sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

CONVERSANDO SEM SEGREDOS - TRISTEZA

PADRE ORLANDO GAMBI(+)
REDENTORISTA

Você já viu alguém triste? 
Você mesmo já ficou triste algum dia? 
Por que é que a gente fica triste? 
Você já reparou que não são só os homens que ficam tristes? 
A natureza também fica triste. 
Quando chega o inverno, com todo o seu rigor, a natureza tira seu manto de beleza: as árvores perdem suas folhas, as rosas esmaecem, os passarinhos fogem, os céus não têm aquele deslumbramento que tanto bem nos faz quando o contemplamos. Mas quando falamos que natureza está triste, é em sentido figurado ou comparativo. Diferente é a tristeza que nós, homens e mulheres, sentimos. Há muitas pessoas que já tentaram definir o que é a tristeza. 
Alguém disse: "Tristeza é a outra face da nossa vida". 
Outro disse: "Tristeza é um estado do coração, quando ele não sabe o que quer". 
Mais um definiu assim: "Tristeza é o abalo que sentimos por aquilo que não esperamos". 
Outra definição: "Tristeza é desencontro entre nós mesmos". 
Um outro afirmou: "Tristeza é todo o bem que nos falta". 
Vejam aí, quantas definições. 
Não vou dizer se estão certas ou erradas. Pelo menos cada definição diz um tanto do que a tristeza é realmente, diz um tanto daquilo que você sente quando está triste. 
Volto a perguntar: por que é que a gente fica triste? 
Um dia eu vi uma criança triste. É que não lhe deram o brinquedo que queria. 
Vi uma senhora triste. O marido a abandonou. 
Vi um jovem triste. A namorada que ele tanto amava e com quem queria casar-se, deixou-o por outro. 
Vi uma moça triste. Os pais não lhe consentiam seguir a sua vocação. 
Vi um sacerdote triste. Todas as suas canseiras não deram resultados. 
Vi uma cidade triste. Foi uma inundação que destruiu vidas, casas e plantações. 
Vi uma nação triste. Os canhões e os instrumentos de guerra, instrumentos de morte disseram o porquê. 
Lembro-me de alguém que disse: "Se metade do mundo vive triste, é porque o ódio não é pequeno e o amor não é grande". 
Alguém fez tudo para que você, mesmo ficando triste, não seja uma pessoa triste. 
Fez todo o bem que se pode imaginar a todo mundo, e ninguém pode superá-lo no amor. 
Ele também ficou triste, principalmente quando o abandonaram: Cristo.
Depois que ele nos ensinou como dar sentido à vida e a tudo o que fazemos, quem o ama jamais se deixará abater e vencer pela tristeza. 
Se a tristeza um dia o aborrecer, lembre-se, antes de se queixar, que Deus está lhe dando alguma coisa boa para você lhe oferecer.

REFLETINDO A PALAVRA - “Festa de S. Pedro e S. Paulo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Feliz és tu, Simão!
 
A liturgia da festa dos dois apóstolos tem uma nota de profunda alegria. São felizes os dois apóstolos e a Igreja se alegra em festejá-los. Assim reza na oração da missa: “Deus, que nos concedeis a alegria de festejar os dois apóstolos Pedro e Paulo... pois nos deram as primícias da fé”. Pedro e Paulo são diferentes um do outro. Tiveram diferente chamado, diferente conhecimento de Cristo, pregaram em situações diferentes. Pedro pregou aos judeus e Paulo aos pagãos. “Por diferentes meios, reza o prefácio, congregaram a única família de Cristo” A figura desses dois homens resplandece na Igreja como orientadores do caminho da fé. A fé de Pedro torna-se pedra de sustento do edifício espiritual. Pedro é um homem frágil, mas fala inspirado pelo Pai: “Feliz és tu Simão, pois não foi um ser humano que te revelou isso, mas meu Pai que esta no Céu. Por isso Eu te digo que és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). Deus usa a pessoa humana, na sua fragilidade para manifestar o poder de Deus. Como Cristo: destruído, mas redentor. Paulo é feliz ao contemplar sua trajetória por Cristo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia. Não só a mim, mas também a todos os que esperam com amor sua manifestação gloriosa” (2ª Tim 4,7-9).
Modelos de confiança 
A fé em Jesus, professada de modo efusivo e espontâneo, frutifica na confiança. Jesus confia a Pedro sua Igreja e com ele aos 11 apóstolos, com todo o poder de salvação: “Eu te darei as chaves do reino dos céus. Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus. Tudo o desligares será desligado nos céus” (Mt 16,18). A grande responsabilidade é sustentada por uma confiança muito grande. Pedro é libertado milagrosamente da prisão lemos em Atos 12,1-11. Pedro confia: “Agora sei que o Senhor me enviou seu Anjo para me libertar” (11). Paulo confia: O Senhor esteve a meu lado e me libertou da boca do leão” (2Tim 4,17). Feliz figura da confiança e da certeza de fé. Mesmo se o futuro se preanunciasse perigoso, pois diz que a hora do seu sacrifício já se aproxima, está pronto porque o Senhor “esteve sempre a meu lado” (17). 
Visitar Pedro e Paulo 
A tradição antiga mostra o anseio dos cristãos de visitarem os túmulos de Pedro e Paulo. Por que? Para confirmarem sua fé. É a vontade de dizer: “cremos do mesmo modo”. Nessa fé se firma a Igreja. Os bispos do mundo inteiro vão a Roma a cada 5 anos para visitar a Pedro e Paulo. S. Cripiano vai a Roma para conferir sua fé com a fé de Pedro, expressa na pessoa e na missão do Papa. Paulo fora a Jerusalém para conferir sua pregação com a de Pedro e as cabeças da Igreja para não correr em vão. A simplicidade de querer ser fiel, busca o apoio naqueles que deram a vida por Cristo. Hoje é dia do Papa. Em nossos dias tivemos a figura luminosa de João Paulo II que acreditava na sua missão e expressou sua fé. Agora temos Bento XVI que começa a impressionar por sua afabilidade e inteligência espiritual. Fez-se servo humilde do Senhor. Cabe a nós, com nossa fé, fortalecê-lo. Que os leões que atacam seu ministério sejam amansados pela sua firmeza de fé e caridade. 
Leituras:Atos 12,1-11;Salmo 33; 
2Timóteo4,6-8; Mateus16,13-19.
Homilia da Festa de S. Pedro e Paulo
EM JULHO DE 2005

EVANGELHO DO DIA 31 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São João 1,1-18. 
No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio dele e sem Ele nada foi feito. Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho dele, exclamando: «Era deste que eu dizia: "O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim"». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Columba Marmion
Abade(1858-1923)  
A humildade 
Deus tem um desejo imenso de Se dar a nós 
Uma das maiores revelações que Nosso Senhor nos fez com a sua encarnação é o desejo imenso que Deus tem de Se comunicar às nossas almas, para ser a nossa felicidade. Deus podia ter permanecido para toda a eternidade na solidão fecunda da sua divindade una e trina: Ele não precisa da criatura, pois nada falta Àquele que é a plenitude do ser e a causa primeira de todas as coisas: «Só Tu és a minha felicidade» (Sl 15,2). Tendo porém decretado, na liberdade absoluta e imutável da sua vontade soberana, dar-Se a nós, tem um desejo infinito de realizar esta vontade. Podemos ser tentados a pensar que Deus é «indiferente», que o seu desejo de Se comunicar é vago e desprovido de eficácia; mas isso são conceções humanas, imagens da fraqueza da nossa natureza, que é muitas vezes instável e impotente. Nisto como em tudo o que diz respeito à vida sobrenatural, não devemos deixar-nos conduzir pela nossa imaginação, mas pela luz da revelação. Quando queremos conhecer a vida divina, é a Deus que devemos escutar, é para Cristo que devemos voltar-nos: para o Filho bem-amado que está «no seio do Pai» (Jo 1,18), e que nos revelou os segredos divinos. E que nos diz Ele? Que Deus «amou tanto o mundo que lhe entregou o seu Filho unigénito» (Jo 3,16). E porque o fez? Para ser a nossa justiça, a nossa redenção, a nossa santidade. Porque Deus nos ama, porque deseja unir-Se a nós com um amor sem limites e uma vontade eficaz.

Santa Melânia, a Romana, Viúva, Monja, Fundadora (†410), 31 de Dezembro

Melânia (a avó de Melânia, a Jovem) foi uma patriota, casada com Valério Máximo, prefeito de Roma no ano de 362. Aos 22 anos de idade ficou viúva e mudou-se para a Palestina, deixando seu filho Publicola aos cuidados de tutores. Na Palestina, fundou um monastério em Jerusalém com 50 moças que se consagraram ao serviço de Deus. No monastério, Melânia se entregou a uma vida austera, de orações e de caridade. Tempos depois seu filho Publicola chegou a ocupar um posto no senado romano e se casou com Albina, uma cristã, filha de Albino, um sacerdote pagão. Do casamento de Albina com o filho de Melânia, Senador Publicola, nasceu Melânia, a jovem, criada e educada na fé cristã por sua mãe, na luxuosa residência do senador Publicola, cristão também, mas demasiado ambicioso para ocupar-se de sua fé. Desejando ter um herdeiro varão a quem pudesse deixar toda a sua fortuna e para que perpetuasse o aristocrático nome de sua família, Publicola prometeu sua filha, a jovem Melânia, em casamento a Valério Piniano, um parente seu que era filho de Valério Severo. Porém, a jovem Melânia desejava conservar sua virgindade para consagrar-se por inteiro a Deus. Quando seus pais souberam desse desejo de Melânia, se opuseram veementemente e trataram de apressar seu casamento.

SÃO SILVESTRE Papa

O longo pontificado de São Silvestre (de 314 a 335) correu paralelo ao governo do imperador Constantino, numa época muito importante para a Igreja recém saída da clandestinidade e das perseguições. Foi nesse período que se formou uma organização eclesiástica que duraria por vários séculos. Nesta época, teve lugar de destaque o imperador Constantino. Este, de facto, herdeiro da grande tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da tradição imperial romana, considerava-se o legítimo representante da divindade (nunca renunciou ao título pagão de “Pontífice Máximo”), e logo também do Deus dos cristãos e por isso encarregado de controlar a Igreja como qualquer outra organização religiosa. Foi ele, por isso, e não o Papa Silvestre, quem convocou no ano 314, um sínodo para sanar um cisma que irrompera em África e foi ele ainda quem, em 325 convocou o primeiro Concílio Ecuménico da história, em Nicéia, na Bitínia, residência de verão do imperador.

Santa Colomba de Sens, Virgem e mártir - 31 de dezembro

      Esta é uma das mais célebres mártires de toda a Idade Média e o seu culto teve uma grande difusão. Entretanto, as informações históricas relativas a ela estão repletas de legendas, inclusive a própria Passio. Santa Colomba (ou Comba) é venerada por ter sido martirizada em Sens, no tempo do Imperador Aureliano (270-275). As suas Actas, escritas no século VIII, relatam que ela teve sempre grande horror aos ídolos. É apresentada como pertencente a uma nobre família pagã da Espanha, onde nasceu no século III. Para afastar-se do culto aos ídolos, deixou a família e entrou na França, inicialmente em Vienne, onde recebeu o Batismo, depois foi para Sens. Parece que seu verdadeiro nome era Eporita e que foi chamada Colomba devido sua inocência.

CATARINA LABOURÉ Religiosa Lazarista, Vidente, Santa 1806-1876

A VIDENTE DA MEDALHA MILAGROSA
 
Por muitos anos ninguém soube como surgiu a Medalha Milagrosa. Apenas em 1876 tornou-se público que uma humilde religiosa, falecida naquele ano, é que recebera da Mãe de Deus a revelação dessa Medalha.
***** 
Na pequena aldeia de Fain-les-Moutiers, na Borgonha, Catarina nasceu a 2 de maio de 1806, a nona dos onze filhos de Pedro e Luísa Labouré, honestos e religiosos agricultores. Quando tinha apenas nove anos, Catarina perdeu a mãe. Após o funeral, a menina subiu numa cadeira em seu quarto, tirou uma imagem de Nossa Senhora da parede, osculou-a e pediu-lhe que Ela se dignasse substituir sua mãe falecida. Três anos depois, sua irmã mais velha entrou para o convento das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo. Couberam a Catarina, então com 12 anos, e à sua irmã Tonete, com 10, todas as responsabilidades domésticas. Foi nessa época que ela recebeu a Primeira Comunhão. A partir de então a menina passou a levantar-se todos os dias às quatro horas da manhã, para assistir à Missa e rezar na igreja da aldeia. Apesar dos inúmeros afazeres, não descuidava sua vida de piedade, encontrando sempre tempo para meditação, orações vocais e mortificações. 

Sagrada Família - 31 de dezembro

A SAGRADA FAMÍLIA, IMAGEM MODELO DE TODA A FAMÍLIA HUMANA, AJUDA CADA UM A CAMINHAR NO ESPÍRITO DE NAZARÉ
Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964: 
O exemplo de Nazaré: Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la. Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré!

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE DEZEMBRO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Sexta-feira – Santos: Silvestre I, Catarina Labouré, Melânia
Evangelho (Jo 1,1-18) “Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.”
João Batista, atraiu muita gente e despertou muita esperança. Mas, como ele próprio reconheceu, não era o salvador esperado. Sabia que era o enviado para dar seu testemunho em favor de Jesus (Jo 1,29), garantindo que esse era o Messias. Como todos, eu também tenho essa missão, a mais importante de todas: com minhas palavras e com minha vida garantir que ele é a salvação para nós.
Oração
Senhor Jesus, mais uma vez tenho de parar e perguntar-me que testemunha tenho sido em vosso favor. Preciso mostrar com a vida minha fé, e que vosso poder divino me transformou, e por isso posso viver na justiça e na fraternidade. Perdoai-me porque muitas vezes tenho falhado. Sabeis, porém, que vos quero seguir e abraçar vosso jeito novo de viver. Não permitais que desanime. Amém.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

CONVERSANDO SEM SEGREDOS - SOBRE O AMOR

PADRE ORLANDO GAMBI(+)
REDENTORISTA
O amor é mais forte do que a morte. Mas não é a morte que ele combate. É o ódio. É próprio do amor unir. Ele só divide o que tem para dar. O amor que tudo suporta, é um grande amor. Mas só o amor que suporta a todos é que é semelhante ao amor de Cristo. Teu amor deve ser sem medida, e isso para que não aches que sempre recebes menos do que mereces. Se o amor é tudo, porque é que sempre queres tudo na vida, menos o amor? O amor só não suporta uma coisa: que haja alguma coisa que não possa suportar! Deus não quer um amor maior do que aquele que lhe podes dar. Ele 
apenas não quer um amor que não pensa nos outros! 
O que pensas sobre o amor? 
Não sei o que pensas realmente do amor. Só posso dizer-te que, quanto mais amas, mais acertadamente saberás falar dele. Se não recebes pelo amor que ofereces, Deus te pagará pelo amor que mereces. Quem se cansa do amor, começa a ter pouca coisa para oferecer. Os extremos se tocam. Por isso é que deves amar extremamente para acabar com o ódio! Se queres falar do amor sem pensar nos outros, então é melhor que fales só de ti mesmo, sem pensar no amor. Quem ama descobre os caminhos. Quem não ama, encobre as pegadas. O amor é que dá aquela serenidade de fixares um Judas qualquer e aquela bondade de olhares para quem procedeu como Pedro! O amor pode não ser a virtude mais fácil, mas é a virtude que nos facilita tudo na vida. 
O amor é mais forte do que a morte 
A maior falta contra o amor é a gente querer ficar só! Quando falta o amor, nenhuma dor é pequena! A dor mais profunda é a solidão. O amor mais intenso é suportá-la. É nos olhos que se vê o amor que faz nascer as esperanças, mas é uma vida de amor que faz com que as esperanças não morram! Quem vai à lua, pela técnica, volta à terra como foi. Quem vai aos outros, pelo amor, volta como Deus vai à terra. Se não podes fazer tudo para todos, pelo menos podes não negar a ninguém de tudo o quanto podes. Por isso ama! 
Suplica de amor 
Meu Deus, meu Senhor, meu Rei e meu Pai, eu vos amo com todo o meu coração, porque sois infinitamente bom e amável. Eu vos agradeço o infinito amor que tendes a mim. Dou-vos graças porque estou com vida. O Senhor é infinitamente bom. Seu amor ultrapassa fronteiras. Por isso, com o coração em festa, eu ofereço-vos minha vida, na alegria, nos trabalhos e nos divertimentos para que Vosso Reino aconteça entre nós seres humanos, vossos filhos e filhas prediletos. Apenas vos peço, guardai-me do pecado e fazei de mim um instrumento de vossa paz e do vosso amor onde que eu esteja ou que eu vá. Quero observar os vossos mandamentos e fazer somente a vossa santa vontade. Ò Doce Virgem Maria, mãe de Cristo, Mãe da Igreja e minha santa mãe, Rogai por mim para que eu seja digno servo de vosso filho. Aumentai minha fé e meu amor. Amém.

REFLETINDO A PALAVRA - “Abrindo o Livro Santo”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Ele abriu o livro
 
Gosto muito da narrativa de Lucas (4,16-21), quando Jesus, em Nazaré vai à sinagoga, conforme seu costume, e levantou-se para ler. Ali lhe deram o livro do profeta Isaias para que lesse. Abrindo-o, encontrou o lugar onde está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim”. Pelo que se nota, Jesus estava sempre na comunidade e devia ser um dos leitores apreciados. Ah se a gente pudesse ver o filme de nosso amado Redentor no seu cotidiano! O que me toca é a imagem de Jesus abrindo o livro. O texto no original diz, desenrolando o livro, pois não eram páginas, mas uma grande tira de pergaminho, começa a leitura. É um gesto bonito e programático. Ele nos ensina a abrir o livro e escutar suas palavras de leitor. E que voz! Ele nos estimula também a ouvir e entender que para nós também, quando abrimos o livro, podem calhar bem as palavras: “Hoje realizou-se a Escritura que acabastes de ouvir” (21). O gesto de abrir o Livro Santo na celebração é como ver Deus abrindo a boca para nos falar. São palavras de Vida, pois saem da Vida que é Ele. Podemos ver também essa mesma cena de Nazaré no livro de Neemias. Depois de reconstruída a cidade e o templo, reuniu-se uma assembleia do povo. Esdras, sacerdote, presidindo a celebração pede para trazerem o Livro da Lei. Todo o povo se pôs de pé quando o Livro foi aberto (Esd 8,1-18). É o momento do renascimento do povo depois do exílio. Neemias diz: “Hoje é um dia consagrado ao Senhor”(9). Jesus, ao abrir o Livro, inicia sua missão. Assim também o novo povo de Deus, ao abrir-se o livro, se recria como povo e se constitui como Corpo de Cristo, Igreja. Quando o abrimos em particular, nós refazemos todos esses momentos colocando-nos na presença do Deus que se comunica. 
Leitura corrente 
Graças a Deus há muita gente lendo a Palavra de Deus. É belo ver as bíblias arrebentadas, riscadas e já trabalhadas pelos anos. Sinal de uso. Bíblia bonita é um mau sinal. É sinal de falta o uso. Em minha experiência pessoal posso dizer que é importante ler a Bíblia de modo corrente. Cada dia um pouco. Assim, depois de um bom tempo, já se leu toda ela. O primeiro resultado dessa leitura corrente é que tomamos conhecimento de seu conteúdo como um todo. Por isso não é bom ficar escolhendo só alguns trechos. Pior é ficar abrindo a esmo e querendo que Deus fale através do texto que você aponta. Não podemos forçar Deus a falar, temos que buscar suas palavras com simplicidade. A leitura corrente mostra-nos quanto é bom e suave o Senhor e quanto nos ama e quanto nos quer falar.
Leitura meditada 
Contudo, é necessário fazer a leitura meditada. Aí sim, podemos escolher partes e lendo, meditando e amando, penetrar a comunicação de Deus. Muita gente faz a leitura meditada. Vai lendo e meditando e sobretudo rezando. Santo Afonso aconselha ler, refletir e rezar amando Aquele que nos falou naquelas palavras. Que belas experiências podemos colher de cada um no seu trato com as Escrituras. É perigoso ter a Escritura só como um livro pois Ela é a vida de Deus que nos é proposta para que a vivamos. Essas “palavras são espírito e vida” (Jo 6,63). “Quem ouve essas palavras e as põe em prática é semelhante ao homem que construiu a casa sobre a rocha” (Mt 7,24).
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM JUNHO DE 2005

EVANGELHO DO DIA 30 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 2,36-40. 
Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem ao Senhor, estava no Templo uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo de donzela, e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do Templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de Deus estava com Ele. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Simeão o Novo Teólogo
Monge grego(949-1022)
Hinos 42, SC 196 
Corramos para Deus, 
que desceu à Terra 
para nossa salvação! 
Corramos, pois, irmãos, para Deus, o Criador de todas as coisas, que desceu à Terra por nós, pecadores, que inclinou os Céus e Se escondeu dos anjos, que habitou no seio da Virgem santa, que dela tomou carne, sem mutação, de forma inefável, e que dela saiu para a salvação de todos nós. E a nossa salvação consiste nisto, em que a boca de Deus manifestou a grande luz dos séculos futuros: o Reino dos Céus desceu à Terra, o Rei soberano dos seres das alturas e dos seres deste mundo veio até nós, quis tornar-Se semelhante a nós, a fim de que todos partilhemos do Reino dos Céus, tenhamos parte na sua glória e sejamos herdeiros dos bens eternos que nunca ninguém viu. Bens esses que são - tal é a minha convicção, a fé que afirmo - o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a Santíssima Trindade: eis a fonte de todos os bens, eis a vida de tudo o que existe, eis a alegria inexprimível e a salvação de todos quantos recebem alguma coisa da sua luz inefável e têm consciência de estar em comunhão com Ele. Escutai: a razão pela qual Ele é chamado Salvador é que leva a salvação àqueles a quem Se une; ora, a salvação consiste em ser libertado de todos os males e encontrar todos os bens para sempre: a vida em vez da morte, a luz em vez das trevas, e, em vez da escravatura das paixões e das ações infames, a total liberdade que é concedida a quantos se uniram a Cristo, Salvador de todos os seres: então, eles possuirão, sem poderem voltar a perdê-la, toda a alegria, toda a felicidade e toda a beatitude que só conhecerá, conceberá e verá quem estiver sincera e ardentemente preso a Cristo.

Santos Sabino EXUPERÂNCIO, MARCELO E VENUSTIANO, MÁRTIRES (SÉC. IV)

O Martirológio Romano narra assim o martírio de São Sabino e seus companheiros, a 30 de dezembro: “Em Espoleto, o natalício dos santos mártires Sabino, bispo de Assis, Exuperâncio e Marcelo, diáconos, Venustiano, prefeito, com mulher e filhos, sob Maximiano, que foi Imperador Romano de 286 a 305, título que compartilhou com seu co-imperador e superior, Diocleciano. “Marcelo e Exuperâncio foram primeiro suspensos no potro; depois, duramente espancados, descarnados com unhas de ferro, queimados e assados nas ilhargas. Assim se consumou seu martírio. Logo mais, Venustiano foi degolado à espada, junto com a mulher e filhos. “São Sabino, porém, teve as mãos decepadas, e definhou longamente no cárcere. Por último, foi açoitado até morrer. O martírio de todos eles ocorreu em ocasiões diferentes, mas é celebrado conjuntamente no mesmo dia”. Segundo a tradição, ocorrera que, enquanto estava no cárcere, São Sabino curou um cego de nascença, chamado Prisciano.

SÃO FÉLIX I, PAPA

Vida e obra
Um romano de nascimento, Felix foi escolhido como papa em 5 de Janeiro 269, em sucessão ao Papa Dionísio , que morreu em 26 de Dezembro 268 .
Felix foi o autor de uma dogmática carta importante na unidade da pessoa de Cristo.
Ele recebeu do imperador Aureliano ajuda  na resolução de uma disputa teológica entre o anti- trinitário Paulo de Samósata , que tinham sido privado do bispado de Antioquia por um conselho de bispos por heresia, é o sucessor de Paulo.
Paulo se recusou a desistir do bispado e assim, em 272 o imperador Aureliano foi convidado para decidir entre os dois rivais.

Irmã Lúcia, vidente de Fátima, e o Menino Jesus

“Em 10 de Dezembro de 1925 apareceu-me a Virgem Santíssima, a seu lado, suspenso numa nuvem luminosa, o Menino Jesus. A Virgem Santíssima pousou a mão em meu ombro. Nesse momento, mostrou um Coração cercado de espinhos que tinha na outra mão. “Ao mesmo tempo disse o Menino: ‘Tem pena do Coração de tua Mãe Santíssima. Está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar’. “Em seguida, disse-me a Virgem: ‘Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinho que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar. Diz que todos aqueles que durante 5 meses (consecutivos), no Primeiro Sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhe, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas'”. 
Retirado do Livro: A Verdadeira História de Fátima – Padre João de Marchi

O Menino Jesus de Santa Teresa, a história do “Lloroncito”

       A grande Santa Teresa de Ávila introduziu essa devoção em seus conventos, e a partir deles espraiou-se por toda a Espanha e depois pelo mundo. Seu discípulo e co-fundador do ramo carmelita masculino reformado, o sublime São João da Cruz, entusiasmava-se tanto com esse mistério de um Deus feito homem, que, durante o período de Natal, levava a imagem do Menino Jesus em procissão, e bailava com ela ao colo. Compôs também tocantes poesias sobre a Natividade.
     Mas tal devoção não se limitava aos claustros. Já Fernão de Magalhães, quando descobriu as Filipinas, levava consigo uma dessas imagens de Jesus Menino, e lá a deixou, sendo ela venerada até hoje na ilha de Cebu.
     A grande santa, mística, doutora da Igreja, era uma grande devota da infância de Jesus. Prova disso é a presença da imagem do Menino Jesus em cada uma das suas fundações carmelitanas. Assim, surgiram nos conventos carmelitas várias invocações do Menino Jesus, como El Peregrinito, El Lloroncito, El Fundador, El Tornerito e El Salvador.

Santa Anísia de Tessalônica, mon. e mártir (início do séc. IV) , 30 de Dezembro

Santa Anísia nasceu na cidade de Tessalônica, na Grécia, nos fins do século III. Seus pais eram pessoas bondosas, de muita fortuna e muito devotos. Educaram sua filha na fé cristã. Anísia tornou-se órfã muito cedo, e herdeira de muitos escravos, terras e jóias. Naquele tempo, persistiam ainda as perseguições aos cristãos. Havia um mandato do imperador Maximiano (284-305) determinando que os cristãos que não abjurassem sua fé e não oferecessem sacrifícios aos ídolos pagãos deveriam ser martirizados. Assim, qualquer pessoa poderia matar impunemente um cristão. Sabendo que era difícil os ricos entrarem no Reino dos Céus, Anísia libertou seus escravos, vendeu suas propriedades e ajudou os necessitados: viúvas, órfãos, mendigos e presos. Não os ajudava comente com dinheiro, como também cuidava dos doentes e consolava os aflitos.

30 de dezembro - Sagrada Família

A SAGRADA FAMÍLIA, IMAGEM MODELO DE TODA A FAMÍLIA HUMANA, AJUDA CADA UM A CAMINHAR NO ESPÍRITO DE NAZARÉ
Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal. 
Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964
O exemplo de Nazaré: 
Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la. Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo.

RUGERO DE CANE Bispo, Santo + 1129

Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua vida na infância e juventude. Mas ele era respeitado, pelos habitantes da cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente. Quando o bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado bispo de Cane. No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador Aníbal, quando expulsou o exército romano. Depois, ela retomou sua importância no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal. No século XI, mais precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas. O bispo Rugero assumiu a direcção da diocese dentro de um clima de prostração geral. Assim, depois desse desastre, seu primeiro dever era tratar da sobrevivência da população abatida pelo flagelo das epidemias do pós-guerra. Ele transformou a sua sede numa hospedaria aberta dia e noite, para abrigar viajantes, peregrinos e as viúvas com seus órfãos.

MARGARIDA COLONNA Virgem da Segunda Ordem, Beata (1254-1284)

Margarida nasceu na Palestrina, da família Colonna. Educada desde a mais tenra idade nas virtudes cristãs por sua mãe Mobilia ou Madalena Orsini, que tinha conhecido a São Francisco na casa de seu irmão Mateus. Ao tornar-se órfã, primeiro de pai e logo depois também de mãe, foi confiada à tutela de seu irmão João. Em 1273 depois de ter recusado um matrimónio muito vantajoso com um nobre romano, retirou-se ao Monte Prenestino, hoje Castelo São Pedro, onde fundou uma comunidade de clarissas. Viveu ali no exercício heróico de todas as virtudes, edificando ao povo com a oração e o exemplo de uma caridade heróica. Distribuiu o seu rico dote aos pobres e para si não quis nenhuma ajuda directa da parte de seus irmãos; preferiu viver como franciscana, recorrendo à “Mesa do Senhor”, pedindo esmola de porta em porta. Por ocasião de uma epidemia, Margarida fez-se “toda para todos” assistindo fraternalmente aos irmãos enfermos e recorreu também em ajuda aos franciscanos de Zagarolo.

EUGÉNIA RAVASCO Religiosa, Fundadora, Beata (1845-1900)

Eugénia Ravasco nasceu em Milão no dia 4 de Janeiro de 1845, terceira dos seis filhos do banqueiro genovês Francisco Mateus e da nobre senhora Carolina Mozzoni Frosconi. Foi baptizada na Basílica de Santa Maria da Paixão e recebeu o nome de Eugénia Maria. A família rica e religiosa, lhe ofereceu um ambiente cheio de afectos, de fé e uma fina educação. Depois da morte prematura de dois filhinhos e também da perda da jovem mulher, o pai retornou a Génova, levando consigo o primogénito Ambrósio e a última filha Elisa com apenas um ano e meio. Eugénia ficou em Milão com a irmãzinha Constância, entregue aos cuidados da tia Marieta Anselmi, que como uma verdadeira mãe, cuidou do seu crescimento, educando-a com amor, mas também com firmeza. Eugénia, vivaz e expansiva, na sua infância, a considerou sua mãe e se uniu a ela com grande afecto. No ano de 1852 se reuniu a sua família em Génova. O desapego da tia lhe causou uma dor fortíssima, que a fez adoecer. Em Génova, sua sede definitiva, reencontrou o pai e os dois irmãos. Conheceu o tio Luís Ravasco que tanto influenciou na sua formação. E também a tia Elisa Parodi e os seus dez filhos com os quais Eugénia viveu por algum tempo.

JOÃO MARIA BOCCARDO Sacerdote, Fundador, Beato 1848-1913

Em 1848, 20 de Novembro nasce o pequeno João Maria Boccardo, em Testona, município de Moncalieri. Família pobre com 8 irmãos mas muito religiosa, sentiu o chamado, entra no seminário e é ordenado sacerdote em 3 de Junho de 1871. Trabalha no seminário como assistente e depois como reitor por vários anos. No dia 10 de Setembro de 1882 aos 34 anos de idade, recebe a proposta de assumir uma paróquia, no momento sem pastor. Cidade pequena, 3000 habitantes: Pancalieri. Em junho de 1884 os seus paroquianos são atingidos por uma epidemia: A cólera. As providências sanitárias são tomadas. Padre João Maria Boccardo e o grupo das Filhas de Maria redobram sua dedicação. Ninguém fica sem os sacramentos. E a epidemia desapareceu, tudo volta a normalidade. Mas o Pároco continua afligido por que tem muitas famílias enlutadas, dizimadas, atingidas pela miséria. Ele sente que a paróquia precisa continuar fazendo alguma coisa com campo da caridade. Ele fixou sua atenção nos pobres, enfermos e idosos que se faziam presentes em maior numero.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE DEZEMBRO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quinta-feira – Santos: Anísia, Libério, Sabino
Evangelho (Lc 2,36-40) Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.”
Ana era profetiza, mulher sábia e de Deus, que as pessoas procuravam para pedir conselho e entender a vida. Vejo-a como figura simpática e muito querida. E lembro-me de tantas idosas entre nós, mães, vovós ou não. Discretas, carinhosas, falam-nos de Deus e da vida com a sabedoria dos anos. Nosso mundo, a igreja e nossa família seriam melhores se lhes déssemos a devida atenção.
Oração
Senhor meu Deus, quantas mulheres sábias e santas colocastes ao nosso redor. Quase não lhes damos atenção, é pena. Ouvindo-as, poderíamos fazer o mundo melhor e mais pacífico. Hoje vos quero pedir por todas elas, de todas as idades e tanto carinho. Atendei os desejos de seu coração, dai-lhes alegria e muita paciência, para que possam ajudar-nos no caminho e perdoar nossos erros. Amém.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

CONVERSANDO SEM SEGREDOS - SE NÃO PODES!

PADRE ORLANDO GAMBI(+)
MISSIONÁRIO REDENTORISTA

Se não podes esquecer todo o mal, podes perdoar.

Se não podes fazer todo o bem, podes evitar todo o mal.

Se não podes compreender tudo, podes compreender a todos.

Se não podes agradar a todos, podes não desagradar a Deus.

Se não podes correr, podes não parar.

Se não podes convencer, podes falar.

Se não podes ir à lua, podes ir aos outros.

Se não podes conseguir, podes tentar.

Se não podes ser o sol, podes ser uma chama.

Se não podes realizar, podes querer.

Se não podes ser o sucesso, podes animar.

Se não podes ser o caminho, podes ser o rumo.

Se não podes ser rosas, podes ser o que elas significam.

Se não podes fazer tudo, podes sublimar o que fazes.

Se não podes prometer tudo, podes fazer o que prometes.

Se não podes ir, podes lembrar-te.

Se não podes provar dos frutos, podes bendizer a sombra.

Se não podes ser amado, podes amar.

Se não podes ser Deus, podes ser o que ele quer.

Deus seja bendito por tudo o que podes.

(Orlando Ricardo Gambi – Missionário Redentorista)

REFLETINDO A PALAVRA - “O amor é garantido para sempre”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
53 ANOS CONSAGRADO
46 ANOS SACERDOTE
Quanto vale um copo d’água
 
Belo ensinamento encontramos hoje nos lábios de Jesus. Ele nos ensina o tratamento que devemos dar aos outros. O acolhimento das pessoas e o gesto de doação são um contínuo sair de si para ir ao encontro do outro. Parece que Deus está na contramão. Entrando nessa contramão vamos nos chocar com a felicidade. Jesus dá valor ao que não parece ter. Por exemplo, Ele diz que o gesto pequeno de dar um copo d’água a quem o pede tem valor e tem sua recompensa. A recompensa podemos ver nas palavras: “é a Mim que é feito este gesto”. “Quem vos recebe é a Mim que recebe”. O preço do copo d’água está no valor do gesto. O pequeno gesto tem um valor infinito porque envolve a totalidade do dom de Deus em nós, que é o amor. Deus é amor. Tudo o que é amor vem de Deus e leva a Deus. O valor está na união ao gesto de Cristo que acolhe e se entrega. A primeira leitura mostra–nos o gesto da sunamita que dá hospedagem ao profeta Eliseu e é recompensada com o nascimento de um filho. Jesus diz no Evangelho: “Quem acolhe um profeta na qualidade de profeta receberá a recompensa de um profeta” (Mt 10,4). Que recompensa? “Quem vos recebe é a mim que recebe”. A recompensa é Ele próprio. Quem receber o pequeno com um copo d’água, recebe o próprio Cristo. A vida cristã consiste fundamentalmente e em primeiro lugar em acolher Cristo que está “realmente presente no outro”. Como seria diferente nossa vida espiritual se tivéssemos essa consciência. 
Como agradar Jesus? 
Para agradar Jesus seguimos Sua palavra e Seu modo de ser. Vimos que Ele vem contramão. Para segui-lo propõe aos apóstolos: “Quem ama seu pai, mais que a mim não é digno de mim. Quem não toma sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Quem procura conservar sua vida vai perdê-la” (Mt 10,37-39). Ele não quer desprezar os valores da família, da vida e a si próprio. Não diz que o valor da vida está no sofrimento nem nega a bondade da natureza. Se assim fosse, não teria assumido a natureza humana como o melhor meio para a realização da redenção da humanidade. Na realidade, o que Jesus propõe é o equilíbrio orientado pelo amor preferencial que damos a Ele. Jesus resgata os homens do infantilismo e egoísmo destrutivos. Jesus quer dizer que o importante é viver como Ele viveu. Pode parecer duro mas é libertar-se de si mesmo para ser dono de si. Amar a vida com seus prazeres é bom. É preciso estar acima deles e fazer das energias do prazer um instrumento de serviço ao próximo. Isso é o que chamamos de agradar a Cristo. Pensamos que Deus vem na contramão. Somos nós que nos enganamos.
Morrer em Cristo 
Todos esses pensamentos são analisados por Paulo dentro da temática batismal. Ser batizado é entrar na morte de Cristo. Pelo batismo participamos da morte de Jesus e de Sua ressurreição. A partir daí vivemos a vida nova de ressuscitados que é a mesma vida de Cristo. Entramos na contramão com Deus porque estamos vivos e não sendo levados por ventos que, mesmo belos, nos conduzem à morte. Acolher o próximo é sinal de vida. A vida espiritual será construída a partir de gestos concretos e humildes de acolhimento e amor. Vejamos os santos: eram pessoas amáveis e dedicadas aos outros, de modo humilde. 
Leituras:1 Reis,4,8-11.14-16a;Salmo 88; 
Romanos 6,3-4.8-11; Mateus 10,37-42. 
Ficha: 1. E tudo o que fazemos para os outros é a Ele que fazemos e Ele mesmo é a recompensa: Quem der um copo d’água a um pequenino é a Mim que o faz. A vida cristã se modela pelo seguimento de Jesus que nos acolhe. O amor de acolhimento é o modo mais completo de acolher a Cristo que vem ao nosso encontro. 
2. Deus parece que está na contramão. Tudo o que nos parece interessante, Deus está dizendo o contrário. Gostamos da família Ele diz: “Quem ama pai e mãe mais que a mim, não é digno de mim”. Falando de felicidade Ele propõe um caminho mais árduo: “Quem não toma sua cruz não é digno de mim”. “Quem procura conservar a vida vai perdê-la, mas quem a perde por minha causa vai encontrá-la”. Jesus não está propondo somente a dureza e a negação da vida, mas colocando o que vale mais. Não pretende prejudicar nem a vida, nem a família nem a nós. 
3. O gesto de acolhimento e de colocar Cristo em primeiro lugar diante de todas as nossas opções é participar de sua morte e ressurreição. Esse é o caminho para viver a santidade em nossa vida. 
Homilia do 13º Domingo do Tempo Comum
EM JUNHO DE 2005

EVANGELHO DO DIA 29 DE DEZEMBRO

Evangelho segundo São Lucas 2,22-35. 
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao Templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que dele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; e uma espada trespassará a tua alma - assim se revelarão os pensamentos de todos os corações».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Liturgia bizantina 
Hino acatista à Mãe de Deus 
do séc. VII, 9-16 
«Simeão abençoou-os» 
Lendo os sinais dos astros, os Magos reconheceram nos braços da Virgem o Criador da humanidade e adoraram o Senhor, que tomou a condição de servo (cf Fil 2,7), oferecendo-Lhe os seus presentes e cantando em louvor de sua Mãe bendita: 
Rejubila, Mãe da Luz sem ocaso, 
rejubila, reflexo da claridade de Deus, 
rejubila, ausência total da corrosão da mentira, 
rejubila, estandarte que nos mostra a Trindade. 
Rejubila, porque expulsaste o tirano do seu reino,
rejubila, porque nos mostras a Cristo Senhor, amigo dos homens (cf Sb 1,6), 
rejubila, porque destronaste os ídolos pagãos, 
rejubila, porque nos libertaste das nossas obras vazias. 
Rejubila, tu que extinguiste o culto do fogo pagão, 
rejubila, tu que nos libertaste do fogo das paixões, 
rejubila, tu que conduzes os crentes até Cristo, Sabedoria de Deus (cf 1Cor 1,24) 
rejubila, tu que alegras todas as gerações. 
Quando Simeão chegou ao fim da sua vida, Senhor, Tu apresentaste-Te como bebé de colo a este homem, que, reconhecendo em Ti a perfeição da divindade, exclamou com admiração infinita: «Aleluia, aleluia, aleluia!». Sem deixar de ser Deus nem abandonar as prerrogativas do alto, o Verbo que nada pode conter tomou a nossa condição humana e veio habitar connosco este mundo, descendo ao seio duma Virgem digna de todos os louvores: 
Rejubila, templo da imensidão de Deus, 
rejubila, pórtico do mistério escondido desde todos os séculos, 
rejubila, novidade inacreditável para os descrentes, 
rejubila, boa nova para todos os crentes. 
Rejubila, carro do que está sentado sobre os querubins (cf Sl 80,2),
rejubila, trono daquele que está acima dos serafins (cf Is 6,2), 
rejubila, ponto de união de todos os contrários, 
rejubila, fusão da virgindade e da maternidade. 
Rejubila, propiciadora do perdão dos pecados, 
rejubila, restauradora do paraíso, 
rejubila, chave do Reino de Cristo e porta do Céu, 
rejubila, esperança dos bens eternos. 
Os anjos do Céu ficaram abismados com a tua encarnação, Senhor: 
Tu, a quem os homens nunca haviam visto, mostraste-Te aos mortais e entre nós permaneceste (cf Jo 1,14.18). 
A Ti aclama a Terra inteira: «Aleluia, aleluia, aleluia!».

São Davi, Filho de Jessé, Rei de Judá e de Israel, Pai do Rei Salomão (+Século X a.C.), 29 de Dezembro

Davi(em hebraicoדוד, literalmente "querido""amado"; no hebraico moderno Dávid, no hebraico tiberiano Dāwi; em árabeداود) foi o segundo monarca do reino unificado de Israel, de acordo com a Bíblia hebraica. Foi retratado como um rei bondoso, embora dotado de alguns defeitos, bem como um guerreiromúsico e poeta talentoso. O célebre arqueólogo americano Edwin Thiele estabeleceu sua data de nascimento por volta de 1040 a.C., e sua morte em 970 a.C., tendo reinado sobre Judá de 1010 a 1003 a.C., e sobre o reino unificado de Israel de 1003 a 970 a.C.[1] Os livros bíblicos de SamuelI Reis e I Crônicas são a única fonte de informação disponível sobre sua vida e seu reinado, embora a estela de Tel Dan registre a existência, em meados do Século IX a.C., de uma dinastia real judaica chamada de "Casa de Davi".

TOMÁS BECKET Bispo, Mártir, Santo 1118-1170

Tomás Becket nasceu no dia 21 de dezembro de 1118, em Londres. Era filho de pai normando e cresceu na Corte ao lado do herdeiro do trono, Henrique. Era um dos jovens cortesãos da comitiva do futuro rei da Inglaterra, um dos amigos íntimos com que Henrique mais tinha afinidade. Era ambicioso, audacioso, gostava das diversões com belas mulheres, das caçadas e das disputas perigosas. Compartilharam os belos anos da adolescência e da juventude antes que as responsabilidades da Coroa os afastasse. Quando foi corado Henrique II, a amizade teve uma certa continuidade, porque o rei nomeou Tomás seu chanceler. Mas num dado momento Tomás voltou seus interesses para a vida religiosa. Passou a dedicar-se ao estudo da doutrina cristã e acabou se tornando amigo do arcebispo de Canterbury, Teobaldo. Tomás, por sua orientação, foi se entregando à fé de tal modo que deixou de ser o chanceler do rei para ser nomeado arcediácono do religioso.

Santa Benedita Hyon Kiong-nyon, mártir (†1839)

SANTAS MÁRTIRES COREANAS
Martirológio Romano: Em Seul, na Coreia, Santa Benta(Benedita) Hyŏn Kyŏng-nyŏn, viúva e catequista, e seis companheiros, mártires, que depois de terem sofrido muitos suplícios pelo nome de Cristo, morreram finalmente decapitados. A ação do Espírito Santo, que sopra onde quer, conta com o apostolado de um generoso grupo de leigos na raiz da Santa Igreja de Deus nas terras coreanas. A primeira semente da fé católica foi levada para sua pátria por um leigo coreano em 1784, no seu retorno de Pequim. Fecundada na metade do século XIX pelo martírio de 103 membros da jovem comunidade, entre eles se destacando Santo André Kim Taegon, o primeiro presbítero coreano e o apóstolo leigo São Paulo Chong Hasang. As perseguições que ocorreram em ondas sucessivas de 1839 a 1867, ao contrário de sufocar a fé dos neófitos, suscitaram uma primavera como por ocasião da Igreja nascente. Repetia-se o fato: “o sangue de mártires é semente de cristãos”. Dos santos mártires coreanos temos poucas notícias, mas seus nomes são lembrados hoje graças a sua inscrição no calendário dos santos por João Paulo II em 6 de maio de 1984. Um grupo de mártires é recordado nos dias 20 e 21 de setembro; a memória destes mártires se faz no dia em que generosamente deram suas vidas por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. 
Eis os seus nomes: 
Bárbara Cho Chung-i, leiga casada 
Madalena Han Yong-i, leiga casada 
Pedro Ch’oe Ch’ang-hub, leigo casado e catequista 
Benta Hyong Kyong-nyon, leiga casada e catequista 
Elisabete Chong Chong-hye, leiga 
Bárbara Ko Sun-i, leiga casada 
Madalena Yi Yong-dok, leiga 
+ 29 de dezembro de 1839 em Seul 

CATARINA VOLPICELLI Religiosa, Fundadora, Santa 1839-1894

Catarina Volpicelli, Fundadora das Servas do Sagrado Coração, pertence à classe dos «apóstolos, dos pobres e marginalizados», que no século XIX para Nápoles foram um luminoso sinal da presença de Cristo «Bom Samaritano», que se aproxima de cada homem que sofre no corpo e no espírito, para derramar sobre suas feridas, o óleo da consolação e o vinho da esperança (cf. Missal Romano, 2° ed. Italiana, Roma 1983, Prefácio comum VIII, p. 3752). Nascida em Nápoles, no dia 21 de janeiro de 1839, Catarina recebeu no seio de sua família de alta burguesia, uma sólida formação humana e religiosa. No colégio educandário San Marcelino, sob a guia sábia de Margarida Salatino (futura fundadora com o Beato Ludovico da Casoria das Irmãs Franciscanas Elisabetinas Bigie), aprendeu letras, línguas e música, o que não era frequente para as mulheres do seu tempo. Guiada então pelo Espírito do Senhor, que lhe revelava o projecto de Deus através da voz dos sábios e santos directores espirituais, Catarina que, no entanto, julgava-se mais importante que a sua irmã, a brilhar na sociedade frequentando teatros e espectáculos de danças, renunciou com prontidão os efémeros valores de uma vida elegante e despreocupada, para aderir com generosa decisão a uma vocação de perfeita santidade.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE DEZEMBRO

Oração da manhã para todos os dias
 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quarta-feira – Santos: Tomás Becket, Segundo, Primiano
Evangelho (Lc 2,22-35) “Agora, Senhor, conforme a tua promessa podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação...”
Lucas conta a idade de Ana, a profetisa, mas não diz a idade de Simeão. Tendo visto o Salvador, ele está pronto para morrer, penso que não por ter vivido muito, mas por ter tido uma vida cheia, principalmente pela chegada do Prometido. O tamanho de nossa vida também não se mede pelos anos vividos, poucos ou muitos, mas pelo que dela fizermos, pelo quanto de Deus nela tivermos colocado.
Oração
Senhor, não posso saber quantos anos ainda tenho pela frente. O certo é que os anos vividos foram marcados por vossas bênçãos e dons. Agradecendo o bem que me ajudastes a fazer, mais do que poderia imaginar, peço vossa graça para o tempo que ainda me sobra, muito ou pouco, isso não importa. Mas, fazei que seja tempo cheio, abençoado, se não de muitas obras, de muito amor. Amém.