segunda-feira, 30 de abril de 2018

A SEMENTE DA FRATERNIDADE

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Dois mil anos atrás um Menino plantou uma semente de trigo, esperando que ela pudesse alimentar o mundo inteiro.
- Esta semente, explicou, vai dar o pão que será repartido, e alimentará muitas e muitas pessoas.
Mas alguém objetou:
- Já antes disso os homens plantam trigo, Senhor. Apesar disso há tanta gente passando fome.
- Sim, respondeu o Menino. As sementes existem há muitos séculos. Mas a semente da Fraternidade está sendo plantada agora.
Esta semente era Jesus. Era Ele a semente que acabava de nascer, com a grande tarefa de saciar a fome de pão e de justiça do mundo. 
Palavra de vida: Eu vim para que todos tenham vida, e tenham vida em abundância (Jo 10,10)
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REFLETINDO A PALAVRA - A Vida Nova

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA.
REDENTORISTA - 50 ANOS CONSAGRADO
2032. Espiritualidade da Vida
            A espiritualidade pascal é uma dimensão preciosa no seguimento de Jesus. Ele nos deu a Vida. Dissera: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em Mim, jamais morrerá” (Jo 11,25-26). A Vida que Jesus tem após a  a Ressurreição, é a mesma que nos é dada. O milagre da ressurreição de Lázaro que lemos no evangelho de S. João quer mostrar que Cristo tem o poder sobre a morte e dá a Vida. Seu ministério público consistiu sempre em gerar a vida. Curava os doentes e ressuscitava os mortos. Pelas leituras da Palavra, tanto na Quaresma quanto no Tempo Pascal, podemos entender que o Batismo dá a Vida Eterna. Depois de passar pelas águas batismais, somos iluminados e recebemos a Vida Divina. Se Jesus pode ressuscitar um morto já em decomposição, o que supera a condição humana, pode nos dar a Vida Divina, que é Vida eterna: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância!” (Jo 10,10). Fazemos uma comparação com a cura do paralítico que foi descido pelo teto da casa: Jesus, para dizer que tem o poder de Deus para perdoar pecados, cura o paralítico. Se Jesus fez tantos milagres visíveis, quanto mais poderá nos dar a Vida que Ele possui, pois venceu a morte que lhe fora imposta pelos maus, numa tentativa diabólica de acabar com o poder de Deus através dos homens. Deus o ressuscitou.
2033. Cuidar da Vida
A espiritualidade baseada na Vida é um passo consistente no caminho espiritual. Essa Vida nós a recebemos na Ressurreição de Jesus. Como podemos interpretar para nossa vida espiritual? Temos uma vida a levar adiante. Cuidamos bem de nosso corpo e nossas atividades. A parte material está em perfeita ordem e progresso. A verdadeira espiritualidade que faz a pessoa completa e sua dinâmica está em cuidar da vida de Deus em nós. Somos defeituosos quando deixamos o cuidado com a Vida Divina em nós.  Essa fica descuidada. É como se tivéssemos só a metade do corpo. É o que Paulo chama atenção a viver segundo o Espírito e não segundo a carne, pois assim não agradamos a Deus.  Se Cristo está em nós, nosso espírito está cheio de vida. E vamos ressuscitar como Jesus (Rm 8,8-11). Na missa de Páscoa recebemos uma mensagem muito clara sobre a Vida Nova: “Vós que ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto... Aspirai às coisas celestes e não às terrestres. Pois vós morrestes, e vossa vida está escondida em Deus” (Cl 3,1-30). O cuidado com a Vida Divina que temos não obscurece a condição humana nem a perturba, pelo contrário, dignifica-a e desenvolve mais e mais, pois o humano é sempre uma réstia do Divino, pois fomos feitos a sua imagem e semelhança, de modo particular, à imagem do Filho (Rm 8,29), protótipo de toda criatura.
2034. Viver com intensidade
              A espiritualidade pascal nos estimula a viver intensamente a vida cristã. O que vemos em nós é um desencanto com a religião, pois não nos preocupamos em viver com vigor e alegria a Vida Divina que está em nós. Essa deve ser a preocupação primeira com nossa pessoa e com os que nos cercam. Por exemplo: cuidamos o máximo das crianças, mas não zelamos da outra metade, a que dura para sempre, que é a vida Divina. Dando vida ao vida aos mortos, mostrou que nos dá a Vida em sua Ressurreição. Cuidemos dela. Quando temos amor à Vida, ela penetrará nossa vida e seremos testemunhas ardorosas do Mistério Pascal que dá vida ao mundo. Jesus não é personagem da história que comoveu por seus milagres e palavras. É o Vivo que nos conduz e nos atrai.
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EVANGELHO DO DIA 30 DE ABRIL

Evangelho segundo S. João 14,21-26.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».Disse-Lhe Judas, não o Iscariotes: «Senhor, como é que Te vais manifestar a nós e não ao mundo?»Respondeu-lhe Jesus: «Quem Me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada.Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou.Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco.Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador 
Homilia «Cristo presente nos cristãos», de «Cristo que Passa», §§ 102-103
«Meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada»
Cristo permanece na sua Igreja: nos seus sacramentos, na sua liturgia, na sua pregação, em toda a sua atividade. De modo especial, Cristo continua presente entre nós nessa entrega diária que é a Sagrada Eucaristia. Por isso, a missa é o centro e a raiz da vida cristã. Em todas as missas está sempre presente o Cristo total, cabeça e corpo. «Por Cristo, com Cristo e em Cristo». Porque Cristo é o caminho, o mediador. Nele, encontramos tudo; fora dele, a nossa vida torna-se vazia. [...] Cristo vive nos cristãos. A fé diz-nos que o homem em estado de graça está endeusado. Somos homens e mulheres; não somos anjos. Seres de carne e osso, com coração e paixões, com tristezas e alegrias; mas a divinização envolve o homem todo, como antecipação da ressurreição gloriosa. «Cristo ressuscitou de entre os mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição. Pois assim como todos morrem em Adão, assim também, em Cristo, todos são vivificados» (1Cor 15,20-22). A vida de Cristo é a nossa vida, segundo o que Ele prometeu aos seus apóstolos na última ceia: «Quem Me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada» (Jo 14,23). O cristão deve, pois, viver segundo a vida de Cristo, tornando seus os sentimentos de Cristo, de tal modo que possa exclamar com S. Paulo: «Não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim» (Gal 12,20).

30 DE ABRIL - A CIDADE DOS ENFERMOS

Uma pobre mulher está morrendo porque não conseguiu internação. Os filhos choram junto ao leito da agonizante. Pe. José Bento Cottolengo (1786-1842) assiste a esta cena confrangedora sem poder fazer nada. Mas tomou uma resolução: tudo faria para que tais cenas não se repetissem. Vendeu o pouco que tinha, inclusive a capa, alugou alguns quartos e começou sua obra de assistência. A quem confiar esta obra? Sim, à Divina Providência. O ministro do rei se ofereceu para patrocinar o arrojado empreendimento. Pe. Cottolengo respondeu que não era preciso, pois já possuía um bom padrinho. E apontou para o que escrevera no frontispício: Piccola Casa della divina Providenza. Hoje esta casa virou uma cidade dentro da grande Turim. Abriga mais de oito mil doentes, atacados de todas as enfermidades. Nos duzentos e cinqüenta anos de existência, nunca foi preciso pedir esmola nem criar fundos para manutenção. Quem cuida é a Divina Providência. Deus Pai continua mantendo o contrato até hoje. Em troca, os internos se revezam dia e noite, em adoração perpétua, nas diversas capelas existentes nessa imensa “Casa da Caridade”. Muitas entidades caritativas inspiraram-se nesta obra, entre elas, a conhecida “Vila São Bento Cottolengo” em Trindade,GO.. 
Outros santos: São Pio V
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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São José Bento Cottolengo, presbítero, fundador, +1842

Nasceu no dia 3 de Maio de 1786 em Bra, na região de Piedmont, Itália de uma família da classe média e estudou em um seminário em Turim. Ordenou-se em 1811 . Foi pároco em Bra e em Corneliano. Entrou para a Ordem de Corpus Christi em Turim. Foi cânon da Igreja da Trindade em Turim. Uma noite foi chamado a cama de uma mulher pobre e doente em trabalho de parto. A mulher necessitava desesperadamente de ajuda médica mas para todos os lados que ia não encontrava ajuda por falta de dinheiro. José ficou com ela durante todo trabalho e ouviu dela a confissão, deu sua absolvição e a comunhão e a extrema unção. Batizou a pequena criança e os olhava boquiaberto enquanto ambos morriam na cama. O trauma mudou a sua vida e a sua vocação. Em 1827 ele fundou um abrigo para os doentes e pobres, alugando uma casa e enchendo os quartos com camas e procurando homens mulher voluntárias. O local se expandiu e ele recebeu ajuda dos Irmãos de São Vicente e das Irmãs Vicentinas. Durante a cólera de 1831 a policia local fechou o hospital pensando que era a origem da doença. Em 1832 ele transferiu a operação para Valdocco e chamou o Abrigo de Pequena Casa da Divina Providencia. A Casa começou a receber apoio e suporte e cresceu em asilos, orfanatos, hospitais, escolas, casa de aprendizado para pobres e capelas. Vários programas para o pobres, doentes e necessitados de todos os tipos foram criados. Esta pequena Vila dependia totalmente das almas caridosas e José não aceitava ajuda oficial do Estado. A casa ainda funciona até hoje, servindo a 8000 pessoas ou mais por dia .Ele fundou ainda 14 comunidades para os residentes inclusive as Filhas da Companhia do Bom Samaritano , Os Eremitas do Santo Rosário e os Padres da Santíssima Trindade. Faleceu em 30 de abril de 1842 de tifo em Chieri, Itália. Foi canonizado em 1934 pelo Papa Pio XI. Sua festa é celebrada no dia 30 de abril.

São Pio V, papa, +1572

Miguel Guisleri foi uma figura de extrema importância para a vida da Igreja Católica. Nascido em Bosco Marengo na província da Alexandria, em 1504, aos quatorze anos ingressou na vida religiosa entrando na ordem dominicana. A partir daí a sua vida desenvolve-se, pois alcançaria rapidamente todos os degraus de uma excecional carreira. Foi professor, prior do convento, superior provincial, bispo de Mondovi e finalmente Papa, aos 62 anos, com o nome de Pio V. Promoveu diversas reformas na Igreja através do Concilio de Trento, como, por exemplo, a obrigação de residências para bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos Bispos, o incremento das missões, a correção dos livros litúrgicos e a censura das publicações. A sua autoridade e prestígio pessoal impunham a sua personalidade de pulso firme e de atitudes rigorosas, como a que tomou em relação à invasão dos turcos, pondo fim aos seus avanços a 7 de outubro de 1571, na famosa batalha de Lepanto. Apesar do seu carácter marcante, apresentava sinais de um homem bondoso e condescendente para com os humildes, paterno, às vezes, e extremamente severo com aqueles que faziam parte do corpo da Igreja. Mesmo sabendo das consequências que sofreria a Igreja, não pensou duas vezes ao excomungar a rainha Elizabete I. Morreu em 1 de maio de 1572. A sua canonização chegaria em 1712 e a sua memória fixada a 30 de abril.

Beata Rosamunda, esposa e mãe – 30 de abril

Figura medieval com dama e guerreiro
       Rosamunda de Blaru, esposa de João, senhor de Vernon, foi a mãe de Santo Adjutor a quem deu uma esmerada educação cristã. João de Vernon e Rosamunda tiveram vários filhos: Adjutor, Ricardo, Mateus, Anzeray e uma filha cujo nome não se conhece. João e Rosamunda eram conhecidos por sua grande piedade e caridade. Rosamunda particularmente foi mesmo honrada com o título de beata.
     Quando João de Vernon faleceu, em 1094, seus domínios passaram para seu filho mais velho, Adjutor, que fora educado por São Bernardo, Abade de Tiron, na observância estrita da religião Católica.
     Em 1095, Adjutor partiu para a Terra Santa com duzentos cavaleiros para participar na 1ª Cruzada, deixando seus domínios nas mãos de seu irmão Mateus. Acompanhava-o seu irmão Ricardo. Próximo de Antioquia, estes valentes defensores do Cristianismo foram cercados por mil e quinhentos infiéis ameaçadores. Adjutor invocou Santa Maria Madalena, por quem a cidade de Vernon já tinha grande devoção, e subitamente os infiéis foram vítimas de uma violenta tempestade e fizeram meia-volta. Muitos tombaram sob as flechas dos homens de Adjutor.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Segunda-feira – Santos: Pio V, Lourenço de Novara, Sofia
Evangelho (Jo 14,21-26): “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada.”
O amor que nos une a Cristo e nos faz morada da Trindade, é um amor efetivo, feito de opções e de atos. Não é simples afeto ou veleidade ligeira. Podemos amar assim porque Jesus nos transforma, e nos possibilita aceitar a oferta de salvação e viver como ele nos ensinou. Guardamos a palavra de Jesus se a temos sempre como inspiração de nossa vida, como critério para nossas decisões.
Oração
Senhor, eu vos amo. Ou melhor: eu vos quero amar, eu vos quero escolher como o mais importante em minha vida, eu gostaria de fazer sempre vossa vontade. Ajudai-me, só vós podeis fazer que eu vos ame assim. Facilmente mudo de ideia: dai-me firmeza para manter a escolha que faço de vós. E se, por acaso, vos deixar, não me abandoneis, mas trazei-me sempre de volta. Amém.

domingo, 29 de abril de 2018

Santa Catarina de Siena, Doutora da Igreja - 29 de abril

     Em 25 de março de 1347, Lapa Benincasa deu à luz duas gêmeas em seu vigésimo quarto parto. Uma delas não sobreviveu após o Batismo. A outra, Catarina, tornar-se-ia a glória de sua família, de sua pátria, da Igreja e do gênero humano.
     Giacomo di Benincasa, seu pai, era um tintureiro bem estabelecido, "homem simples, leal, temeroso de Deus, e cuja alma não estava contaminada por nenhum vício"; piedoso e trabalhador, criava sua enorme família de 25 filhos no amor e no temor de Deus. Catarina, a penúltima da família e caçula das filhas, teve a predileção de todos e cresceu num ambiente moral puro e religioso.
    Catarina consagrou a sua virgindade a Cristo aos 7 anos; aos 16, para evitar um casamento, cortou sua longa cabeleira; e aos 18, recebeu o hábito das Irmãs da Penitência de São Domingos.
     Catarina encarou a sua clausura com seriedade e vivia encerrada no seu próprio quarto, e afirmava que estava sempre com e em Cristo. Abandonou a sua cela somente em 1374, quando a peste se alastrou por toda a Europa e ela decidiu cuidar dos enfermos e abandonados, tendo praticado grandes atos de caridade.
    Nesse mesmo ano (1374), teve uma visão e ficou estigmatizada. Na visão Nosso Senhor Jesus Cristo lhe disse que ela trabalharia pela paz, e mostraria a todos que uma mulher fraca pode envergonhar o orgulho dos fortes. Analfabeta, aprendeu milagrosamente a ler e escrever, para poder cumprir a missão pública que Deus lhe destinava.
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A COMUNIDADE E A SALADA DE FRUTAS

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
O que é uma comunidade? 
Respondo fazendo uma comparação: 
- Seria como uma laranjeira?
- Mas, cada laranja cuida de si, e o sol de todas. 
- Ou como uma fruteira sortida de maçãs, peras, mangas, etc.? 
– Ainda não, porque estão apenas justapostas. 
- Como um suco de frutas batido no liquidificador?
– Também não, porque ao bater, cada um perdeu sua identidade, sua individualidade. 
- Como uma salada de frutas?
– Agora sim, pelos seguintes motivos: Cada qual se beneficia com o sabor da outra sem perder sua identidade.. 
Palavra de vida: Comunidade é partilha de dons e qualidades, sem que seus membros percam a própria individualidade.> Na comunidade cada um é picado, i.é, renuncia à própria vontade em favor do bem comum. Na comunidade tudo deve ser adoçado com o açúcar do amor. “O corpo não é um só membro, mas muitos” (1Cor 12,14)
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Homilia do 5º Domingo a Páscoa (29.04.18)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA-50 ANOS CONSAGRADO
Permanecer em Cristo como o ramo ao tronco
Como o ramo ao tronco
            No Tempo Pascal somos instruídos sobre a força transformadora da Ressurreição de Cristo. O Mistério Pascal atua em nós, não somente a partir de atividades renovadas por Cristo, mas em uma comunhão de vida. João Evangelista explica essa verdade pelo símbolo da árvore e os ramos. Mostra como estamos unidos a Cristo. É união de vida, porque circula pelos ramos a mesma vida e vitalidade que estão no tronco. O verbo ‘permanecer’ é forte e claro. Somos estimulados a permanecer em Cristo como o ramo permanece unido a árvore. Há uma mesma vida que nos une. O Mistério Pascal de Cristo é a sua vida atuante em nós como vida e como atividades. Permanecer é o verbo que diz o que acontece em nosso relacionamento com Deus. Temos por exemplo o texto do discurso do Pão da Vida: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e Eu nele” (Jo 6,56). Como o alimento permanece em nós, assim é o Pão da Vida. É uma união de Vida. Jesus ensina que a mesma Vida que mantém a árvore viva, corre pela planta e pelos ramos. Jesus diz que há uma união completa entre o tronco que é Ele e, os ramos que somos nós. Jesus ensina o mandamento do amor que é a seiva vital que percorre a planta. Guardar a fé e o mandamento do amor é permanecer em Deus. E Deus permanece com Ele (1Jo 3,24). Esse é o resultado do nosso encontro com Cristo em seu Mistério Pascal. Celebrar é alimentar esse relacionamento e crescer na vida cristã pela fé.
Permanecer é produzir frutos.
            Jesus diz: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor” (Jo 15,1). O Pai sabe como cuidar da planta e faz as podas no tempo certo. Há duas podas: uma para cortar os ramos que não dão frutos e a outra para cortar os ramos viçosos para que dêem mais frutos ainda. O ramo viçoso é sacrificado pelo bem do fruto. Pena que nós não percebemos quando Deus quer nossos frutos e por isso corta muita coisa que é até boa, para ficar melhor. E se não damos frutos... Estamos condenados ao fogo: “Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos e lançados no fogo e queimados” (Jo 15,6)... Para dar fruto, temos que estar unidos ao tronco que é Cristo. Sem Cristo estamos secos. Afirma: “Sem mim nada podeis fazer!” (Jo 15,5). O ramo não pode produzir frutos por si mesmo, se não permanecer na videira, isto é, em Cristo. Permanecer unido ao tronco, nos dá garantias de sermos ouvidos na oração: “Se permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e tudo vos será dado. Nisto, meu Pai é glorificado”. É louvor e glória de Deus pedir em nome de Jesus. Os frutos são o melhor louvor ao Pai, pois estão unidos ao Fruto Bendito que é Jesus. Ele produz frutos em nós, como vemos produzindo frutos em Paulo (At 9,28-29).
Crer e amar
            A seiva que corre no troco vai aos galhos. Essa seiva é o amor de Deus em Cristo e o amor aos irmãos. O mandamento é crer em Jesus e amar os irmãos. Um único mandamento com duas faces. O amor não só de palavras, mas em ações e em verdade: “Não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! Aí está o critério para saber que somos da verdade e para sossegar diante dele o nosso coração” (1Jo 3,18-19). O amor exige a verdade. A verdade do amor são os atos coerentes. Fala-se de amor em todos os tons. Mas o único que nos amou com totalidade foi Jesus que nos deu sua vida. Se dermos a vida, dedicando-a aos irmãos, como o fez Paulo, estamos amando e produzimos frutos.
Leituras: Atos dos Apóstolos 9,26-31; Salmo 21; 1 João 3,18-24; João 15,1-8
                                         
1.  A parábola da videira e dos ramos ensina nossa união com Cristo.
2.  Permanecer em Cristo pela fé e o amor é dar frutos e ser atendido na oração.
3.  O amor é a seiva que corre no tronco e nos galhos. É a vida divina.

Quebrando o galho

Há muitas árvores citadas na Palavra de Deus, por exemplo: Zaqueu sobe em uma árvore para ver Jesus. Havia uma árvore que não produzia frutos e Jesus diz para colocar uma terrinha que ela pode se recuperar... Há árvore que dá fruto bom e outra que dá espinho etc... Tem essa de hoje que serve de comparação para mostrar nosso ser em Cristo como galho que participa da vida da árvore.
Jesus explica que, se o galho foi cortado, não dará mais fruto. Ele seca e vai para o fogo. Se não der fruto é podado. Mesmo quando está muito viçoso pode ser podado para que o fruto saia melhor. Muitos de nós vezes levamos podas na vida e não gostamos. Pior ainda quando podam uma coisa boa que haja em nós ou possamos fazer. Não entendemos que é melhor.
A seiva da árvore percorre todos os ramos e dá vida. Assim é nossa vida em Cristo. Essa seiva é o amor. Esse amor nos leva a produzir frutos, como Paulo que se entregou totalmente a anunciar Jesus.
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EVANGELHO DO DIA 29 DE ABRIL

Evangelho segundo S. João 15,1-8.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o agricultor. Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá fruto, para que dê ainda mais fruto. Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei. Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem. Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido. A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus discípulos».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Venerável Pio XII (1876-1958), papa 
Encíclica «Mystici Corporis», §§ 47-53
«Sem Mim nada podeis fazer»
«Aprouve [a Deus] que nele [em Cristo] habitasse toda a plenitude» (Col 1,19); Ele está adornado de todos os dons que acompanham a união hipostática; porquanto nele habita o Espírito Santo com tal plenitude de graças, que não se pode conceber maior. A Ele foi dado poder sobre a carne (cf Jo 17,2); [...] Dele provém ao corpo da Igreja toda a luz que ilumina divinamente os féis, e toda a graça com que se fazem santos como Ele é santo. [...] É ele que infunde nos féis a luz da fé; Ele que aos pastores e doutores, e sobre todos ao seu vigário na Terra, enriquece divinamente com os dons sobrenaturais de ciência, entendimento e sabedoria, para que conservem fielmente o tesouro da fé, o defendam corajosamente, piedosa e diligentemente o expliquem e valorizem; é Ele enfim o que, invisível, preside e dirige os concílios da Igreja. Cristo é o autor e o operador da santidade, já que nenhum ato salutar pode haver que dele não derive como fonte soberana: «Sem Mim nada podeis fazer» (Jo 15,5). Se nos sentimos movidos à dor e contrição dos pecados cometidos, se com temor e esperança filial nos convertemos a Deus, é sempre a sua graça que nos comove. A graça e a glória brotam da sua inexaurível plenitude. [...] E quando, com rito externo, se ministram os sacramentos da Igreja, é Ele que opera o efeito correspondente nas almas. É Ele também que, nutrindo os fiéis com a própria carne e o próprio sangue, serena os movimentos desordenados das paixões; é Ele que aumenta as graças e prepara a futura glória das almas e dos corpos. [...] Cristo faz que a Igreja viva da sua vida sobrenatural, penetra com a sua divina virtude todo o corpo e cada um dos membros, segundo o lugar que ocupa no corpo, nutre-o e sustenta-o do mesmo modo que a videira sustenta e torna frutíferas as vides aderentes à cepa (cf Jo 15,4-6).

29 DE ABRIL – A SANTA QUE CONVENCEU O PAPA

Os Papas residiam na cidade francesa de Avinhão desde 1309. Ficaram 70 anos nesse exílio chamado “cativeiro de Avinhão”. O Papa Gregório XI foi o sétimo Papa a viver nessa situação de exílio. Pressionado de ambos os lados, franceses e italianos, não sabe o que fazer. Precisa de uma palavra amiga, de um conselheiro sincero. Para isso mandou chamar Irmã Catarina (+ 1380), conhecida pela sua franqueza e coragem. Ela entrou na sala, humilde e tranqüila. Ele começou: 
- Prezada Irmã, é verdade que suas mãos caridosas cuidaram dos enfermos durante a última epidemia? Contam que você cuidou de uma leprosa, totalmente carcomida pela doença, e acabou se contagiando também. . . 
- Sim, Santo Padre. Mas sarei. Havia muita gente que precisava de mim. 
-Você consolou e ajudou exilados, empestados, famintos, e encarcerados. Não tem também uma palavra de conforto para este pobre servidor da Igreja?
Estou tão atribulado e desnorteado. 
- Santo Padre - disse Catarina com ternura e firmeza - só existe um caminho: a volta para Roma. Então haverá paz no seu coração e no coração da cristandade. 
O Papa permaneceu longo tempo mergulhado em profundo silêncio. Depois, erguendo a cabeça, disse com voz sumida: 
-Sim, voltarei para Roma. 
Dia 17 de janeiro de 1378 Gregório XI fazia sua entrada em Roma, graças ao empenho corajoso de Santa Catarina de Sena. (O coro dos anjos, Pe. Hünermann).
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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Santa Catarina de Siena

Santa Catarina de Siena nasceu em Siena no dia da Anunciação e começou a ter experiências místicas aos 6 anos vendo anjos da guarda, claramente com as pessoas as quais eles protegiam. Tornou-se uma Dominicana quando tinha 16 anos e ainda continuou a ter visões de Cristo, Maria e dos santos. Santa Catarina foi uma das mais brilhantes mentes teológicas do seu tempo, não tendo entretanto qualquer educação formal. Trabalhou com êxito como moderadora entre a Santa Sé e Florença e persuadiu o Papa a voltar para Roma de Avignon. Finalmente conseguiu a conciliação no reinado do Papa Urbano VI. Mas tarde Santa Catarina se estabeleceu em Roma, onde lutou infatigavelmente com orações, exortações e cartas para ganhar novos partidários para o Papa legítimo. 
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São Roberto de Molesmes-Conhecido tambem como Roberto de Molesques .

Nascido de pais nobres em Troyes,Champanhe ,França em 1018, morreu em 21 de março de 1110 e foi canonizado em 1222. Roberto foi um dos fundadores do movimento Cisterciense, como os monges de Cluny no 10° século e era beneditino. A Regra de São Benedito havia perdido o seu valor desde a sua fundação na Itália no sexto século. A fidelidade absoluta a esta Regra era o alvo de São Roberto, que o perseguiu toda a sua vida. São Alberico juntou-se a Roberto neste objetivo e foram seguidos logo por São Stephen Hardind, mas eles não tinham a iniciativa de Roberto, a sua energia, e a coragem capaz de vencer os obstáculos que não foram poucos. Como Stephen, Roberto recebeu o seu treinamento beneditino em Moutier-La-Celle quando tinha 15 anos. Ele foi indicado prior, logo após o seu noviciado na então Abadia de Miguel de Tonnerre. Ele tentou sem sucesso, reformar a Abadia.
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29 de abril: FUNDADOR DOS CISTERCIENSES

São Roberto (1027-1110) é um dos grandes fundadores de Ordens Religiosas da Idade Média. Inicialmente pertenceu aos Beneditinos. Eleito Prior, tentou impor certas disciplinas inovadoras, mas nem todos os monges aceitaram. Desgostoso, retirou-se para o deserto de Citeux na França com alguns companheiros fiéis. É tido como um dos fundadores da rigorosa Ordem dos Cistercienses. Dormia-se apenas 4 horas. Todo o tempo restante era dedicado à oração e ao trabalho. O alimento consistia em ervas e raízes. Vivendo naquelas paragens desertas, os monges se dedicaram à catequese e ao cultivo racional da terra. Tanto assim que aquela solidão transformou-se num jardim de comunidades florescentes. Por vontade do Papa e dos monges, ele voltou ao seu primeiro mosteiro beneditino, onde morreu em 1110.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE ABRIL

Pe. Flávio Cavalca de Castro, 
redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – 5º Domingo da Páscoa – Santos: Catarina de Sena
Evangelho (Jo 15,1-8)  (Jo 15,1-8): “Eu sou a videira e vós sois os ramos. Quem está unido a mim, e eu a ele, esse produz muitos frutos...”
A videira é uma unidade vital, nela circula a mesma seiva em todos os ramos. Mas os ramos dependem do tronco, de onde lhes vem a vida e a capacidade de produzir frutos. Usando essa comparação, Jesus deixa claro que entre nós e ele existe muito mais que a união possível entre amigos, entre discípulos e mestre. Ele nos une a si e nos faz participantes de sua mesma vida divina, de tal maneira que formamos uma só realidade, uma só pessoa. É a união mais íntima que se possa imaginar, é o maior favor que nos poderia fazer. Mas, ao mesmo tempo, mostra que somos totalmente dependentes dele. Como só existimos enquanto o Criador nos mantém na existência, também só podemos viver como filhos de Deus enquanto Jesus nos mantém unidos a si. Só vivificados por ele podemos conhecer a verdade, amar, e fazer o bem.
Oração
Jesus, meu Senhor, creio em vossa palavra e aceito depender totalmente de vós. Sois a vida para mim, a única possibilidade de eu ser feliz. Sem vós nada posso fazer de bom, só o mal. Agradeço porque me quisestes unir a vós, sem nenhum merecimento de minha parte, por pura bondade vossa. Por favor, ajudai-me a continuar sempre nessa união convosco, vivendo sempre de vossa vida, iluminado por vossa sabedoria, produzindo frutos bons para o bem de todos. Perdoai-me porque muitas vezes preferi confiar em minhas forças e seguir minhas próprias ideias. Espero ter sempre vossa ajuda para vencer minhas más inclinações, e poder crescer nas virtudes, principalmente na caridade e na esperança. Amém.

sábado, 28 de abril de 2018

O PACOTE MISTERIOSO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
VICE-POSTULADOR DA CAUSA
VENERÁVEL PADRE PELÁGIO SAUTER
REDENTORISTA
Tempos atrás foi encontrado, junto à porta de uma igreja, um pacote esquisito: Pequeno, compacto e bem amarrado com barbante.Curiosos ajuntaram-se ao redor. Ninguém queria por a mão. O padre vigário foi chamado para dar uma explicação. Também não sabia de nada.A suspeita geral era que se tratava de uma bomba subversiva. Achou-se melhor chamar a polícia. Vieram os investigadores. O pacote foi aberto com todas as precauções. Dentro havia simplesmente uma boa quantia de dinheiro em notas e moedas. 
Refletindo:Nossa tendência é interpretar fatos e cenas pelo lado da desconfiança.Quando perdemos algum objeto ou dinheiro, a primeira suspeita é contra alguma pessoa mais ou menos conhecida.Quando o marido ou o filho se atrasam ao voltar do serviço ou da escola, logo se imagina ter havido algum imprevisto desagradável.Quando vemos algum ajuntamento de gente na estrada ou na rua, instintivamente pensamos ter havido um acidente.Quando alguém bate à nossa porta em horas tardias da noite, temos medo de abrir a porta.Quando vai acontecer a profecia:“O lobo habitará com o cordeiro; e o leopardo deitar-se-á perto do cabrito” (Is 11,6).
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REFLETINDO A PALAVRA - “Alegria do Evangelho”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA-50 ANOS CONSAGRADO
1372. Alegrias da salvação
            No Tempo do Natal fizemos a bela experiência da alegria. Essa palavra e os sentimentos que provoca voltam diversas vezes nas narrativas: Vimos os Anjos dizerem aos pastores: “Eis que vos anuncio uma grande alegria que será para todo o povo” (Lc 2,10). Simeão e Ana louvam a Deus por terem visto o Menino. Esta visita de Deus a Seu povo é sentida como a manifestação de Sua misericórdia que quer se comunicar. Tantos séculos de espera, agora acontece aquilo Deus prometera. Disse Jesus aos judeus: “Abraão... vosso pai, exultou por ver o meu dia. Ele o viu e encheu-se de alegria” (Jo 8,56). Papa Francisco, em sua exortação “Alegria do Evangelho – Evangelii Gaudium” nos diz que “a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”. Jesus inicia Seu ministério apostólico cumprindo uma profecia de restauração para os que viviam sem esperança: “O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz. Aos que jaziam na região sombria da morte surgiu uma luz” (Mt 4,16). A luz que é um sinal da alegria; é a chegada do Reino de Deus na pessoa de Jesus: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (17). Sua pregação era acompanhada dos sinais de renovação e vida. De toda a região vinham para serem curados. A cura exterior é sinal da cura interior que culmina na alegria dos discípulos ao se encontraram com o Ressuscitado (Lc 24,41). Quando falamos de Salvação não pensamos essa verdade para o fim da vida ou fim dos tempos. Estamos falando dela hoje. Por isso conhecer e viver a presença do Deus que nos salva em Seu Filho, dá-nos profunda alegria. Se a celebração não nos encantar e alegrar, estamos ainda longe do Reino de Deus. Na parábola do filho perdido, seu retorno causa profunda alegria a todos.
1373. Estrutura da alegria
            Alegria não é um sentimento exterior passageiro, mas o resultado de um encontro com a fonte da alegria, como ouvimos na parábola do servo fiel: “Entra para a alegria do teu Senhor”! (Mt 25,21). Em Deus é a fonte de todas as virtudes. A alegria é o componente do banquete celeste do Reino. O Papa Francisco diz-nos que o fechamento não favorece o acolhimento dessa alegria porque o egoísmo e os males que o seguem impedem a realização do encontro com Aquele que nos pode dar a alegria da salvação. Basta um pequeno gesto de abertura e Ele já toma posse de nosso interior. O Papa Francisco, citando o Papa Paulo VI, diz que ninguém está excluído da alegria trazida pelo Senhor. Não impõe nem pressiona, mas deixa na liberdade de escolha para a própria felicidade. Fora dele toda a alegria é insuficiente. A alegria cristã está unidade à alegria do Cristo que exultava diante de Deus porque os pequeninos acolhiam o evangelho (Mt 11,25).
1374. Alegria como vida
            O testemunho de alegria pelos mistérios da Salvação é componente necessário para a pastoral e a vida das comunidades. Não anunciamos um Deus sofredor, mas o Cristo que inundou o mundo com a luz da alegria ao ressuscitar. A seriedade diante do Sagrado e do ministério não se identifica com mau humor, fechamento, nem grosseria. O Sacramento da Penitência que é a comunicação da misericórdia, tornou-se um instrumento de tortura tanto para o confessor, como para o penitente. A conversão não pode ser vista só como deixar o caminho do mal, mas caminhar para levar a vida na alegria. Quem vem a nossas celebrações e reuniões sempre saia mais alegre, pois a experiência de Deus é o encontro com um Amor que gera alegria que nada pode tirar (Lc 16,22).

EVANGELHO DO DIA 28 DE ABRIL

Evangelho segundo S. João 14,7-14.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta».Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai. Como podes tu dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio; mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.Acreditai-Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim; acreditai ao menos pelas minhas obras.Em verdade, em verdade vos digo: quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço e fará obras ainda maiores, porque Eu vou para o Pai.E tudo quanto pedirdes em meu nome, Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.Se pedirdes alguma coisa em meu nome, Eu a farei».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
São Vicente de Paulo (1581-1660), 
presbítero, fundador de comunidades religiosas 
Conferência de 2/5/1659
«Quem crê em Mim também fará as obras que Eu realizo; e fará obras maiores do que estas»
Nosso Senhor disse: «Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5,3); deste modo, a Sabedoria eterna mostra que os trabalhadores evangélicos devem evitar a magnificência das ações e das palavras e assumir uma maneira de agir e de falar humilde, fácil e comum. Quem nos seduz a essa tirania do desejo de sucesso é o demónio, que, ao ver-nos executar uma tarefa com simplicidade, nos diz: «Que coisa baixa; isso é demasiado banal, e indigno da majestade cristã». Armadilha do demónio! Tomai cuidado, senhores, renunciai a essas vaidades. [...] Tende presente os modos de Nosso Senhor, que era humilde e adverso a tudo isso. Ele poderia ter dado um grande realce às suas obras e um poder soberano às suas palavras, mas não o fez. «Vós fareis», disse aos seus discípulos, «as obras que Eu realizo; e fareis obras maiores do que estas.» Mas, Senhor, porque quisestes que, ao fazer o que havíeis feito, fizessem mais que Vós? É que Nosso Senhor quer deixar-Se ultrapassar nas ações públicas, para Se distinguir nas humildes e secretas; Ele deseja os frutos do Evangelho e não os barulhos do mundo; portanto, faz mais por meio dos seus servos do que por Si mesmo. Ele quis que S. Pedro convertesse, de uma vez, três mil, e de outra cinco mil pessoas (At 2,41; 4,4), e que toda a Terra fosse iluminada pelos apóstolos. Por Si mesmo, embora fosse a luz do mundo (Jo 8,12), só pregou em Jerusalém e nos arredores, e pregou aí sabendo que obteria menos resultados que noutros lugares. [...] Fez, pois, poucas coisas, e os seus pobres discípulos, ignorantes e grosseiros, animados pela sua força, fizeram mais que Ele. Porquê? Porque quis ser humilde naquilo que fez.

28 DE ABRIL - GIANNA BERETTA MOLLA, MÃE DE FAMÍLIA

Gianna nasceu a 4 de outubro de 1922, em Magenta, na Itália. Pertencia a uma família de 13 irmãos. Escolheu a profissão de médica a qual já era uma tradição na família, Casou-se com Pietro Molla, engenheiro industrial também militante da Ação Católica. Estava decidida a formar uma famíla cristã... Ingressou na Ação Católica desde muito jovem. Aos 39 anos, grávida do seu quarto filho, começou a ter complicações de saúde. Mais tarde, o seu marido contou Oe pormenores: «Durante a quarta gravidez 1961, apareceu um grande fibroma no útero, por causa do qual, aos dois meses e meio de gestação do bebé, foi necessário fazer uma intervenção cirúrgica». Este foi o início do holocausto. Fidelíssima aos seus princípios morais e religiosos, ordenou sem hesitações que o cirurgião se ocupasse primeiramente de salvar a vida da sua "criaturinha". Nas vésperas do parto não hesitou em reunir à sua cabeceira o marido e os médicos para lhes dizer:_”Se tiverem de escolher entre o bebé e eu, não duvidem: escolham, eu exijo, a criança. Salvem-na!" Com estas convicções profundas e sabendo o que a esperava, (Gianna era pediatra), deu entrada na clínica de Monza dia 20 de Abril de 1962, sexta feira santa, tendo dado à luz a sua filha Gianna Manuela. Santa Gianna faleceu oito dias depois. O seu processo para a canonização teve início em 1980. Foi proclamada Santa no dia 16 de maio de 2004. É a protetora das mães gestantes.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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São Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero, +1716

Nasceu em 1673 na aldeia de Montfort, em França. Foi educado no colégio da Companhia de Jesus de Rennes e ordenado padre em 1700. Fundou uma congregação de sacerdotes, a "Companhia de Maria", para o ministério de missões populares, e uma congregação feminina, as "Filhas da Sabedoria". Foi um missionário infatigável e abnegado que, com missão recebida directamente do Papa, evangelizou a Bretanha e diversas regiões de França ao longo de muitos anos, tendo sofrido inúmeras perseguições, instigadas pelo espírito jansenista que nessa época se tinha infiltrado não só entre os fiéis como entre o clero e até na hierarquia da Igreja de França. A característica que mais o distinguiu na sua pregação e marca a sua espiritualidade foi a devoção à Virgem Santíssima, com modalidades tão pessoais que fazem dele um caso sem igual na espiritualidade mariana de todos os tempos. Morreu santamente em 1716. Foi beatificado por Leão XIII e canonizado por Pio XII.