É
inesquecível aquela maravilhosa entrada da noiva rumo ao altar. E lá, ele,
vendo-a em todo seu esplendor. Música, flores, convidados, sonhos, lágrimas e
enfim a palavra mágica: “Promete amá-la”? Não querendo brincar, no momento
atual a mala se torna importante no casamento. Partir... e buscar outros
caminhos. Aumentam sensivelmente o número dos divórcios no Brasil. Diante desse
fato, Papa Francisco sobre a preparação para o sacramento do matrimônio. Como a
expectativa é para a vida, então é urgente dar vida à preparação. Casar e
ajuntar são coisas diferentes. Casar-se na Igreja é um sacramento que supõe a
fé e o compromisso de fidelidade e empenho total nessa causa que é a mútua
entrega. Toda a preparação não é um ato isolado, mas envolve toda a vida
pastoral da Igreja. O futuro da Igreja está na família. Quem tem convivência
com as questões de casamento na Igreja sabe que o que menos interessa é o
aspecto religioso. Tudo mais vem primeiro. Tudo isso passa. O que sobra não
sustenta o casamento. Por isso há uma insistência na preparação. A comunidade
participa para o bem dos noivos, pois ela “tem consciência que os que se casam
são um recurso precioso, porque, esforçando-se sinceramente por crescer no amor
e no dom recíproco, eles podem contribuir para renovar o próprio tecido de todo
corpo eclesial” (AL
207). A preparação não significa acumular temas e textos de reflexão,
mas é preparação na vivência da comunidade. É uma iniciação ao sacramento do
matrimônio. É necessária muita abertura dos noivos de saber ouvir e ver a
sabedoria. Casamento se aprende também. Assim resumo um pouco as palavras do
Papa.
Passos
de um noivado
O primeiro elemento rico para um futuro matrimônio
é a vida da família. Por isso é bom os jovens participarem, com a família, da
vida religiosa da comunidade. É um aprendizado na escola do saber amar. O tempo
de namoro e noivado é tempo de aprender a conhecer a outra pessoa e ver se são
capazes de se amar no modo próprio que cada um é. Não há curso para aprender a
amar. O Papa lembra que a preparação para o matrimônio está em ação desde o
nascimento. Digamos que já na gestação. O matrimônio dos pais é a primeira
escola. A pastoral poderá e deverá criar momentos de celebração para o dia dos
namorados, aniversários de namoro, benção de anéis de compromisso etc... A
pastoral não se preocupa com os namorados e noivos. Na verdade não sabe o que
fazer. Certo que os noivos também demonstram pouco interesse. Sempre fica a
pergunta: viveram tanto tempo de namoro e noivado e se separam logo depois. Por
quê? Não aprenderam a amar? Pode ser que a família não proporcione esses
elementos de formação por um testemunho negativo. Temos outras famílias para
testemunho. A idade dos noivos já ajuda discernir.
Caminhando
com responsabilidade
O namoro e sua concretização em um
noivado é o tempo da graça de Deus trabalhar o coração para o maior
conhecimento do parceiro. É o momento de selar o conhecimento do outro. O afeto
é fundamental, mas não sustenta o casamento se não estiver alimentado por um
conhecimento responsável do parceiro. Os conflitos não terão como serem
resolvidos. É importante que no namoro e no noivado se conheçam para não terem
a decepção diante dos primeiros problemas. O afeto e o carinho são necessários.
Conhecer um ao outro sustentará o afeto. É tempo de namorar, saber quem é a
outra pessoa. Sem esse conhecimento está fadado ao fracasso. As durezas da vida
de casal se vencem porque são sustentadas no conhecimento do amor.
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