Era filho do Rei Clotaire e de Santa Clotilde. Foi coroado rei de Orleans e Burgonha em 561, enquanto seus irmãos Charibert reinavam em Paris e Sigebert em Metz. Em geral a sua vida foi a de um pacificador. Ele protegeu os seus sobrinhos contra as maldades das rainhas Brunehault e Fredegunde. Mas ele tinha períodos de intemperança. Divorciou-se de sua esposa Maercatrude e ordenou a execução do seu medico. Teve depois enorme remorso e lamentou esses pecados pelo resto da sua vida, por si próprio e pela sua nação. Jejuava, orava, chorava e oferecia-se ao Deus a quem tinha ofendido. O seu reinado foi próspero e ele deu exemplos de como as máximas do Evangelho podiam ser usados efetivamente na política. Foi o protetor dos oprimidos, ajudou os doentes, e cuidou dos parentes de seus súditos. Abriu a sua fortuna e a da coroa especialmente nos períodos da fome, seca e das pragas. Fez aplicar as leis de maneira justa e estrita, independente da pessoa, mas estava pronto a perdoar ofensas contra ele, incluído duas tentativas de assassinato. Gontrão construiu magníficas igrejas e vários monastérios. São Gregório de Tours relata vários milagres feitos pelo Rei antes e após a sua morte, alguns que ele mesmo testemunhou. Na época de sua morte, em 28 de março de 592, Gontrão havia reinado por 31 anos e imediatamente seus súditos o aclamaram como santo. Ele foi enterrado na igreja de São Marcellus, a qual ele havia construído. Os Huguenots queimaram suas relíquias e espalharam as suas cinzas no século XVI, mas deixaram, em sua fúria, o crânio intocável. Ele está agora em uma caixa de prata na mesma igreja. Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como um rei encontrando um tesouro e dando-o para os pobres. Algumas vezes ele é mostrado com três bolsas de tesouros perto dele, um globo e uma cruz. Ele é o padroeiro dos divorciados, dos guardiões e dos assassinos arrependidos.
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