sexta-feira, 26 de agosto de 2022

26 de agosto - São Liberato, São Bonifácio e Companheiros

Santo Agostinho fundou diversos mosteiros no norte da África, onde numerosos seguidores dos ideais agostinianos da comunidade de vida monástica viveram. Após 34 anos da morte do Bispo de Hipona, a vida dos seguidores de Agostinho mudaria bruscamente: as invasões na África romana - em primeiro lugar dos vândalos e depois dos árabes - destruíram as fundações monásticas agostinianas. Em 484, no reinado de Hunerico, o rei vândalo, publicou um edito ordenando a dissolução de todos os mosteiros católicos na região sob seu domínio e que os monges e monjas fossem entregues aos mouros. Os sete membros do mosteiro de Gafsa, na Tunísia, foram capturados, levados a força para Cartago por causa da recusa em renunciar sua fé. Juntos responderam: “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Guardai o que prometeis. Haveis de perecer com vossas riquezas. Quanto a nós, ninguém poderá apagar de nossas frontes o sinal que o Criador, no batismo, dignou-se gravar como propriedade da Santíssima Trindade”. Eram eles: o diácono Bonifácio, o subdiácono Servo, o subdiácono Rústico, o abade Liberato, e os monges Rogato, Sétimo e Máximo. Eram sete como os irmãos Macabeus. A única e santa mãe, a Igreja Católica os gerara e dera à luz da fonte eterna no território da cidade de Gafsa. Primeiro lhes foi oferecido recompensa se eles abandonassem Cristo e o modo de vida agostiniana. Como eles não arredaram pé, foram jogados na prisão. Enfrentando as provações, forma martirizados em Cartago, dando grande exemplo de fortaleza na fé e de unidade fraterna. Como eles permaneceram constantes em sua crença, foram acorrentados e jogados na masmorra. No início, cristãos fiéis pagavam propina aos guardas e os visitavam dia e noite para deles receberem instrução e encorajamento em seus próprios sofrimentos pela fé. Finalmente decidiram que eles seriam colocados em um navio velho e queimados no mar. O marcha até o mar foi de alegria, dificilmente diminuída pelos insultos dos arianos que estavam ao longo do caminho que faziam. Eles pediam com ardor ao mais jovem, Máximo, que abandonasse seus companheiros. Sua resposta foi firme: “Ninguém vai separar-me do meu santo pai Liberato, ou dos meus irmãos que me viram crescer no mosteiro. Eu aprendi com eles como viver no temor de Deus. Eu desejo partilhar o sofrimento com eles porque eu espero participar da glória que está para chegar. Vocês acham que podem me desviar do meu caminho porque eu sou jovem. O Senhor tem a intenção de nos reunir a nós sete; ele irá coroar a todos nós com o martírio”. O navio foi colocado para velejar sem rumo e ateado fogo diversas vezes, mas o fogo não começava. Hunerico então ordenou que os monges fossem trazidos para a praia e golpeados até a morte com os remos. Eles morreram por Cristo, unidos em sua fé e fraternidade agostiniana. Era 2 de julho de 484. Embora seus corpos fossem jogados no mar, foram resgatados pelos fiéis e enterrados no mosteiro de Biguá, próximo à Basílica de Celerino. A celebração do ofício foi concedida à Ordem em 6 de junho de 1671. 
Oração 
Senhor Deus, que nos santos mártires Liberato, Bonifácio, Máximo e companheiros, fortalecidos com a força do Espírito Santo, nos destes um exemplo admirável de fortaleza e unidade fraterna: concedei-nos, por sua intercessão, que, em meio às vicissitudes deste mundo, permaneçamos sempre fiéis a Cristo e vivamos na unidade no amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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