quinta-feira, 22 de junho de 2017

EVANGELHO DO DIA 22 DE JUNHO

Evangelho segundo S. Mateus 6,7-15.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito. Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes. Orai assim: ‘Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal’. Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita descalça, doutora da Igreja 
«Caminho de Perfeição», cap. 27 
«Quando rezardes, dizei: "Pai"» (Lc 11,2)
«Pai nosso, que estais nos céus». Ó Senhor meu, como pareceis Pai de tal Filho e como o vosso Filho parece Filho de tal Pai! Bendito sejais para todo o sempre! No fim da oração, não seria já tão grande, Senhor, esta mercê? Mas logo em começando nos encheis as mãos e fazeis tão grande mercê, que seria bem o encher-se dela o entendimento para ocupar a vontade, de modo que não pudesse dizer palavra. 
Oh, que bem viria aqui, filhas, a contemplação perfeita! Oh, com quanta razão entraria em si a alma, a fim de melhor poder subir acima de si mesma para que este santo Filho lhe desse a entender qual é o lugar onde diz que está seu Pai, que é nos Céus! […] 
Ó Filho de Deus e Senhor meu! Como dais tantos bens juntos logo à primeira palavra? Já que Vós mesmo Vos humilhais em tão grande extremo, até juntar-Vos connosco a pedir, […] como é que ainda quereis nos tenha por filhos […]? Sendo Pai, nos há de sofrer, por graves que sejam as ofensas. Se tornarmos a Ele como o filho pródigo, terá de perdoar, de nos consolar em nossos trabalhos, de nos sustentar, como fará um Pai que forçosamente há de ser melhor que todos os pais do mundo, porque nele não pode haver senão a perfeição de todo o bem, e, depois de tudo isto, fazer-nos participantes e herdeiros convosco. […] 
Ó bom Jesus! […] Falastes como Filho dileto, em vosso nome e no nosso. […] Nâo vos parece, filhas, […] que haverá razão, ainda mesmo que digamos vocalmente esta palavra, «Pai Nosso», para a deixarmos de entender com o entendimento, e assim se faça em pedaços o nosso coração ao ver tanto amor? 

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