Evangelho segundo São Mateus 23,23-26.
Naquele tempo, disse Jesus: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Devíeis praticar estas coisas, sem omitir as outras.
Guias cegos! Coais o mosquito e engolis o camelo.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, que por dentro estão cheios de rapina e intemperança.
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo».
Tradução litúrgica da Bíblia
Catecismo da Igreja Católica
§§ 1455-1458
«Limpa primeiro o interior do copo»
A confissão dos pecados, mesmo de um ponto de vista simplesmente humano, liberta-nos e facilita a nossa reconciliação com os outros. Pela confissão, o homem encara de frente os pecados de que se tornou culpado; assume a sua responsabilidade e, desse modo, abre-se de novo a Deus e à comunhão da Igreja, para tornar possível um futuro diferente.
A confissão ao sacerdote constitui uma parte essencial do sacramento da Penitência: [...] «Quando os cristãos se esforçam por confessar todos os pecados de que se lembram, não se pode duvidar de que os apresentam todos ao perdão da misericórdia divina. Os que procedem de modo diverso, e ocultam conscientemente alguns deles, esses não apresentam à bondade divina nada que ela possa perdoar por intermédio do sacerdote. Porque, "se o doente tem vergonha de descobrir a sua ferida ao médico, a medicina não pode curar o que ignora"» (Concílio de Trento; S. Jerónimo).
Segundo o mandamento da Igreja, todo o fiel que tenha atingido a idade da discrição, está obrigado a confessar fielmente os pecados graves ao menos uma vez ao ano. [...] Sem ser estritamente necessária, a confissão das faltas quotidianas (pecados veniais) é contudo vivamente recomendada pela Igreja. Com efeito, a confissão regular dos nossos pecados veniais ajuda-nos a formar a nossa consciência, a lutar contra as más inclinações, a deixarmo-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo com maior frequência, neste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele (Lc 6,36): «Quando começas a detestar o que fizeste, é então que começam as tuas boas obras, porque te acusas das tuas obras más. O princípio das obras boas é a confissão das más. Praticaste a verdade e vens à luz» (St. Agostinho; Jo 12,13).
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