segunda-feira, 27 de março de 2017

Santo Alberto Chmielowski, religioso, fundador, +1916

Nasceu a 20 de Agosto de 1845, como primogénito de Alberto Chmielowki e de Josefa Borzylawska e foi batizado a 26 desse mês, com o nome de Adão Hilário Bernardo. A família era abastada, detentora de enormes quintas. Aos sete anos, perdeu o pai. A mãe mudou-se para Varsóvia, onde Adão prosseguiu os estudos, primeiro, na escola de cadetes, depois no instituto de agronomia, para melhor se dedicar à sua lavoura. Pelos 18 anos, participou na insurreição contra o domínio do Czar. Foi ferido, na batalha de Melchow e levado prisioneiro. No cárcere, foi-lhe amputada uma das pernas, operação que aguentou com heróica valentia. Volvido um ano, conseguiu fugir clandestinamente e matriculou-se em Paris, numa academia de pintura. Passou à Bélgica e caminhou para o Mónaco, regressando depois a Varsóvia onde completou a formatura em pintura e arquitectura. As suas telas tornaram-no muito popular e conhecido. Entretanto, começou a preocupar-se e a afligir-se com os necessitados e pobres. Em 1880, entrou na Companhia de Jesus cujo noviciado abandonou, atormentado por escrúpulos e achacado por séria enfermidade. Refeito da doença, hospedou-se em Cracóvia, fazendo-se pobre com os pobres, à semelhança de Cristo que de tudo se despojou para enriquecer os outros. Ia distribuindo os haveres ganhos com os trabalhos de pintor notável pelos mais carenciados que reunia nos albergues públicos, onde ele também dormia. Tornado franciscano da Ordem Terceira, vestido com o hábito de burel, prosseguiu na sua caridade para com os indigentes. Como não se sentisse capaz de sozinho socorrer tantos pobres, com a aprovação do bispo de Cracóvia, juntou alguns companheiros e lança, deste modo, os fundamentos de uma nova congregação, os Servos dos Pobres, mudando o seu nome para Alberto, ao fazer os seus votos de pobreza, castidade e obediência. Não escreveu nenhuma Regra, mas o seu exemplo e proceder foram incentivo e modelo inédito de viver à maneira de Cristo. Construiu oficinas várias, para os necessitados poderem ganhar alguma coisa e reconstituírem a vida. Jamais aceitou bens imóveis ou auxílios económicos estáveis. Vivendo em casas do Estado ou da Diocese, limita-se a receber o que lhe iam dando, dia a dia. Nos albergues acolhia todos os infelizes, sem cuidar de saber a sua origem, raça, etnia ou religião. A 15 de Janeiro de 1891, ao reparar nas necessidades de tantas mulheres e raparigas, com a cooperação de Ana Francisca Lubanska e Maria Cunegundes Silokowka, seduzidas pelo seu exemplo, fundou um ramo feminino da sua associação, para que alimentassem as famintas e as acolhessem em abrigos decentes, sobretudo nos casos de epidemias. Com palavras de ânimo e conselhos apropriados, com pregações sobre os desajustamentos sociais, vincando a obrigação de todos, sobretudo os mais favorecidos em riquezas, ajudarem os ignorantes e miseráveis, Santo Alberto não só formava os seus seguidores como suscitava nos ricos um desprendimento que os impulsionava a uma generosa caridade. A 25 de Dezembro de 1916, já com várias comunidades ao serviço dos pobres e com mais de uma centena de discípulos, entregou a sua alma a Deus.

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