nossa Salvação.
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REFLETINDO A PALAVRA - “O humilde é elevado”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
Quem se humilha 
Há pessoas que pedem uma oração forte para se verem livres de certos males. A oração mais forte é aquela que chega ao Céu. Essa vem da humildade diante de Deus e dos outros. Jesus quer mostrar com essa parábola que há dois tipos de oração: a do humilde que reconhece suas fragilidades e a do orgulhoso que despreza os outros, achando-se melhor e se esquece de suas fraquezas. Ser fariseu não era um mal. Paulo era fariseu. Ele mesmo diz: Eu sou fariseu, filho de fariseus (At 23,6). Mas foi tocado por Jesus e era humilde. O publicano era um judeu que colaborava com o império romano na cobrança de impostos que era um sofrimento para o povo. Por isso era odiado. O fariseu reza de pé. Era a posição normal de se rezar. É fiel e cumpre todos os mandamentos e tradições. Afirma que não é como os outros homens e acrescenta “nem como esse publicano” (Lc 18,11). O fariseu elogia a si mesmo dizendo-se melhor que os outros, colocando sua segurança espiritual na execução da lei de Deus. O que ele faz está certo e até é muito. Mas o conteúdo de sua oração não é a busca de Deus, mas de si mesmo. Ao contrário, o publicano, que o fariseu colocou na lista dos pecadores, faz uma oração diferente pedindo a misericórdia de Deus. Tem somente seu coração humilhado para apresentar para Deus: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador”. Ser humil’de é reconhecer a Deus como Senhor. Por isso Jesus afirma: “Este voltou para casa perdoado. O outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado” (Lc 18,14). Essa atitude é comum nas comunidades. Alguns desprezam os outros porque não são iguais a eles. Não fazem parte de seu movimento, de sua associação e não sabem nada. Só eles sabem.
Deus escuta o pobre 
A quem Deus escuta? Escuta o humilde, responde Jesus no Evangelho. Jesus é o modelo do humilde. Veio e nos deu o exemplo da humildade. Não só falou sobre a humildade. Afirma com sua vida e suas palavras. Por que a insistência sobre a humildade? No paraíso terrestre quando a cobra, na linguagem simbólica, diz à mulher: “Sereis iguais a Deus” (Gn 3,5). Ali faltou a humildade. O orgulho bloqueia o contato com Deus. O Eclesiástico afirma que “Deus não faz discriminação das pessoas, não é parcial em prejuízo do pobre, mas escuta, sim, as súplicas dos oprimidos” (Eclo 37.15-16). “A prece do humilde atravessa as nuvens” (21). Reconhecer a própria realidade e não se fazer melhor que os outros, saber reconhecer e tratar com respeito às pessoas, de modo particular os humildes, não se colocar como o fim de todas as coisas e os donos de todo saber será um remédio para criar em nós a humildade verdadeira. Não se trata de esconder os dons, mas usá-los para o bem das pessoas. No salmo rezamos: “O pobre clama a Deus e Ele escuta. Quem é o pobre de espírito? É aquele que, mesmo tendo bens, vive para os outros e para Deus.
Combati o bom combate
Paulo, na Segunda Carta a Timóteo, faz como que um testamento dizendo o que fez e como está seu coração naquele momento que julga ser o final de sua vida. É humilde ao dizer: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. Não se põe acima dos outros, mas reconhece que o Senhor esteve a seu lado e lhe deu forças (2Tm 4,7.17). Tem a humildade de reconhecer o que Deus fez nele para a evangelização dos povos. Ele foi fiel e é humilde trabalhador do Evangelho, tendo sempre Cristo como sua vida e sua missão. Paulo dá o testemunho da humildade que salva.

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO

Evangelho segundo São Lucas 1,39-56.  
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia. como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.
Tradução litúrgica da Bíblia
Orígenes(c. 185-253)presbítero, teólogo
7.ª homilia sobre São Lucas
«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»
«Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» Estas palavras: «Donde me é dado?» não são sinal de ignorância, como se Isabel, toda cheia do Espírito Santo, não soubesse que a Mãe do Senhor tinha ido até ela de acordo com a vontade de Deus. Eis o sentido das suas palavras: «Que fiz eu de bom? Que importância têm as minhas obras, para que a Mãe do Senhor venha ver-me? Serei uma santa? Que perfeição, que fidelidade me mereceram esta graça, a visita da Mãe do Senhor?» Pois «logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio». Ele tinha sentido que o Senhor viera para santificar o seu servo ainda antes do seu nascimento. Pode acontecer que os que não têm fé me chamem louco por eu acreditar nestes mistérios! [...] Porque o que é considerado loucura por esses é para mim ocasião de salvação. Na verdade, se o nascimento do Salvador não tivesse sido celeste e bem-aventurado, se não tivesse sido divino e superior à natureza humana, nunca a sua doutrina teria chegado a toda a Terra. Se no seio de Maria houvesse apenas um homem e não o Filho de Deus, como teria sido possível que nesse tempo, e ainda hoje, fosse curada toda a espécie de doenças, não só do corpo mas também da alma? [...] Se reunirmos tudo o que se diz acerca de Jesus, podemos constatar que tudo o que foi escrito a seu respeito é considerado divino e digno de admiração, porque o seu nascimento, a sua educação, o seu poder, a sua Paixão, a sua ressurreição não são apenas factos que ocorreram naquele tempo: eles agem em nós ainda hoje.

Ascensão do Senhor


     A observância desta festa é muito antiga. Embora não haja evidências documentais de sua existência anteriores ao século V, Santo Agostinho afirma que ela é de origem apostólica e de uma forma que deixa claro que ela já era observada universalmente por toda a Igreja antiga muito antes de seu tempo. Menções frequentes a ela aparecem nas obras de São João Crisóstomo, São Gregório de Nissa e na “Constituição dos Apóstolos”.
     “Peregrinação de Egéria” fala de uma vigília antes da festa e da festa em si, eventos que ela testemunhou na igreja construída sobre a gruta na qual os fiéis acreditam ter nascido Jesus em Belém. É possível que antes do século V, o evento narrado nos Evangelhos tenha sido comemorado em conjunto com a Páscoa ou o Pentecostes. Alguns acreditam que o controverso e muito debatido decreto 43 do Sínodo de Elvira (c. 300), condenando a prática de observar uma festa no quadragésimo dia depois da Páscoa e de esquecer de comemorar o Pentecostes no quinquagésimo, implica que a prática apropriada na época era comemorar a Ascensão junto com o Pentecostes.
     Representações artísticas do evento aparecem em dípticos e afrescos a partir do século V.
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Santa Petronília

Aurélia Petronília é romana de sangue patrício. Descendente de Tito Flávio Petrônio, estava aparentada com a família imperial dos Flávios. Além do seu nome patronímico, temos prova disso reparando que ela foi sepultada no cemitério de Flávia Domitila: era então regra absoluta, vinda dos costumes pagãos, não admitir no cemitério familiar qualquer pessoa fora da “gens”. Pertencia contudo ao ramo cristão, não reinante, dessa família.
Petronília foi provavelmente catequisada e batizada por São Pedro. Por esta razão, vários documentos dão-lhe o nome de “filha de Pedro”. Esta virgem tinha pelo príncipe dos Apóstolos grande veneração e mereceu ser objeto da sua mais paternal ternura, de maneira que foi considerada sua filha espiritual adotiva.
Nos tempos seguintes, a expressão filha de São Pedro enganou, e uma opinião errônea impôs-se até ao século XVII, segundo a qual Petronília foi verdadeiramente filha de São Pedro, nascida antes da vocação apostólica deste último. E, dizendo-se a França a Filha Primogênita da Igreja, o que vem dos tempos de Clóvis, não admira que tenha tomado Santa Petronília como sua protetora (a França é a primeira “filha” da Igreja Católica, porque foi o primeiro grande país da Europa Ocidental a se converter ao Cristianismo, assim como Petronília é a “filha” do primeiro Chefe da Igreja).
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São Raimundo Nonato, escravo mercedário, +1240

O espanhol Raimundo Nonato, viveu no século XIII, e se rebelou contra a escravidão que na época era tida como natural por muita gente. Em 1224, entrou na ordem dos mercedários, que era dedicada a resgatar os cristãos capturados pelos islâmicos, que eram levados para prisões na Argélia. São Raimundo não queria apenas libertar os escravos, mas lutava também para manter viva a fé cristã dentro deles. Capturado e preso na Argéliaa, converteu presos e guardas, mas teve a boca perfurada e fechada por um cadeado para não pregar mais. Após sua libertação, foi nomeado em 1239 cardeal pelo papa Gregório IX; todavia, no início de seu caminho para Roma padeceu violentas febres pela qual morreu. Recebeu a alcunha de Nonato (em catalão Nonat) porque foi extraído do ventre de sua mãe, já morta antes de dar-lhe à luz, ou seja, não nasceu de uma mãe viva, mas foi retirado de seu útero, algo raríssimo à época. É considerado o patrono das parteiras e obstetras.
http://pt.wikipedia.org

FÉLIX DE NICÓSIA Frade capuchinho, Santo (1715-1888)

Nasceu do matrimónio de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, em Nicósia (Itália), a 5 de Novembro de 1715. A família era pobre mas muito religiosa. A proximidade do convento dos Capuchinhos deu-lhe a possibilidade de frequentar aquela comunidade, conhecer os religiosos e admirar o seu estilo de vida.  Ao frequentar o convento sentia-se cada vez mais fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário. Quando completou vinte anos pediu ao Superior do Convento de Nicósia para interceder junto do Padre Provincial de Messina a fim de que pudesse ser acolhido na Ordem como leigo porque, dado que era analfabeto, não podia ser admitido como clérigo, mas sobretudo porque aquele estado mais condizia à sua índole humilde e simples. Recebeu resposta negativa não só então mas também às repetidas solicitações nos oito anos sucessivos. Contudo o seu desejo nunca diminuiu. Em 1743, ao saber que o Padre Provincial de Messina estava em Nicósia para uma visita, pediu para lhe expor o seu desejo. Finalmente o Provincial acolheu-o na Ordem, enviando-o ao Convento de Mistretta para o ano de noviciado. No dia 10 de Outubro de 1744 emitiu a profissão. Foi devoto de Jesus Crucificado e teve um culto particular pela Eucaristia. Concluiu a sua vida terrena no dia 31 de Maio de 1787. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII a 12 de Fevereiro de 1888.

CAMILA BATISTA DE VARANO Religiosa, Mística e Beata 1458-1524

O príncipe Júlio César de Varano, senhor do ducado de Camerino, era um fidalgo guerreiro e alegre, muito generoso com o povo e sedutor com as damas. Tinha cinco filhos antes de se casar, aos vinte anos, com Joana, filha do duque de Rimini, que completara doze anos de idade. Tiveram três filhos. Criou todos juntos no seu palácio de Camerino, sem distinção entre os legítimos e os naturais. Camila era sua filha primogénita, fruto de uma aventura amorosa com uma nobre dama da corte. Nasceu em 9 de abril de 1458. Cresceu bela, inteligente, caridosa e piedosa. Tinha uma personalidade sedutora e divertida, apreciava dançar e cantar. Tinha herdado o temperamento do pai, motivo de orgulho para ele, que a amava muito. Ainda criança, depois de ouvir uma pregação sobre a Paixão de Jesus Cristo, fez um voto particular: derramar pelo menos uma lágrima todas as sextas-feiras, recordando todos os sofrimentos do Senhor. Porém tinha dificuldade para conciliar o voto à vida divertida que levava, quando não conseguia vertê-la sentia-se mal toda a semana. Mas esse exercício constante, a leitura sobre mística e o estudo da religião, amadureceram a espiritualidade de Camila, que durante as orações das sextas-feiras ficava tão comovida que chorava muito.
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Visitação da Bem-aventurada Virgem Maria - 31 de maio

     Na Festa da Visitação de Nossa Senhora, o segundo mistério gozoso do Rosário, também a Festa do 'Magnificat', se estende e expande a alegria messiânica da salvação. Maria, Arca da Nova Aliança, é recebida por Isabel como a Mãe do Senhor. A Visitação é o encontro entre a jovem mãe, Maria, a serva do Senhor, e o antigo símbolo de Israel expectante, Isabel. A solicitude amorosa de Maria, com a sua viagem apressada, expressa o ato de caridade. João, que pulou no ventre de sua mãe, já começa sua missão precursora. O calendário litúrgico leva em conta a narrativa do Evangelho que coloca a visitação dentro dos três meses da Anunciação e o nascimento de João Batista. (M. Rom.)
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31 DE MAIO – MARIA VISITA SUA PRIMA ISABEL

O último dia de maio, todo ele consagrado a Maria, é encerrado com uma festa Mariana: a visita de Maria à sua prima Isabel. Qual foi o motivo dessa visita? Mencionemos alguns: 
Oferecer seus préstimos à futura mãe de João Batista, pois toda gestante precisa de um acompanhamento caridoso. 
Levar a notícia do próximo nascimento de Jesus e João, conforme lhes foi anunciado pelo Anjo. Portanto, uma visita missionária.
Comentar os últimos acontecimentos no Templo com Zacarias, as expectativas e os preparativos para o nascimento de João e de Jesus, seu noivado com José, e tantos detalhes que somente as mulheres sabem descobrir e ampliar. 
Enfim, desabafar-se mutuamente em diálogos descontraídos, também com os vizinhos e vizinhas. 
Lição: Aprendamos com Maria a fazer visitas de caridade, de reconciliação e de paz.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de Julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Sexta-feira – Visitação de Nossa Senhora
Evangelho (Lc 1,39-56) “Maria ... dirigiu-se apressadamente a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. ... Ficou três meses.”
Lucas apresenta-nos uma cena muito familiar. Numa casa, duas mulheres que se encontram e falam alegres das crianças que esperam. Relembram o passado, falam do presente e sonham com o futuro. Mas Deus está presente nessa realidade tão familiar; manifesta-se nas duas primas, e o próprio Filho de Deus ali está como filho da humanidade para cumprir todas as promessas do passado.
Oração
Senhor, alegro-me com Maria, Isabel e Zacarias, com essa gente toda que vive uma felicidade nova porque a salvação chegou. Alegro-me ao ver que vos manifestais na simplicidade do dia a dia. Vindes viver nossa vida, para fazer dessa vida comum uma bênção e um caminho de salvação. Ensinai-me, Jesus, a encontrar vossa graça nas coisas simples, nos acontecimentos mais comuns. Amém.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

DEU O CAPOTE PARA JESUS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Em muitas regiões europeias era, e ainda é costume, entronizar-se um grande crucifixo nas encruzilhadas dos caminhos ou nas esquinas das ruas. Quase sempre estão protegidos por uma coberta especial. Essa cobertura, porém, não impede que a neve caia e os respingue. Pedrinho, menino bom e piedoso, vai caminhando para a escola do povoado, agasalhado num grosso capote. Ao passar diante de um desses crucificados, ajoelhou-se para recitar uma curta oração. Enquanto orava, ficou reparando nos flocos de neve que cobriam a imagem do Cristo e teve dó: 
-Jesus, estou bem agasalhado, enquanto o senhor está sem roupa e com muito frio. Vou emprestar-lhe o meu capote. 
Mais do que depressa, despojou-se dele e cobriu o crucifixo. Depois seguiu cantarolando para a escola, embora tiritando de frio. 
Ouvindo a Palavra: Quando o rei Davi residia em seu palácio..., disse ao profeta Natã: “Veja só! Eu moro num palácio de cedro, mas a arca de Deus está numa barraca de lona” (2Sm 7,1-2). 
Falando com Deus: Quero dar deste meu pão àquele que tem fome, para te alimentar, Senhor. Quero dar um copo d’água àquele que tem sede, para te saciar, Senhor. Quero dar alguma veste àquele esfarrapado, para te vestir, Senhor. Quero dar o meu abrigo àquele peregrino, para te abrigar, Senhor. Vou fazer uma visita àquele prisioneiro, para te visitar, Senhor.
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REFLETINDO A PALAVRA - “O Amor no amor”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
1789. Felicidade do amor 
Na beleza do amor estão compreendidas todas as energias humanas. Quanto mais é amor, mais nos aproxima de Deus. Por isso o casamento é o caminho mais natural para a santidade da pessoa humana. O amor carnal supõe seu enriquecimento no amor de amizade para chegar ao amor Divino, que chamamos de ágape. É a conjunção dessas três dimensões que realiza a pessoa humana e a santifica. Não é sufocando o amor humano carnal que teremos o amor Divino. A manifestação de Deus ao mundo se deu na carne de Jesus que sabia amar. As penitências que afligem o corpo não são para matar a carne, mas para nos abrir também ao espiritual. Encontramos Deus em nosso ser total de carne, alma e dimensões psicológicas e intelectuais. O desvio do erótico se dá na falta de alteridade, pois está na exploração do outro. Os extravios não dignificam o homem e a mulher. A autoeducação, diz o Papa, realiza mais intensamente a pessoa e não renuncia ao intenso prazer, diz S. Tomás. Quando mais buscamos o amor ao outro, em suas mais diversas dimensões, mais encontramos Deus na pessoa do outro. Por isso o matrimônio insiste que os dois serão uma só carne. Deus está também na dimensão do prazer. Lembra ainda o livro do Eclesiástico: “Num dia feliz desfruta dos bens” (Eclo 7,14). O limite do prazer será sempre o prazer do outro. O egoísmo destrói o amor, pois é seu contrário. S. João Paulo IIensina que “o ser humano é chamado à plena e matura espontaneidade das relações que é o fruto gradual do discernimento dos impulsos do próprio coração”. O erotismo é um assunto a ser aprofundado para superar a má formação e os abusos (AL 151-152). 
1790. Violência não cabe no amor
Há problemas e patologias (doenças) na sexualidade matrimonial. O ideal é bonito, mas a realidade às vezes maltrata e destrói. Não pode ser “ocasião e instrumento de afirmação do próprio eu e da satisfação egoísta dos próprios desejos e instintos” (AL 153). Papa Francisco descreve uma situação constante no campo da sexualidade e pergunta: “Podem-se ignorar ou dissimular as formas constantes de domínio, prepotência, abuso, perversão e violência sexual que resultam de uma distorção do significado da sexualidade, sepultam a dignidade dos outros e o apelo ao amor sob uma obscura procura de si mesmo?” (AL 153). Mesmo no matrimônio, a sexualidade pode tornar-se fonte de sofrimento e manipulação... O ato sexual imposto ao cônjuge, sem consideração ....não é um ato de amor...” (Al 154). Ninguém pode ser colocado a “serviço do outro”; nenhum dos cônjuges fique fora da alegria do amor. Papa Bento XVI afirma em sua encíclica, Deus é Amor: “Se o homem aspira a ser somente espírito e quer rejeitar a carne como herança apenas animalesca, então espírito e corpo perdem sua dignidade” (DCE nº 5). 
1791. Os que não se casaram 
Toda a beleza do matrimônio não desaparece quando alguém não se casa. Há diversas situações, contudo essa vida não pode ser vazia de amor. “Há pessoas que não se casam porque consagram a vida por amor a Cristo e aos irmãos. Na Igreja e na sociedade, a família é enriquecida pela sua dedicação” (AL 158). “A virgindade é uma forma de amor”. Jesus escolheu esse caminho e foi um homem completo porque viveu o amor como caridade. O solteiro vive já o mundo definitivo. Matrimônio e virgindade são modalidades diferentes de amar (AL 161), sempre no serviço oblativo. Não ser casado não pode ser uma fonte de vazio e de amargura, mas capacidade de vida que se doa ao extremo justamente onde o amor se torna vida compartilhada. Exige a sexualidade como entrega aos outros.

EVANGELHO DO DIA 30 DE MAIO

Evangelho segundo São João 16,16-20. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me». Alguns discípulos disseram entre si: «Que significa isto que nos diz: ‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’, e ainda: ‘Eu vou para o Pai’?». E perguntavam: «Que é esse pouco tempo de que Ele fala? Não sabemos o que está a dizer». Jesus percebeu que O queriam interrogar e disse-lhes: «Procurais entre vós compreender as minhas palavras: ‘Daqui a pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me’. Em verdade, em verdade vos digo: Chorareis e lamentar-vos-eis, enquanto o mundo se alegrará. Estareis tristes, mas a vossa tristeza converter-se-á em alegria». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Catecismo da Igreja Católica§§728-729 
Quando Jesus voltar
Jesus não revela plenamente o Espírito Santo enquanto Ele próprio não for glorificado pela sua morte e ressurreição. No entanto, sugere-O pouco a pouco. [...]. Aos seus discípulos, fala d'Ele abertamente a propósito da oração e do testemunho que devem dar. Só quando chega a Hora em que vai ser glorificado é que Jesus promete a vinda do Espírito Santo, pois a sua morte e ressurreição serão o cumprimento da promessa feita aos antepassados. O Espírito da verdade, o outro Paráclito, será dado pelo Pai a pedido de Jesus; será enviado pelo Pai em nome de Jesus; Jesus O enviará de junto do Pai, porque do Pai procede. O Espírito Santo virá, nós O conheceremos, Ele ficará connosco para sempre, habitará connosco; há de ensinar-nos tudo, há de lembrar-nos tudo o que Cristo nos disse e dará testemunho d'Ele; conduzir-nos-á à verdade total e glorificará a Cristo. Quanto ao mundo, confundi-lo-á em matéria de pecado, de justiça e de julgamento.

30 DE MAIO – A JOVEM QUE SALVOU A FRANÇA E BEATO JOSÉ MARELLO

Santa Joana D’Arc (1412-1431) passou a infância trabalhando no campo. Nunca aprendeu a ler e a escrever. Dotada de uma inteligência inata, mas sem maior formação, aos 14 anos começou a ouvir vozes misteriosas e celestiais, convocando-a para salvar a França e repor o rei no trono.Diante da situação desesperadora do exército francês derrotado e humilhado, não duvidou em expor ao Delfim (mais tarde Carlos VII) a missão que recebeu do céu de salvar a França. Ganhou dez mil soldados para essa tarefa. Em 1429, usando a armadura branca marchou à frente do exército. Sua presença e sua fé inquebrantável levantaram a moral das tropas. Venceu várias batalhas e reconquistou a coroa para o Delfim. Missão cumprida. Mas foi traída e vendida aos ingleses, que atribuíram seu êxito a uma bruxaria. Encarcerada em Rouen, acusada de heresia, foi submetida a diversos interrogatórios humilhantes. Os juízes declararam falsas e diabólicas suas visões. Foi levada ao cemitério de Rouen diante de uma grande multidão e intimada a se retratar. Não o fez, porém. Voltou para a prisão e foi condenada ao suplício da fogueira. Morreu olhando para um crucifixo e exclamando :
“Jesus! Jesus! Jesus!”
Este foi um dos processos mais tenebrosos e infames da História. Poucos anos depois, foi revisto, e reconhecida sua inocência. Para reparar o mal, a Igreja abriu outro, o da canonização, o que aconteceu em 1920. É a segunda padroeira da França. 
José Marello (1844-1895). Italiano nascido em Turim. Era inteligente, alegre, idealista. Devotissimo de São José. Fundou até a Congregação dos “Oblatos de São José” para cuidar da juventude.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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Santa Dinfna, Virgem e mártir – 30 de maio


Martirológio Romano: Em Geel, no Brabante, Austrásia, no território da moderna Bélgica, Santa Dinfna, virgem e mártir.  
     A Irlanda, aconchegada nas águas azuis do Atlântico, foi evangelizada por São Patrício e há séculos é conhecida como a Ilha dos Santos. Uma relação dos santos irlandeses preencheria um calendário da Santa Igreja. Mas, infelizmente, estes santos são desconhecidos pela maior parte dos católicos. Um exemplo de santo esquecido ou desconhecido é Santa Dinfna.
     A "Vita Sancta Dimpnae" foi escrita entre 1238 e 1247 por um cônego da Colegiada de Santo Alberto de Cambrai, França, de nome Petrus Van Kamerijk, sendo Bispo de Cambrai Guy I. O autor mesmo menciona que se baseou na tradição oral popular. Portanto, não há dados comprobatórios da narração feita por ele.
     Há na Irlanda uma igreja, Chilldamhnait ou Kildowner, situada na parte sul da ilha, cujo nome significa Igreja de Dinfna. Segundo antiga tradição, Dinfna veio do antigo reino de Oriel e fundou a igreja no século VII. Nessa igreja ela atendia os doentes. Dinfna morreu em Geel, Bélgica. A igreja foi restaurada no século XVII, mas a igreja original está atualmente em ruínas.      
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Beata Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, religiosa, fundadora, +1902

Matilde Téliez Robles nasceu em Robledillo de la Vera (Cáceres - Espanha) no dia 30 de maio de 1841, um dia de plenitude primaveril inundado pela luz da solenidade litúrgica de Pentecostes. Ela recebeu as águas do batismo na igreja paroquial no dia seguinte do seu nascimento. Era a segunda dos quatro filhos de Félix Téliez Gómez e de sua esposa Basilea Robles Ruiz. No mês de novembro de 1841, seu pai, devido a sua profissão de escrivão, se estabeleceu com a sua família em Béjar (Salamanca). Nesta cidade de Béjar, importante pela sua indústria têxtil, a pequena Matilde vai crescendo; recebe uma formação cultural de base, própria da sua classe social média, e uma boa formação religiosa, iniciada no ambiente profundamente cristão do seu lar. 
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JOSÉ MARELLO Bispo, Santo 1844-1895

José Marello nasceu em 26 de Dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós. Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o frequentou até o final da adolescência, quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário. Depois disso, sarou e voltou aos estudos no seminário de Asti, do qual saiu em 1868, ordenado sacerdote e nomeado secretário do bispo daquela diocese. José e o bispo participaram do Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870. Posteriormente, acompanhou o bispo por toda a arquidiocese astiniana. Com uma rotina incansável, ele atendia todos os problemas da paróquia, da comunidade e das famílias.
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FERNANDO III Rei de Castela e Leão, Santo 1198-1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa.
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SANTA JOANA D’ARC Guerreira

Recebendo de Deus a missão de libertar a França do jugo dos ingleses, a admirável donzela de Orleans enfrentou o martírio para o cumprimento dessa sublime missão
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O Reino Cristianíssimo da França, aquela que era chamada a Filha Primogénita da Igreja, em 1429 estava prestes a desaparecer. Justamente castigada por Deus com quase cem anos de guerras contra os ingleses, como consequência do pecado de revolta contra o Papado, cometido no início do século XIV por seu Rei Filipe IV, o Belo, e pela elite da nação. Seu território estava reduzido a menos da metade e os ingleses cercavam a cidade de Orléans, última barreira que lhes impedia a conquista do resto do país. O herdeiro do trono, o delfim Carlos, duvidava da legitimidade de seus direitos, e seus capitães e soldados estavam desmoralizados. É significativo o seguinte relato dessa lamentável situação:"O Analista de Saint Denis, começando a narração do ano de 1419, escrevia: 'Era de se temer, segundo a opinião das pessoas sábias, que a França, essa mãe tão doce, sucumbisse sob o peso de angústias intoleráveis, se o Todo Poderoso não se dignasse atender do alto dos Céus as suas queixas. Assim apelou-se para as armas espirituais: cada semana faziam-se procissões gerais, cantavam-se piedosas ladainhas e celebravam-se Missas solenes. Em sua terrível decadência, sentindo-se incapaz de salvar-se a si mesmo, o Delfim guardava sua fé no Deus de Clóvis, de Carlos Magno e de São Luís, a sua confiança na Santíssima Virgem" [1].
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A gloriosa Epopeia de Santa Joana d’Arc – 30 de maio


     Pastorinha chamada por Deus para realizar um feito sem igual no Novo Testamento, ela restaurou a França, país então sem esperança, arruinado pelo caos político-religioso e ocupado em larga medida pelos ingleses. Reinstalou no trono o rei legitimo e levou à vitória seus desanimados exércitos.
     Considerada como profetisa do Novo Testamento, a santa gravou o nome de Jesus na bandeira com que conduzia as tropas ao combate. Dois séculos e meio depois, o Sagrado Coração viria pedir a Luís XIV, rei da França, mediante aparição à vidente Santa Margarida Maria Alacoque, que gravasse sua imagem nas bandeiras reais.
     Aprisionada por ocasião de uma escaramuça, Santa Joana d’Arc foi julgada por um tribunal iníquo que a condenou a ser queimada como bruxa na cidade de Rouen, em 1431. Hoje, porém, a história da santa, canonizada em 1920, faz vibrar o mundo.
     Quem foi Joana d’Arc e como eram as vozes do Céu que ouvia? Como fez o que parecia impossível?
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Festa da Ascensão do Senhor

     A observância desta festa é muito antiga. Embora não haja evidências documentais de sua existência anteriores ao século V, Santo Agostinho afirma que ela é de origem apostólica e de uma forma que deixa claro que ela já era observada universalmente por toda a Igreja antiga muito antes de seu tempo. Menções frequentes a ela aparecem nas obras de São João Crisóstomo, São Gregório de Nissa e na “Constituição dos Apóstolos”.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quinta-feira – Santa Joana d’Arc
Evangelho (Jo 16,16-20) “Chorareis e lamentareis, mas o mundo se alegrará; ficareis tristes, mas vossa tristeza se transformará em alegria.”
Jesus fala de sua morte, do fim da convivência com que já se estavam acostumando. Haveria tristeza e desorientação por causa da cruz e da sepultura. Depois haveria a alegria da ressurreição. Mas nada seria como antes; eles e o Mestre estariam em planos diferentes; continuaria com eles, mas já não o poderiam ver. Dali em diante precisariam acostumar-se a viver apenas da certeza da fé.
Oração
Senhor, creio que estais sempre conosco, sempre a nos amparar e iluminar. Aumentai minha fé, ajudai-me a viver essa vossa presença mesmo sem ver nem sentir nada. Não vos peço sentimentos nem consolos espirituais, mas apenas fé robusta, amor incondicional, esperança firme. Amparai-me nos momentos mais difíceis, quando a escuridão e o frio forem maiores e o deserto mais árido. Amém.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

O QUEIJO RESERVADO NO CÉU

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Dizem que no céu existe um grande queijo reservado para o casal que nunca tiver brigado na terra. Mas continua intacto até hoje. Quem é que vai levar o queijo? Alguns já disseram que vão mesmo. Talvez este que estava celebrando 60 anos de vida conjugal, rodeado de filhos, netos, bisnetos e tataranetos? A missa de bodas se desenrolava com toda a solenidade. Já porque hoje em dia é coisa rara celebrar bodas de diamante.Na hora da homilia, em tom de gracejo, o padre perguntou à esposa se tiveram algum bate-boca durante esse longo tempo. A velhinha respondeu:
- Bate-boca não tivemos. Mas vontade de matar meu velho, eu já tive.
Palavra de Deus: Sê fiel até a morte, e te darei a coroa da vida (Ap. 2,10).
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REFLETINDO A PALAVRA - “Não desistir de rezar"

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
51 ANOS CONSAGRADO
43 ANOS SACERDOTE
Insistir na oração 
A antífona de entrada da celebração nos aponta um caminho para compreendermos o evangelho desse domingo: “Clamo a Vós, meu Deus, porque me atendestes… Guardai-me como a pupila dos olhos; à sombra de vossas asas abrigai-me” (Sl 16,6.8). O orante clama porque sabe que Deus é o socorro permanente. E diz que a meta da oração é ser guardado por Deus que é seu abrigo seguro. Dizer, acolher-me sobre as asas de Deus, lembra a Arca da Aliança que estava sob dois Querubins. Trata-se da presença de Deus. É ali que a oração nos conduz. A catequese de Jesus sobre a oração vai ao núcleo de nossas necessidades e de nossa fragilidade. Ao contar a parábola da viúva indefesa diante de um juiz que não atendia as pessoas, ensina que devemos rezar sempre e com insistência. A liturgia traz o livro do Êxodo que nos relata a oração de Moisés pela vitória de Israel sobre os amalecitas. Ele rezou com insistência, o dia todo. Na parábola estamos diante de um juiz iníquo que, pela insistência, cede às súplicas da viúva. Não tendo forças para pressioná-lo, tem a força da insistência. Quanto mais seremos ouvidos por Deus que sempre socorre seus escolhidos (Lc 18,7). A oração perseverante sempre obtem o resultado. Lembremos que Deus sabendo o que precisamos, mesmo antes de o pedirmos (Mt 7,7), saberá quando e como atender-nos. Na verdade, o que vale da oração não é o resultado do que pedimos, mas entrar em contato permanente com Deus que é mais que tudo o que possamos pedir. Somos mesquinhos, e queremos resolver só nossos problemas, quando Deus oferece soluções maiores. Jesus, conhecendo nossa fragilidade e falta de fé, sabe que não somos insistentes e firmes na fé quando rezamos. 
Rezar com o corpo 
Não saia do corpo para rezar só com a mente. O corpo faz parte de nossa totalidade. O espiritual e o corporal caminham juntos. Em sua história a Igreja sofreu influências de mentalidades do tempo e até as justificou. Houve desprezo do corpo, oprimindo-o para libertar a alma. Deus não fez nenhuma parte errada em nós. O mal ou o bem provém de nosso coração como disse Jesus. É uma opção pessoal que produz o mal. Nossas tendências podem ser educadas. Procurou-se castigar o burrinho que somos. Ele pode ser selvagem, mas pode ser educado e fica bom. Vemos Moisés rezando com os braços levantados. Se os abaixava, os judeus começavam a perder a batalha. Por isso puseram duas pedras sob seus braços para que não abaixassem e os hebreus vencessem. A insistência da velhinha supôs muitas idas e vindas para conseguir. Rezamos com a totalidade de nosso corpo. Por isso podemos e devemos tomar posições que expressem o que rezamos. Estar diante de Deus em silêncio, já é oração. Rezamos em nossa realidade. 
Rezar com a Escritura 
Quando refletimos sobre a oração ficamos sempre em dificuldades e pensamos que não sabemos rezar. Os discípulos apresentaram esse problema a Jesus: “Mestre, ensina-nos a rezar como João ensinou a seus discípulos” (Lc 11,1). Naquele momento Jesus estava orando. E responde: Quando orardes, dizei: “Pai Nosso…”. Esta é a oração fundamental que tem tudo o que precisamos. A seguir temos os salmos que perpassam por todas as necessidades humanas. Há tanta gente que conhece salmos de cor. Uma leitura meditada da Escritura nos coloca em diálogo com Deus e sustenta nossa vida espiritual. Temos que ver na Palavra de Deus, aquilo que ocorre conosco. Por isso, pedi e recebereis (Mt 7,7).

EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO

Evangelho segundo São João 16,12-15. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora. Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Catecismo da Igreja Católica §§ 797-799 
«Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu 
e vos há de anunciá-lo» 
«O que o nosso espírito, quer dizer, a nossa alma, é para os nossos membros, o Espírito Santo é-o para os membros de Cristo, para o Corpo de Cristo, que é a Igreja» (Santo Agostinho). […] É o Espírito Santo que faz da Igreja «o templo do Deus vivo» (2Cor 6,16); «De facto, foi à própria Igreja que o dom de Deus foi confiado [...]. Nela foi depositada a comunhão com Cristo, isto é, o Espírito Santo, arras da incorruptibilidade, confirmação da nossa fé e escada da nossa ascensão para Deus [...]. Porque onde está a Igreja, aí está também o Espírito de Deus; e onde está o Espírito de Deus, aí está a Igreja e toda a graça» (Santo Ireneu). O Espírito Santo […] realiza, de múltiplas maneiras, a edificação de todo o Corpo na caridade: pela Palavra de Deus […]; pelo batismo, pelo qual forma o Corpo de Cristo (1Cor 12,13); pelos sacramentos, que fazem crescer e curam os membros de Cristo; pela «graça dada aos Apóstolos que ocupa o primeiro lugar entre os seus dons» («Lumen Gentium» 7); pelas virtudes que fazem agir segundo o bem; enfim, pelas múltiplas graças especiais (chamadas «carismas») pelos quais torna os fiéis «aptos e disponíveis para assumir os diferentes cargos e ofícios proveitosos para a renovação e a cada vez mais ampla edificação da Igreja» («Lumen Gentium» 12). Extraordinários ou simples e humildes, os carismas são graças do Espírito Santo que, direta ou indiretamente, têm uma utilidade eclesial, ordenados como são para a edificação da Igreja, o bem dos homens e as necessidades do mundo.

Nossa Senhora Auxiliadora, História da Invocação

     Nos primeiros séculos, a Santa Igreja, guiada pelo Espírito Santo, tratou com muita discrição tudo quanto se referia a Santa Mãe de Deus, para que Ela não fosse confundida com uma deusa por aqueles povos recentemente convertidos dos erros do paganismo.
     Ainda assim, há muitas evidências de uma devoção a Ela já nos primeiros séculos. Temos, entre muitos outros, um fragmento de uma oração dirigida a Ela, uma representação da Virgem com o Menino nas catacumbas de Priscila, em Roma, uma placa do século III representando a visita dos Reis Magos, um prato dourado do século IV retratando Maria SSma. e os Santos Apóstolos Pedro e Paulo (vide abaixo).
     As invocações com que os católicos a Ela se dirigem, honram e cultuam são inúmeras. A invocação de Auxilium Christianorum, entretanto, tem uma conotação especial: Ela é invocada e sempre intervém quando há uma batalha que parece pender para o lado dos inimigos da Cristandade. Poderíamos dizer que Ela é um General que sabe táticas de guerra...
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DIA 29 DE MAIO – MARTÍRIO COM REQUINTES DE MALDADE

Os adoradores do deus Saturno não gostaram dos primeiros evangelizadores cristãos na região de Trento porque, além de pregar contra a idolatria, recusaram-se a adorar esse ídolo. Eram eles Sisinio, Maltartiri e Alexandre, acólitos e futuros padres (+397). 
Foram surpreendidos na sua igreja e agredidos violentamente. O primeiro, Sisinio, morreu em conseqüência dos maus tratos. Martiri e Alexandre, dois irmãos, foram queimados vivos diante do altar do deus Saturno, usando-se para isso a madeira da mesma igreja que os idólatras destruíram. 
URSULA LEDOCHOWSKA (+1939) nasceu na Austria. Fundadora de uma Congregação Religiosa. Percorreu vários paises da Europa pregando o ecumenismo. Criou novo estilo de vida religiosa. Foi beatificada em 1983.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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São Félix de Nicósia, religioso, +1787

Nasceu em Nicosia, Sicília, no ano de 1715, de uma família pobre, mas animada de profunda fé e temor a Deus, unidos a uma grande laboriosidade. O pai começava o dia participando da missa e o encerrava com uma visita ao SS. Sacramento. A mãe, quando dava um pedaço de pão aos filhos, convidava-os a deixar um pouco para os pobres, educando-os desse modo, no amor aos mais necessitados. Félix com a idade de 20 anos pediu para ser admitido no convento dos frades Capuchinhos. Obteve resposta negativa. Mas não desistiu: rezou, implorou, pediu novamente até que, depois de sete anos de provas, em 1743, é admitido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Frei Félix não precisou de uma transformação no noviciado: pobreza, penitência, humildade, obediência, união com Deus na oração e no trabalho, toda uma vida animada e iluminada no amor de Deus e ao próximo, ele procurou viver também na vida religiosa, numa atmosfera franciscana. Passou quarenta e três anos de vida religiose e gostava de se chamar “o jumentinho do convento”. Passava dia após dia pelas ruas e becos da cidade e pelas localidades próximas, com uma batina velha e remendada, os pés descalços, cabeça descoberta sob a chuva ou sol quente da Sicília, sacola nos ombros o terço nas mãos e o coração em Deus. Era afável e cordial com grandes e pequenos, ricos e pobres, autoridades e gente simples, tendo sempre uma palavra boa para todos, ora consolando, ora admoestando. Sempre agradecia com um alegre "Deo gratias" não só as esmolas, mas também as ofensas e repulsas. Frei Félix dedicava o dia ao apostolado e a noite às orações e penitências. No fim de maio de 1787, adoece de uma febre forte e, no último dia do mês de Nossa Senhora, a quem tinha amado e venerado desde a infância, entrou na paz eterna. Foi canonizado em 2005 pelo Papa Bento XVI.

São Fernando, rei de Leão e Castela, +1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra. Sob seu reinado foram mudados os códigos civis, ficando mais brandos sob a tutela do Supremo Conselho de Castela, instituiu o castelhano como língua oficial e única, fundou a famosa Universidade de Salamanca e libertou sua nação do domínio dos árabes muçulmanos.
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