Evangelho segundo São Mateus 9,9-13.
Naquele tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus.
Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos.
Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?».
Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes.
Ide aprender o que significa: "Prefiro a misericórdia ao sacrifício". Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».
Tradução litúrgica da Bíblia
Bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias, III, 11,8; 9,1
Uma das primeiras afirmações
históricas dos evangelistas
Os apóstolos foram até ao fim do mundo proclamar a Boa Nova das graças que Deus nos concede e anunciar aos homens a paz do Céu (cf Lc 2,14), pois possuíam – todos igualmente e cada um em particular – a Boa Nova de Deus. Mateus, que vivia entre os judeus, escreveu um evangelho nessa língua, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam Roma e aí fundavam a Igreja. Depois da morte destes, Marcos, discípulo e intérprete de Pedro (cf 1Ped 5,13), transmitiu-nos por escrito a pregação de Pedro. Da mesma forma, Lucas, companheiro de Paulo, consignou em livro o evangelho por este pregado. Seguidamente João, discípulo do Senhor, o mesmo que apoiou a cabeça sobre o seu peito (cf Jo 13,25), publicou um evangelho durante a sua permanência em Éfeso.
No seu evangelho, Mateus regista a genealogia de Cristo como homem: «genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão» (Mt 1,1-18). Este evangelho apresenta Cristo na sua forma humana, permanentemente animado de sentimentos de humildade e mansidão. [...] O apóstolo Mateus reconhece um único Deus, o mesmo que prometeu a Abraão multiplicar a sua descendência como as estrelas do céu (cf Gn 15,5) e que, por seu Filho Cristo Jesus, nos chamou do culto das pedras ao seu conhecimento (cf Mt 3,9), de forma que [se cumprisse a Escritura que diz]: «Àquele que não é meu povo hei de chamar meu povo, e minha amada àquela que não é minha amada» (Os 2,25; Rom 9,25).
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