sexta-feira, 30 de abril de 2021

CONVERSÃO PRÁTICA

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Dois amigos conversam: 
-Eu soube que você se converteu. É verdade? 
-Sim, com a graça de Deus. 
-Nesse caso aprendeu bem o Catecismo: Onde Jesus nasceu... Os Evangelhos... os Sacramentos... 
-Não aprendi nada ou quase nada disso. 
-Nesse caso falta muito para completar sua conversão... 
-Pode ser. Mas vou dizer-lhe uma coisa. Eu era um devasso, um traidor, um beberrão, e tudo o mais. Deixei tudo. Sinto-me feliz com minha família. 
Lição para a vida: O que adianta saber a Bíblia de cor, sem a ter no coração!

REFLETINDO A PALAVRA - “Formando a Igreja”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
História de uma comunidade
 
A festa da dedicação da Igreja do Santíssimo Salvador e S. João, chamada São João de Latrão, tem um significado bonito. Parece não ser de nosso interesse. Poucos conhecemos esta Igreja. O que celebramos, então? É a Igreja catedral do Papa, a primeira basílica da Igreja. Foi construída por Constantino sobre as ruínas da família Laterani (Latrão) que tentara derrubar Nero. Como vingança, ele tomou sua propriedade. Foi construído sobre esta propriedade, o lugar para os cavalos dos soldados. As ruínas existentes sob a Igreja são fantásticas. Ali foi construída esta Igreja e inaugurada e dedicada ao culto pelo Papa S. Sivestre. Sendo a primeira igreja construída, é chamada, a mãe de todas as Igrejas. Basílica na realidade não era uma igreja, mas o lugar de reunião do povo. Note-se que não falamos de templo, mas de Igreja. Templo é o lugar onde estavam os deuses pagãos. Igreja é lugar onde se reúne a comunidade. Todos são chamados a compor esta comunidade. Durante 300 anos, não houve edifícios públicos de culto cristão. Não celebramos uma igreja, mas uma comunidade que se reúne em Cristo.
Jesus falou de templos? 
Quando a samaritana se encontrou com Jesus, entre outras perguntou se o lugar para adorar a Deus era Jerusalém ou o monte Garizim. Jesus respondeu que adoramos em Espírito e Verdade (Jo 4). Todo culto se faz através da Verdade que é Jesus e a presença do Espírito que é a voz de Deus para nós e nossa para Deus. Jesus não era contra o culto do Antigo Testamento, mas faz uma mudança radical. O culto não se restringe a um lugar, mas Ele é o novo templo que, destruído pela morte, é reedificado em 3 dias pela ressurreição. Seu corpo não só eram seus membros, mas todo o corpo da Igreja. Seu corpo ao ser reedificado, torna-se o fundamento do novo templo, feito pelas pedras vivas que somos nós. “Estes são os adoradores que o Pai quer” (Jo 4,23). A cena da purificação do templo quer mostrar a necessidade de tirar do templo vivo os elementos estranhos ao verdadeiro culto. O culto não pode sr usado para outros fins. O Corpo de Cristo pertence a Deus e nós também. Jesus não fala de templo, mas de comunidades reunidas (Igreja). Ela deve ser purificada dos valores estranhos, por exemplo, de um sacerdócio que quer só poder e bens, culto sem compromisso com a justiça. Os donos do templo exploravam o povo. 
Culto fundado em Jesus. 
“Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” (Mt 18,20). Está aí o verdadeiro templo cujo alicerce é Cristo. Nós nos unimos a Cristo quando rezamos juntos, e assim realizamos nossa caminhada. Esta festa torna-se uma crítica para nós que celebramos o início da vida de comunidade: Até que ponto nosso culto tem a ver com Jesus Cristo. Ou é algo individual e uma satisfação espiritual? Fortalecer o culto é fundar-se em Cristo e com os irmãos. Nossa comunidade será como a água que saia debaixo da soleira do templo e levava a vida a todos, como vimos na leitura de Ezequiel. 
Leituras: Ezequiel, 471-2.8-9; 
1coríntios3,9-11.16-17;João2,13-22 
Homilia da Dedicação da Basílica de Latrão
Em novembro de 2003

EVANGELHO DO DIA 30 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 14,1-6. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Em casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito que vou preparar-vos um lugar? Quando Eu for preparar-vos um lugar, virei novamente para vos levar comigo, para que, onde Eu estou, estejais vós também. Para onde Eu vou, conheceis o caminho». Disse-Lhe Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais: como podemos conhecer o caminho?». Respondeu-lhe Jesus: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena(1347-1380) 
Terceira dominicana, 
doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
 «O dom do Verbo encarnado»,capXI, n.º27 
Andar pelo caminho da verdade e da vida 
Santa Catarina ouviu Deus dizer-lhe: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida; quem anda por Mim não caminha nas trevas, mas na luz» (Jo 14, 6; 8, 12). E, noutra passagem, a minha Verdade afirma que ninguém pode vir a Mim senão por Ele; e é realmente assim. Se bem te lembras, foi precisamente isso que te disse quando quis indicar-te o caminho. Portanto, se Ele diz que é o caminho, isso é a própria verdade, e eu mostrei-te que esse caminho tem forma de ponte. Ele também disse que é a verdade; e isso é bem real, pois é um só comigo, que sou a Verdade. Quem O segue anda, pois, no caminho da verdade e da vida. Quem segue esta verdade recebe a vida da graça e não pode morrer de fome, porque a verdade é o seu alimento. Também não pode andar nas trevas, porque Ele é a luz, sem mistura de mentira. Mais ainda, foi Ele que, pela verdade, confundiu e destruiu a mentira com a qual o demónio seduzira Eva. Por esta mentira, o caminho para o Céu tinha sido interrompido; mas a Verdade restabeleceu-o e cimentou-o com o seu sangue. Aqueles que andam por este caminho são filhos da verdade, pois seguem a verdade, passam pela porta da verdade, e encontram-se unidos, em Mim, Àquele que é o caminho e a porta, o meu Filho, Verdade Eterna e Oceano de Paz.

SÃO QUIRINO, MÁRTIR, NA VIA ÁPIA

No século III, os mártires romanos Alexandre, Evêncio e Teódulo, presos por ordem de Tibério, foram confiados ao tribuno romano, Quirino. 
Este, porém, impressionado pelos seus milagres, se converteu e foi batizado com a sua filha, Balbina. 
Por isso, também sofreu o martírio, por causa da sua fé.

SÃO PEDRO LEVITA, DIÁCONO

Pedro tornou-se Beneditino após ter encontrado o futuro Santo e Papa Gregório Magno, que o quis diácono na Sicília e na Campânia e, enfim, diácono em Roma. 
Esteve sempre ao lado do Papa, quando se retirou para o Mosteiro do Célio para de se dedicar aos seus escritos. 
Pedro Levita faleceu em 605.

PIO V Papa, Santo (1551-1572)

O século XVI ficou marcado principalmente pela Reforma protestante, Contra Reforma Católica (Concílio de Trento) e início das grandes navegações. Provavelmente esse foi o século com o maior número de Santos da história da Igreja: São Felipe Neri, Santa Teresa de Avila, São Pedro de Alcântara, São Carlos Borromeu, Santo Inácio de Loyola, São Francisco Xavier, São Pedro Canísio e etc… Um dos santos desse século foi o Papa São Pio V. Miguel Ghisleri nasceu em 1504, em Bosco Marengo, na província de Alexandria e, aos quatorze anos já ingressara na congregação dos dominicanos. Foi professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal, bispo de Mondovi e, finalmente, papa, em 1566, tomando o nome de Pio V. Possuía três grandes devoções: a Eucaristia, o Rosário e a Santíssima Virgem Maria. Foi um professor tão brilhante e recebia tantos elogios que achou necessário impor a si mesmo duras penitências, de modo a combater o orgulho.

JOSÉ BENEDITO COTTOLENGO Presbítero, Fundador, Santo (1786-1842

UM DIPLOMATA “DISFARÇADO” DE PADRE...!
Quando vi pela primeira vez esta fisionomia, levei um susto. A surpresa que dominou meu espírito é explicável: semblante tão positivo, reflectindo um homem com olhar tão lúcido, tão inteligente, com tal capacidade de tocar e manejar as coisas, de fazê-las irem para frente com tanta diplomacia, a meu ver poderia ser qualificado como o de um diplomata “disfarçado” de padre. Ele viveu no século XIX, e chamava-se José Benedito Cottolengo. Reveste sua cabeça o chapéu eclesiástico denominado barrete, no qual se notam, do lado esquerdo, três arcos: representação da Unidade e Trindade divinas. Lindo símbolo da Igreja. No rosto cheio, a decisão. O que ele quer, deseja-o efectivamente. Olhos de tamanho médio, quase grandes. Olhar vivo, por um lado denotando a resolução e a faculdade de fazer o que os ilustres patrícios dele — os italianos — definem com a expressão “fare dalla combinazione” (fazer combinações de toda ordem); mas, por outro lado, revelando espírito resoluto de quem parece dizer: “Vamos para a frente, qualquer complicação eu derrubo”. Esse talento todo foi aplicado, por desígnios da Providência Divina, numa obra de caridade das mais insignes que registra a História da Igreja. Em Turim, tive a ocasião de visitar tal obra de caridade — um hospital denominado Il Cotolengo.

MARIA DA ENCARNAÇÃO GUYART Viúva, Religiosa, Fundadora, Santa (1599-1672)

FOI CHAMADA «MÃE DA IGREJA CATÓLICA DO CANADÁ
»
Aos 17 anos casa-se com Claude Martin; aos 18 anos é mãe; aos 20 anos, é já viúva. Maria recusa um segundo casamento que lhe propõem os pais e, aos 32 anos, entra no mosteiro das Ursulinas de Tours. Deus levou-a a compreender a fealdade do pecado e a necessidade da redenção. Tendo profunda devoção ao Coração de Jesus e meditando assiduamente o mistério da Encarnação, ela leva à maturidade a sua vocação missionária: «O meu corpo estava no nosso mosteiro, escreverá ela na sua autobiografia, mas o meu espírito não podia estar encerrado. O Espírito de Jesus levava-me à Índia, ao Japão, à América, ao Oriente, ao Ocidente, às paragens do Canadá e dos Hurões, e a toda a terra habitável onde houvesse almas racionais que eu via pertencerem a Jesus Cristo». Em 1639, está ela no Canadá. É a primeira Irmã francesa missionária. O seu apostolado catequético em favor dos indígenas é infatigável: compõe um catecismo na língua dos Hurões, outro na dos Iroqueses e um terceiro na dos Algonquins.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Sexta-feiraSantos: Pio V, Lourenço de Novara, Sofia.
Evangelho (Jo 14,1-6) “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também.”
Ao se despedir de seus discípulos Jesus viu a tristeza e o desânimo que se apoderavam deles. Disse-lhes que não deviam ter medo nem ficar perturbados; podiam ficar tranquilos, confiando no Pai e no Filho por ele enviado. Já devemos ter passado por situações difíceis e desanimadoras, e muitas ainda nos esperam. Sigamos o conselho de Jesus, colocando nele e no Pai toda  nossa confiança.
Oração
Senhor, facilmente me apavoro, ou porque as dificuldades são grandes, ou porque as imagino maiores do que são. Sei que eu e os outros somos limitados e frágeis. Confio em vós, em vosso poder e em vossa bondade. Creio que cuidais de nós, e tudo dispondes para nosso bem. Aumentai minha confiança, para manter a serenidade diante dos perigos e dificuldades. Ajudai-me sempre. Amém.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

OS PREGOS DOS VÍCIOS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era uma vez um rapaz muito colérico e violento. Para curá-lo, o pai inventou este estratagema:
- Cada vez que você disser um palavrão, bata um preguinho atrás da porta.
No começo foi aquela “martelação” de pregos. Ao menos para não fazer tanto barulho, o rapaz foi se controlando e os pregos diminuindo. A porta, porém, foi ficando cheia de preguinhos.
O pai lhe disse:
- Como limpar essa porta? 
A cada boa obra arranque um preguinho e alise a porta.
Assim a porta voltou a ser limpa e lisa. 
Lição para a vida: Não basta deixar de pecar, é preciso reparar o mal feito. (Eduardo Quesada)

REFLETINDO A PALAVRA - “Unção dos Enfermos – amor aos doentes”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Visitar os doentes, predileção de Jesus.
 
A vida do cristão é um constante continuar a presença de Cristo no mundo com seu sentimentos e mentalidade, re-propondo nos mais diversos modos sua obra, sua missão e sua atenção para com todos. No Evangelho há uma predileção muito grande de Jesus pelo pobre e pequeno, de modo particular pelos doentes. A estes, Jesus dedica sua atenção, seus milagres e suas palavras de conforto. Jesus deixou que seu cuidado para com eles continuasse no mundo através de nós. É Jesus que continua a visitar, confortar, e curar os doentes. Não se negava a nenhum pedido e levantava-se imediatamente para curar e ressuscitar os mortos. Era uma presença de amor. 
Um conforto na dor. 
A presença da vida e da missão de Jesus no mundo continua também através dos sacramentos. O que era visível em Jesus na sua vida terrena, é visível agora nos sacramentos, dizem os Santos Padres. Um destes sacramentos está a Unção dos enfermos, a mal afamada extrema unção, continua a missão redentora de Jesus para com os doentes. Este sacramento foi considerado como o anunciador do fim. Aliás havia a norma que ensinava dar este sacramento somente quando se tinha certeza e não se tinha mais esperança de que o quase defunto voltasse a viver. Eu mesmo vi esta cena, quando um padre caiu morrendo e o outro com o óleo na mão esperava que talvez pudesse reagir. Assim não daria a unção. É o que dizemos: quando o sujeito está no bico do corvo. Quando chegava o padre, o povo dizia: está mal, pois até o padre já veio. Não era este o pensamento de Jesus. Ele queria ajudar o doente. Para os mortos há outras rezas. A Unção dos doentes é o sacramento onde se manifesta o amor e o carinho para como doentes e moribundos. É Jesus, através da Igreja, que partilha da dor do doente, dá conforto e apoio. Este sacramento tem duas graças: perdão dos pecados e, se for da vontade de Deus, a cura corporal (e acontece muito – por isso é bom chamar o padre enquanto há chance de vida). Somente o sacerdote ou o bispo pode dar este sacramento. O diácono e o leigo não. Pena, pois, a maioria dos cristãos morre sem esse sacramento. 
Sacramento na sua dimensão maior. 
Cada sacramento tem o seu ponto central. Mas tem também sua graça que se alarga e se torna um caminho para o povo de Deus. É instrutivo para nós que queremos agir como Jesus. Ele nos ensinou a amar e ter uma atitude de apoio e amparo para os doentes. Jesus disse: “estive doente e foste me visitar”. A visita ao doente é já parte deste sacramento. Vejamos o bem que fazem os ministros da Eucaristia, os ministros dos enfermos e os que ajudam nos hospitais, de modo particular a pastoral da saúde. Ali temos uma presença de Jesus que quer curar e dar a graça, mesmo não tendo o efeito sacramental. Você dá Jesus. Sinta-se próximo de cada doente em nome de Jesus, sendo sua presença. Sua oração com o doente e pelo doente tornam presente Jesus o médico divino. Dele saía uma força que curava a todos. De você sairá também esta força que cura e anima. Como via de regra, as pessoas idosas e doentes podem receber de quando em quando este sacramento. Quando se faz uma operação mais séria, também se deve receber. Mas não é uma bênção qualquer.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM NOVEMBRO DE 2003

EVANGELHO DO DIA 29 DE ABRIL

Evangelho segundo São Mateus 11,25-30. 
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Santa Catarina de Sena(1347-1380) 
Terceira dominicana, doutora da Igreja, 
copadroeira da Europa 
Diálogos, 167 
«Eu Te bendigo,ó Pai,Senhor do Céu
 e da Terra,
porque escondeste estas verdades
 aos sábios e inteligentes
e as revelaste  aos pequeninos» 
Tu, Trindade eterna, és como um oceano profundo: quanto mais procuro, mais Te encontro; quanto mais encontro, mais Te procuro. Tu sacias-nos insaciavelmente a alma, pois, nas tuas profundezas, sacias de tal modo a nossa alma que ela permanece indigente e faminta, continuando a aspirar e a desejar ver-Te na tua luz (cf Sl 35,10), ó Trindade eterna. Provei e vi com a luz da minha inteligência e na tua luz, Trindade eterna, a imensidão das tuas profundezas e a beleza das tuas criaturas. Vi então que, revestindo-me de Ti, me tornaria tua imagem (cf Gn 1,27), porque Tu me dás, ó Pai eterno, uma participação no teu poder e na tua sabedoria, nessa sabedoria que é o atributo do teu Filho unigénito. E o Espírito Santo, que procede de Ti, Pai, e do teu Filho, concedeu-me a vontade que me tornou capaz de amar. Porque Tu, eterna Trindade, és o Criador, e eu a criatura. Deste modo, iluminada por Ti na nova criação que fizeste de mim pelo sangue do teu Filho unigénito, soube que foste tomado de amor pela beleza da tua criatura.

Santa Catarina de Siena, Missão Providencial – 29 de abril

Deus suscitou no século XIV uma santa com zelo ardente pela Igreja, e que idealizava uma cruzada contra os infiéis
No ano da graça de 1347, Lapa Benincasa deu à luz duas gêmeas em seu vigésimo quarto parto. Uma delas não sobreviveu após o batismo. A outra, Catarina, tornar-se-ia a glória de sua família, de sua pátria, da Igreja e do gênero humano. Giacomo di Benincasa, seu pai, era um tintureiro bem estabelecido, "homem simples, leal, temeroso de Deus, e cuja alma não estava contaminada por nenhum vício"; piedoso e trabalhador, criava sua enorme família (teve 25 filhos de um só casamento!) no amor e no temor de Deus. Catarina, a penúltima da família e caçula das filhas, teve a predileção de todos e cresceu num ambiente moral puro e religioso.

SÃO PEDRO DE VERONA

Pedro nasceu em Verona no ano de 1205. Seus pais eram hereges maniqueus, adeptos da doutrina religiosa herética do persa Mani, Manes ou Maniqueu, caracterizada pela concepção dualista do mundo, em que espírito e matéria representam, respectivamente, o bem e o mal. Entretanto, o único colégio que havia no local era católico e lá o menino não só aprendeu as ciências da vida como os caminhos da alma. Pedro se converteu e se separou da família, indo para Bolonha para terminar os estudos. Ali acabava de ser fundada a Ordem dos Dominicanos, onde ele logo foi aceito, recebendo a missão de evangelizar. Foi o que fez, viajando por toda a Itália, espalhando suas palavras fortes e um discurso de fé que convertiam as massas. Todas as suas pregações eram acompanhadas de graças, que impressionavam toda comunidade por onde passava. E isso logo despertou a ira dos hereges.

São Wilfrido, o Jovem, Bispo e Confessor.

Inglaterra, 744. 
Um dos cinco Prelados eminentemente santos a respeito dos quais São Beda diz terem sido educados na Abadia de Whithy. 
O Santo pôs-se a serviço de São João de Beverly, sucedendo-lhe na Sé de York. 
Grande pregador, pai dos pobres, resignou à sua diocese, a fim de preparar-se para a morte na Abadia de Ripo.

CATARINA DE SENA Dominicana, mística, Santa Doutora da Igreja

A – SUA VIDA
 
1) - Nascimento e primeiros anos Catarina Benincasa nasceu na aldeia de Fontebranda (Sena-Itália), a 25 de Março de 1347. Era filha de Giácomo Benincasa e de Mona Lapa. Este casal teve 25 filhos, sendo a nossa Santa o 23 ou 24 (nasceram duas gémeas). Entre todos os seus irmãos, Catarina, foi a única dos filhos que sua mãe pôde amamentar com o leite materno. Seu pai, que exercia a procissão de tintureiro, embora não fosse rico, gozava dum modesto rendimento, era muito trabalhador e dedicado à família. Filha duma família cristã, principiou, desde tenra idade, a sentir grande tendência para a vida de piedade. Aos 5 anos, subia as escadas de joelhos, rezando a cada degrau, uma Ave-maria. Aos 6 anos, o Senhor quis mimoseá-Ia com a sua primeira manifestação sensí­vel: Cristo aparece-lhe sentado num trono, revestido com resplandecentes ornamentos pontificais, tendo a cabeça cingida com uma tiara papal, abençoando-a com a mão direita. Aos 7 anos, fez voto de virgindade, e aos 12, segundo o costume do país e da época, apesar de ser muito criança, seus pais pensaram em casá-la, mas recusou energicamente o matrimónio. No entanto, levada pelos falsos conselhos duma irmã, começou por se deixar mundanizar. Este período parece ter sido curto. Tratava-se apenas de imperfeições de criança; chorou-o arrependida, durante vários anos. Depois, intensificando as suas penitências, fixou-se numa espécie de vida religiosa, fazendo, mais tarde, os três votos religiosos, que viveu intensamente, apesar de sempre ter vivido no mundo. Durante muitio tempo não tomou outro alimento, excepto pão e ervas cruas.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quinta-feiraSantos: Catarina de Sena
Evangelho (Jo 13,16-20) “Em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.
Todos nós, que conhecemos Jesus e somos seus discípulos, somos também seus enviados e representantes seus para levar a salvação a todos. Olhando para nossas limitações, essa missão mostra-se acima de nossas forças. Por isso mesmo Jesus garante que ele estará sempre conosco, de tal modo que quem aceitar nossa mensagem estará acolhendo a ele mesmo e ao Pai que o envia.
Oração
Senhor, porque estais conosco, guiando nossos passos e dizendo o que devemos anunciar, por isso tenho coragem de aceitar a missão que me confiais. Sei que por mim mesmo nada posso. Vós, porém, tudo podeis, podeis até usar-me para o bem. Cuidai de mim, para que minha vida não desminta o que ensino; guardai-me para que não me perca depois de ter querido salvar a outros. Amém.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

O NOVELO MÁGICO.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
VICE-POSTULADOR DA CAUSA

VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA
Era uma vez uma menina muito inteligente e precoce que sonhava grandes coisas quando crescesse. Até aí tudo bem. Mas ela queria que seu sonho acontecesse logo. Por isso pedia para todos os anjos e gênios do outro mundo que satisfizessem o seu desejo. Um dia aparece-lhe uma fada com um novelo dizendo: 
- Menina, vim satisfazer seu desejo. Está vendo este novelo? É mágico. Ele vai se desenrolando automaticamente, conforme os dias vão passando. Mas se quiser adiantar alguns anos, é só desenrolar manualmente o novelo. 
A menina escutava, embevecida. 
-Quero sim. 
- Mas há um detalhe importante. O novelo não volta mais para trás. 
Sem ouvir direito a condição da fada, pegou sofregamente o novelo, agradeceu e a fada evaporou no espaço.. Vendo-se sozinha, fez a primeira experiência: 
-“Quero ter 15 anos agora.” 
No mesmo instante chegou aos 15 anos. Festa e mais festa para a graciosa debutante. Um pouco depois: 
- Quero me formar professora... Quero arranjar um noivo... Quero casar-me com um moço bem bonito...
O novelo ia se desenrolando conforme os desejos e caprichos da vaidozinha. Quando deu conta de si, seus lindos cabelos tinham ficado grisalhos. Quis voltar o novelo, mas só agora se lembrou do que dissera a fada. Em poucos minutos viveu muitos anos de sua vida. Não teve infância nem juventude e nem maturidade. 
Lição para a vida: Viva intensamente cada período de sua vida. Realize-se, instante por instante. Não queira antecipar nada.

REFLETINDO A PALAVRA - “Viva esperança na ressurreição”.

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
Um culto de fé na ressurreição.
Há o dia do trabalho, dos pais, das mães, das diversas profissões etc... O dia de Finados parece um dia triste. Chamamos dia dos mortos. Mas, se formos um cemitério para a visita da saudade, encontramos flores e luzes. É a festa da vida. Ali não contemplamos ossos ressequidos, mas lembranças daqueles que passaram da morte para a vida. O culto dos mortos é uma tradição muito antiga no mundo. Podemos ver isso na atitude das mulheres que, no dia seguinte ao sepultamento de Jesus, foram terminar os ritos de preparação do corpo de Jesus. E surpresa! Ele não estava mais lá. Ressuscitara. Ali nasce para nós a esperança da ressurreição. Assim também será conosco, se bem que não sabemos nem quando nem como. Vem das origens da Igreja a celebração dos mortos. Nas catacumbas romanas há um imenso testemunho de respeito aos mortos, de fé na ressurreição e no valor de nossa oração por eles e da oração deles por nós. Desde o início, a Igreja celebra o culto em torno das tumbas dos mártires. E temos sempre em nossos altares relíquias de santos mártires. Pude ver, em um livro do século VIII (Sacramentário Gelasiano), anotada à margem, a primeira indicação da colocação da oração dos mortos dentro do texto da prece eucarística. No mosteiro de Cluny, lá pelo ano 1000, aparece a celebração do dia de Finados, seguindo ao dia de todos os santos. Temos uma larga tradição de oração pelos mortos e celebração de sua memória. Na realidade, mais do que saudade, é uma demonstração de fé na ressurreição. Nossos mortos estão vivos. E os que foram para o inferno? Por acaso podemos dizer que alguém foi para o inferno? Vamos ter surpresas! 
Fundamento da oração pelos mortos. 
Os fundamento da oração pelos mortos já se acham no livro dos Macabeus: Judas manda oferecer sacrifico pelo pecado dos combatentes mortos que se deixaram levar pela idolatria. “Ação justa e nobre inspirada na sua crença na ressurreição. Pois se não esperasse que os soldados mortos houvessem de ressuscitar, teria sido em vão e supérfluo rezar por eles” (2 Mc 12, 43-44). Na leitura do livro de Jó encontramos a esperança na Ressurreição (Jó 19,23-27): “Sei que o meu Redentor vive (...) depois que tiver destruída esta minha pele, na minha carne eu verei a Deus. Eu mesmo o verei e meus olhos o contemplarão e não os olhos de outro”. A carta de Paulo aos Romanos é um claro testemunho: Há uma vida, uma morte e uma ressurreição. 
Fé que anima a vida. 
Batizados, temos em nós a semente da vida eterna. Por nossa fé e obras, vamos tomando posse desta vida. “Quem vê o Filho e nEle crê, tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia”. Temos garantia de ressurreição. Nossos irmãos na fé, que morreram, são santos junto de Deus e são nossos intercessores. Por isso celebramos a festa de todos os santos. Assim, nós que temos parentes falecidos, velhos ou criancinhas inocentes, podemos pedir que rezem a Deus por nós, e nos amem. E nós rezemos pelos mortos, sem supertição, pois um dia os vivos rezarão por nós.
(Leituras: Jó 19,1.23-27; 
Romanos 6,3-9; João 11,17-27) 
Homilia de Finados (02.11)
EM NOVEMBRO DE 2003

EVANGELHO DO DIA 28 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 12,44-50
Naquele tempo, Jesus disse em alta voz: «Quem acredita em Mim não é em Mim que acredita, mas naquele que Me enviou; e quem Me vê, vê Aquele que Me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas. Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, não sou Eu que o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para o salvar. Quem Me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que anunciei o julgará no último dia. Porque Eu não falei por Mim próprio: o Pai, que Me enviou, é que determinou o que havia de dizer e anunciar. E Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, as palavras que Eu digo, digo-as como o Pai Mas disse a Mim». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Lansperge o Cartuxo(1489-1539) 
Religioso e teólogo 
Sermão 5 (Opera omnia 3,315) 
«Eu vim ao mundo como luz, para que 
todo aquele que acredita em Mim 
não fique nas trevas» 
A humildade com que Cristo «Se esvaziou a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fil 2,7) é para nós luz, como é luz também a sua recusa de glória neste mundo, Ele que não quis nascer num palácio, mas preferiu um estábulo e sofreu uma morte vergonhosa numa cruz. Por esta humildade, somos capazes de perceber quão detestável é o pecado de alguém que, sendo apenas pó (cf Gn 2,7), um homenzinho de nada, pelo poder do orgulho se glorifica e se recusa a obedecer, ao passo que Deus infinito é humilhado, desprezado e entregue ao bel-prazer dos homens. A mansidão com que Ele suportou a fome, a sede, o frio, os insultos, os golpes e as feridas também é luz para nós, pois «não abriu a boca, como cordeiro que é levado ao matadouro ou como ovelha emudecida nas mãos do tosquiador» (Is 53,7). Por esta mansidão, somos capazes de ver que a cólera e as ameaças são inúteis, e de nos dispor a sofrer e a servir a Cristo de todo o coração; por ela, enfim, compreendemos tudo o que nos é pedido: expiar os nossos pecados em atitude de submissão e silêncio, suportar com paciência o sofrimento quando surgir, como Cristo suportou os seus tormentos com brandura e paciência, não pelos seus próprios pecados, mas pelos dos outros. Irmãos caríssimos, reflitamos desde já em todas as virtudes que Cristo nos ensinou com a sua vida exemplar, nos recomenda com o seu estímulo e nos ajuda a imitar com a fortaleza da sua graça.

Santa Margarida de Città di Castello

 
No dia 24 de abril p.p., o Papa Francisco autorizou o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, a promulgar os decretos relativos à até então Beata Margarida, que fez parte da Ordem Terceira dos Frades Pregadores (dominicanos). Por meio do procedimento conhecido como “canonização equipolente”, Margarida foi inserida no Catálogo dos Santos e, desta forma, o seu culto está agora formalmente estendido a toda a Igreja. A “canonização equipolente” foi instituída no século XVIII pelo Papa Bento XIV. Mediante este processo, o pontífice “vincula a Igreja como um todo para que observe a veneração de um Servo de Deus ainda não canonizado pela inserção de sua festividade no calendário litúrgico da Igreja universal, com Missa e Ofício Divino”. "Meu pai e minha mãe me abandonarem, mas o Senhor me recebeu"     A história da vida desta Beata foi escrita cerca de 30 anos após sua morte, por um religioso anônimo, que para seu relato se baseou nos testemunhos de muitas pessoas contemporâneos de Margarida.

Santa Joana (Gianna) Baretta Molla

Na família italiana dos Baretta de Milão, os treze filhos foram reduzidos a oito pela epidemia da gripe espanhola e por duas mortes ocorridas na primeira infância. Desses oito, saíram uma pianista, dois engenheiros, quatro médicos e uma farmacêutica. Um dos engenheiros, José, depois se fez sacerdote, e dois médicos fizeram-se religiosos missionários: madre Virgínia e padre Alberto. Gianna Baretta, para nós Joana, a penúltima dos oito, nasceu no dia 4 de outubro de 1922 na cidade de Magenta, onde cresceu e se formou médica cirurgiã, com especialização em pediatria, concluída 1952. Porém preferiu exercer clínica geral, atendendo especialmente os velhos abandonados e carentes. Para ela, tudo era dever, tudo era sagrado: "Quem toca o corpo de um paciente, toca o corpo de Cristo", dizia. Em 1955, ela se casa com Pedro Molla. O casal vive na tradição religiosa familiar: missa, oração e eucaristia, inserida com harmonia na Modernidade. Joana ama esquiar na neve, pintar e a música também. Ela freqüenta o teatro e os concertos com o marido, importante diretor industrial, sempre muito ocupado.

SANTO AGAPITO I

O bispo eleito para suceder o pontífice João II, na cidade de Roma, foi Agapito I, que se consagrou no dia 13 de maio de 535. O seu pontificado durou apenas onze meses e dezoito dias. Nesse tão curto período do seu governo, o papa Agapito I elevou as finanças da Igreja; tomou decisões doutrinais importantes para a correta compreensão dos fundamentos do cristianismo e lutou com energia pela defesa da fé e dos bons costumes. Ele mandou queimar as bulas de Bonifácio II, condenatórias das doutrinas de Dióscoro, e negou aos hereges re-convertidos que conservassem seus cargos e benefícios, como pretendia o imperador Justiniano. Enfim, foi um papa zeloso e defensor da tradição católica. Também proibiu que os bispos das Gálias, atuais França e Espanha, vendessem os bens de suas igrejas, até mesmo em caso de extrema necessidade. Excomungou Antimo, o patriarca de Constantinopla, que havia alcançado o patriarcado graças às intrigas da imperatriz Teodora, e nomeou em seu lugar Mena, um bispo católico, homem de fé e saber.

LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT Sacerdote, Fundador, Santo 1673-1716

Um dos missionários da devoção mariana mais conhecidos, incansável pregador da sagrada escravidão de amor a Maria Santíssima, apóstolo da Contra-Revolução Segundo dos 18 filhos do advogado João Batista e de Joana Roberto de la Vizeule, Luís Grignion nasceu em 3 de janeiro de 1673, em Montfort-la-Cane (hoje Montfort-sur-Meu), na Bretanha. Por devoção a Nossa Senhora, no crisma acrescentou ao seu nome o de Maria. Luís herdou do pai um temperamento colérico e arrebatado, e dirá depois que "custava-lhe mais vencer sua veemência e a paixão da cólera que todas as demais juntas". Mas conseguiu-o tão bem, que um sacerdote seu companheiro, nos últimos anos de sua vida, atesta que: "Realizou esforços incríveis para vencer sua natural veemência; e o conseguiu, e adquiriu a encantadora virtude da doçura" [1], que atraía tanto as multidões. O pequeno Luís Grignion de Montfort sentia também muito pendor pela solidão, sendo comum retirar-se a um canto da casa para entregar-se à oração diante de uma imagem da Virgem, rezando principalmente o Rosário.

Santa Teodora e São Dídimo, mártires († 304).

Martirologia Romana (1956): Em Alexandria, Egito, Santa Teodora, uma virgem, e São Dídimo, um soldado romano que lutou para protegê-la, foram mártires († 304). 
Etimologicamente: Teodora = "dom de Deus", vem da língua grega.
Etimologicamente: Didymus = "duplo, gêmeo, companheiro", vem da língua grega. 
Curta biografia 
Ambos foram martirizados em Alexandria em 304. Teodora queria permanecer virgem. Mas as intenções do governador não eram as mesmas. Ele deu a ela três dias de reflexão antes que ela fosse condenada a viver em uma casa de prostituição. O governador disse-lhe: “Você não sabe que as virgens consagradas que se recusam a fazer sacrifícios aos deuses pela vontade do imperador podem ser desonradas? Eu sei, respondeu Teodora, mas nunca farei sacrifícios aos deuses. Por favor, não desonre sua família. Ela foi firme em sua decisão. Um soldado, Dídimo, que estava na audiência com o governador, foi dizer-lhe: "Eu sou o primeiro." Uma vez que ficaram sozinhos, ele deu a ela seu uniforme de soldado e ela deu a ele o véu. Assim, ele foi capaz de escapar. Os dois foram perseguidos até serem encontrados. Santo Ambrósio de Milão conta que Teodora compareceu ao tribunal para salvar Dimas. Mas a sorte já foi lançada. Os dois foram martirizados pelo terrível imperador Diocleciano. Abandonaram-se a Cristo e dele tiraram a força necessária para morrer pela fé. Parabéns a quem leva esses nomes!

Beato Luquésio (ou Lúcio), confessor (1185-1250).

Da Terceira Ordem (1181-1260). Inocêncio XII em 1694 concedeu ofício e missa em sua honra. O Val d’Elsa, então território florentino, foi a terra natal de Luquésio ou Lúcio, o primeiro terceiro franciscano. Passou a sua juventude mergulhado em interesses mundanos, especialmente na política e na procura de riquezas. Tornou-se tão impopular com seu violento partidarismo em prol da causa dos guelfos, que achou mais prudente sair de Gaggiano, sua terra natal, e estabelecer-se em Poggibonsi, onde continuou seus negócios como fornecedor de mantimentos e prestamista. Entre 30 e 40 anos de idade, sobreveio uma mudança em sua vida, em parte como conseqüência da morte de seus filhos. Seu coração foi tocado pela graça divina, e ele começou a ter interesse pelas obras de caridade, como a assistência e o cuidado dos enfermos e a visita às prisões. Renunciou inclusive a todos os seus bens em favor dos pobres, com exceção de um pedaço de terra que resolveu cultivar com suas próprias mãos. Pouco tempo depois São Francisco de Assis foi a Poggibonsi.

Beata Maria Luísa de Jesus Trichet, Fundadora - 28 de abril

      Nasceu em Poitiers (França), no dia 7 de maio de 1684 e foi batizada no mesmo dia. Quarta de uma família de oito filhos, recebeu uma sólida educação cristã tanto na família como na escola, pois frequentou o colégio de religiosas, no Convento de Notre-Dame, onde encontrou um ambiente de formação muito a seu gosto: as educadoras levavam uma vida contemplativa na ação.     Cresceu no ambiente de oito irmãos sob a direção maternal de uma mulher de caráter forte, e de um pai habituado a exercer o direito e a julgar com retidão como consultor jurídico do governo da cidade.      A sombra da cruz projetou-se sobre esta família: vitimada por grave doença, sua irmã Teresa falece, enquanto a irmã mais velha, Joana, fica paralítica a partir dos 13 anos de idade até à morte. Sempre que regressava a casa, Maria Luísa ocupava-se carinhosamente de sua irmã paralítica, familiarizando-se com a dor e o carinho para com os doentes.

São Pedro Chanel, presbítero e mártir

Futuna é pequena “expressão geográfica”, minúscula ilha, indicada nos atlas com um pontinho entre o Equador e o Trópico de Capricórnio no imenso oceano Pacífico, fragmento das ilhas Figi. Hoje, possessão francesa, meta de turistas amantes do exótico, a população inteiramente católica tem vida pacífica. Mas há cento e quarenta anos, precisamente a 12 de novembro de 1827, quando aí desembarcou providencialmente o missionário marista Pedro Chanel, em companhia de um confrade leigo, a pequena ilha, dividida em duas por uma montanha central e por duas tribos perenemente em guerra, não era decerto refúgio turístico. Só a coragem e a caridade de homem de Deus podiam escolher aquela meta com todos os riscos que comportava. Aqui de fato Pedro Chanel teria concluído a sua aventura de evangelizador, morto a pancadas de bastão a 28 de abril de 1841, pelo genro do cacique, Musumusu, irado porque entre os convertidos ao cristianismo estavam já alguns membros de sua família. Pedro Chanel nasceu na França, em Cuet, a 12 de julho de 1803.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE ABRIL

Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
28 – Quarta-feiraSantos: Pedro Chanel, Valéria
Evangelho (Jo 12,44-50)  Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.”
No Evangelho de João encontramos muitas vezes a oposição ente luz e treva. Luz é vida, verdade, esperança e liberdade. Treva é morte, mentira, pecado, desespero. Entre luz e treva temos de fazer nossa escolha pessoal. Se escolhemos a luz, Jesus apresenta-se a nós como resposta. Ele pessoalmente será para nós essa luz, verdade, esperança e liberdade. Renovemos nossa escolha por ele.
Oração
Senhor, conheço bem minha fraqueza e minha maldade. Preciso de vós, para conhecer a verdade, para descobrir o bem, para ficar livre do mal que existe em mim. Tomai conta de minha vida, iluminai meu coração para que eu possa ver, encontrar e amar a vida que me ofereceis. Creio que só vós tendes a palavra que me pode dar a vida que dura para sempre. Salvai-me da minha treva. Amém.

terça-feira, 27 de abril de 2021

NO FIM O PADRE DISSE “AMÉM”.

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
MISSIONÁRIO REDENTORISTA 
Durante o sermão da missa dominical, o pequeno André ficou fora da igreja, brincando com os companheiros.
Nada ouvira da pregação.
Chegando à sua casa, conforme o costume das famílias do Tirol, o pai perguntou para cada filho o que havia guardado do sermão.
Chegou a vez do André.
O molecote remexeu e vasculhou nas gavetas da memória, mas a resposta não vinha.
O pai apertou: 
- Alguma coisa você deve ter guardado. Você não estava na igreja? Fale!
Afinal veio a resposta evasiva e estratégica: 
- No fim o padre falou “Amém! Assim seja”. 
Naquele dia, na casa dos Hamerle, o auxiliar da educação cantou no lombo do rapazinho. 
– Mas valeu. 
Mais tarde tornou-se um dos mais famosos missionários redentoristas da Áustria. 
Lição para a vida: Na verdade a Palavra de Deus é viva e eficaz. É mais afiada do que uma espada de dois gumes! (Hb 4,12).

REFLETINDO A PALAVRA - “Festa de todos os Santos”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
(Ao lado, PADRE BRANDÃO CSsR)
Os que têm mãos puras e inocente o coração.
 
A oração da missa do 1º de novembro, festa de Todos os Santos já dá o sentido da festa: “Ó Deus, que nos dais celebrar numa só festa os méritos de todos os santos...”. Celebramos todos os santos, isto é, todas as pessoas que vivem junto de Deus. Nesta festa estamos celebrando todos os habitantes do Céu. Os cristãos que foram beatificados ou canonizados não passam de 3.500. João Paulo II, nos seus 25 anos de pontificado fez mais beatos e santos do que todos os papas juntos desde o ano 1000. Quem mais declarou os cristãos santos foi a própria Palavra de Deus no livro do Apocalipse 7,2-14: “Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas que nem podia contar (...) esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”. Todos salvos e redimidos por Jesus. Seu sangue é para todos e de todos os tempos. Ser santo é ser semelhante a Jesus. A primeira carta de João diz “Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como Ele é” (1 Jo 3,2), isto é, seremos santos. 
Felizes vós! Bem-Aventurados! 
Ser como Jesus, lavar as vestes no seu sangue, não é um ideal distante. Para ser santo, nos é dado o caminho: as bem-aventuranças apresentadas por Mateus no capítulo V. Estas começam pelas palavras: bem-aventurados, felizes! Há um caminho de santidade mais fácil do que este que Jesus nos apresenta? Não fala nada de difícil e complicado. Fala do que a gente mais quer: ser feliz. E para ser feliz dá o remédio feito por seu coração, muito ajeitado para nosso coração e nosso modo de viver. A proposta de Jesus se baseia em poucas verdades: ser uma pessoa de coração simples, que se desapega, humilde, respeitoso e cheio de atenção para com os outros (manso e misericordiosos), de coração aberto (puro de coração), construtor da paz, preocupado em que tudo se acerte (fome e sede de justiça), sofredor porque é bom (perseguido por causa da justiça). É difícil este caminho? É por isso que a leitura fala de uma multidão que ninguém podia contar (Ap. 7,9). É mais fácil ser salvo do que ser condenado. Acho que com este programa o inferno leva uma boa desvantagem, pois para ser bem mau é preciso ser muito esperto. Jesus já dizia que “os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz” (Lc 16,8). Jesus não exige mais nada. Todos podem. 
Somos chamados filhos de Deus. 
Esta maneira tão bonita de viver, nós a recebemos de Deus que nos dá seu amor e o dom de sermos seus filhos porque nos fez irmãos de Jesus. “O mundo não pode os conhecer, porque não conhece a Deus” (1 Jo 3,1). Seremos semelhantes a Jesus: “Sabemos que quando Jesus se manifestar seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é” (1 Jo 3,2). Sejamos cumpridores das palavras das Bem-Aventuranças que já estão aninhadas em nós. Agradeçamos a Deus por tantos homens e mulheres que viveram esta realidade de santidade e agora rezam por nós.
ARTIGO REDIGIDO  E PUBLICADO
EM OUTUBRO DE 2003

EVANGELHO DO DIA 27 DE ABRIL

Evangelho segundo São João 10,22-30. 
Naquele tempo, celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação do Templo. Era inverno e Jesus passeava no templo, sob o Pórtico de Salomão. Então os judeus rodearam-no e disseram: «Até quando nos vais trazer em suspenso? Se és o Messias, diz-nos claramente». Jesus respondeu-lhes: «Já vo-lo disse, mas não acreditais. As obras que Eu faço em nome de meu Pai dão testemunho de Mim. Mas vós não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos, e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Simeão o Novo Teólogo(949-1022), 
monge grego 
Hino 21, 468s ; SC 174 
«Eu e o Pai somos um só» 
Enviado e vindo do Pai, o Verbo desceu e habitou, inteiro, nas entranhas da Virgem. Tal como inteiro estava no Pai e inteiro esteve nesse seio virginal, inteiro está no Todo, Ele, que não pode ser contido em coisa alguma. Permanecendo inalterado, assumiu a condição de escravo (cf Fil 2,7) e, incarnando neste mundo, tornou-Se homem em tudo. Como afirmar o que nem aos anjos pode ser explicado, nem aos arcanjos, nem a todos os seres criados? É algo que pensamos com verdade mas não podemos exprimir, nem o nosso espírito pode compreender na totalidade. Como, então, sendo Deus e homem, e homem-Deus, é Filho inteiro do Pai, de modo inseparável? Como Se tornou Filho da Virgem e foi dado à luz neste mundo, como permaneceu para nós impossível de ser contido? Remete-te ao silêncio perante tudo isto, pois, mesmo que quisesses falar, faltariam palavras ao teu espírito e à tua língua eloquente restaria a mudez. Glória a Ti, Pai, Filho e Espírito Santo, divindade inatingível para nós, indivisível na sua natureza. Nós Te adoramos no Espírito Santo, nós, os que possuímos o Espírito de Ti recebido. Vendo a tua glória, não Te procuramos sem pensar, mas é no teu Espírito que Te descobrimos, Pai ingerado, e ao teu Verbo, de Ti gerado. E assim, adoramos a Trindade una e sem mescla na sua única divindade, no seu poder e soberania.

S. SIMEÃO, BISPO DE JERUSALÉM E MÁRTIR

As notícias que temos sobre São Simeão nos foram transmitidas, antes de tudo, por Santo Hegésipo, um dos primeiros escritores cristãos, provavelmente de origem palestina, que chegou a Roma, em meados do século II; depois, também por Eusébio de Cesareia, que, em sua “História Eclesiástica”, diz que foi o "segundo Bispo” de Jerusalém, sucessor de Tiago de Alfeu, chamado Tiago Menor, morto em 63. 
Uma identidade controversa 
São discordantes as origens de São Simeão, que, segundo a tradição, teve uma vida muito longa, chegando a 120 anos de idade. Alguns dizem que era um dos 70 discípulos de Jesus - cujo nome não é citado no Evangelho de Lucas -; ele era um dos dois discípulos que encontrou o Senhor a caminho de Emaús, sem o reconhecer logo. Segundo outras fontes, ele era filho de um destes dois, ou seja, de Cléofas. Segundo outros, enfim, também seria um parente próximo de Jesus, tanto que Eusébio de Cesareia o menciona como "primo do Salvador".

São Pedro Canísio, Presbítero, Doutor da Igreja (+1597), 27 de Abril

Pedro Canísio (1521-1597) é conhecido como o segundo apóstolo da Alemanha. É Doutor da Igreja. Seu nome original é Pieter Kanijs. Foi um teólogo jesuíta nascido nos Países Baixos (Holanda). Foi chamado de "Martelo dos hereges" pela clareza e eloqüência com que atacava a posição dos protestantes, está entre os iniciadores da imprensa católica. Ainda na luta pela defesa da Igreja Católica, aconselhava: “Não firam, não humilhem, mas defendam a religião com toda a alma.” São Pedro Canísio é considerado o iniciador da imprensa católica e o primeiro a formar parte do "exército" dos jesuítas. Foi o segundo apóstolo mais importante na evangelização da Alemanha na fé católica, sendo que o primeiro foi São Bonifácio.

SÃO JOÃO XXIII

Angelo Giuseppe Roncalli nasceu na Itália, em 25 de novembro de 1881. Foi eleito Papa em 28 de outubro de 1958, escolhendo o nome de João XXIII. Faleceu em 3 de junho de 1963. Por muitos, foi considerado um Papa de transição, depois do longo pontificado de Pio XIII. Foi o responsável pela convocação do Concílio Vaticano II. No curto tempo de papado, João XXIII escreveu oito encíclicas, sendo as principais a Mater et Magistra (Mãe e Mestra) e a Pacem in Terris (Paz na Terra). Foi declarado beato pelo Papa João Paulo II, em 3 de setembro de 2000. É considerado o patrono dos delegados pontifícios. Foi canonizado pelo Papa Francisco, em 27 abril 2014, no Vaticano. 
São João XXIII, rogai por nós!

SÃO JOÃO PAULO II

Karol Józef Wotjtyla nasceu na Polônia, em 18 de maio de 1920. Foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, escolhendo o nome de João Paulo II, e teve o terceiro maior pontificado da história da Igreja Católica. Faleceu, em Roma, em 2 de abril de 2005. Durante o Pontificado, visitou 129 países, em viagens apostólicas. Sabia se expressar em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco. João Paulo II beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos. Foi proclamado beato, pelo Papa Bento XVI, em primeiro de maio de 2011. Foi canonizado pelo Papa Francisco, em 27 abril 2014, no Vaticano. 
São João Paulo II, rogai por nós!