terça-feira, 20 de junho de 2017

REFLETINDO A PALAVRA - “Alegrias da Salvação”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
Deus de minha alegria
               A festa não é um dia no calendário, mas o calendário que penetra a vida. Tudo o que Deus nos oferece, acontece por inteiro em cada momento de nossa fé. Estamos nos preparando para a celebração do Natal, no qual fazemos memória do Mistério Pascal de Cristo em Seu Nascimento. Celebrar é mais que lembrar, é vivenciar o mesmo acontecimento na celebração litúrgica e na vida. A celebração não é só o momento ritual, mas o tempo litúrgico. Celebramos a Manifestação do Senhor. “Ele veio para o que era seu” (Jo 1,11). Estamos acolhendo Deus que vem ao mundo para comunicar sua vida: “A todos os que O receberam deu poder de se tornarem filhos e filhas de Deus”. Filhos nascido “não da carne nem da vontade do homem, mas de Deus” (12). Digamos que alguém ganhe na mega sena no Natal. É uma transformação total da vida. O que significa isso diante do fato de ganharmos o Filho Daquele que é o Senhor de todas as coisas? A percepção desta grandeza vem da fé. Por isso Maria exulta de alegria (Lc 1,46); O profeta Isaias escreve: “Exulto de alegria no Senhor e minha alma regozija no meu Deus” (Is 61,10); Paulo exorta: “Estai sempre alegres!” (1Tes 5,16); A antífona de entrada canta: “Alegrai-vos sempre no senhor! Outra vez vos digo: Alegrai-vos! O Senhor está para chegar!(Fil 4,4.5). Nas celebrações de Natal contemplamos a festa da alegria: Anjos cantam, pastores se alegram, Simeão e Ana se rejubilam, Magos sentem uma grandíssima alegria. Estamos alegres porque, na Eucaristia, se realizam as maravilhas da salvação (oferendas). A alegria do Natal é a mesma que sentem os discípulos ao verem o Ressuscitado. O Espírito que torna fecundo o seio de Maria, fecunda nosso coração com a presença do Salvador. Isaías canta a alegria dos sofredores pelo anúncio do Salvador que é o Evangelho (Alegre Notícia).
Testemunha da Luz
               Alegria e luz são duas palavras que se casam neste tempo de Natal. Não é sem razão que Jesus chama João de amigo do noivo, pois se alegra com sua presença (Jo 3,29). João não toma o lugar de Jesus, mas se coloca como servidor Daquele que vem. “Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Os judeus, que conheciam o que se esperava do futuro Messias, procuram saber se João se identifica com algum dos predicados do Messias: Ele não é o Messias-Cristo nem Elias (Ml 3,22-23) que deveria voltar, nem o Profeta (Dt 18,15). João entra na linha das profecias de Isaias (40,3). Ele anuncia a presença de Cristo e se alegra como exultou no seio de Isabel (Lc 1,40)
Plenitude dos bens
               Os dons que recebemos nos preparem para as festas que se aproxima (pós-comunhão). O Menino de Belém quer que a plenitude dos bens da salvação que nos trouxe, cheguem, através de nós, a todas as pessoas, sobretudo aos que pouco tem. Ele saiu de si, de sua glória, para dar a vida. Nós, recebendo Dele a vida a teremos em abundância se sairmos de nós para fazer como Ele o fez, como ensina Paulo: “Vós conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que por causa de vós se fez pobre, embora fosse rico, para vos enriquecer com sua pobre” (2Cor 8,9)... “Por isso Deus o exaltou grandemente” (Fl 2,9). Os presentes de Natal refletem o sair de si e doar-se através dos dons. Pena que esquecem o Doador de todo Dom, Jesus  Na celebração de hoje vivemos a alegria da salvação anunciada para celebrá-la presente. 

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