domingo, 29 de abril de 2018

Homilia do 5º Domingo a Páscoa (29.04.18)

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA-50 ANOS CONSAGRADO
Permanecer em Cristo como o ramo ao tronco
Como o ramo ao tronco
            No Tempo Pascal somos instruídos sobre a força transformadora da Ressurreição de Cristo. O Mistério Pascal atua em nós, não somente a partir de atividades renovadas por Cristo, mas em uma comunhão de vida. João Evangelista explica essa verdade pelo símbolo da árvore e os ramos. Mostra como estamos unidos a Cristo. É união de vida, porque circula pelos ramos a mesma vida e vitalidade que estão no tronco. O verbo ‘permanecer’ é forte e claro. Somos estimulados a permanecer em Cristo como o ramo permanece unido a árvore. Há uma mesma vida que nos une. O Mistério Pascal de Cristo é a sua vida atuante em nós como vida e como atividades. Permanecer é o verbo que diz o que acontece em nosso relacionamento com Deus. Temos por exemplo o texto do discurso do Pão da Vida: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e Eu nele” (Jo 6,56). Como o alimento permanece em nós, assim é o Pão da Vida. É uma união de Vida. Jesus ensina que a mesma Vida que mantém a árvore viva, corre pela planta e pelos ramos. Jesus diz que há uma união completa entre o tronco que é Ele e, os ramos que somos nós. Jesus ensina o mandamento do amor que é a seiva vital que percorre a planta. Guardar a fé e o mandamento do amor é permanecer em Deus. E Deus permanece com Ele (1Jo 3,24). Esse é o resultado do nosso encontro com Cristo em seu Mistério Pascal. Celebrar é alimentar esse relacionamento e crescer na vida cristã pela fé.
Permanecer é produzir frutos.
            Jesus diz: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor” (Jo 15,1). O Pai sabe como cuidar da planta e faz as podas no tempo certo. Há duas podas: uma para cortar os ramos que não dão frutos e a outra para cortar os ramos viçosos para que dêem mais frutos ainda. O ramo viçoso é sacrificado pelo bem do fruto. Pena que nós não percebemos quando Deus quer nossos frutos e por isso corta muita coisa que é até boa, para ficar melhor. E se não damos frutos... Estamos condenados ao fogo: “Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos e lançados no fogo e queimados” (Jo 15,6)... Para dar fruto, temos que estar unidos ao tronco que é Cristo. Sem Cristo estamos secos. Afirma: “Sem mim nada podeis fazer!” (Jo 15,5). O ramo não pode produzir frutos por si mesmo, se não permanecer na videira, isto é, em Cristo. Permanecer unido ao tronco, nos dá garantias de sermos ouvidos na oração: “Se permanecerem em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e tudo vos será dado. Nisto, meu Pai é glorificado”. É louvor e glória de Deus pedir em nome de Jesus. Os frutos são o melhor louvor ao Pai, pois estão unidos ao Fruto Bendito que é Jesus. Ele produz frutos em nós, como vemos produzindo frutos em Paulo (At 9,28-29).
Crer e amar
            A seiva que corre no troco vai aos galhos. Essa seiva é o amor de Deus em Cristo e o amor aos irmãos. O mandamento é crer em Jesus e amar os irmãos. Um único mandamento com duas faces. O amor não só de palavras, mas em ações e em verdade: “Não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! Aí está o critério para saber que somos da verdade e para sossegar diante dele o nosso coração” (1Jo 3,18-19). O amor exige a verdade. A verdade do amor são os atos coerentes. Fala-se de amor em todos os tons. Mas o único que nos amou com totalidade foi Jesus que nos deu sua vida. Se dermos a vida, dedicando-a aos irmãos, como o fez Paulo, estamos amando e produzimos frutos.
Leituras: Atos dos Apóstolos 9,26-31; Salmo 21; 1 João 3,18-24; João 15,1-8
                                         
1.  A parábola da videira e dos ramos ensina nossa união com Cristo.
2.  Permanecer em Cristo pela fé e o amor é dar frutos e ser atendido na oração.
3.  O amor é a seiva que corre no tronco e nos galhos. É a vida divina.

Quebrando o galho

Há muitas árvores citadas na Palavra de Deus, por exemplo: Zaqueu sobe em uma árvore para ver Jesus. Havia uma árvore que não produzia frutos e Jesus diz para colocar uma terrinha que ela pode se recuperar... Há árvore que dá fruto bom e outra que dá espinho etc... Tem essa de hoje que serve de comparação para mostrar nosso ser em Cristo como galho que participa da vida da árvore.
Jesus explica que, se o galho foi cortado, não dará mais fruto. Ele seca e vai para o fogo. Se não der fruto é podado. Mesmo quando está muito viçoso pode ser podado para que o fruto saia melhor. Muitos de nós vezes levamos podas na vida e não gostamos. Pior ainda quando podam uma coisa boa que haja em nós ou possamos fazer. Não entendemos que é melhor.
A seiva da árvore percorre todos os ramos e dá vida. Assim é nossa vida em Cristo. Essa seiva é o amor. Esse amor nos leva a produzir frutos, como Paulo que se entregou totalmente a anunciar Jesus.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/

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