PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA REDENTORISTA 53 ANOS CONSAGRADO 45 ANOS SACERDOTE |
de nossa fraqueza.
Neste domingo os textos abrem para nós os tesouros da bondade de Deus que, no sofrimento de seu Filho, nos serviu. Em seu corpo rasgado pelos sofrimentos, abriu-se a porta fechada do Paraíso. Ele é um dos nossos “pois carregou sobre si nossas culpas” ( Is, 53,11) e “foi provado como nós em tudo, com exceção do pecado”. Sendo tão próximo, não podemos nos sentir sós em nossos sofrimento e dores, mesmo que o sintamos distante. Mas está perto, à distância de nossa necessidade, apenas a um grito de dor! Sendo dos nossos, e tendo sofrido, pode compadecer-se de nossas fraquezas, pois passou por elas e as conhece. Não fez o pecado, mas fez-se pecado carregando nossas culpas. Carregando nosso pecado em seu corpo, morrendo na cruz. “Podemos ir a Ele com confiança, para alcançar misericórdia e graça de um auxilio oportuno” (Hb 4,16). Deus é amor e misericórdia. Jesus que veio realizar seu plano de amor, é uma expressão máxima da misericórdia de Deus.
Sentido de sua missão.
A Vida, Paixão e Morte de Jesus são um serviço de amor a cada pessoa. “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos” (Mc 10,45) Em contraposição, Jesus mostra como agem os grandes e os chefes: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Mas entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro seja o servo de todos” (Mc 10,42-44). Ser escravo foi o que Jesus fez na última ceia. O sentido da morte de Jesus deve ser o sentido da Igreja: beber o cálice com Ele, não o cálice de vinho na festa, mas o cálice do desígnio de Deus, a redenção através do sacrifício da Cruz. Poder é para os outros que sabem tiranizar. O bom pastor dá a vida como resgate (Mc 10,45).
Razões da confiança
Jesus está junto do Pai como o Sumo Sacerdote, aquele que faz a ligação com Deus, aquele que nos conhece, sabe de nossa realidade, pois ele a viveu em tudo, sempre fiel. “Por isso aproximemo-nos com confiança do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno” ( Hb 4,16). O cristão precisa de Cristo sempre, no bem e na dificuldade, na alegria e no pecado.
Um peregrino do amor.
Celebramos, neste dia 16.10, os 25 anos da eleição do Papa João Paulo II e a inauguração de seu ministério. É um longo tempo. É o 3º Papa que mais tempo esteve no ministério papal (não contando São Pedro). Os outros foram Pio IX e Leão XIII. A celebração não é só uma questão de tempo, mas, sobretudo, por ser o peregrino do amor. Procurou ir a todos como o Pastor de cada um. Mais de 100 viagens pelo mundo, sem contar as viagens feitas às dioceses da Itália e às paróquias de Roma nos domingos. Ele consome sua vida em constante doação. É um ancião consciente de seu dever e a ele fiel.
(Leituras: Isaías 53,10-11;
Hebreus, 4,14-16; Marcos 10,35-45)
Homilia do 29º Domingo do Tempo
EM OUTUBRO DE 2003
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