sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Santa Sabina (ou Sabrina), Mártir – 29 de agosto

      Patrícia do século II, foi decapitada por causa da Fé.  
     No século II, a perseguição aos cristãos foi atenuada durante o reinado de Trajano, política seguida por seu sucessor Adriano. Somente quando denunciados os cristãos eram martirizados.
     A serva de Sabina, Seráfia, convertera ao Cristianismo sua senhora, que era filha de Herodes Metalário e viúva do senador Valenciano. Com esta, à noite, Sabina ia às catacumbas onde os cristãos se reuniam clandestinamente para fugir das perseguições imperiais.
     Seráfia foi denunciada e, como era costume, deveria prestar homenagem aos deuses romanos. Como ela se recusasse, foi entregue a dois homens para que a violassem. Ela foi preservada por uma intervenção divina que causou súbita doença em seus algozes, o que fez com que Seráfia fosse denunciada por bruxaria e depois apedrejada até a morte. Sabina recuperou seus restos e os fez enterrar no mausoléu da família, o local onde ela própria esperava ser enterrada.
     Denunciada, Sabina foi acusada de ser cristã por um tal Elpídio, prefeito, sofrendo o martírio por volta do ano 125 d.C., na cidade de Vindena, na região da Úmbria, Itália.
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     As relíquias das duas mártires, junto com as de Alessandro, Evenzio e Teodulo, se encontram na Basílica de Santa Sabina all’Aventino, fundada em 425 d.C. por Pietro d’Illiria, sobre os escombros de um antigo "Titulus Sabinae" (talvez a santa, além de ser patrona, foi também fundadora e protetora).
     Em 1219, São Domingos fundou no local a sua Ordem. Ainda se pode ver sua cela transformada em capela. No claustro do convento se pode admirar o pé de laranja que o Santo plantou quando da fundação da Ordem dos Pregadores. Até o mais célebre dos dominicanos ensinou nesse convento.
     Santa Sabina é representada com um livro, a palma e a coroa. Com estes dois últimos atributos aparece em uma das primeiras representações (século VI) na Igreja de Sant’Apollinare Nuovo em Ravenna.
     Sua festa passou a ser celebrada em 29 de agosto, data tradicional de sua morte.


Basílica de Santa Sabina
     É uma igreja histórica localizada no Monte Aventino, em Roma, Itália. É a basílica menor titular e igreja mãe da Ordem dos Pregadores, conhecidos como Dominicanos.
     A Basílica de Santa Sabina está situada bem acima do rio Tibre, ao norte, e do Circus Maximus, a leste. Fica ao lado do pequeno parque público Giardino degli Aranci ("Jardim das Laranjas"), que possui um terraço panorâmico com vista para Roma. Fica a uma curta distância da sede dos Cavaleiros de Malta
     Santa Sabina é a mais antiga basílica romana existente em Roma que preserva sua original planta retangular com colunatas e estilo arquitetônico. Suas decorações foram restauradas para seu design original. Outras basílicas, como Santa Maria Maggiore, geralmente são decoradas de maneira pesada e vistosa. Devido à sua simplicidade, Santa Sabina representa a passagem de um fórum romano coberto para as igrejas da Cristandade. É especialmente famosa por suas portas de madeira esculpida no século V, com um ciclo de cenas cristãs (18 atualmente restantes) que é uma das primeiras a sobreviver.
     Santa Sabina foi construída por Pedro de Ilíria, entre 422 e 432, perto de um templo de Juno no Monte Aventino, em Roma. A igreja foi construída no local das primeiras casas imperiais, uma das quais se diz ser de Sabina, a matrona romana originária de Avezzano, na região de Abruzzo, na Itália. Sabina foi decapitada sob o imperador Vespasiano, ou talvez Adriano, porque havia sido convertida ao cristianismo por sua serva Seráfia, que foi apedrejada até a morte. Mais tarde, ela foi declarada santa cristã.
     No século IX, foi fechada em uma área de fortificação. O interior foi amplamente renovado por Domenico Fontana em 1587 e por Francesco Borromini em 1643. O arquiteto e historiador de arte italiano Antonio Muñoz restaurou a aparência medieval original da igreja (que servia como lazaretto desde 1870). A torre sineira foi construída no século X e refeita no período barroco.
     A igreja foi sede de um conclave em 1287, embora os prelados tenham deixado a igreja depois que uma praga matou seis deles. Eles retornaram à igreja somente em 1288, em fevereiro, elegendo Nicolau IV como papa.


Fontes:

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