Evangelho segundo São João 15,12-17.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai.
Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».
Tradução litúrgica da Bíblia
São Francisco de Assis(1182-1226)
fundador da Ordem dos Frades Menores
Carta a todos os fiéis, 2-3
«Destinei-vos, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça»
Que abençoados e felizes são os que amam a Deus e praticam o que o próprio Senhor diz no Evangelho: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e [...] amarás ao teu próximo como a ti mesmo» (Mt 22,37-39). Amemos, portanto, a Deus e adoremo-l'O com um coração e um espírito puros. [...]
Em seguida, amemos o nosso próximo como a nós mesmos. E se alguém não quiser ou não puder amar o seu próximo como a si mesmo, que ao menos não lhe faça mal, mas, pelo contrário, lhe faça bem. Os que foram investidos do poder de julgar os outros, que exerçam o seu cargo de juízes com misericórdia, como se eles próprios quisessem obter a misericórdia do Senhor (cf Lc 6,37). [...] Tenhamos, pois, caridade e humildade: demos esmolas, porque elas lavam a alma das manchas dos seus pecados. Com efeito, tudo o que os homens deixam ao partir deste mundo está para eles perdido para sempre; mas levarão consigo o prémio da caridade e das esmolas que tiverem dado e receberão por elas, de Deus, a recompensa e uma justa retribuição. [...]
Sobre todos aqueles e aquelas que assim agirem e perseverarem até ao fim, o Espírito do Senhor repousará (cf Is 11,2) e fará neles sua habitação e sua morada (cf Jo 14,23), e eles serão filhos do Pai celeste (cf Mt 5,45), pois fazem as suas obras; e serão esposos, irmãos e mães de nosso Senhor Jesus Cristo (cf Mt 12,50). [...] Como é glorioso, santo e grande ter um Pai no Céu! Como é santo e belo, magnífico e admirável, ter nos Céus um Esposo! Como é santo [...] e humilde, tranquilizador e suave, amável e desejável acima de tudo, ter um tal Irmão e um tal Filho, que deu a vida pelas suas ovelhas (cf Jo 10,15), e pediu ao Pai por nós dizendo: «Pai santo, guarda em teu nome os que Me deste [...]; Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Me confiaste, para que contemplem a minha glória, no teu reino» (cf Jo 17,6-24).
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