terça-feira, 27 de abril de 2021

REFLETINDO A PALAVRA - “Festa de todos os Santos”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
45 ANOS SACERDOTE
(Ao lado, PADRE BRANDÃO CSsR)
Os que têm mãos puras e inocente o coração.
 
A oração da missa do 1º de novembro, festa de Todos os Santos já dá o sentido da festa: “Ó Deus, que nos dais celebrar numa só festa os méritos de todos os santos...”. Celebramos todos os santos, isto é, todas as pessoas que vivem junto de Deus. Nesta festa estamos celebrando todos os habitantes do Céu. Os cristãos que foram beatificados ou canonizados não passam de 3.500. João Paulo II, nos seus 25 anos de pontificado fez mais beatos e santos do que todos os papas juntos desde o ano 1000. Quem mais declarou os cristãos santos foi a própria Palavra de Deus no livro do Apocalipse 7,2-14: “Vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas que nem podia contar (...) esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”. Todos salvos e redimidos por Jesus. Seu sangue é para todos e de todos os tempos. Ser santo é ser semelhante a Jesus. A primeira carta de João diz “Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como Ele é” (1 Jo 3,2), isto é, seremos santos. 
Felizes vós! Bem-Aventurados! 
Ser como Jesus, lavar as vestes no seu sangue, não é um ideal distante. Para ser santo, nos é dado o caminho: as bem-aventuranças apresentadas por Mateus no capítulo V. Estas começam pelas palavras: bem-aventurados, felizes! Há um caminho de santidade mais fácil do que este que Jesus nos apresenta? Não fala nada de difícil e complicado. Fala do que a gente mais quer: ser feliz. E para ser feliz dá o remédio feito por seu coração, muito ajeitado para nosso coração e nosso modo de viver. A proposta de Jesus se baseia em poucas verdades: ser uma pessoa de coração simples, que se desapega, humilde, respeitoso e cheio de atenção para com os outros (manso e misericordiosos), de coração aberto (puro de coração), construtor da paz, preocupado em que tudo se acerte (fome e sede de justiça), sofredor porque é bom (perseguido por causa da justiça). É difícil este caminho? É por isso que a leitura fala de uma multidão que ninguém podia contar (Ap. 7,9). É mais fácil ser salvo do que ser condenado. Acho que com este programa o inferno leva uma boa desvantagem, pois para ser bem mau é preciso ser muito esperto. Jesus já dizia que “os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz” (Lc 16,8). Jesus não exige mais nada. Todos podem. 
Somos chamados filhos de Deus. 
Esta maneira tão bonita de viver, nós a recebemos de Deus que nos dá seu amor e o dom de sermos seus filhos porque nos fez irmãos de Jesus. “O mundo não pode os conhecer, porque não conhece a Deus” (1 Jo 3,1). Seremos semelhantes a Jesus: “Sabemos que quando Jesus se manifestar seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é” (1 Jo 3,2). Sejamos cumpridores das palavras das Bem-Aventuranças que já estão aninhadas em nós. Agradeçamos a Deus por tantos homens e mulheres que viveram esta realidade de santidade e agora rezam por nós.
ARTIGO REDIGIDO  E PUBLICADO
EM OUTUBRO DE 2003

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