Margaret Pole – também chamada Margaret Plantagenêt – nasceu no Castelo de Farleigh, em Somerset (Inglaterra) em 1473 e morreu em Londres em 1541, aos 67 anos. Foi a oitava Condessa de Salisbury, segunda filha de George da Inglaterra, Duque de Clarence. Seu pai era irmão dos reis Eduardo IV e Ricardo III da Inglaterra, e sua mãe era Isabelle Neville, filha de Richard Neville, Conde de Warwick.
Relações com Henrique VIII
Margaret era, por parte de seu avô paterno, Richard de York, herdeira da Mansão de York, a principal Mansão real que ainda conseguia ofuscar a Mansão dos Tudors e, assim, requisitar o trono real inglês para o seu representante, o rei Henrique VIII, embora Margaret e Henrique fossem primos. De fato, todos dois descendiam dos filhos de Eduardo III: Margaret, por parte de Lionel de Anvers, Duque de Clarence ; Henrique, por parte de Jean de Gand, Duque de Lancastre e Edmond de Langley, Duque de York (assim como Lionel de Anvers, igualmente.
Mas Margaret cometia o “grave erro” de ser católica. Um de seus filhos, nascido de seu casamento com Sir Richard Pole, Reginald Pole, havia mesmo se tornado um clérigo eminente da Igreja Católica Apostólica Romana. Todavia, quando este recusou-se a conceder ao rei Henrique VIII o direito de se divorciar de sua esposa, Catarina de Aragão, atacando a política do rei, Reginald atraiu para si e sua família a ira do monarca.
Margaret e um certo número de membros de sua família, dentre os quais o irmão de Reginald, Henry Pole I Barão de Montagu, tornaram-se vítimas de represálias por parte do rei.
Execução
A Condessa de Salisbury foi aprisionada na Torre de Londres, ali permanecendo durante vários anos. Vivia sua detenção em condições duríssimas, como numa “preparação” para a decapitação que ocorreria na manhã de 27 de maio de 1541, aos 67 anos de idade, diante de 150 testemunhas. Conta-se que, estando com a saúde muito debilitada, Margaret precisou ser arrastada até o local da execução. Ao primeiro golpe do machado, o carrasco, que era inexperiente, feriu-lhe o ombro, ao invés de cortar-lhe o pescoço, e isso se repetiu diversas vezes, até que conseguisse terminar a execução.
Considerada como mártir pela Igreja Católica, Margaret Pole foi beatificada em 1886 pelo Papa Leão XIII.
Tradução e Adaptação:
Gisèle Pimentel
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