sexta-feira, 31 de março de 2017

A FORÇA DO IDEAL

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio
Redentorista
O ciclista italiano Bottechia pedalava na frente, liderando a corrida num campeonato de ciclismo. Quase certo da vitória, numa curva a roda dianteira da bicicleta derrapou, atirando longe o atleta. Tentou levantar-se, mas não conseguiu. Corpo todo arranhado, camisa dilacerada, as mãos e o rosto pingando sangue, apoiou-se onde pôde e começou a chorar.Poucos instantes depois chegava o técnico da equipe italiana em seu carro-socorro. Aproximou-se amigavelmente do atleta, tirou o cachimbo da boca e, com um timbre contagiante de voz, começou a cantar para ele as canções de sua terra natal. Aconteceu o prodígio: 
Bottechia levantou a cabeça, sorriu, retomou coragem, montou na bicicleta e... ganhou a corrida.
Palavra de Deus: Cantai para nós cânticos de Sião... (Sl 136,3). 
ORAÇÃO:Senhor! Pela noite chegaremos à luz de um novo dia...Pelo deserto chegaremos à Terra Prometida... Pela morte chegaremos à vida eterna..Assim aconteceu com teu povo ao deixar a terra da escravidão.Amém.
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REFLETINDO A PALAVRA - “A Mãe do Ressuscitado”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA,REDENTORISTA
957. Rainha do Céu, alegrai-vos!
No tempo pascal saudamos Maria com toda alegria que a Ressurreição inspira ao nosso coração. Esta antífona mariana reflete bem o quanto a Igreja se alegra com Maria na Ressurreição de seu Filho. Nós imaginamos que Jesus, depois da Ressurreição, foi fazer a primeira visita a sua Mãe amada. Nada impede que seja assim, pois seria lógico. O Evangelho, contudo, não diz nada. Podemos resolver esta questão contemplando Maria como discípula de Jesus. Ela o demonstra quando diz: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo tua palavra” (Lc 1,38). Era mãe de seu Filho. Não se descaracteriza sua maternidade vendo-a como uma discípula como as demais que seguiam Jesus e estavam com ela. Maria está sempre junto do Filho, como também os discípulos. Ela estava com eles em Jerusalém, como lemos em João: “Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas e Maria Madalena” (Jo 19,25). Viveu a dor da cruz e sofria insegura como os discípulos. Unidos sofriam juntos. Alegres acolheram o Ressuscitado. Ela vivia uma vida semelhante a dos discípulos de seu Filho. Quando a chamamos de Discípula é porque é a primeira deles. O que nos enriquece não é dizer que ela recebeu sua visita, mas que creu Nele ressuscitado e, se por circunstâncias humanas não o viu, ela creu no testemunho dos discípulos que O viram e proclamaram que Ele estava vivo. Em nossa espiritualidade mariana devemos aprender dela a crer na palavra das testemunhas. É fundamental ser ela Mãe do Senhor, Mãe de Deus. Para nós é fundamental sua fé. Refletindo sobre Maria, lembramos que era humana como seu divino Filho.
958. Mãe que é mestra
            Em sua condição humana de mãe, ela nos ensina a ser discípulos que acolhem a presença do Cristo Vivo através das palavras das testemunhas escolhidas de antemão (At 10,41). Maria age na simplicidade. Nisto é nossa mestra. Há um risco muito grande de colocarmos em Maria tantos panos e coroas, tantas imagens maravilhosas e pinturas excelsas que acabamos por encobrir a beleza simples que Deus lhe deu no meio de seu povo. É uma mulher do povo, do interior, na batalha da vida, no trabalho duro, nas condições difíceis em que vivia. Não era madame. Por mais que nos agrade engrandecê-la, não a tiremos de sua realidade. Isso nos ensina que é em nossa realidade que acolhemos o Ressuscitado. É vivendo nossa condição é que estamos mais prontos para viver a graça da salvação.
959. Socorro sempre presente
            Por que podemos nos dirigir a ela, como também aos santos, em nossas necessidades? Quem não ouviu ainda esta expressão: reze por mim; vamos fazer uma corrente de oração? Procuramos pessoas que orem por nós, que nos benzam. Se nós que vivemos a condição humana na terra fazemos assim, quanto mais os que vivem na união com Deus, na luz divina. Somos membros Corpo de Cristo. Estes membros estão ligados entre si pela Comunhão do Espírito Santo. Como Paulo explica sobre os membros, nós nos ajudamos uns aos outros. Maria, junto de Deus, intercede com seu Filho, pois ele é o “Intercessor junto do Pai” (Hb 7,25). Podemos e devemos pedir intercessão a ela que é humana como nós, mas glorificada em sua Assunção. Ela está junto ao Filho Ressuscitado. E por isso, por ser parte deste Corpo de Cristo, é parte nossa e por isso, como no corpo, um membro participa da vida do outro e ajuda a viver.

EVANGELHO DO DIA 31 DE MARÇO

Evangelho segundo S. João 7,1-2.10.25-30.
Naquele tempo, Jesus percorria a Galileia, evitando andar pela Judeia, porque os judeus procuravam dar-Lhe a morte. Estava próxima a festa dos Tabernáculos. Quando os seus parentes subiram a Jerusalém, para irem à festa, Ele subiu também, não às claras, mas em segredo. Diziam então algumas pessoas de Jerusalém: «Não é este homem que procuram matar? Vede como fala abertamente e não Lhe dizem nada. Teriam os chefes reconhecido que Ele é o Messias? Mas nós sabemos de onde é este homem, e, quando o Messias vier, ninguém sabe de onde Ele é». Então, em alta voz, Jesus ensinava no templo, dizendo: «Vós Me conheceis e sabeis de onde Eu sou! No entanto, Eu não vim por minha própria vontade e é verdadeiro Aquele que Me enviou e que vós não conheceis. Mas Eu conheço-O, porque d’Ele venho e foi Ele que Me enviou». Procuravam então prender Jesus, mas ninguém Lhe deitou a mão, porque ainda não chegara a sua hora. 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
Sermão sobre São João, n.º 28 
«Ainda não chegara a sua hora».
«Estava próxima a festa dos Tabernáculos. Disseram-Lhe, então, os seus irmãos: "Vai para a Judeia, para que os teus discípulos vejam as obras que fazes". […] Jesus disse-lhes: "Para Mim, ainda não chegou o momento oportuno; mas para vós qualquer tempo é bom”» (Jo 7,2-6). […] Jesus responde assim aos que O aconselhavam a procurar a glória: «O tempo da minha glorificação ainda não chegou». Vejamos a profundidade deste pensamento: incitam-no a procurar a glória, mas Ele quer que a humilhação preceda a exaltação; quer que seja a humildade a abrir caminho à glória. Também os discípulos que queriam sentar-se um à sua direita e o outro à sua esquerda (Mc 10,37) procuravam a glória humana: viam apenas o fim do caminho, sem ter em consideração o percurso que os levaria até lá. O Senhor lembrou-lhes então a verdadeira estrada por onde deveriam chegar à pátria. A pátria é elevada, mas o caminho é humilde. A pátria é a vida de Cristo, o caminho a sua morte. A pátria é a morada de Cristo, o caminho a sua Paixão. […] 
Tenhamos, portanto, retidão de coração; o tempo da nossa glória ainda não chegou. Ouçamos o que Ele diz aos que amam o mundo [...]: «Para vós, qualquer tempo é bom, para nós o tempo ainda não chegou». Tenhamos a ousadia de dizê-lo. Nós, que somos o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, nós, que somos seus membros, nós, que temos a alegria de reconhecê-Lo como nosso mestre, repitamos as suas palavras, pois foi por nossa causa que Ele Se dignou dizê-las. Quando os que amam o mundo insultam a nossa fé, digamos-lhes: «Para vós, qualquer tempo é bom, para nós o tempo ainda não chegou». Com efeito, o Apóstolo Paulo disse-nos: «Vós estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus». Quando chegará o nosso tempo? Quando Cristo, nossa vida, Se manifestar, então também nós nos manifestaremos com Ele na glória (Cl 3,3). 
A nossa vida está escondida com Cristo em Deus. No inverno, pode-se dizer: está árvore está morta - por exemplo uma figueira, uma pereira ou qualquer outra árvore de fruto; pois durante todo o inverno parecem privadas de vida. Mas o verão serve de prova e permite-nos julgar se está viva. O nosso verão é a revelação de Cristo. Deus virá manifestamente, o nosso Deus não Se calará.

ACÁCIO AGATANGELO Bispo de Antioquia, Santo † 250

Santo Acácio, cognominado Agatângelo, isto é, bom Anjo, viveu como bispo de Antioquia quando Décio era imperador romano. Em Antioquia existiam muitos Marcionitas, que abandonaram a religião, quando oscatólicos guiados pelo bispo, ficaram firmes na fé. O próprio bispo, por motivos de religião, foi citado perante o tribunal de Marciano. Este lhe disse: "Tens a felicidade de viver sob a protecção das leis romanas. Convém, pois, que honres e veneres nossos príncipes, nossos defensores". Acácio respondeu-lhe: "Quem poderá ter nisso mais interesse que os cristãos, e por quem o imperador é mais amado, senão por eles? É a nossa oração constante, que tenha longa vida aqui no mundo, governe com justiça os povos e lhe seja conservada a paz; nós rezamos pela salvação dos soldados e de todas as classes do império".
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Santo Amós, profeta

Amós (nome que em hebraico significa "levar" e que parece ser uma forma abreviada da expressão Amosiá, que significa Deus levou) foi um Profeta do Antigo Testamento, autor do Livro de Amós. O terceiro dos chamados profetas menores era um vaqueiro e cultivador de sicómoros (7:14), um fruto comestível que se parece com o figo, cujas frutas devem ser arranhadas com a unha ou com um objeto de metal antes de amadurecerem para que fiquem doces. Vivia em Técua (Teqoa), nos limites do deserto de Judá (1:1), perto de Bet-Lehem, povoado situado a menos de 20 Km ao sul de Jerusalém. Aproximadamente em 760 AC, deixou sua vida tranquila e foi anunciar e denunciar no Reino de Israel Setentrional, durante o reinado de Jeroboão II (1:1). Nesse contexto, o luxo dos ricos insultava a miséria dos oprimidos e o esplendor do culto disfarçava a ausência de uma religião verdadeira. Amós denunciava essa situação com a rudeza simples e altiva e com a riqueza de imagens típica de um homem do campo. A palavra de Amós incomodava porque ele anunciava que o julgamento de Deus iria atingir não só as nações pagãs, mas também, e principalmente, o povo escolhido; este já se considerava salvo, mas na prática era pior do que os pagãos (1:3-2:16). Amós não se contentava em denunciar genericamente a injustiça social, ele denunciava especificamente: os ricos que acumulavam cada vez mais, para viverem em mansões e palácios (3:13-15; 6:1-7), criando um regime de opressão (3:10); as mulheres ricas que, para viverem no luxo, estimulavam seus maridos a explorar os fracos (4:1-3); os que roubavam e exploravam e depois iam ao santuário rezar, pagar dízimo, dar esmolas para aplacar a própria consciência (4:4-12; 5:21-27); os juízes que julgavam de acordo com o dinheiro que recebiam dos subornos (2:6-7; 4:1; 5:7.10-13); os comerciantes ladrões sem escrúpulo que deixavam os pobres sem possibilidades de comprar e vender as mercadorias por preço justo (8:4-8)[3].

Santa Balbina, virgem, mártir (+132)

Balbina era filha de Quirino (militar e tribuno). Converteu- se à fé cristã e foi batizada pelo papa Alexandre, jurando voto de virgindade. Por causa de sua riqueza e nobreza espirituais, muitos jovens a pediram em matrimônio, mas ela manteve seu voto incorruptível e livre de qualquer mácula.  Estando gravemente enferma, o pai a levou ao Papa, que estava encarcerado, e ela foi curada. Em 132, mais provavelmente no dia 31 de Março, foi arrastada com o pai por ordem do imperador Adriano e, com barbaridade, cortaram- lhe a cabeça. Devido a sua bravura diante da morte e por ter morrido em nome da fé, foi elevada, pelos hagiógrafos, à categoria de mártir e santa, sendo- lhe dedicada uma Basílica Menor em Roma. Está sepultada, ao lado de seu pai, num antigo cemitério entre as vias Ápia e Ardeatina, o qual recebeu o seu nome.

S. Guido, Leigo, Peregrino, séc. X e XI

Guido viveu entre os séculos X e XI, e terá nascido em Brabante, Bélgica. Desde a infância, ele já demonstrava o seu desapego dos bens terrenos, tanto que na juventude distribuiu aos pobres tudo o que possuía e ganhava. Na ânsia de viver uma vida ascética, Guido abandonou a casa dos pais, que eram bondosos cristãos camponeses e foi ser sacristão do vigário de Laken, perto de Bruxelas, pois assim poderia ser mais útil às pessoas carentes e também dedicar-se às orações e à penitência. Quando ficou órfão, decidiu ser comerciante, pois teria mais recursos para auxiliar e socorrer os pobres e doentes. Mas, seu navio repleto de mercadorias afundou nas águas do Sena. Então, o comerciante Guido teve a certeza de que tinha escolhido o caminho errado. Convenceu do equívoco cometido ao abandonar sua vocação religiosa para trabalhar no comércio, mesmo que sua intenção fosse apenas ajudar os mais necessitados. Sendo assim, Guido deixou a vida de comerciante, vestiu o hábito de peregrino e pôs-se novamente no caminho da religiosidade, da peregrinação e da assistência aos pobres e doentes. Percorreu durante sete anos as inseguras e longas estradas da Europa para visitar os maiores santuários da cristandade. Depois da longa peregrinação incluindo a Terra Santa, Guido voltou para o seu país de origem, já fraco e cansado. Ficou hospedado na casa de um sacerdote na cidade de Anderlecht, perto de Bruxelas, de onde herdou o sobrenome. Pouco tempo depois, morreu, com fama de santidade. Foi sepultado nesta cidade e a sua sepultura tornou-se um pólo de peregrinação. Assim com o passar do tempo foi erguida uma igreja a elededicada, para guardar suas relíquias. Com o passar dos séculos, a devoção a São Guido de Anderlecht cresceu, principalmente entre os sacristãos, trabalhadores da lavoura, camponeses e cocheiros. Aliás, ele é tido como protetor das cocheiras, em especial dos cavalos. Diz a tradição que Guido não resistiu a uma infecção que lhe provocou forte desarranjo intestinal, muito comum naquela época pelos poucos recursos de saneamento e higiene das cidades. Seu nome até hoje é invocado pelos fiéis para a cura desse mal. A sua festa litúrgica, tradicionalmente celebrada no dia 12 de setembro, traz uma carga de devoção popular muito intensa. Na cidade de Anderlecht, ela é precedida por uma procissão e finalizada com uma benção especial, concedida aos cavalos e seus cavaleiros.

S. Benjamim, diácono, mártir, +420

Evocamos hoje São Benjamim, diácono e mártir, vítima da perseguição aos cristãos, no início do século V. Apesar de tudo fazerem para que desistisse da fé, Benjamim permaneceu firme. Foi aprisionado duas vezes na cadeia, onde lhe aplicaram toda a espécie de torturas. Morreu firme na doutrina de Cristo. Isso foi no ano de 420.

31 DE MARÇO - PROFETA AMÓS ,PASTOR DE OVELHAS

Amós é um dos profetas do Antigo Testamento. Nasceu em Técua, perto de Belém, numa região desértica, mas propicia para a criação de ovelhas. Era pastor e cultivador de sicômoros, até ser chamado para profetizar. Ama a simplicidade, odeia o luxo, é independente. Seu linguajar reflete a sobriedade em que vivia. O livro que escreveu está cheio de imagens da vida campestre que levava: a carroça que atola sob o peso dos feixes de trigo; a caça aos pássaros com a arapuca; o pastor que tira a presa da boca do leão; a serpente escondida nas gretas do assoalho; a torrente que jorra, etc. Denuncia as injustiças e ameaça os injustos com os castigos divinos: Escutai, vós que esmagais o pobre e quereis exterminar os humildes do país... Mas convoca para a conversão: Procurai o bem, e não o mal, para que possais viver... e apela para a misericórdia divina. - Vale a pena ler o pequeno livro das profecias de Amós. Serve para nós também. 
- Vai profetizar, é o apelo que todos recebemos!
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa 
Venerável Padre Pelágio CSsR
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Santa Balbina de Roma, Mártir – 31 de março


Martirológio Romano: Em Roma, comemoração de Santa Balbina, cujo título situado no Aventino mostra a veneração que se tributou a seu nome (antes de 595).     

     Apesar de poucas certezas sobre a vida de Santa Balbina, seu nome é venerado em uma antiquíssima igreja na via Ápia, nas proximidades de Roma. Também temos um cemitério que leva seu nome, supostamente o local onde Balbina foi enterrada.
     É venerada como mártir, mas destaca-se sua consagração a Deus pela virgindade e sua perseverança de servir a Cristo.
     Balbina etimologicamente significa “balbuciante”, na língua latina. Esta jovem foi incluída oficialmente no calendário dos santos a partir do século IX por causas alheias ao seu martírio. 
    Existia em Roma, entre as avenidas Ardeatina e Ápia, um cemitério "chamado Balbina", em gratidão à senhora que se doou à Igreja. O normal foi o que sucedeu: o cemitério ficou conhecido pelo seu nome. E tem sua razão de ser pois se fez em honra de uma virgem e mártir de nome Balbina que ali estava enterrada. Outra razão mais forte era o seu parentesco com Quirino, pai da jovem, que sofreu também o martírio.
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Sexta-feira – Santos: Balbina, Benjamim, Cornélia 
Evangelho (Jo 7,1-2.10.25-30) “Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis.” 
Podemos conhecer Jesus pela história, pela literatura, pelas marcas que deixou no mundo. Esse conhecimento, porém, não é o que nos salva. Indispensável é o conhecimento pela fé, esse conhecimento que só é possível por dom de Deus. Importante é o conhecimento que vem de nossa entrega a ele, do amor que lhe temos. Aliás, sem esse amor comprometido não nos é possível conhecê-lo. 
Oração
Senhor Jesus, atrai-me para vós, para que esteja sempre convosco e vos possa conhecer pelo amor e pela convivência. Aumentai minha fé e meu amor. Só vós, com vosso poder divino, podeis libertar-me do mal e fazer-me feliz. Quisestes unir-me a vós pela participação em vossa vida divina; transformai, pois, minha vida, para que em tudo reflita o jeito de viver que me ensinastes. Amém.

quinta-feira, 30 de março de 2017

A "GRATIDÃO" DO TICO-TICO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO
REDENTORISTA
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio
Redentorista
Frei Trindade tinha grande amor às flores. Sempre havia no peitoril de sua cela conventual um vaso de flor ou folhagem que ele regava e cuidava com carinho.Bem ao lado do vaso de folhagem, costumava colocar um pires com sobras do almoço para os passarinhos que vinham adejar ali perto. Havia um tico-tico que não falhava. Vinha todos os dias debicar os grãos de arroz, depois voejava pelo quarto como que agradecendo e sumia no espaço.Um dia o bom filho de São Francisco, por esse ou aquele motivo, não colocou as sobras no pires. O tico-tico chegou pontualmente, procurou e não encontrou seu repasto diário. Tomado de cólera e despeito, avançou num vaso de gerânio e, com toda a fúria, espicaçou a bicadas a linda planta, justamente a mais estimada pelo monge.Depois de derriçar com o bico e pisotear com os pezinhos a inocente planta, olhou altivo para o frade que a tudo assistia com ar de espanto, como se quisesse dizer: 
-“Tomou? Estou vingado”.
O tico-tico ingrato tomou o rumo da janela e nunca mais voltou. 
Palavra de Deus: Bendize o Senhor, o’ minha alma, não esqueças nenhum dos seus favores... (Sl 102,1). 
Oração:Senhor! Queremos praticar o bem, mesmo que a resposta seja muitas vezes a pedrada e o desprezo da ingratidão.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Não vos deixarei órfãos”

PADRE LUIZ CARLOS
DE OLIVEIRA,REDENTORISTA
Manifestação de Cristo
               Os discípulos sentiram-se como órfãos porque Jesus foi para o Pai. Era um problema para a comunidade não ter mais Jesus em seu meio. Ele prometeu que não os deixaria órfãos. João ensina que ter a presença de Jesus é amá-lo guardando seus mandamentos. Amando-O na prática, não só em um sentimento, temos a garantia de que está presente. Esta presença é garantida pelo Espírito da verdade que é dado: “Vós O conheceis porque Ele permanece junto de vós e estará dentro de vós. Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós... Vós me vereis, porque Eu vivo e vós vivereis. Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai e vós em mim e eu em vós”. Quem tem meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e Eu o amarei e me manifestarei a ele”(Jo 14,18-21). Não há ausência, mas presença do Espírito da Verdade. Verdade é Jesus. Nós temos a presença de Jesus e a manifestamos por nosso amor a Ele, guardando seus mandamentos. Estamos sempre unidos ao Pai, pelo Filho no Espírito: Quem ama Jesus será amado pelo Pai. O Espírito nos abre à visão de Jesus através do amor que Ele tem por nós. Observando nossa comunidade vemos o mesmo que ocorreu com os apóstolos e discípulos, como no caso de Filipe que anuncia o Evangelho em Samaria. Ele fazia os milagres que Jesus fazia. Pedro e João vão até lá e impõem as mãos para que recebam o Espírito Santo (At. 8,5-17). Por que vão? A evangelização não é obra individual, mas de toda a Igreja. Cristo continua a dar o Espírito através dos apóstolos. O Espírito é dado para todos. Ele está presente na Palavra e na Eucaristia na qual o Espírito é invocado sobre o pão e o vinho e sobre os fiéis para que sejam Corpo de Cristo.
Missão do Espírito
O Espírito é o outro Defensor: “Eu rogarei ao Pai e ele vos dará um outro Defensor para que permaneça sempre convosco” (16). Jesus está diante de Deus intercedendo  para o perdão dos nossos pecados e os do mundo inteiro (1Jo 2,1). Qual a missão do Espírito? Paulo explica: “Ele socorre nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir como convém. Mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rm 8,26). Nossa relação com Deus é feita através do Espírito que conhece nossa linguagem e a linguagem de Deus, pois Ele é Deus com o Pai. Ele nos revela Jesus e faz morada em nós, “O Pai dará um outro defensor para que permaneça sempre convoco... Ele permanece junto de vós e estará dentro de vós” (17). Podemos dizer que sua missão é ser a presença e vida de Deus em nós. Ele nos une ao Pai e ao Filho. Não somos órfãos.
Vida e mistério celebrado
               Na beleza de participar da vida de Deus pelo Espírito, nós celebramos com júbilo as maravilhas que realiza. Renovam-se sempre as maravilhas do Êxodo. Deus jamais rejeitou nossa oração (Sl 65). Por isso nós nos reunimos para celebrar sua bondade para conosco libertando-nos de todo o mal e pecado e dando-nos a vida nova em seu Filho. Ouvimos Pedro dizer: “Santificai em vossos corações o Senhor”, como rezamos no Pai Nosso – “Santificado seja vosso nome”. É reconhecer a Deus e louvá-lo pela proclamação de Cristo morto e ressuscitado. Cada celebração é momento de viver este mistério.

EVANGELHO DO DIA 30 DE MARÇO

Evangelho segundo S. João 5,31-47.
Naquele tempo, Jesus disse aos judeus: «Se Eu der testemunho de Mim mesmo, o meu  testemunho não será considerado verdadeiro. É outro que dá testemunho de Mim e Eu sei que o testemunho que Ele dá de Mim é verdadeiro. Vós mandastes emissários a João Batista e ele deu testemunho da verdade. Não é de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que sejais salvos. João era uma lâmpada que ardia e brilhava e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz. Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai Me deu para consumar — as obras que Eu realizo— dão testemunho de que o Pai Me enviou». E o Pai, que Me enviou, também Ele deu testemunho de Mim. Nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua figura e a sua palavra não habita em vós, porque não acreditais n’Aquele que Ele enviou. Examinais as Escrituras, pensando encontrar nelas a vida eterna; são elas que dão testemunho de Mim e não quereis vir a Mim para encontrar essa vida. Não é dos homens que Eu recebo glória; mas Eu conheço-vos e sei que não tendes em vós o amor de Deus. Vim em nome de meu Pai e não Me recebeis; mas se vier outro em seu próprio nome, recebê-lo-eis. Como podeis acreditar, vós que recebeis glória uns dos outros e não procurais a glória que vem só de Deus? Não penseis que Eu vou acusar-vos ao Pai: o vosso acusador será Moisés, em quem pusestes a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés, acreditaríeis em Mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se não acreditais nos seus escritos, como haveis de acreditar nas minhas palavras?». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja 
Comentário ao evangelho concordante, 1,18-19; SC 121 
«Examinais as Escrituras [...]; são elas que dão testemunho de Mim»
A palavra de Deus é uma árvore de vida que estende para ti os seus ramos benéficos; ela é como a rocha aberta no deserto, que se torna para todo o homem, de todos os pontos da Terra, bebida espiritual: «comeram do mesmo alimento espiritual e beberam da mesma bebida espiritual» (1Cor 10.3-4; Ex 17,1s.). Aquele a quem é concedida alguma destas riquezas não deve pensar que a palavra de Deus se limita ao que ele nela encontra; pelo contrário, deve perceber que foi ele que só soube descobrir nela uma coisa, entre muitas outras. Enriquecido pela palavra, não deve pensar que foi ela que empobreceu; incapaz de esgotar as suas riquezas, deve dar graças pela sua magnitude. Alegra-te porque foste saciado, mas não te entristeças porque a riqueza da palavra te ultrapassa. 
Aquele que tem sede alegra-se em beber, mas não se entristece com a sua incapacidade de esgotar a fonte. Mais vale que a fonte te esgote a sede, do que a tua sede esgote a fonte. Se a tua sede ficar saciada sem que a fonte seque, poderás voltar a beber sempre que tiveres sede. Pelo contrário, se esgotasses a fonte para te saciares, a tua vitória transformar-se-ia em tristeza. Dá graças por aquilo que recebeste e não murmures contra aquilo que não foi utilizado. Aquilo que tomaste e levaste é a tua parte; mas aquilo que resta também é uma herança tua. 

Santa Irene, virgem (séc. IX)

Santa Iria ou Irene é uma mártir lendária da cidade de Nabância (próxima da moderna Tomar). Nascida de uma rica família de Nabância, Iria recebeu educação esmerada e professou num mosteiro de monjas beneditinas, o qual era governado pelo seu tio, o Abade Sélio. Devido à sua beleza e inteligência, Iria cedo congregou a afeição das religiosas e das pessoas da terra, sobretudo dos jovens e dos fidalgos, que disputavam entre si as virtudes de Iria. Entre estes adolescentes contava-se Britaldo, herdeiro daquele senhorio, que alimentou por Iria doentia paixão. Iria, contudo, recusava as suas investidas amorosas, antes afirmando a sua eterna devoção a Deus. Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, um monge director espiritual de Iria, ao qual também a beleza da donzela não passara despercebida. Ardendo de ciúmes, o monge deu a Iria uma tisana embruxada, que logo fez surgir no corpo sinais de prenhez. Por causa disso foi expulsa do convento, recolhendo-se junto do rio para orar. Aí, foi assassinada à traição por um servo de Britaldo, a quem tinham chegado os rumores destes eventos. Lançado ao rio, o corpo da mártir ficou depositado entre as areias do Teja, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.

S. João Clímaco, religioso, +649

A história do santo de hoje está intimamente ligada com o Monte Sinai, citado na Bíblia, isso porque São João Clímaco foi um dos inúmeros homens que buscaram nos mosteiros do Monte Sinai, o ideal da Santidade. Nasceu na Palestina em 579, e recebeu dos pais exemplar formação literária e cristã. João Clímaco, para começar a rica experiência, renunciou livremente aos bens familiares e a uma próspera vida religiosa, para entrar na linda família monástica. Inicialmente, colocou-se na direção espiritual de martírio, depois, perto da cela de um outro eremita, prosseguiu seu caminho de oração, jejum, estudos, trabalhos e principalmente silêncio. Por meio dos jejuns e mortificações, este santo conseguia, em Cristo, vencer o demônio e viver com os outros irmãos, com os quais se encontrava aos sábados e domingos. Do conjunto de mosteiros e celas que povoavam o Sinai, São João, que era muito respeitado pela santidade e conhecimento da doutrina, foi eleito abade geral, até entrar na Vida Eterna no ano de 649.www.cancaonova.com

S. Leonardo Murialdo, confessor, +1900

Nasceu em 1828 em Turim - Itália, numa família burguesa. Conheceu cedo a riqueza que a vida de oração, de sacrifício e de caridade pode proporcionar para o amadurecimento humano, e também o discernimento em todas as coisas. Foi uma pessoa muita atenta aos sinais dos tempos e sensível à opressão dos mais pobres. E foi assim que ele discerniu e quis ser um padre para os pobres. Leonardo voltou-se para as classes mais desprezadas, a que realiza os trabalhos simples. Até criou um jornal chamado 'A voz dos operários'. De fato, tinha uma fé solidária. Ele foi sinal de esperança para Igreja e para a sociedade. O santo de hoje foi ponte para que muitos se encontrassem com Cristo no mistério da cruz e do sofrimento. Ele se consumiu na evangelização, na caridade, na promoção humana, falecendo no ano de 1900. Peçamos sua intercessão para que sejamos sinais de esperança na Igreja e no Mundo.

São Jonas de Hubaham e São Barachisius

SÃO JONAS
No 18º ano de seu reinado o Rei Sarraceno Shapur II começou uma violenta perseguição aos cristãos na Pérsia. Ele colocou na prisão dois monges irmãos da cidade de Beth-Asa e decidiu visitá-lo se confortá-los nas ultimas horas de seus terríveis tormentos e morte. Os dois monges foram levados a julgamento e o juiz disse a eles que eles deviam venerar o Rei da Pérsia e também o sol , a lua, o fogo e a água. Eles responderam que somente um tolo veneraria um mortal em vez de um imortal Rei dos Céus. Barachisius foi colocado em um calabouço muito pequeno. E Jonas ficou preso. Quando ele continuou recusando a oferecer sacrifícios aos deuses,as torturas começaram. Ele apanhou com bastões e enfiaram um bastão pontudo em seu umbigo e ele ainda cantava hinos de louvor a Jesus. Foi colocado em um lago gelado e deixado para morrer. Algum tempo depois Shapur mandou trazer Barachisius e disse a ele como seu irmão havia sido morto. O mártir disse que isto era impossível e que Jonas estava vivo, e falou tanto sobre o poder da Santíssima Trindade que todos ficaram perplexos. 
Barachisius foi torturado com ferros em fogo e martelos foram colocados debaixo de seus braços foi dito: se você deixar qualquer um deles cair, você estará renegando a Cristo. Bateram muito nele, mas os seus braços, milagrosamente, não deixaram os martelos caírem. Eles inventaram novas torturas: Chumbo derretido foi derramado em suas narinas e olhos e foi jogado em uma cela pendurado por um dos pés. Na manhã seguinte eles encontraram, (como havia previsto Barachisius), Jonas ainda vivo e tentaram minar a sua fé dizendo que seu irmão tinha renegado a Cristo. O mártir interrompendo disse: “Eu sei que há muito tempo ele renegou o demônio. Se vocês são inteligentes sabem que é melhor semear o milho que guardá-lo para perder. Minha vida é como uma semente e reviverá novamente após a morte, por Jesus Cristo”. Em seguida os dois santos forma barbaramente torturados, cortaram suas línguas, dedos, retiraram seus escalpos e queimaram com óleo fervendo e o corpo de Jonas foi colocado em uma prensa de uvas e prensado até a morte. Mesmo após sua morte eles continuaram. Serraram seu corpo em vários pedaços e jogaram dentro de uma cisterna seca e colocaram guardas para evitar que outros cristãos levassem suas relíquias. Barachisius foi tratado com igual brutalidade. Centenas de farpas foram colocadas em sua pele e ele foi rolado no chão de modo que todas penetrassem em sua carne. Lá pelas tantas o juiz perguntou se ele ainda estava vivo. Barachisius respondeu “Deus, o criador deste corpo, o restaurará e será seu juiz e seu rei”. Em seguida eles o mataram derramando uma espécie de piche quente (usado para selar as madeiras dos navios da época) em sua garganta. Algum tempo após morte deles, Abtusciatus, um velho amigo, comprou seus corpos por 500 drachmas e três vestidos de seda. Ele os enterrou em um local que somente alguns cristãos conheciam e veneravam suas relíquias. Os atos de seu martírio são autênticos e foram escritos em originalmente escritos em Chaldaic. Sua festa é celebrada no dia 29 de março. Nos anos bisextos a festa de São Barachisius é comemorada no dia 29 de fevereiro.

30 DE MARÇO - APRENDEU NA SOLIDÃO A TRATAR COM O POVO

Certa tarde silenciosa alguém bateu à porta do vetusto mosteiro do Monte Sinai. Era um rapaz de nome João Clímaco (+649) que vinha pedir um cantinho para se aprofundar em Deus na solidão. Permaneceu uns três anos nesse mosteiro.Queria, porém, mergulhar mais no silêncio. Por isso instalou-se numa gruta como eremita, onde passou quarenta anos. A fama de santidade correu mundo e ele se viu cercado de multidões que vinham buscar conselho e orientação. Pregava e testemunhava. Quando morreu o abade do mosteiro de Monte Sinai, os monges foram buscá-lo no deserto para ser o seu abade. Teve que aceitar, embora a contragosto. Lá escreveu o famoso livro “Escada do paraíso”, que tornou-se leitura obrigatória em todos os mosteiros do Oriente e do Ocidente. Consta de 30 capítulos ou degraus que o fiel tem de escalar para chegar à perfeição. Foi mestre da oração da tranqüilidade, a Hesiquia, tão viva na espiritualidade oriental.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Quinta-feira – Santos: Régulo, Donino, João Clímaco 
Evangelho (Jo 5,31-47) “Eu sei que não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome do meu Pai, e vós não me recebeis.” 
Diante da rejeição de muitos de seus ouvintes, Jesus aponta a causa de sua incredulidade: – eles não têm em si o amor de Deus. Deus ama-os e convida-os interiormente. Mas eles não o amam, têm outros interesses preferenciais na vida. Isso os torna cegos e surdos, incapazes de ver em Jesus o enviado do Pai. Por mais que Deus nos ame, sempre respeita nossa liberdade e nossa escolha. 
Oração
Senhor, mudai meu coração, fazei-me atento e aberto a vossos convites. Quero colocar-vos em primeiro lugar em minha vida, quero ser dócil aos vossos chamados. Há muita coisa querendo ocupar o primeiro lugar em minha vida, seduções não faltam. Preciso de vossa graça para continuar firme em minha decisão por vós. Ajudai-me a sempre vos pedir a perseverança em vosso amor. Amém.

quarta-feira, 29 de março de 2017

O PESSIMISTA E O OTIMISTA

PADRE CLÓVIS DE JESUS
BOVO,REDENTORISTA
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio
Redentorista
Aconteceu numa fazenda do Sul. Dois meninos entraram no depósito para pegar algum arreio e de repente se viram trancados lá dentro. Esse quarto era utilizado também para guardar estrume seco de gado e cavalo.Imagine o desespero dos meninos naquele recinto abafado. Imagine a preocupação da mãe quando chegou a hora do almoço. Procura daqui, pergunta de lá, foram encontrá-los trancados naquele depósito.O que chamou a atenção, foi a atitude em que estavam quando arrombaram a porta. Um deles assentara-se num canto, a chorar e a se lamentar:
- E agora? Como sair daqui? 
O outro, entretanto, revolvia e remexia o esterco. Perguntado o que estava procurando naquele monte, respondeu: 
- Ora! No meio de tanto estrume de cavalo deve haver algum cavalinho para a gente brincar. 
Palavra de Deus: Por que estás triste, minha alma... Espera em Deus...Ele é a salvação do meu rosto... (Sl 42,6). 
ORAÇÃO: - Senhor, que a gente saiba ver alguma coisa de bom, também nas contrariedades e nos dissabores da vida.
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REFLETINDO A PALAVRA - “Sinais de Ressurreição”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA
REDENTORISTA
954. Ele está no meio de nós
            A Ressurreição de Jesus não é um fato da história do passado que acreditamos e que outros negam e a maioria não toma conhecimento. Não é a reanimação miraculosa de um cadáver. É o ponto máximo da história do Universo no qual Deus Se encarna, passa por uma vida normal de um ser humano, anuncia um mundo novo, é morto e ao terceiro dia Ressuscita. Não volta à vida, mas passa à Vida. Eleva consigo toda a humanidade na carne de seu corpo glorificado, restaurando assim todo o ser criado. Não se torna um estranho distante, mas um presente em comunhão. João, no prólogo de seu evangelho, escreve que tudo foi feito por Ele (Jo 1,3); E o verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14). “O desígnio de Deus é levar o tempo à plenitude e, de em Cristo, recapitular todas as coisas as que estão nos céus e as que estão na terra” (Ef 1,9-10). Cristo não é um a mais na história das religiões. Para Ele converge o universo. Nele todas as coisas tem sentido. Não é de se estranhar que tenhamos dificuldades ao falar da Ressurreição, do Cristo Vivo. Houve tempos na história em que, mesmo santos, não trataram desta questão nem fizeram dele a razão da vida. Faziam-no, mas numa perspectiva diferente. O Espírito, no momento atual, abre nossos corações para compreendermos melhor que Ele vive no meio de nós. Rezamos na missa: “O Senhor esteja convosco! Ele está no meio de nós”, respondem todos. A presença de Cristo não é um julgamento de nossas atitudes, mas a força de um amor transformante que faz dos fracos, os fortes na fé, transformadores da realidade. O amor tudo pode. A Ressurreição não é um acontecimento que nos vai alegrar no fim de nossa vida, depois de um julgamento terrível. Ela acontece em cada ato de amor, em todo o bem que fazemos, em todo mal que suportamos, em toda a atitude de vida que colocamos. Se a sociedade tem tantas recusas dos que anunciam Jesus é porque Ele está vivo e as forças do mal querem destruí-lo. Mas não O vencerão. Paulo diz que Ele, no fim, entregará o Reino a seu Pai depois de vencidos os inimigos. O último inimigo a ser destruído será a Morte, pois Ele colocou tudo debaixo de seus pés (1Cor 15,24-28).
955. Nós O manifestamos.
            Deus quis precisar de nós para que possamos manifestá-lo ao mundo. A fé não cresce no mundo por um passe de mágica. Assim como foi a encarnação de Jesus, no silêncio e na simplicidade de uma vida como a de cada pessoa, assim é o anúncio que é realizado no mundo. Isto os meios de comunicação não comentam. A presença humilde dos seguidores de Jesus com seu testemunho, sustentado pelo Espírito Santo, anuncia a presença de Jesus vivo no seio da comunidade. Não fosse assim, não haveria conversões. A comunidade, mesmo sofredora por causa dos males, é uma manifestação de Jesus. O Espírito Santo abre os olhos dos que são chamados para que respondam ao apelo de Deus.
956. Exigências de um mundo novo.
A fé cristã não consiste em agregar pessoas a um grupo religioso dizendo: “Venha para minha igreja!” Destina-se a fazer com que o evangelho impregne todas as coisas do amor de Deus, a serviço homem e do louvor Deus. Deus quer seus filhos vivos e felizes. A Igreja não vai desistir, mesmo que fale sozinha, de defender a dignidade da pessoa humana com seus direitos e deveres. Por isso é odiada. “Porque não sois do mundo, o mundo, por isso vos odeia” (Jo 15,19). Ela própria tem que se purificar dos males por faltar à obediência a seu Senhor. Mas Cristo vive e somos testemunhas. 

EVANGELHO DO DIA 29 DE MARÇO

Evangelho segundo S. João 5,17-30.
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo». Esta afirmação era mais um motivo para os judeus quererem dar-Lhe a morte: não só por violar o sábado, mas também por chamar a Deus seu Pai, fazendo-Se igual a Deus. Então Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: O Filho nada pode fazer por Si próprio, mas só aquilo que viu fazer ao Pai; e tudo o que o Pai faz também o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho e Lhe manifesta tudo quanto faz; e há-de manifestar-Lhe coisas maiores que estas, de modo que ficareis admirados. Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer. O Pai não julga ninguém: entregou ao Filho o poder de tudo julgar, para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que O enviou. Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita n’Aquele que Me enviou tem a vida eterna e não será condenado, porque passou da morte à vida. Em verdade, em verdade vos digo: Aproxima-se a hora _ e já chegou _ em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem, viverão. Assim como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim também concedeu ao Filho que tivesse a vida em Si mesmo; e deu-Lhe o poder de julgar, porque é o Filho do homem. Não vos admireis do que estou a dizer, porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz: Os que tiverem praticado boas obras irão para a ressurreição dos vivos e os que tiverem praticado o mal para a ressurreição dos condenados. Eu não posso fazer nada por Mim próprio: julgo segundo o que oiço e o meu juízo é justo, porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que Me enviou». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja 
O Génesis em sentido literal, 4, 11-13 [21-24] 
«Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo».
Gostaríamos de explicar como é possível compatibilizar o texto do Génesis onde está escrito que Deus repousou ao sétimo dia de todas as suas obras com o texto do evangelho onde o Senhor, por quem todas as coisas foram feitas, diz: «Meu Pai trabalha incessantemente e Eu também trabalho em todo o tempo». [...] A observância do sábado foi prescrita aos judeus para prefigurar o repouso espiritual que Deus prometeu aos fiéis que fizessem boas obras, repouso cujo mistério o Senhor Jesus Cristo confirmou com a sua sepultura, porque foi num dia de sábado que Ele repousou no túmulo, [...] depois de ter consumado todas as suas obras. 
Podemos pensar que Deus repousou de ter criado os diversos géneros de criaturas, porque não voltou a criar novos géneros; mas [...] nem neste sétimo dia deixou de governar o céu, a terra e todos os outros seres que tinha criado, pois de outra maneira eles ter-se-iam diluído no nada. Porque o poder do Criador, a força do Omnipotente, é a causa pela qual subsistem todas as criaturas. [...] Com efeito, não se passa com Deus o mesmo que com um arquiteto, que, concluída a casa, se afasta e [...] a obra subsiste. Pelo contrário, o mundo não poderia subsistir, um instante que fosse, se Deus lhe retirasse o seu apoio. [...] 
É isto que afirma o apóstolo Paulo quando pretende anunciar Deus aos atenienses: «Nele vivemos, nos movemos e somos» (At 17,28). [...] Com efeito, não somos em Deus como a sua própria substância, no sentido em que é dito que Ele «tem a vida em Si mesmo»; mas, sendo algo diferente dele, só podemos ser nele porque Ele age desta maneira: «A sua sabedoria estende-se de um extremo ao outro do mundo e governa o universo» (Sb 8,1). [...] Nós vemos as obras boas que Deus fez (Gn 1,31). e veremos o seu repouso depois de termos realizado as nossas próprias obras boas.  

Santa Gladys

Gwladys (ou Sta. Gwladys ferch Brychan) (em latim: Claudia) era a esposa rainha de San Gwynllyw Milwr e um dos famosos filhas sagrados do rei Brychan [3] de Brycheiniog. Ele também era a mãe de um dos santos mais venerados galeses, St. cadog Ddoeth "o sábio". História tradicional As vidas medieval St Cadoc (1100) escrito por Lifris e St. Gwynllyw (cerca de 1120) relatou detalhes deste lendário santo, embora tais detalhes muitas vezes são discrepantes. Ele também está entre os governantes do País de Gales. Meio irlandês, são as crianças -entre de Brychan- aquele em que temos mais informações. Sua beleza lhe valeu a admiração de reis Gwynllyw de Gwynllwg em South Wales. Segunda Vida de São Cadoc (1100), quando seu pai não permitiu que o seu casamento, Gwynllyw acompanhado de 300 homens sequestrou a partir de Talgarth. Ela começou uma batalha feroz que parou apenas para a intervenção do Rei Arthur , Sir Kay e Bedivere que apoiaram a facção Gwynllyw na batalha. Isso aconteceu apenas depois de Kay Arthur foi capaz de convencer a si mesmo para não seqüestrar a adorável Gladys. Esta história de sequestro tem elementos comuns com a lenda conhecida como Culhwch ac Olwen e outras histórias do rei Artur, atestando assim para o universo cultural pertencente bardo. É também a primeira referência a Arthur na biografia tradicional de um santo. Segunda Vida de Gwynllyw esta batalha nunca aconteceu, eo casamento foi celebrado de forma pacífica. Gladys logo teve um filho, o famoso São Cadoc, e, em seguida, outras crianças (que também foram proclamados santos): Cynidr, Bugi, Cyfyw, maches, Glywys II e Egwine. Foi o impulso de Cadoc e Gkadys Gwynllyw que foi induzida a desistir de sua vida de violência e de pedir perdão por seus pecados. Uma visão levou-o a encontrar um retiro onde hoje se encontra Stow Colina em Newport, South Wales. Gladys acompanhado Gwynllyw na vida de um eremita, e por um tempo viveram juntos em Stow Hill, praticando o jejum, a dieta vegetariana, e banhar-se nas águas frias do 'Usk para provar sua devoção. Em seguida, eles se separaram para evitar o pecado carnal. Gwladys fundou sua ermida em Pencarn em Bassaleg, em Newport; presume-se que a localização pode estar perto de Pont Ebbw. [4] Enquanto estiver lá estava se banhando no rio Ebbw, e da Lady Well (Pozzo della Signora) Tredegar [10], pode encontrá-lo foi dedicado. Sugere-se que a Igreja de São Basílio, o Grande, em Bassaleg foi originalmente erguido em sua honra. Mais tarde, por insistência de Cadoc, foi ainda mais longe, Capel Wladus em Gelligaer. Hoje, sua principal igreja é St. Gwladys, Bargoed. ]  Não é o seu enterro hipotético Pont Ebbw. Sempre em Bargoed foi estabelecida uma escola que lembra Gladys santo. 

Beata Joana Maria de Maillé, viúva, +1414

Relutante em casar aos 16 anos, viúva com um pouco mais de 30, expulsa de casa pelos parentes do marido, nos restantes 50 anos de sua vida foi obrigada a viver sem abrigo. Tantos percalços estão concentrados na vida da Beata Joana Maria de Maillé que nasceu rica e mimada no Castelo de La Roche, perto de Saint-Quentin, Touraine, em 14 de abril de 1331. Seus pais eram o Barão de Maillé Hardoin e Joana, filha dos Duques de Montbazon. Sua família se destacava pela devoção. Ela cresceu sob a orientação espiritual de um franciscano, mostrando uma particular devoção a Maria. Dedicava-se a orações prolongadas e fez precocemente o voto de virgindade. Aos onze anos, no dia de Natal, pela primeira vez teve um êxtase: Maria Santíssima lhe apareceu segurando em seus braços o Menino Jesus. Uma doença que quase a levou à morte serviu para desprendê-la mais e mais da terra e torná-la mais próxima de Deus. Na idade de dezesseis anos, aparece no cenário de sua vida um parente da mãe que se tornou seu tutor, o que sugere que os pais morreram prematuramente. O tutor combina, de acordo com o costume da época, o casamento de Joana com o Barão Roberto II de Sillé, um bom jovem, não muito mais velho do que ela, seu companheiro de brincadeiras na infância. E isto apesar de estar ciente da inclinação de Joana para a vida religiosa e do seu voto de castidade. Portanto, é um casamento contra a vontade da jovem. Providencialmente, o tutor morreu repentinamente na manhã do dia do casamento, e a impressão no noivo foi tão grande, que propôs a Joana viverem em perfeita continência, isto é, como irmão e irmã. Seu consentimento é imediato, já que estava preparada para isto pelo seu voto de virgindade. Apesar das premissas, o casamento funcionou e bem: como base da união eles colocaram o Evangelho, e viveram-no plenamente, resultando em muitas boas obras, como: adotar algumas crianças abandonadas, alimentar e cuidar dos pobres, ajudar os empestados... Na verdade, tinham muito que fazer. Nunca se viu tanto movimento no castelo desde que se espalhou a notícia de o casal ser extremamente caridoso. E pensar que não lhes faltaram problemas, como quando Roberto teve que ir para a guerra (estamos na época da Guerra dos Cem Anos), onde foi ferido e preso pelos britânicos. Para libertá-lo Joana pagou um resgate elevado, o que afetou fortemente o patrimônio do casal. No entanto, eles não perderam a fé, e uma vez instalados, marido e mulher, lado a lado, primeiro tratam dos contagiados pela peste negra, depois, dos leprosos. Roberto morreu em 1362 e Joana, viúva aos 30 anos, vê toda a família de seu marido se voltar contra ela. A principal acusação: ter esbanjado a fortuna da família. Assim, ela foi expulsa do Castelo de Silly e ficou sem casa, sem um tostão, forçada a viver da caridade. Mas, mesmo na rua, os parentes ricos continuavam a persegui-la: enviavam seus serviçais para lançar-lhe insultos quando ela passava, porque não queriam rebaixar-se a fazê-lo pessoalmente. Ela renunciou a todos os seus bens e foi morar em um casebre construído junto ao convento dos Frades Menores Franciscanos de Tours, onde levava uma vida de penitência, contemplação e pobreza contínua, a mendigar o pão. Gozou de várias aparições da Virgem Maria, de São Francisco e de Santo Ivo, o qual lhe recomendou que ingressasse na Ordem Terceira de São Francisco. Joana sofria e, com um amor sem limites, não tinha um mínimo de ressentimento. E para sabermos onde ela encontrava tal força e tanta bondade, olhemos para suas longas horas de oração, sua grande penitência, seus sacrifícios. Escolheu para vestir uma túnica grosseira e rude, muito semelhante à roupa de seus amados franciscanos, de cuja intensa espiritualidade viveu. Continuou a fazer caridade com os doentes e os prisioneiros condenados à morte, se não já com dinheiro, mas com a sua presença e seus humildes serviços, consolando-os quando não podia fazer nada melhor, e intercedendo pela sua libertação quando atingiu popularidade e pode usá-la em proveito do próximo. Devido a sua reputação como uma mulher de Deus se ter espalhado pela França, muitos a procuravam pedindo conselhos, e entre aqueles que bateram à sua porta havia também alguns daqueles que a tinham insultado antigamente e que ela recebia com amor e paciência. O rei de França, Carlos VI, que estava em Tours, foi visitar a penitente famosa que lhe pediu para libertar alguns prisioneiros e dar a outros a ajuda de um capelão. Em 1395, Joana mudou-se para Paris onde se encontrou outra vez com o rei da França, Carlos VI e sua esposa, Isabel da Baviera. Ela aproveitou a oportunidade para criticar o luxo da corte e a vida licenciosa dos cortesãos. Em Paris, visitou a Sainte-Chapelle para venerar as relíquias da Paixão de Cristo. Apesar da frágil saúde e das dificuldades da sua vida penitente, Joana atingiu a idade de 82 anos e morreu em 28 de março de 1414 cercada de uma sólida reputação de santidade e foi sepultado na igreja franciscana. Infelizmente o seu túmulo foi profanado pelos calvinistas nas guerras de religião. A sua fama de santidade era tão difundida, que os fiéis a veneravam espontaneamente. Como resultado, em apenas 12 meses foi instaurado o processo diocesano informativo para sua canonização. Mas, mesmo após a morte Joana tem que esperar: a sua beatificação só ocorreu muito mais tarde, em 1871, pelo Papa Pio IX. 
Aparição de Santo Ivo à Beata Joana Maria de Maillé 
A Beata relatou uma visão de São Ivo em uma época difícil de sua vida. A jovem baronesa tinha ficado viúva e fora expulsa do seu castelo pelos parentes, que alegavam que ela tinha encorajado a excessiva caridade de seu esposo, em detrimento do novo herdeiro. Após ser maltratada, inclusive pelo serviçal a quem tinha dado refúgio, ela voltou para a sua família em Tours. A aparição é contada por dois historiadores da Ordem Terceira. São Ivo “aconselhou-a a deixar o mundo e a tomar o hábito que ele estava usando”. Outro biógrafo diz: “Se vós deixardes o mundo, gozareis, mesmo aqui na Terra, as alegrias do Paraíso”. Os mesmos autores especulam se Joana não hesitou diante da perspectiva de renunciar a tudo. “Pobre pequena baronesa! Ela ficou amedrontada diante da prometida liberdade da pobreza e acreditou que poderia desfrutar da paz no último refúgio, seu lar. Mas a vontade de Deus era outra”. Joana deve mesmo ter hesitado, pois somente depois de uma visão de Nossa Senhora, que repetiu o mesmo conselho, é que ela tomou o hábito da Ordem Terceira de São Francisco.

Santo Eustáquio (ou Eustásio), monge, +629

Santo Eustáquio viveu no fim do século VI. Tornou-se monge em Luxeuil, cujo mosteiro fora fundado e dirigido por São Columbano. Mas foi para a Suíça, onde fundou um mosteiro juntamente com Santo Columbano e São Gal. Mais tarde, quando o mosteiro de Luxeuil estava sendo ameaçado, São Eustáquio retornou para defendê-lo dos usurpadores. A partir de então, o abade Eustáquio dedicou-se a restaurar a disciplina monástica e foi defensor da regra de São Columbano. Criou no mosteiro um coro perpétuo que, ininterruptamente, cantava louvores a Deus. Com aproximadamente 60 anos faleceu em Luxeuil.
http://www.evangelhoquotidiano.org/

S. José de Arimateia, séc. I

José de Arimateia era assim conhecido por ser de Arimateia, cidade da Judeia. Homem rico, senador da época, era membro do Sinédrio, o Colégio dos mais altos magistrados do povo judeu. José de Arimateia, juntamente com Nicodemos, providenciou a retirada do corpo de Cristo da cruz após solicitação feita a Pôncio Pilatos. De acordo com o Evangelhos, era o dono do sepulcro onde Jesus, seu amigo, foi depositado, num horto a cerca de 30 metros do local da crucifixão e de onde ressuscitou três dias depois da morte. A tradição atribui também a José o lençol de linho em que Jesus foi envolvido, conhecido hoje como o Santo Sudário.

29 DE MARÇO – ENCANTAVA-SE COM O CANTO DOS SALMOS

Santo Eustásio de Luxeuil viveu no século III. Quando jovem, gostava de freqüentar um mosteiro, dirigido por São Columbano, e se extasiava com o canto melodioso dos salmos. Columbano observou o jeito daquele rapaz piedoso e perguntou-lhe um dia: 
- Como te chamas? 
- Eustásio, senhor abade. 
- Eu acho que Deus está te chamando para seguir seus caminhos. 
- Como posso sabê-lo? 
- Vem comigo. Vou ensinar-te aquilo que sei. 
Eustásio deixou sua casa e tornou-se discípulo de São Columbano. Ao morrer, Columbano pediu-lhe que continuasse o seu trabalho entre os monges. Fundou vários mosteiros, restaurou a disciplina em alguns e desmanchou intrigas em outros. Chegou a congregar cerca de seis mil monges nos diversos mosteiros construídos ao redor. Instituiu o "louvor perene": Os monges se revezavam dia e noite diante do Ssmo. Sacramento. Eustásio se preocupou não só com seus monges, mas também com o povo abandonado. Saiu pelo mundo como missionário ardente e impetuoso, evangelizando muitas regiões.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE MARÇO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.
Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.
Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
29 – Quarta-feira – Santos: Jonas, Eustácio, Secundo 
Evangelho (Jo 5,17-30) “Os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque, além de violar o sábado, chamava Deus seu Pai, fazendo-se, assim, igual a Deus.” 
Eles não queriam acreditar que Jesus fosse o Filho de Deus, e por isso Deus e Senhor. Ainda hoje diante dele temos de tomar nossa decisão. Não basta reconhecê-lo como um homem bom, ou até como o mais sábio de todos. Jesus de Nazaré apresenta-se a nós como Deus, Senhor de tudo, do qual dependemos totalmente. Só iluminados por ele mesmo podemos acreditar em sua palavra. 
Oração
Senhor Jesus, creio em vós, creio que sois Deus, meu criador e meu senhor. Creio que em tudo dependo de vosso amor e de vosso poder. Em nenhum outro posso encontrar salvação, liberdade e paz. Firmai cada vez mais essa minha fé, Senhor, para que toda a minha vida seja orientada para vós. Ponho em vós minha confiança e quero estar sempre convosco até chegar à vida eterna. Amém.