Jorge Matulaitis ficou órfão desde tenra idade, quando em 1874 faleceu seu pai e pouco depois, em 1881, sua Beato Jorge Matulaitis, Arcebispomãe. Durante a infância foi vítima de tuberculose numa perna, da qual sofreu todo o resto da sua vida. Alcançou o Doutorado em Teologia na Universidade de Friburgo, na Suiça. Ensinou depois Latim e Direito Canónico no Seminário de Kielce. Era também o responsável pelo departamento de sociologia e o vice-reitor da Academia Espiritual de São Petersburgo, onde ensinava Teologia Dogmática. Foi um notável professor, cónego, director espiritual e confessor, todavia acabou por renunciar o seu cargo na Academia para trabalhar na revitalização mariana. Foi ordenado sacerdote em 20 de Novembro de 1898 e alguns anos mais tarde professou, como religioso na Congregação Mariana, em 1909. Reformou o Marianos da Imaculada Conceição, modificando as Constituições, o hábito e a forma de vida. Jorge Matulaitis fundou as Irmãs da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria em 15 de Outubro de 1918 e foi ordenado Bispo de Vilnius a 8 de Dezembro do mesmo ano. Ele fundou ainda a Congregação das Servas de Jesus Eucarístico, em 1924, na cidade de Belarius. Estabeleceu igualmente casas religiosas dos Marianitas em Bielorússia, na Polónia; Marijampolé, na Lituânia, Friburgo, na Suiça e em Chicago, nos Estados Unidos. Em 1926 Jorge Matulaitis viajou pela segunda vez até aos Estados Unidos, onde participou no Congresso Eucarístico. Jorge Matulaitis lutou vigorosa para defender os direitos da Igreja e a liberdade do povo. Renunciou à sua Sé em 14 de Julho de 1925. No dia 1º de Setembro do mesmo ano, o Papa Pio XI nomeou-o arcebispo e visitador Apostólico na Lituânia. Um pouco mais tarde o Vaticano enviou-o a Vilnius para completar a Concordata com o governo Lituaniano e restaurar assim relações diplomáticas, o que o Arcebispo conseguiu pouco tempo antes de falecer a 27 de Janeiro de 1927. No dia 28 de Junho, após um longo processo, Jorge Matulaitis foi beatificado pelo Papa João Paulo II, de santa memória. Afonso Rocha
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