quarta-feira, 30 de setembro de 2015

EXEMPLO DE PAI DE FAMILIA

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Pe.Pelágio CSsR
O pessoal do Riacho Seco não se esquece do Seu Domingos, o patriarca do bairro. E nem da esposa e mãe dona Fulgência. Tinham muitos filhos, e cuidavam deles com amor. Era aquele mesmo carinho, aquela mesma atenção para cada um deles. Quando estavam para dormir, passava por todas as camas e deitava-lhes novamente a sua bênção. Sempre havia uma palavrinha especial para cada um. Mostrava aos filhos constantemente o caminho da vida e da honestidade. Inculcava neles o gosto pelo trabalho. Não queria saber de ninguém preguiçoso. Aos domingos era aquela movimentação na família. Todos se aprontavam para a missa, como se fossem para uma festa. Acima de tudo, Seu Domingos era homem do exemplo. Costumava dizer para os filhos: 
-“Se vocês me pegarem fazendo alguma pouca-vergonha, podem saber que o pai de vocês endoidou”.
Ele foi um pai, no verdadeiro sentido da palavra 
Lição: Exemplo para nossos pais e nossas famílias, embora os tempos tenham mudado bastante.

SÃO JERÕNIMO: TRADUTOR DA BÍBLIA

São Jerônimo nasceu em Estridão por volta de 330. Cursou estudos em Roma, e lá foi batizado. Em 373 estava de volta à sua pátria, indo depois para o deserto de Cálcis onde um judeu convertido ensinou-lhe o hebreu. Em Antioquia é ordenado sacerdote por Paulino. Em 380 vai com ele a Roma. O papa Dâmaso tomou-o como confidente e ele aproveitou para aperfeiçoar seu hebraico com um rabino. 
- Empreende uma peregrinação aos lugares santos. Em 396 se instala em Belém fundando uma erudita comunidade monástica. 
- É um dos grandes padres da Igreja do ocidente. Passou parte da sua vida no oriente, sobretudo em Belém. O papa São Dâmaso chamou-o a Roma e encarregou-o de realizar uma versão latina da Bíblia, que seria depois conhecida pelo nome de Vulgata, e foi a versão empregada na Liturgia romana até o século XX. 
- Seu caráter duro e apaixonado granjeou-lhe muitos inimigos. Por outra parte, praticou uma ascese exigente consigo mesmo, e seus escritos mostram sua profunda piedade e seu grande amor à Sagrada Escritura, à qual dedicou enormes esforços até os últimos anos em Belém, como monge.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Caminhos de sabedoria”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
A mesa do Reino é aberta a todos
            Jesus usa a imagem de banquetes em suas parábolas. Ele explica-nos que o Reino será um convívio íntimo com Deus ao qual todos estão convidados, sobretudo os humildes. A liturgia deste 22º domingo reflete sobre o acolhimento dos humildes e a recusa dos soberbos. O banquete dos soberbos sacia a vaidade. O banquete de Deus preenche o coração com o amor. Jesus fora convidado a um banquete. Notou como os convidados lutavam pelos lugares de honra. Jesus narra uma parábola que ensina o procedimento em um banquete. Deve-se procurar o último lugar, com humildade, deixando ao dono oferecer os bons lugares. A maior honra está em ser humilde e assim ser exaltado. A humildade deixa-nos bem em qualquer situação. Estamos bem e felizes, mesmo se desconhecidos e não apreciados. Participar do banquete da vida é ter a sabedoria da humildade, onde quer que estejamos. Jesus explica ao senhor que o convidará que o banquete, o convívio do amor, não pode ser reservado a uma burguesia que retribuirá. Assim ficam elas por elas. Mas o convívio do amor deve estender-se a todos os que não podem retribuir. Assim recebemos de Deus que paga a conta dos pobres. Ele retribuirá. Deus assim faz, abrindo o banquete do Reino a todos. Esses pobres são mediadores da salvação aos que sabem construir a vida na humildade. A humildade nasce da constatação de que Deus é absoluto.
Para o orgulhoso não há remédio
A primeira leitura faz um discurso muito forte sobre o orgulho: “Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de pecado está enraizada nele, e ele não compreende” (Eclo 3,30). Jesus não suportava o orgulho. Com razão, pois é a maior tentação: “Sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gn 3,5), diz o demônio no Paraíso. Esse mal está de tal modo enraizado no coração das pessoas que acaba sendo a fonte de todos os pecados. Pecamos porque achamos que somos os donos do bem e do mal. O orgulho cega o coração. “É norma divina que a assembléia dos soberbos, doente em si mesma, é terreno propício para árvore do pecado, sem que esses se dêem conta, tirando até a consciência de serem assim” (Frederici). É por isso que o próprio Eclesiástico já dá o remédio para esse mal: “Na medida em que fores grande deverá praticar a humildade” (Eclo 3,20). É o mesmo conceito que possui Jesus: “Vá sentar-te no último lugar” (Lc 14,10). É uma questão de educação espiritual. No último lugar aprendemos com Jesus, que “era de condição divina, mas esvaziou-se de si mesmo e assumiu a condição de servo, por isso Deus o exaltou” (Fl 2,6.7.9). Deus revela seus mistérios aos humildes (Eclo 3,20).
Desejos de sabedoria
            Fazer-se pequeno é reconhecer a grandeza de Deus e nele confiar. Ele olhou para a humildade de sua serva, canta Maria. O Eclesiástico continua dando a receita para vencer todo orgulho, que no fundo é uma idolatria: “O homem inteligente reflete sobre as palavras dos sábios, e com ouvido atento deseja a sabedoria” (31). O orgulhoso é um ignorante sobre Deus e sobre o próprio ser humano. O sábio é humilde e se conhece pela sabedoria que dele emana, e o ouvido bom terá sempre o insaciável desejo de escutar, assumir e colocar em prática a sabedoria que vem do Senhor e da vida” (Frederici). Na Eucaristia participamos do banquete da vida, aprendemos a humildade nos sinais e na igualdade dos comensais. A Eucaristia deve passar à vida de cada dia, na humildade e simplicidade.

EVANGELHO DO DIA 30 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. Lucas 9,57-62.
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, quando alguém Lhe disse: «Seguir-Te-ei para onde quer que fores». Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm as suas tocas, e as aves do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Depois disse a outro: «Segue-Me». Ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Disse-lhe Jesus: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos; tu, vai anunciar o reino de Deus». Disse-Lhe ainda outro: «Seguir-Te-ei, Senhor; mas deixa-me ir primeiro despedir-me da minha família». Jesus respondeu-lhe: «Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o reino de Deus». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria, doutor da Igreja - Vida de Santo Antão, 19-20 
Seguir a Cristo pelo caminho certo
Um dia, os monges vieram ter com Antão e pediram-lhe que lhes dirigisse a palavra. Ele respondeu-lhes: «Eis que começámos a avançar pela estrada da virtude; continuemos agora em frente, a fim de atingirmos a meta (Fil 3,14). Que ninguém olhe para trás como a mulher de Lot (Gn 19,26), porque o Senhor disse: “Quem mete a mão ao arado e olha para trás não é apto para o Reino dos Céus.” Olhar para trás mais não é do que alterar o próprio objectivo e retomar o gosto pelas coisas deste mundo. Nada receeis quando ouvirdes falar da virtude, nem vos espanteis com esta palavra. Porque a virtude não está longe de nós, nem nasce fora de nós; é coisa que nos diz respeito, e é simples, desde que o queiramos. 
Os pagãos deixam o seu país e atravessam os mares para irem estudar letras. Nós não temos necessidade de abandonar o nosso país para ir para o Reino dos Céus, nem de atravessar o mar para adquirir a virtude. Porque o Senhor disse: “O Reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17,21). A virtude apenas precisa, pois, do nosso querer, dado que está em nós e nasce de nós. Se a alma conserva a parte inteligente que é conforme à sua natureza, a virtude pode nascer. A alma encontra-se no seu estado natural quando permanece tal como foi feita; e foi feita muito bela e muito recta. Era por isso que Josué, filho de Nun, dizia: “Inclinai os vossos corações para o Senhor, Deus de Israel” (Jos 24,23). E João Baptista: “Endireitai as suas veredas” (Mt 3,3). Para a alma, ser recta consiste em manter a sua inteligência tal como foi criada. Quando, pelo contrário, se desvia do seu estado natural, nessa altura fala-se do vício da alma. Não se trata, pois, de uma coisa difícil. […] Se tivéssemos de procurá-la fora de nós, seria realmente difícil; mas, visto que está em nós, evitemos os pensamentos impuros e guardemos a alma para o Senhor, como se tivéssemos recebido um depósito, a fim de que Ele reconheça a sua obra, encontrando a nossa alma tal como a fez.»

30 de Setembro - São Gregório, o iluminador

Gregório nasceu na cidade de Valarxabad, na Armênia, por volta do ano 257. Seu pai matou o rei da Armênia, seu parente, numa conspiração com o reino da Pérsia, que assumiu o poder. Os soldados armênios encontraram o assassino do monarca e o executaram com toda a família, exceto o filho de um ano de idade, Gregório. O rei persa assumiu o trono da Armênia, não sem antes matar toda a família real. Entretanto o príncipe sucessor, Tirídates, e sua irmã, ainda crianças, conseguiram ser poupados, sendo enviados para Roma, onde receberam uma educação pagã digna da nobreza da época. O pequeno monarca recebeu, também, esmerada formação militar, destacando-se pela valentia. Ao mesmo tempo, Gregório foi enviado para a Cesarea da Capadócia, onde recebeu educação e formação cristã. Aos 22 anos, casou-se com uma jovem também cristã e teve dois filhos, Vertanes e Aristakes. Depois de sete anos, o casal, de comum acordo, interrompeu a vida matrimonial. Ela foi viver retirada num convento, mas sem vestir o hábito. Ele se ordenou sacerdote e partiu da Cesarea. Em 287, por interesse do Império Romano, que desejava tirar a Armênia do poder dos persas, Tirídates foi enviado, com soldados romanos, para retomar o trono que era seu por direito. Curiosamente, nesse exército estava também Gregório, que era seu colaborador e conselheiro particular. Vitorioso, tornou-se Tirídates III, rei da Armênia. Para agradecer a reconquista, mandou que Gregório fosse, pessoalmente, oferecer flores e incenso aos deuses no templo pagão. Como se negou a obedecer à ordem por ser cristão, o rei mandou torturá-lo. Mas a situação de Gregório ficou muito pior ao ser denunciado como o filho do assassino do pai do rei. Revoltado, o monarca mandou intensificar as torturas e depois jogá-lo no fundo da masmorra mais profunda da Armênia, onde ficou no esquecimento. Quinze anos mais tarde, Tirídates III contraiu uma doença contagiosa incurável e sofria muitas dores. Nessa ocasião, a princesa, sua irmã, teve dois sonhos reveladores: neles, uma voz dizia-lhe que a única pessoa capaz de curar o rei era Gregório. Assustada, mesmo acreditando que ele já havia morrido, enviou um mensageiro à masmorra, que o descobriu ainda vivo. Gregório foi libertado e curou, milagrosamente, o rei da doença contagiosa, por meio das orações cristãs. Tocado pela fé, Tirídates III fez-se batizar, juntamente com toda a sua família, sua Corte e seu povo. Assim, a Armênia, que fora evangelizada, segundo a tradição, pelos apóstolos Bartolomeu e Tadeu, tornou-se a primeira nação oficialmente cristã em 301, por obra de Gregório, o iluminador, como passou a ser chamado. Ele se tornou o Bispo da Capadócia e um dos maiores líderes da Igreja armênia, cuja sede apostólica, a catedral de Etchmiadzin, construiu em 303. Mandou chamar seus dois filhos para auxiliá-lo. Depois, já cansado e com a sensação do dever cumprido, foi sucedido, como chefe supremo dos cristãos, pelo seu filho Aristakes, que morreu antes do pai. Então, quem assumiu o comando da sede episcopal foi o outro filho, Vertanes. Dessa maneira, Gregório pôde, enfim, realizar seu grande sonho, que era o de retirar-se para um lugar solitário e viver apenas de oração e penitência, até a morte, em 332. São Gregório, o iluminador, é venerado não somente como o apóstolo e padroeiro da Armênia, mas também como evangelizador das igrejas síria e greco-ortodoxa. Na masmorra, onde ficou preso e esquecido, foi construído o mosteiro de Khor Virap, que significa "poço profundo", para preservar o local original a 40 metros de profundidade.

JERÓNIMO DE STRIDON Padre e Doutor da Igreja, Santo ca. 340-420

São Jerónimo é contado entre os maiores Doutores da Igreja dos primeiros séculos. De cultura enciclopédica, foi escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialéctico, historiador, exegeta e doutor como ninguém, nas Sagradas Escrituras. Jerónimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, por volta do ano 340. Tendo herdado dos pais pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e onde passou a juventude um tanto livre. Recebeu o baptismo do papa Libério, já com 25 anos de idade. Viajando pela Gália, entrou em contacto com o monacato ocidental e retirou-se com alguns amigos para Aquiléia, formando uma pequena comunidade religiosa, cuja principal actividade era o estudo da Bíblia e das obras de Teologia. Jerónimo tinha um carácter indómito e gostava de opções radicais; desejou, portanto, conhecer e praticar o rigor da vida monacal que se vivia no Oriente, pátria do monaquismo. Esteve vários anos no deserto da Síria, entregando-se a jejuns e penitências tão rigo-rosas, que o levaram aos limites da morte. Abandonando o meio monacal, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de São Gregório de Nazianzo, que lhe abriu o espírito ao amor pela exegese da Sagrada Escritura. Estando em Antioquia da Síria, prestou serviços relevantes ao bispo Paulino, que o quis ordenar sacerdote. No entanto, Jerónimo não sentia vocação à actividade pastoral e quase nunca exerceu o ministério sacerdotal. Tendo que optar entre sua vocação inata de escritor e o chamamento à ascese monacal, encontrou uma conciliação entre estes extremos que marcaria o caminho de sua vida: seria um monge mas um monge para quem o retiro era ocasião para uma dedicação total ao estudo, à reflexão, à férrea disciplina necessária à produção de sua obra, que queria dedicar toda à difusão do cristianismo. Dentro desta vocação e severa disciplina, estudou o hebraico com um esforço sobre humano e aperfeiçoou seus conhecimentos do grego para poder compreender melhor as Escrituras nas línguas originais. Chamado a Roma pelo Papa Dâmaso, que o escolheu como secretário particular, recebeu do mesmo a incumbência de verter a Bíblia para o latim, graças ao conhecimento que tinha desta língua, do grego e do hebraico. O papa, de fato, desejava uma tradução da Bíblia mais fiel em tudo aos textos originais, traduzida e apresentada em latim mais correcto, que pudesse servir de texto único e uniforme na liturgia. Pois até aquele tempo existiam traduções populares muito imperfeitas e diversificadas, que criavam confusão. O trabalho de São Jerónimo começado em Roma durou praticamente toda sua vida. O conjunto de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se "Vulgata" e foi o texto usado largamente nos séculos posteriores, tornando-se oficial com o Concílio de Trento e só cedeu o lugar ultimamente às novas traduções, pelo surto de estudos linguístico-exegéticos dos nossos dias. Na tradução, Jerónimo revela agudo senso crítico, amor incontido à Palavra de Deus e riqueza de informações sobre os tempos e lugares relativos à Bíblia. Em Roma, criou-se em torno de Jerónimo amplo círculo de amizades, sobretudo de maratonas da alta sociedade que o ajudavam com seus recursos para custear seus trabalhos e que lhe orientava nos ásperos caminhos da santidade de cunho monástico. Desgostado por certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde, vivendo como monge rigidamente penitente, continuou até a morte, seus estudos e trabalhos bíblicos. Faleceu em 420, aos 30 de setembro, já quase octogenário. São Jerónimo foi uma personalidade vigorosa, de inteligência extraordinária, de temperamento indomável. Teve uma correspondência literária muito vasta, de grande interesse histórico; ele se sentia presente e engajado como escritor em todos os problemas doutrinários do seu tempo. Foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos e o "Dia da Bíblia" foi colocado exactamente no último domingo de setembro, coincidindo com a data de sua morte. Ele deixou escrito: "Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder e a sabedoria de Deus; portanto ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo". 
FONTE :

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 ─ Quarta-feira ─ Santos: Jerônimo, Simão de Crépu, Gregório, o Iluminador 
Evangelho (Lc 9,57-62) “Enquanto Jesus e seus discípulos caminhavam, alguém na estrada disse a Jesus: – Eu te seguirei para onde quer que fores.” 
Vemos como Jesus despertava o entusiasmo de muitos que queriam seguir como discípulos. A quem o procurava, porém, ele avisava das condições que deveria enfrentar. Nem agora Jesus trapaceia com seus seguidores. Exige ser colocado em primeiro lugar, não promete prosperidade, nem saúde, nem poder. Precisamos pedir sempre que nos dê coragem de o acompanhar mesmo assim. 
Oração
Senhor Jesus, eu quis seguir-vos, e aos poucos me mostrastes qual seria minha missão na vida. Peço perdão, porque nem sempre correspondi ao que esperáveis de mim. Não sei o que reservais para mim no futuro, mas espero que me ajudareis a vos ser mais fiel. Que eu possa ter sempre a felicidade e a alegria de vos seguir, procurando ajudar meus irmãos em tudo o mais possível. Amém.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

História do dia: AS NOTAS DE CEM E e DE DOIS REAIS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
No céu havia duas notas que estiveram no bolso de seus donos: de dois e de cem reais. A nota de dois reais ficava exposta em lugar de honra, enquanto a de cem reais estava jogada num canto, a bem dizer, no caminho para a cesta de lixo. E resmungava e reclamava toda enciumada:
- Aquela nota amarfanhada e ensebada está exposta numa vitrine como uma princesa. Entretanto eu que andava no bolso dos ricos e na bolsa perfumada das madames, fico jogada nesse canto. Isto é uma injustiça e uma humilhação. 
São Pedro ouviu a queixa da nota de cem reais e respondeu:
- Você nunca entrou numa igreja, enquanto aquela notinha humilde vivia na sacola das esmolas. Você não tem culpa, mas este é o motivo. 
Lição: Deus dá mais valor à esmola do pobre humilde, do que à esmola do rico orgulhoso.

29 DE SETEMBRO – ARCANJOS S. MIGUEL - S. GABRIEL - S. RAFAEL

Hoje celebramos três arcanjos, que desempenham tarefas importantes na milícia celeste:
- São Miguel, comandante desta numerosa milícia, lutou contra satanás e venceu, precipitando os anjos rebeldes no inferno.- Arcanjo São Miguel, protetor dos soldados e exércitos militares, luta ao nosso lado nos combates contra o mal. 
- São Gabriel, o arcanjo suave, mensageiro das boas notícias. Padroeiro dos meios de comunicação. Anunciou a vinda de João Batista e do nosso Salvador Jesus. O mundo começou a respirar esperançoso ao receber notícias tão alvissareiras. São Gabriel, mensageiro da paz – que nossos meios de comunicação sejam veículos da verdade e da justiça. 
- São Rafael, acompanhou Tobias na sua longa viagem, arranjou-lhe um bom casamento e curou a cegueira do velho pai Tobias. É o protetor dos viajantes e da medicina. Que São Rafael, amigo fiel, seja nosso bom companheiro nas viagens deste mundo.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Comunidade de oração”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA CSsR
424. Perseverar na oração
A comunidade é Corpo de Cristo com o qual está em contínuo diálogo com o Pai. Através do Espírito Santo ouve e responde amorosamente ao Pai. Jesus, durante sua vida na terra, continuava em diálogo com o Pai, isto é, rezava. Quando voltou para o Pai, deixou-nos sua oração. Não uma oração qualquer, mas sim, a Sua. Rezamos com Ele ao Pai. Quando ensinou o Pai-nosso Ele não disse Pai meu, mas nosso. O mesmo Espírito que ora em Cristo, ora em nós com palavras que não conseguimos falar, pois não temos palavras suficientes para nos exprimir (Rm 8,26). Jesus insiste que oremos sem cessar, sem esmorecer (Lc 18,1) para estar em diálogo com o Pai. Esse diálogo vai além da misteriosa ação do Espírito e acontece no dia a dia. É um dom para os filhos de Deus. Eles podem falar com o Pai de tantos modos. O importante é que continuem orando. A comunidade apostólica era “perseverante no ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2,42). Ser perseverante não é ficar o tempo todo dizendo coisas a Deus, mas ter no interior essa capacidade de entrar em diálogo com Deus, com palavras próprias ou dos outros. A necessidade de rezar não vem de uma obrigação, mas de uma exigência de nosso ser espiritual. É a respiração do corpo. O Corpo de Cristo, unindo todos os membros pela ação do Espírito, respira pela oração. Por isso tem de ser permanente. É o ar, pois o Espírito é a respiração. Por ela se mantém vivo todo o Corpo, a comunidade. Nossa oração é a que Jesus faz diante do Pai. Ela tem a característica de Filho amado e querido que tem seu “Abba” muito próximo. Abba quer dizer paizinho. Era íntimo. Imagino que nossas orações perderam essa dimensão. Por isso se tornam tão insípidas. Não têm o mel do amor filial. Repetimos fórmulas. Citamos textos. Deus já conhece a bíblia, aliás, andou escrevendo. Ele quer saber de nós, de nossa vida. Rezar é contar para Deus tudo o que somos, fazemos e temos.
425. Viver juntos a salvação
A salvação que nos foi conquistada por Jesus não é algo individual. Mesmo que cada um seja responsável por si e por suas ações, nós nos salvamos como povo de Deus, como comunidade, Corpo de Cristo. Na realidade, já estamos salvos, pois Cristo nos salvou. A nós compete acolhermos essa salvação e vivermos uma vida de salvos, buscando as coisas do alto (Cl 3,1). Essa salvação é viver a vida no amor, construindo a fraternidade e levando aos outros o conhecimento dessa vida que Cristo nos conquistou. A vida interior reflete-se na comunidade em que vivemos. Nós somos responsáveis uns pelos outros. A vida de Deus em nós torna-se vida para os que estão conosco. Vivemos juntos a salvação. O fato de nos interessarmos em oferecer-lhes a vida que temos é sinal que a vivemos. Se anunciarmos aos outros é para vivermos a mesma vida. Rezar é também falar de Deus aos outros. Isso é salvação. Quem reza se salva e salva os outros.
426. Construindo a história da Salvação

            A história desse diálogo com Deus em oração regula nossa vida. À medida que nos unimos a Deus pela oração, fazemos a história da salvação. Continuar a história é levar adiante o modo como Deus nos salvou: dando-nos o Filho. Deus é amor e doação. Se entrarmos no círculo do diálogo amoroso de Deus com seu povo, nós o repetimos em nós. Fazemos nossa essa história do passado que então se torna presente. Como corpo nós salvamos porque oramos como corpo. Rezar sempre é salvar o mundo. 

EVANGELHO DO DIA 29 DE SETEMBRO

Evangelho segundo S. João 1,47-51.
Naquele tempo, Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse: «Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento». Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira». Disse-lhe Natanael: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel!». Jesus respondeu: «Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas. Verás coisas maiores do que estas». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: Vereis o Céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja 
Tratado do Espírito Santo, cap. 16 
A santidade dos anjos
«Os Céus foram consolidados pela palavra do Senhor e todo o seu exército pelo sopro da sua boca» (Sl 32,6). [...] É difícil deixarmos de pensar na Trindade: o Senhor que ordena, a Palavra que cria, o Sopro que consolida. O que quer dizer «consolidar», senão perfazer em santidade, designando seguramente esta palavra o facto de estar solidamente fixado no bem? Mas, sem o Espírito Santo, não há santidade: as potestades do céu não são santas pela sua própria natureza, senão não se distinguiriam do Espírito Santo; cada uma delas detém do Espírito a medida da sua santidade. 
A substância dos anjos é talvez um sopro aéreo ou um fogo imaterial. Diz o salmo: «Tens os ventos por mensageiros, por servidor uma chama de fogo» (Sl 103,4). É por isso que podem estar num sítio e de seguida tornar-se visíveis sob um aspecto corporal para aqueles que são dignos disso. Mas a santidade [...] é-lhes comunicada pelo Espírito. E os anjos mantêm-se na sua dignidade perseverando no bem, mantendo a sua escolha; eles escolhem nunca se afastar do verdadeiro bem. [...] 
Como diriam os anjos: «Glória a Deus no mais alto dos céus» (Lc 2,14) senão pelo Espírito? Na verdade, «ninguém pode dizer: “Jesus é o Senhor”, senão no Espírito Santo, e ninguém, se falar no Espírito de Deus, diz: “maldito seja Jesus”» (1Cor 12,3). É precisamente o que terão dito os espíritos maus, adversários de Deus, [...] no seu livre arbítrio. [...] Poderiam as potestades invisíveis (Col 1,16) ter uma vida feliz se não vissem incessantemente a face do Pai que está nos céus? (Mt 18,10) Ora, não se pode ter essa visão sem o Espírito. [...] Diriam os serafins: «Santo, Santo, Santo» (Is 6,3) se o Espírito lhes não tivesse ensinado esse louvor? Se todos os seus anjos e todas as potestades celestes louvam a Deus (Sl 148,2), se milhares de milhares de anjos e inumeráveis miríades de ministros se conservam perto dele, é pela força do Espírito Santo que rege toda esta harmonia celeste e indizível, ao serviço de Deus e em acordo mútuo. 

29 de Setembro - São Miguel, arcanjo

O nome Miguel tem o significado de uma pergunta: "Quem é um com Deus?". Uma alusão bem clara do alto grau de convicção e fidelidade que este arcanjo tem no Altíssimo, ao qual atende diretamente no seu trono, comandando o seu exército de anjos. Por isso podemos traduzir seu nome como "semelhança de Deus", já que semelhante não é um sinônimo de igual. Esse espírito puro é também chamado e reconhecido como Príncipe do Céu e Ministro de Deus. Seu nome é citado três vezes no Evangelho: no capítulo 12 do livro de Daniel; no capítulo 12 do livro do Apocalipse; na carta de são Judas. Segundo a Bíblia, é um dos sete espíritos que assistem ao trono do Altíssimo. O profeta Daniel nomeia esse arcanjo chamando-o de príncipe protetor dos judeus e depositário das profecias do Antigo Testamento. Sendo assim, Miguel torna-se, também, protetor especial de todos nós, filhos de Deus, pois a Igreja e o seu povo são herdeiros definitivos das revelações e dos mistérios divinos. Por isso Miguel arcanjo assumiu a posição de padroeiro da Igreja Católica. Miguel arcanjo, protetor dos justos, é assim lembrado na passagem bíblica do Apocalipse, pois, nela, vê-se que houve uma batalha no céu, e Miguel, com seu exército de anjos, precisou combater e vencer a primitiva serpente, chamada de satanás. A partir daquele momento, satanás não tinha mais lugar no céu e foi expulso para a terra, juntamente com seus anjos maus, os demônios. Assim começou a antiga batalha do bem contra o mal. Espírito vigoroso, atravessa céus e terras inundando os seres humanos com os sentimentos de justiça e arrependimento. Ele intercede pelo nosso livre-arbítrio, defende-nos, pisando nos dragões da indecisão e da dúvida. Quando o invocamos, ele nos defende, com o grande poder que Deus lhe concedeu, para mantermos a serenidade, a fé e para perseverarmos na nossa missão dentro dos preceitos da Igreja de Cristo, até entrarmos na vida eterna. Na carta de são Judas, lê-se: "O arcanjo Miguel, quando enfrentou o diabo, disse: 'Que o Senhor o condene'". Por isso, Miguel arcanjo é representado nas artes vestindo armadura e atacando o dragão infernal. Segundo a tradição, foi esse arcanjo quem libertou o apóstolo Pedro da prisão e o conduziu entre os guardas. A Igreja Católica tem uma grande devoção pelo arcanjo Miguel e o comemora no dia 29 de setembro.

29 de Setembro - São Gabriel, arcanjo

Segundo o Evangelho de são João, são sete os espíritos que atendem ao trono de Deus, tratando diretamente com ele e executando suas missões no universo. Gabriel é o arcanjo da Anunciação, aquele que usa a trombeta para levar as notícias. O seu nome significa "emissário do Senhor" e é o mais ligado aos acontecimentos da terra. A maior preocupação deste arcanjo é desfazer conflitos e proporcionar aos seres humanos a capacidade de adaptação a todas as circunstâncias. É enviado à terra sempre com o objetivo de transmitir a luz divina e sensibilizar os adultos em relação às crianças e à própria humanidade. Este espírito puro do trono celeste é visto, citado e repetido tanto no Velho quanto no Novo Testamento. Gabriel arcanjo foi o escolhido por Deus para acompanhar todo o advento da salvação, desde a revelação das profecias à anunciação da chegada do Messias, acompanhando-o durante toda a sua vida terrena, Paixão e Ressurreição. Além disso, é o portador da oração mais popular e mais querida do cristianismo: a ave-maria. Vejamos algumas passagens do Evangelho de suas missões no evento que mudou a humanidade. Foi Gabriel arcanjo quem explicou ao profeta Daniel sua frequente visão do carneiro e do bode. Foi ele, também, quem anunciou, ao mesmo profeta, a trajetória destinada à sua nação; a chegada do Messias, até a negação do mesmo por parte de seu povo, e sua morte na Terra. Ele também apareceu ao sacerdote Zacarias, anunciando que sua mulher lhe daria um filho profeta, chamado João Batista, o precursor do Cristo. E como Zacarias duvidou, por ser velho e a mulher estéril, castigou-o com a perda da voz até que tudo se cumprisse. O seu apogeu ocorreu na Anunciação à Virgem Maria sobre a encarnação do Filho de Deus. Suas primeiras palavras tornaram-se uma oração, aquela que todos recorrem para pedir a proteção, a bênção ou a intervenção de Nossa Senhora: "Alegra-te, Maria, cheia de graça. O senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres". Contou-lhe, então, o que a esperava, a missão que lhe era confiada, preparou-a espiritualmente para entender a intervenção do Espírito Santo. Fazendo o mesmo com o justo José, seu esposo, que, graças à aparição de Gabriel, compreendeu o que se passava, entregando-se de corpo e alma àquela missão. Os teólogos e a Igreja entendem que foi também missão deste arcanjo avisar aos pastores de Belém sobre a chegada do Messias; alertar os reis magos para que não voltassem a Jerusalém; dar a José a ordem de fugir para o Egito e, depois, retornar a Nazaré; consolar Jesus no horto das Oliveiras e anunciar às santas mulheres a Ressurreição do Cristo. Gabriel arcanjo e seus anjos são os mensageiros das boas notícias, ajudam-nos a dar bom rumo e direção à nossa vida, dão-nos compreensão e sabedoria. É a ele que recorremos quando necessitamos desses dons. Por isso devemos, sempre, agradecer por sua colaboração com nossas sinceras orações, em especial nos dias 24 de março e 29 de setembro, quando é festejado por todo o Povo de Deus, a Igreja de Cristo.

29 de Setembro - São Rafael, arcanjo

O nome deste arcanjo vem do hebraico Rafa, sinônimo de cura, e El, que significa Deus. "Cura de Deus" ou "Curador divino", este é o arcanjo Rafael, que é o chefe dos anjos da guarda, considerado o anjo da Providência, que vela por toda a humanidade. Este arcanjo cura todos os ferimentos da alma e do corpo e defende igualmente as criaturas, de qualquer raça ou classe social, perante Deus. Rafael é um dos sete arcanjos que fazem parte do círculo mais próximo do Senhor, um de seus mensageiros. Foi o único, segundo as Escrituras, que assumiu a forma humana e viveu entre os seres humanos durante alguns meses. Segundo o Antigo Testamento, no livro de Tobit, foi o arcanjo que acompanhou o jovem filho deste, como guia conhecedor da região, na longa e perigosa viagem que fez à Média, no Egito. Ele protegeu Tobias durante esse período e inspirou-o a casar-se com Sara, sua parenta, a qual curou de uma obsessão, além da cegueira de seu pai, Tobit. Depois disso, apresentou-se: "[...] chamou-os à parte e disse-lhes: 'Bendizei a Deus e proclamai entre todos os viventes os bens que ele vos concedeu [...] Eu sou Rafael, um dos sete anjos que estão sempre presentes e têm acesso junto à glória do Senhor [...]'. Pai e filho, cheios de espanto caíram com a face em terra, com grande temor. Mas ele lhes disse: 'Não tenhais medo [...] Se estive convosco, não foi por pura benevolência minha para convosco, mas por vontade de Deus [...]. E agora, bendizei ao Senhor sobre a terra e dai graças a Deus. Vou voltar para aquele que me enviou. Ponde por escrito tudo quanto vos aconteceu [...]'." (Tb 5-12). Rafael arcanjo é o portador da virtude da cura, do dom da transformação, da beleza curativa que é sua função no mundo. Conduz a humanidade ensinando-lhe o caminho da defesa contra os males físicos e espirituais que a possa ameaçar. Motivo que o tornou padroeiro dos sacerdotes e dos médicos, embora não deixem de pedir-lhe amparo os viajantes, soldados e escoteiros. Pleno de misericórdia, suas virtudes espirituais estão sempre direcionadas para hospitais, instituições e lares, onde esses dons são necessários. Tem, entretanto, um especial cuidado com os peregrinos, mas não só os que viajam, também aqueles que estão em peregrinação rumo a Deus. Rafael arcanjo os protege e guia pelo caminho reto e seguro da vida, que é a Paixão de Cristo, onde encontramos a verdadeira felicidade e salvação eterna, cura completa do corpo e da alma. A Igreja celebrava-o, especialmente, no dia 24 de outubro. Desde 1969, sua festa passou para 29 de setembro, mas os devotos de todo o mundo veneram-no todos os dias, durante suas orações.

MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL ARCANJOS

O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões: Miguel, Gabriel e Rafael, para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro. Esses três arcanjos, representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o selecto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao torno de Deus e são seus "mensageiros dos “Decretos Divinos”, aqui na Terra. Miguel, que significa “Ninguém é como Deus”, ou “Semelhança de Deus” é considerado o Príncipe guardião e guerreiro, Defensor do trono celeste e do povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus. Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja. Gabriel, seu nome significa “Deus é meu protector” ou “Homem de Deus” . É o Arcanjo anunciador por excelência das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da Diplomacia, dos trabalha-dores dos correios e dos operadores dos telefones. Comumente está associado a uma trombeta, indican-do que é aquele que transmite a Voz de Deus, o por-tador das notícias. Na sua página descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além, da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou à ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, inclusive no islamismo. Rafael, cujo significado é “Deus te cura” ou “Cura de Deus”, teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobias, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, esta passagem pode ser lida na página dedicada à ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado também o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros. A Igreja Católica considera esses três arcanjos, poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do quotidiano eles costumam nos aconselhar e auxiliar, além é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da divina providencia. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles. 

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 ─ Terça-feira ─ Santos: Miguel, Gabriel, Rafael 
Evangelho (Jo 1,47-51) “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.” 
Jesus faz referência a Gn 28,12: Natanael verá, na pessoa e no agir de Jesus, uma manifestação da presença salvadora de Deus. Essa a opinião da maioria dos intérpretes. Se estivermos atentos aos fatos ao nosso redor, podemos perceber como Deus está continuamente agindo para cuidar de nós e levar-nos à salvação. Isso poderá ajudar-nos a olhar com mais confiança o presente e o futuro. 
Oração
Senhor meu Deus, creio em vosso poder e em vossa bondade. E vejo ao meu redor muitas manifestações de vosso cuidado por nós. Sei que não resolveis magicamente meus problemas, mas sabeis e podeis ajudar-me sem fazer milagres. Reconheço que dependo de vós, e renovo minha confiança em vossa providência. Ajudai-me a fazer o que posso, e a deixar o resto a vosso cuidado. Amém.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O ESCRAVO ZACARIAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
Este fato miraculoso aconteceu no tempo da escravidão no Brasil. O escravo Zacarias, cansado de maus-tratos, consegue fugir para as matas de Bananal, cidadezinha localizada perto de Aparecida, a terra de Nossa Senhora . O patrão mandou seus feitores atrás do fugitivo. Acharam-no escondido no mato. Ataram os pulsos com correntes e foram tocando o pobre homem. Ao passar diante da “capela” de Nossa Senhora Aparecida, Zacarias pediu para visitar sua santa Padroeira. Ajoelhado diante da imagem, ergueu os braços acorrentados e rezou com fervor: Que ela tivesse dó dele, da sua mulher, dos seus filhos! De repente, para espanto de todos, o cadeado das correntes se abriu sozinho, e elas caíram pesadamente no chão. Todo o povo entendeu: Nossa Senhora tinha libertado o escravo. Informado deste fato inédito, o próprio patrão mandou recado dizendo que também ele o alforriava.
Lição: Livres das correntes dos vícios, a gente fica mais leve e mais disponível para fazer o bem.

VITIMA DAS INTRIGAS DE FAMÍLIA

São Venceslau (+ Boêmia, 929) - Foi educado na Fé cristã por sua avó Ludmila. Após a morte do pai e chegando à idade legal, assumiu o reinado da Boêmia. Deu largas ao seu carisma, distribuindo benefícios, socorrendo os pobres, defendendo os oprimidos, acolhendo os sem teto. Na Corte, duas influências opostas se defrontavam: de um lado, a piedosa Ludmila, avó de Venceslau, católica fervorosa e sua educadora. Do outro lado, a duquesa Draomira, ciumenta e pagã, regente na menoridade de Venceslau. Manifestava clara preferência pelo filho Boleslau, que também era pagão. Perseguia os católicos, mas não ousava tocar em Venceslau. Muito piedoso, Venceslau fazia questão de preparar pessoalmente, com o trigo de suas plantações e uvas de suas videiras, as hóstias e o vinho destinados ao Sacrifício da Missa. Vestia-se com simplicidade e misturava-se no meio do povo. Castigava o corpo com duras penitências e praticava fielmente os deveres de cristão. Empenhou-se desde o início no progresso social e religioso do país e na união com a Igreja de Roma.Mas morreu assassinado, vítima de intrigas na própria família.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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REFLETINDO A PALAVRA - “Cuidar da fragilidade”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Sede imitadores de Deus!
            Paulo convida os efésios a aprenderem de Deus como viver o dia a dia: “Tornai-vos imitadores de Deus, como filhos amados, e andai no amor, assim como Cristo nos amou e se entregou por nós a Deus” (Ef 5,1-2). A atitude de quem pretende ser humano, maduro e um cristão adulto, é a imitação de Deus. Em sua reflexão que toca o nó de todos os problemas do mundo, Papa Francisco diz quem são os pobres, os carentes e os necessitados. Vê que o modelo é Jesus: “Jesus que é o evangelizador por excelência e o Evangelho em pessoa, identificou-se especialmente com os mais pequeninos” (Mt 25,40). Jesus se identifica de tal modo que, tem como feito a Ele, o que fazemos ou deixamos de fazer aos necessitados. A lista dos itens sobre os quais seremos julgados incide sobre os problemas do mundo atual: fome, sede, migração, doentes, bens necessários e sistema carcerário. O sistema social e político em vigor não veem vantagens em investir na promoção dos necessitados. Eles não dão lucro. O Papa alerta sobre novos tipos de pobreza e fragilidade que são outras faces do Cristo Sofredor: os sem teto, os dependentes químicos, os refugiados, os povos indígenas, os idosos, as crianças carentes e tantos outros necessitados. Todo oprimido é endereço amor de Deus. O Papa tem uma preocupação muito grande com os migrantes. Ele se diz responsável por ser o Pastor de uma Igreja sem fronteiras que se sente mãe de todos (EG 210). É grave a situação dos que fogem das guerras, da destruição de suas culturas por causa de cor ou raça. Presenciamos tanta imigração na Europa. Vemos igualmente tantos que chegam ao Brasil. Não é um problema distante. Lembramos a migração interna no país.
Pessoas objeto
            Há também a situação de pessoas que são objeto das diferentes formas de tráfico. O Papa enumera mais situações onde há outro tipo de explorados no trabalho escravo, fábricas clandestinas, rede de prostituição, crianças usadas para mendigar, trabalhador não regularizado. Ao lado de nossas casas, nos lugares de onde nos chegam tantas mercadorias, há sofredores. “Em nossas cidades está instalado este crime mafioso e aberrante, e muitos têm as mãos cheias de sangue devido a uma cômoda e muda cumplicidade” (EG 211). Não se preocupar é ser culpado também. Lembra também a situação da violência e exploração das mulheres (EG 212). Dentre os frágeis estão os nascituros inocentes sem direitos. As leis promovem seu assassinato e chama a Igreja de atrasada. O ser humano é sagrado em todos os momentos de sua vida. Se nossa sociedade perde a garantia de futuro, podemos buscar aqui a causa: usar a pessoa como objeto. Não é ser progressista eliminar uma vida humana (EG 214). É preciso também acompanhar com atenção os frutos da violência e da pobreza que sofrem tantas mulheres.
Frágeis que não são humanos.

            Quem ama o ser humano, ama e promove o mundo que o rodeia. O Papa lembra que não somos meramente beneficiários, mas guardiões de outras criaturas. No meio de tanto progresso há uma destruição de nossa fonte de vida. A consciência do dever de preservar a natureza não dará resultados se não houver uma política de controle de todas as armas de destruição que acabam com as fontes, os rios, as matas. Progredir não é destruir. Os donos do mundo como escravizam as pessoas na miséria, destroem a vida para que tenham mais força econômica. Vejamos a Amazônia. Heródoto dizia que o Saara foi um jardim florido. É o que podemos ver nas pinturas rupestres. Seremos também assim? Os que virão depois de nós não nos perdoarão por ter-lhes entregue um mundo moribundo.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

EVANGELHO DO DIA 28 DE SETEMBRO

 Evangelho segundo S. Lucas 9,46-50.
Naquele tempo, houve uma discussão entre os discípulos sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, que lhes conhecia os sentimentos íntimos, tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes: «Quem acolher em meu nome uma criança como esta acolhe-Me a Mim; e quem Me acolher acolhe Aquele que Me enviou. Na verdade, quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior». João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos um homem expulsar os demónios em teu nome e quisemos impedi-lo, porque ele não anda connosco». Mas Jesus respondeu-lhe: «Não lho proibais, pois quem não é contra vós é por vós».Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo 
O Pedagogo, I, 21-24

«Quem acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe» 
«Os seus filhinhos serão levados aos ombros e consolados ao colo», dizem as Escrituras. «Como à criança a quem a mãe dá consolo, também Eu vos consolarei» (Is 66,12-13). A mãe chega os filhos a si, e nós procuramos a nossa mãe, a Igreja. Todo o ser de pouca idade e frágil é, nessa fragilidade desprotegida, um ser gracioso, doce, encantador; e Deus não recusa o seu auxílio a seres tão jovens. Todos os pais têm uma ternura peculiar pelos seus filhos pequenos. […] De igual modo, o Pai de toda a criação acolhe aqueles que se refugiam junto de Si, regenera-os pelo Espírito e adopta-os como filhos; conhece a sua doçura e só a eles ama, auxilia, defende; por isso lhes chama filhos (cf Jo 13,33).
O Santo Espírito, falando pela boca de Isaías, aplica ao próprio Senhor o termo «filho»: «Eis que nos nasceu um menino, foi-nos dado um filho» (Is 9,5). Quem é então esta criança, este recém-nascido, à imagem de quem também nós somos crianças? Pela boca do mesmo Profeta, o Espírito descreve-nos a sua grandeza: «Conselheiro admirável, Deus poderoso, Pai eterno, Príncipe da paz» (v. 6).
Ó Deus tão grande! Ó menino perfeito! O Filho está no Pai e o Pai está no Filho. Poderia não ser perfeita a educação que nos dá este menino? Ele reúne-nos para nos guiar, a nós que somos seus filhos. O menino estendeu-nos as mãos, e nelas pomos toda a nossa fé. Também João Baptista dá testemunho desta criança: «Eis o cordeiro de Deus», diz-nos (Jo 1,29). Como as Escrituras designam as crianças por cordeiros, chamou «cordeiro de Deus» ao Verbo de Deus que por nós Se fez homem e que em tudo quis ser igual a nós, Ele, que é o Filho de Deus Pai.

WENCESLAU DA BOÉMIA Rei e Santo 907-929

O bondoso monarca da Boémia, Wratisláu, antes de morrer, deixou como herdeiro do trono, seu filho Wenceslau, nascido no ano 907, na actual República Checa. Com isso, despertou em sua mulher, Draomira, a ira e a vingança, pois era ela própria que desejava assumir o governo do país. Se não fosse possível, pretendia entregá-lo a seu outro filho, Boleslau, que tinha herdado o carácter e a falta de escrúpulos da mãe. Enquanto, Wenceslau fora criado pela avó, Ludmila, que lhe ensinou os princípios de bondade cristã. Por isso, não passava por sua cabeça uma oposição fatal dentro do próprio lar. Assim, acabou assassinado pelo irmão, de acordo com um plano diabólico da malvada rainha. Mas antes que isso acontecesse, a mãe Draomira tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cristãos. Assim, por sua maldade e impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das províncias, que fizeram prevalecer a vontade do Rei Wratisláu, elevando ao trono seu filho Wenceslau. Imediatamente, seguindo o conselho de sua avó, Wenceslau levou de volta ao reino o Cristianismo. Quando soube disso, Draomira ficou tão transtornada que contratou alguns assassinos para dar fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava, estrangulada com o próprio véu. Draomira sabia que ainda havia mais uma pedra em seu caminho, impedindo seus pla-nos maldosos e sua perseguição ao povo cristão. Wenceslau era um obstáculo difícil, pois, em muito pouco tempo, já tinha conquistado a confiança, a graça e simpatia do povo, que viam nele um verdadeiro líder, um exemplo a ser seguido. Dedicava-se aos mais pobres, encarcerados, doentes, viúvas e órfãos, aos quais fazia questão de ajudar e levar palavras de fé, carinho e consolo. A popularidade de Wenceslau cresceu ainda mais quando, para evitar uma batalha com o duque Radislau, que se opunha ao seu governo cristão, propôs que ao invés de entrarem em guerra, travassem duelo entre si, evitando assim a morte da população inocente. Quem vencesse ficaria com o poder. No dia e hora marcados os adversários se encontraram no campo de batalha. Radislau imediatamente atacou, de lança em punho. Contam os registros, que no momento em que feriria Wenceslau mortalmente, apareceram dois anjos que o mandaram parar. Radislau caiu do cavalo e quando se levantou já era um homem modificado. Naquele momento pediu perdão e jurou fidelidade ao seu senhor. Draomira e Boleslau, inconformados com a popularidade de Wenceslau, arquitectaram um plano diabólico para acabarem com sua vida. No dia 28 de setembro de 929, durante a festa de baptismo de seu sobrinho, enquanto todos festejavam, Wenceslau se retirou à capela para rezar. Draomira sugeriu ao filho Boleslau que aquele seria o melhor momento para matar o próprio irmão. Boleslau invadiu a capela e apunhalou o irmão no altar da igreja. Ambos, porém, não tiveram tempo de saborear o poder e o trono roubado de Wenceslau, pois em poucos dias Draomira teve uma morte trágica e Boleslau foi condenado pelo imperador Oton I. O seu corpo foi sepultado na igreja de São Vito, em Praga. Desde então passou a ser cultuado como santo. A Hungria, a Polónia e a Boémia têm em São Wenceslau seu protector e padroeiro. Mais tarde, no século XVIII a Igreja inscreveu São Wenceslau no calendário litúrgico marcando o dia 28 de setembro para a sua festa. FONTE: http://www.portalangels.com/

MÁRTIRES DO JAPÃO 1617-1632

Quem são os Beatos Mártires do Japão? 
Sob a designação de “Beatos Mártires do Japão” estão englobados 205 mártires, que deram a vida pela fé, entre 1617 e 1632, na terrível perseguição movida por Hidetada e Iemitsu, em Nagasáki e Tóquio, que durou 15 anos. Foram beatificados por Pio IX, a 7 de Julho de 1867. Ao todo, são 166 cristãos leigos (quase todos japoneses) e 39 sacerdotes. De entre os sacerdotes, treze são jesuítas, doze são dominicanos, oito fran-ciscanos, cinco agostinhos e um sacerdote diocesano japonês. 
Os cinco mártires portugueses Dos treze jesuítas, cinco eram portugueses. São co-nhecidos os seus nomes, a quem a Santa Sé concedeu celebração própria como Memória Facultativa (MF), para a Companhia de Jesus, nos seguintes dias: 
1.- João Baptista Machado, sacerdote, de Angra do Heroísmo, degolado em Omura, a 22 de Maio de 1617 (festa a 22 de Maio: Solenidade na Diocese de Angra e MF na Companhia de Jesus). 
2.- Ambrósio Fernandes, irmão jesuíta, de Xisto ou Sisto, Porto, morto devido a maus tratos na cadeia de Omura a 7 de Janeiro de 1620 (festa a 8 de Junho). 
3.- Francisco Pacheco, sacerdote, de Ponte do Lima, queimado vivo em Nagasáki, a 20 de Junho de 1626 (festa a 20 de Junho: Memória na Diocese de Viana e MF na Companhia de Jesus). 
4.- Diogo de Carvalho, sacerdote, de Coimbra, morto num tanque gelado em Xendai, a 22 de Fevereiro de 1624 (festa a 7 de Julho). 
5.- Miguel de Carvalho, sacerdote, de Braga, queimado vivo em Omura, a 25 de Agosto de 1624 (festa a 25 de Agosto: MF na Arquidiocese de Braga e na Companhia de Jesus). 
Mais dois mártires portugueses A estes beatos, acrescentem-se o agostinho português Beato Vicente Carvalho ou Vicente de Santo António, natural de Albufeira, Algarve (queimado vivo em Nagasáki, a 3 de Setembro de 1623) e o Beato Domingos Jorge, cristão leigo, natural de Vermoim da Maia (Porto), queimado vivo em Nagasáki, a 18 de Novembro de 1619. Domingos Jorge era casado com uma japonesa, baptizada com o nome de Isabel Fernandes, e tinham um filho, Inácio. A mulher e o filho, com apenas quatro anos, foram mortos por decapitação, três anos depois, a 10 de Novembro 1622. Referência litúrgica Juntamente com a celebração de cada um dos cinco mártires jesuítas em dia próprio, a festa litúrgica do conjunto dos 205 mártires, no Martirológio Romano, vem assinalada no dia 8 de Junho como: “Beato Carlos Spínola e Companheiros Mártires no Japão”. Importa não confundir estes beatos mártires com os “Santos Mártires do Japão”, que foram já canonizados (naturalmente, já que lhes chamamos “santos”). São 26 e sofreram o martírio todos no mesmo dia: 6 de Fevereiro de 1597. Seis franciscanos (cinco europeus e um de Goa), 17 da Ordem Terceira de São Francisco (16 japoneses e um coreano) e três jesuítas japoneses (Paulo Miki, João de Goto e Diogo Kisoï). Beatificados a 14 de Setembro de 1627 (30 anos após o martírio), foram canonizados a 8 de Junho de 1862. A sua festa litúrgica é a 6 de Fevereiro. Também não devem ser confundidos com os 188 mártires beatificados no dia 24 de Novembro de 2008. Em 1603, com o governo de Tokugawa, começou uma forte perseguição contra os cristãos que custou a vida de milhares deles. Os mártires beatificados no dia 24 de Novembro pertencem a esta época: entre eles há 4 sacerdotes e 184 leigos, mulheres, crianças, samurais, servos e inclusive pessoas deficientes. Contam-se 52 fiéis de Quioto, martirizados em 1622, e 53 procedentes de Yamagata, mortos em 1629. Além dos atrozes tormentos que se aplicaram a Pedro Kibe e outros companheiros jesuítas, um dos testemunhos mais comoventes é o de uma família inteira de Quioto, João Hashimoto Tahyoe e sua mulher Thecla, martirizados junto com todos os seus filhos a 6 de Outubro de 1619. Os católicos que sobreviveram à perseguição tiveram de ocultar-se durante 250 anos, até a chegada de missionários europeus no século XIX. FONTE : http://martiresdojapao.wordpress.com/

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE SETEMBRO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 ─ Segunda-feira ─ Santos: Venceslau, Lourenço Ruiz, Eustóquia 
Evangelho (Lc 9,46-50) “Houve entre os discípulos uma discussão, para saber qual deles seria o maior. Jesus sabia o que estavam pensando...” 
O instantâneo guardado por Lucas não retrata apenas o grupo dos discípulos daquele tempo. Poderia ser tomado nos tempos da comunidade cristã primitiva, e depois nos diversos séculos até hoje: “houve entre” papa e cardeais, e bispos e padres, e frades, freiras e leigos “uma discussão, para saber qual deles seria o maior”. Jesus continua insistindo, mas é muito difícil mudar nosso coração. 
Oração
Senhor Jesus, estou envergonhado. Digo que sou vosso discípulo, mas continuo pensando em mim mesmo, querendo ser importante e reconhecido, com poder para decidir e mandar. Ainda falta muito para eu estar de fato à disposição para o bem de meus irmãos, para agir apenas por amor, sem nenhum orgulho ou interesse. Só vós podeis mudar meu coração. Transformai-o, Senhor. Amém.

domingo, 27 de setembro de 2015

27 DE SETEMBRO – VICENTE DE PAULO

São Vicente (1581-1660) passou para a História como protótipo da caridade. Quantas centenas de obras sociais trazem o seu nome! Uma das mais conhecidas é a Sociedade São Vicente de Paulo, que o tem como seu protetor. São Vicente viveu num tempo de muitas guerras, muitas turbulências e muita fome na Europa. Por isso a sua vida está marcada por incidentes e lances dramáticos. Logo após a ordenação sacerdotal caiu prisioneiro dos turcos e foi vendido como escravo. Foi capelão da rainha e exerceu grande influência no meio da nobreza. Sua atividade principal foi com os pobres, as vítimas da guerra, os presidiários, os órfãos e os abandonados pela sociedade. Construiu casas de educação e de retiro, albergue para peregrinos e fugitivos de guerra, orfanatos e asilos, organizou cozinhas populares, etc. Para ajudá-lo nessas e outras obras caritativas, fundou a Congregação dos Padres Lazaristas e das Irmãs Filhas da Caridade. Desde criança teve um coração bom. Vinha certa vez carregando um saco de farinha que buscara no moinho. Vendo um pobre no caminho, ofereceu-lhe a metade dando esta desculpa:
- Este saco está muito pesado para mim. Vamos repartir? Você fica com a metade, tá bom? 
Outra vez ofereceu-se como refém para libertar um condenado às galés.Seja você também, um vicentino, um amigo dos pobres. 
Oração : Senhor Jesus, que a exemplo de São Vicente de Paulo, sejamos mensageiros da Boa Nova para os pobres, infundindo neles a coragem de lutar juntos pela própria libertação.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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