quarta-feira, 21 de novembro de 2018

REFLETINDO A PALAVRA - “O amor de Cristo nos pressiona”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA-REDENTORISTA
50 ANOS CONSAGRADO
O medo de ter fé
             Depois de terminada a parábola sobre o crescimento silencioso da semente e sua potência de crescimento, explicando assim como é o Reino de Deus, Jesus manda que os discípulos O levem para a outra margem. Jesus ensinara da barca, pois havia grande multidão. Na travessia vem uma tempestade. O lago não é grande, mas as tempestades são  perigosas. Entramos numa reflexão a respeito do poder de Jesus sobre a fúria da natureza, a fúria do mal que dominava o homem endemoniado que estava possuído por uma legião (legião é o nome de uma parte do exército romano que tinha 6.000 soldados). Depois Jesus curará uma mulher doente e ressuscitará uma menina. Mostra toda a força que tem contra o mal onde estiver. O inimigo deve ser vencido: o mal, a doença, a morte, a fome, a incredulidade, o demônio e a natureza criada quando se manifesta nos fenômenos e perigosos para o homem. No mar mostra sua potência como enviado de Deus para a renovação do mundo acalmando a tempestade. Jesus vence o mal para reconquistar o mundo e entregá-lo a Deus. Deus dominou o caos do mundo na criação (Gn 1,1-4). Jesus mostrará aos discípulos sua vitória contra todo mal quando Ele mesmo se afogar nas ondas da morte. Quando os chefes do povo comemoravam tê-Lo abafado, Jesus, como no barco, silenciava os poderes do mal e da morte. Jó foi vítima de tantos males, não se afogou na dor, mas foi capaz de vencer as vagas do sofrimento por sua fé em Deus. Os discípulos clamam a Jesus que dormia e Ele acalma o mar e silencia a tempestade.
                          Vimos os prodígios de Deus            
            A leitura do livro de Jó é um hino à grandeza de Deus e reconhecimento de sua presença através mesmo do sofrimento. Jó reconhece sua fragilidade e questiona Deus. Deus não é o causador do mal. A fé não impede que nos sintamos fracos, mas nos fortalece em nossa fraqueza. Deus diz a Jó que Ele tem o poder sobre todas as coisas e esse poder continua forte entre nós. O salmo canta o Deus que socorre a quem a Ele se dirige no sofrimento, pois é atendido de modo maravilhoso. Sabemos que, quando pedimos, antes mesmo de ter terminado de pedir, já há agradecimento em nossa boca. Como então nem sempre recebemos o que pedimos? Deus sabe o que precisamos mesmo antes de Lho pedirmos (Mt 6,8). Podemos dizer que Deus dá mais que pedimos. O que acontece é que não esperamos ou nem sabemos  entender as respostas de Deus. Jesus pediu e foi atendido mais que pedira: “Ele que, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas Àquele que O podia salvar da morte; e foi atendido por causa de sua submissão. E, embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento...e se tornou para todos os que lhe obedecem princípio de salvação eterna” (Hb 5,7-9). Este texto ensina a quem interpreta o fato de não ter recebido a graça por falta de fé.
Conhecemos só a partir da fé.
            No meio das tempestades e bonanças da vida, Paulo descreve o mistério cristão: “O amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo, todos morreram” (2Cor 5,14). Cristo morreu por todos. Nossa morte em Cristo não nos mata, mas nos faz viver uma vida diferente: “Cristo morreu por todos para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou” (15). Há um só modo de conhecer as pessoas: através de Cristo. “Quem está em Cristo é uma nova criatura. O mundo velho desapareceu”
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