Evangelho segundo São Lucas 10,21-24.
Naquele tempo, Jesus exultou de alegria pela ação do Espírito Santo e disse: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isto foi do teu agrado.
Tudo Me foi entregue por meu Pai; e ninguém sabe o que é o Filho senão o Pai, nem o que é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar».
Voltando-Se depois para os discípulos, disse-lhes: «Felizes os olhos que veem o que estais a ver,
porque Eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Tradução litúrgica da Bíblia
São Carlos Borromeu (1538-1584)
bispo
Carta pastoral
«Felizes os olhos que veem o que estais a ver»
Eis, meus bem-amados, esse tempo celebrado com tanto fervor, e que é, como diz o Espírito Santo, um tempo de favor divino (Is 61,12; Lc 4,19), um período de salvação, de paz e de reconciliação; tempo desde há muito ardentemente desejado pelos profetas e os patriarcas, nos seus votos e nas suas mais profundas aspirações, e que foi visto pelo justo Simeão com uma alegria transbordante (Lc 2,26s). Como foi sempre celebrado com tanto fervor pela Igreja, devemos nós próprios contemplá-lo nos louvores e nas ações de graças dirigidos ao Pai eterno, pela misericórdia que manifestou neste mistério.
Sendo este tempo em cada ano revivido pela Igreja, somos exortados a recordar constantemente a memória de tanto amor para connosco. O que nos faz aprender também que a vinda de Cristo não aproveitou apenas àqueles que viviam na época do Salvador, pois a sua força seria comunicada igualmente a todos nós; contanto que, por meio da fé e dos sacramentos, queiramos acolher a graça que Ele nos concedeu e conduzir a nossa vida segundo essa graça, obedecendo-Lhe.
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