quinta-feira, 23 de maio de 2024

SANTA JOANA ANTIDA THOURET, VIRGEM, FUNDADORA DAS IRMÃS DA CARIDADE

"Sou filha da Igreja, sejam vocês também comigo"
 
Joana nasceu no seio de uma família camponesa pobre, na aldeia de Sancey-le-Long, na França. Órfã de mãe, aos 16 anos a substituiu nos afazeres domésticos como também no trabalho do campo. Mas, a única que conseguiu consolá-la nesta imensa dor foi a Virgem Maria, à qual Joana era particularmente devota. Nossa Senhora tornou-se para ela uma verdadeira mãe, desde quando perdeu sua mãe terrena. Sua vocação para a vida religiosa também começou a se delinear, mas ela teve que se deparar com a rejeição do seu pai, que não aceitava a sua decisão. A Revolução francesa e a supressão de Ordens Aos 22 anos, Joana conseguiu entrar para a Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris. Porém, a Revolução Francesa estourou e todas as Ordens religiosas foram abolidas. Então seguiu o abade Receveur no seu exílio em Friburgo, Alemanha, e com ele se dedicou aos cuidados dos enfermos e à reabilitação das jovens. Depois, se transferiu para a Suíça, mas, finalmente, conseguiu regressar para Besançon, na França, onde, em 1797, abriu uma Escola para meninas pobres, sem deixar de assistir aos enfermos. Outras jovens uniram-se a ela: este foi o primeiro núcleo da nova Congregação, as Filhas da Caridade. O novo Instituto obteve a aprovação de Pio VII, em 1819, e também lhe concedeu a isenção da jurisdição episcopal. Discórdia da "Filia Petri" com o Arcebispo de Besançon Esta isenção, concedida pelo Papa, foi, para Joana, o início de um verdadeiro e próprio calvário. De fato, não obstante este reconhecimento Pontifício, o arcebispo de Besançon negou à Congregação a permissão de permanecer ali. Ele queria um Instituto em nível diocesano. Por isso, Joana foi a Roma para conversar com o Papa sobre este impasse. No entanto, em Besançon, foi eleita uma nova Superiora em seu lugar, que, no seu retorno, até lhe proibiu entrar no Instituto. Então, Joana decidiu, com o coração partido, desistir ao ver seu Instituto dividido. Desta forma, transferiu-se para Nápoles para administrar um grande hospital com algumas Irmãs que permaneceram fiéis. Às suas coirmãs confiou um programa de vida: “a glória de Deus e a santificação dos membros da Congregação, através das obras de misericórdia e da fidelidade heroica à Sé Apostólica”, a ponto de receber o título de "Filia Petri". Joana faleceu em 1826, sem ver a reunificação dos dois ramos do Instituto que fundou, que ocorreu apenas em 1954. Santa Joana Antida Thouret foi beatificada e canonizada por Pio XI, em 1934.

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