terça-feira, 31 de maio de 2016

31 DE MAIO – MARIA VISITA SUA PRIMA ISABEL

O último dia de maio, todo ele consagrado a Maria, é encerrado com uma festa Mariana: a visita de Maria à sua prima Isabel. Qual foi o motivo dessa visita? Mencionemos alguns: 
Oferecer seus préstimos à futura mãe de João Batista, pois toda gestante precisa de um acompanhamento caridoso. 
Levar a notícia do próximo nascimento de Jesus e João, conforme lhes foi anunciado pelo Anjo. Portanto, uma visita missionária.
Comentar os últimos acontecimentos no Templo com Zacarias, as expectativas e os preparativos para o nascimento de João e de Jesus, seu noivado com José, e tantos detalhes que somente as mulheres sabem descobrir e ampliar. 
Enfim, desabafar-se mutuamente em diálogos descontraídos, também com os vizinhos e vizinhas. 
Lição: Aprendamos com Maria a fazer visitas de caridade, de reconciliação e de paz.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
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O BUQUÊ DO PASTOR

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Em tempos passados, sob clara manhã de maio, uma criança pediu um buquê de flores a um senhor idoso que estava cuidando das roseiras do seu jardim. Trajava sobrecasaca e tinha nas mãos, uma tesoura de podar. 
- "Lógico! - respondeu o velho homem. - Terás o teu buquê. Mas o que farás com ele?" 
O menino respondeu:
- "É para a Virgem Santíssima." 
Ouvindo da criança que o buquê destinava-se à Virgem Maria, o ancião sorriu, misteriosamente, e continuou: 
- "Tu terás as flores que desejas!" 
E com a tesoura de podar pôs-se a cortar as rosas mais belas. E para embelezar o buquê, mais ainda, juntou-lhe galhos de belas silindras, carregadas de flores brancas que exalavam suave aroma. A criança recebeu o buquê solicitado e agradeceu, não com os lábios, mas com os olhos. Os olhos do ancião responderam aos da criança e um sorriso, mais misterioso que o primeiro, iluminou o seu rosto. Era o antigo pastor da aldeia que, aposentado do ministério, levava a sua vidinha simples, em casa, em pleno campo. (Um minuto com Maria)
Lição: Que exemplo comovente de ecumenismo!
http://www.boletimpadrepelagio.org/

REFLETINDO A PALAVRA - “Semana das Dores”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Nossos pés na bacia santa
            Jesus sempre nos surpreende com suas atitudes. Parece que é do contra. Na hora de chegar ao ponto máximo de sua vida, no qual instituiria o sacramento de sua Morte e Ressurreição, fez o gesto de lavar o pé dos discípulos. Pegou uma bacia e começou a lavar os pés dos apóstolos. Serviço de escravo. Com este gesto estava resumindo e dando um símbolo a toda sua vida e o significado de sua morte e Ressurreição. Tudo nele foi serviço humilde de escravo, como diz a carta aos Filipenses (Fl 2,5-11). Lembramos o Servo Sofredor, em Isaias, é uma profecia sobre Jesus. Como Paulo nos escreve, “Ele tinha a condição divina... mas esvaziou-se a si mesmo”. Não perdeu a divindade, mas a glória que tinha por direito. Como seria Deus, se aparecesse para nós? Ele mostrou: Na humilde figura do homem desde sua infância. “E assumiu a condição de servo”. Não se mostrou como o Senhor. “Tendo-se comportado como homem, humilhou-se e foi obediente até à morte e morte de cruz”. Suas atitudes devem ser vistas a partir desta escolha que Deus fez. A cena do lava-pés perpassa todo seu mistério de Encarnação, Vida, Morte e Ressurreição. Tudo é serviço humilde. A Eucaristia não é um rito, é uma vida que se manifesta. Para não nos comprometer, fazemos um rito com perfeição. Temos bacias douradas que ficam no armário e não são levadas para o dia a dia como fez Jesus. Com esse gesto, Jesus mostra como devem ser os que o seguem. Se todo mundo servisse, todos seriam bem servidos. Eucaristia é serviço e ensina a servir e dar a vida. A devoção é mais fácil que a ação.
Aprendendo pelo dor do amor
          Estamos acostumados a ouvir a frase: “Se não aprende pelo amor, aprende pela dor”. Na Sexta-Feira Santa nós O contemplamos na extrema dor. Canta a Verônica: “Olhai e vede se existe dor maior que minha dor”. É a dor de quem ama e doa a vida. Jesus não reclama da dor. Ele até perdoa quem o mata. Por que Jesus tem que morrer na Cruz? Foi a conseqüência de assumir sua missão dentro de seu povo que não compreendeu a missão que lhes foi confiada. O Cordeiro Imolado assume seu sacrifício toda a humanidade em sua entrega a Deus.  “Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9,22). Como o sangue é tido como a Vida, Jesus dá o sangue para que a Vida seja dada a todos. Todos passaram por seu sangue e são assim purificados. Olhar o Crucificado é ouvir: Assim é que se ama. Não tenha medo de pegar a cruz de Cristo. Ele é mais leve que a cruz que as pessoas nos colocam nas costas.
Banho de luz
            Jesus está no sepulcro. Silêncio! O rei está dormindo! Ele desperta vivo. O brilho da lua prateou suas vestes de ressuscitado. Ele vive glorioso. Assim apareceu aos seus. Eles contaram e nós acreditamos. Deve ter sido magnífico vê-lo vivo, glorificado. Jesus não voltou à vida. Ele passou à Vida. Nossa carne está ressuscitada nele. Como viveu nossa humanidade, passou com ela da morte para a Vida. Assim passamos com Ele para a vida Nova. O povo cristão é sensível aos sofrimentos de Cristo em sua Paixão e Morte. Mas não assumiu sua Ressurreição como fundamental da vida cristã. Se Jesus tivesse só morrido, não estaríamos salvos. Ele ressuscitou. Aí sim, temos a vida. Celebramos uma cerimônia na qual renovamos nosso batismo, isto é, nossa vida em Cristo. Isto ilumina nossa vida e nos faz ver abertas para nós as portas dos Céus. Celebrar o Mistério Pascal de Cristo é fazer-nos participantes de sua vida, morte e ressurreição. O melhor modo de celebrar e participar e penetrar o sentido das palavras que nos educam, fortalecem e fazem crescer em Cristo.

EVANGELHO DO DIA 31 DE MAIO

Evangelho segundo S. Lucas 1,39-56.
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor». Maria disse então: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Homilia grega do século IV - n.º 2
«Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?»
«Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo.» Assim opera a voz de Maria: enchendo Isabel do Espírito Santo. Qual fonte eterna, Ela anuncia a sua prima, em linguagem profética, um rio de graças, fazendo saltar e estremecer a criança que Isabel traz no seio, à imagem de uma dança maravilhosa! Quando Maria aparece, cumulada de graças, tudo transborda de alegria. 
Então, Isabel soltou um grande brado e disse: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» Tu és bendita entre as mulheres. tu és o princípio da sua regeneração. Tu abriste-nos o acesso ao paraíso e expulsaste as nossas dores antigas. Depois de ti, a multidão das mulheres não mais sofrerá. As herdeiras de Eva não mais temerão a sua maldição antiga, nem as dores da maternidade. Porque Jesus Cristo, o redentor da nossa humanidade, o Salvador de toda a natureza, o Adão espiritual que cura as feridas do homem terreno, Jesus Cristo sairá das tuas entranhas sagradas. «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.»

Santa Petronília

Aurélia Petronília é romana de sangue patrício. Descendente de Tito Flávio Petrônio, estava aparentada com a família imperial dos Flávios. Além do seu nome patronímico, temos prova disso reparando que ela foi sepultada no cemitério de Flávia Domitila: era então regra absoluta, vinda dos costumes pagãos, não admitir no cemitério familiar qualquer pessoa fora da “gens”. Pertencia contudo ao ramo cristão, não reinante, dessa família.

Petronília foi provavelmente catequisada e batizada por São Pedro. Por esta razão, vários documentos dão-lhe o nome de “filha de Pedro”. Esta virgem tinha pelo príncipe dos Apóstolos grande veneração e mereceu ser objeto da sua mais paternal ternura, de maneira que foi considerada sua filha espiritual adotiva.

Nos tempos seguintes, a expressão filha de São Pedro enganou, e uma opinião errônea impôs-se até ao século XVII, segundo a qual Petronília foi verdadeiramente filha de São Pedro, nascida antes da vocação apostólica deste último. E, dizendo-se a França a Filha Primogênita da Igreja, o que vem dos tempos de Clóvis, não admira que tenha tomado Santa Petronília como sua protetora (a França é a primeira “filha” da Igreja Católica, porque foi o primeiro grande país da Europa Ocidental a se converter ao Cristianismo, assim como Petronília é a “filha” do primeiro Chefe da Igreja).

As Actas dos Santos Nereu e Aquileu, exilados com Flávia Domitila na ilha Ponza e martirizados no tempo de Domiciano (81-96), contêm uma carta dirigida por Marcelo, filho de Marcos, prefeito de Roma, a estes santos quando estavam exilados. Este documento narra a cura miraculosa da nossa virgem Petronília que, segundo afirma, se consagrara ao serviço de São Pedro. Atacada de paralisia, depressa se viu impossibilitada de fazer o seu trabalho. Tito, discípulo do Apóstolo, perguntou-lhe então: “Por que não a curas?” – “Porque é bom para ela estar assim”. Mas para não parecer que estas palavras escondessem incapacidade: “Levanta-te”, manda São Pedro à paralítica, “e serve-nos!” Fê-lo imediatamente.

Um afresco das catacumbas de Flávia Domitila, em Roma, representa uma mulher, chamada Veneranda, recebida no céu por “Petronella mart”. Este afresco, um dos mais antigos da Cristandade, encontra-se atrás da abside da basílica subterrânea que o Papa Sirício (cujo papado durou de 384 a 399) mandou construir, entre 390 e 395, na Via Ardeatina, conhecida como Via Domitilla. Esta basílica foi descoberta em 1874.

Fica assim provado que Petronília era objeto de culto; ora, é sabido que nessa época o culto só podia ser dos mártires. E temos a certeza de que se trata sem dúvida da nossa Santa, pois as Actas de Nereu e Aquileu especificam que Petronília foi, na verdade, sepultada na propriedade de Domitila. A Santa deve, portanto, incluir-se entre as virgens mártires.

O sarcófago que conservava os restos de Santa Petronília foi transferido para a basílica pontifical pelo Papa Paulo I, em 757, e o Papa Leão III (795-816) dotou o seu altar de ricas ornamentações; ela se encontra, desde então, na Basílica de São Pedro.

Santa Petronília é representada com a palma do martírio, frequentemente em companhia de São Pedro. Ela é invocada contra febres, pois ela teria sofrido muito com esse problema. Quanto ao nome, Petronília vem de Petrônio, e não de Pedro, e é o diminutivo de Petronia.
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A devoção da França pela Santa perdurou: Carlos Magno, Imperador francês, em meados do ano 800 foi visitar a capela onde repousava o corpo de Petronília e pareceu ter uma profunda veneração por ela. Aliás, desde a época de Carlos Magno, Petronília ficou conhecida como padroeira dos reis da França, tornando-se sua padroeira nacional.

Luís XI tinha por ela uma grande veneração; ele dirigiu a ela fervorosas orações durante a doença do delfim, o futuro Carlos VIII. Este último tendo sido curado, o rei mandou embelezar a capela de Santa Petronília. Ela é a patrona dos delfins de França.

Durante o reino de Luís XII, o Cardeal Jean de Bilhères Lagraulas encomendou ao jovem escultor Michelangelo uma Pietá para decorar a capela de Santa Petronília - pequeno edifício próximo da basílica constantiniana de São Pedro de Roma e lugar de encontro dos franceses em Roma antes da construção da Igreja São Luís dos Franceses. Todo ano, no dia 31 de maio, dia da festa da Santa, é rezada uma Missa pela França nessa capela e todos os franceses de Roma são convidados a comparecer.

NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO

Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 deJulho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.
A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.
A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.
O encontro das duas Mães é a verdadeira explosão de salvação, de alegria e de louvor ao Criador. Dele resultou a oração da Ave Maria e o cântico do "Magnificat", rezados e entoados por toda a cristandade aos longos destes mais de dois milénios.
Desde 1412, Nossa Senhora da Visitação é festejada especialmente pelos italianos da Sicília, como a Padroeira da cidade da Enna. Mas nem todo o mundo cristão celebrava esta veneração, por isto foi confirmada no sínodo de Basileia em 1441.
Os portugueses sempre a celebraram com muita pompa, porque rei D. Manuel I, o Venturoso, que governou entre 1495 e 1521, escolheu Nossa Senhora da Visitação a Padroeira da Casa de Misericórdia de Lisboa, e de todas as outras do reino.
Foi assim que este culto chegou ao Brasil Colónia, primeiro na Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, depois se disseminou por todo território brasileiro. Antigamente os fieis faziam uma enorme procissão até os Hospitais da Misericórdia para levar conforto aos enfermos e suas doações às instituições. Hoje, as paróquias enviam as doações recolhidas com antecedência, para as Pastorais dos enfermos, que actuam com os voluntários junto às Casas de Saúde mais deficitárias. Tudo para perpetuar a verdadeira caridade cristã, iniciada pela Mãe de Deus ao visitar a santa prima levando sua amizade e ajuda quando mais precisava.
Em 1978, a Madre Maria Vincenza Minet foi chamada pelo Senhor para fundar uma congregação de religiosa sob o carisma de Nossa Senhora da Visitação. Com o apoio do Bispo de Assis, nesta cidade da Itália nasceu as Servas da Visitação em 1978, para abrirem missões a fim de atender as necessidades dos mais pobres e marginalizados em todos os continentes. Hoje, além da Itália, actuam na Polónia, Filipinas, África e Brasil.

S. Raimundo Nonato, escravo mercedário, +1240

O espanhol Raimundo Nonato, viveu no século XIII, e se rebelou contra a escravidão que na época era tida como natural por muita gente. Em 1224, entrou na ordem dos mercedários, que era dedicada a resgatar os cristãos capturados pelos islâmicos, que eram levados para prisões na Argélia. São Raimundo não queria apenas libertar os escravos, mas lutava também para manter viva a fé cristã dentro deles. Capturado e preso na Argéliaa, converteu presos e guardas, mas teve a boca perfurada e fechada por um cadeado para não pregar mais. Após sua libertação, foi nomeado em 1239 cardeal pelo papa Gregório IX; todavia, no início de seu caminho para Roma padeceu violentas febres pela qual morreu. Recebeu a alcunha de Nonato (em catalão Nonat) porque foi extraído do ventre de sua mãe, já morta antes de dar-lhe à luz, ou seja, não nasceu de uma mãe viva, mas foi retirado de seu útero, algo raríssimo à época. É considerado o patrono das parteiras e obstetras.http://pt.wikipedia.org

FÉLIX DE NICÓSIA Frade capuchinho, Santo (1715-1888)

Nasceu do matrimónio de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, em Nicósia (Itália), a 5 de Novembro de 1715. A família era pobre mas muito religiosa. A proximidade do convento dos Capuchinhos deu-lhe a possibilidade de frequentar aquela comunidade, conhecer os religiosos e admirar o seu estilo de vida.  Ao frequentar o convento sentia-se cada vez mais fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário. Quando completou vinte anos pediu ao Superior do Convento de Nicósia para interceder junto do Padre Provincial de Messina a fim de que pudesse ser acolhido na Ordem como leigo porque, dado que era analfabeto, não podia ser admitido como clérigo, mas sobretudo porque aquele estado mais condizia à sua índole humilde e simples. Recebeu resposta negativa não só então mas também às repetidas solicitações nos oito anos sucessivos. Contudo o seu desejo nunca diminuiu. Em 1743, ao saber que o Padre Provincial de Messina estava em Nicósia para uma visita, pediu para lhe expor o seu desejo. Finalmente o Provincial acolheu-o na Ordem, enviando-o ao Convento de Mistretta para o ano de noviciado. No dia 10 de Outubro de 1744 emitiu a profissão. Foi devoto de Jesus Crucificado e teve um culto particular pela Eucaristia. Concluiu a sua vida terrena no dia 31 de Maio de 1787. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII a 12 de Fevereiro de 1888.

CAMILA BATISTA DE VARANO Religiosa, Mística e Beata 1458-1524

O príncipe Júlio César de Varano, senhor do ducado de Camerino, era um fidalgo guerreiro e alegre, muito generoso com o povo e sedutor com as damas. Tinha cinco filhos antes de se casar, aos vinte anos, com Joana, filha do duque de Rimini, que completara doze anos de idade. Tiveram três filhos. Criou todos juntos no seu palácio de Camerino, sem distinção entre os legítimos e os naturais. Camila era sua filha primogénita, fruto de uma aventura amorosa com uma nobre dama da corte. Nasceu em 9 de abril de 1458. Cresceu bela, inteligente, caridosa e piedosa. Tinha uma personalidade sedutora e divertida, apreciava dançar e cantar. Tinha herdado o temperamento do pai, motivo de orgulho para ele, que a amava muito. Ainda criança, depois de ouvir uma pregação sobre a Paixão de Jesus Cristo, fez um voto particular: derramar pelo menos uma lágrima todas as sextas-feiras, recordando todos os sofrimentos do Senhor. Porém tinha dificuldade para conciliar o voto à vida divertida que levava, quando não conseguia vertê-la sentia-se mal toda a semana. Mas esse exercício constante, a leitura sobre mística e o estudo da religião, amadureceram a espiritualidade de Camila, que durante as orações das sextas-feiras ficava tão comovida que chorava muito. Aos dezoito anos, já sentia o chamado para a vida religiosa, mas continuava atraída pela vida e os divertimentos da corte. Quando conseguiu afastar todas as tentações, pediu a seu pai para ingressar num convento. Ele foi categórico e não permitiu. Camila ficou sete meses doente por causa disso. Seu pai fez de tudo, mas ela não desistiu. Após dois anos, acabou consentindo. Assim, aos vinte e três anos, em 1481, ingressou no mosteiro das clarissas, em Urbino, tomando o nome de irmã Baptista e vestindo o hábito da Ordem. O príncipe, entretanto, queria a filha próxima de si. Por isso comprou um convento da região e entregou aos franciscanos, para que o transformassem num mosteiro de clarissas. O primeiro núcleo saiu de Urbino, trazendo nove religiosas, entre as quais irmã Camila Baptista, como a chamavam, que se tornou a abadessa do novo mosteiro de Camerino. Os anos que se sucederam foram de grandes experiências místicas para Camila Baptista, sempre centradas na Paixão e Morte de Jesus Cristo. Escreveu o famoso livro "As dores mentais de Jesus na sua Paixão", que se tornou um guia de meditação para grandes santos. Depois ela própria se tornou uma referência para as autoridades civis e religiosas que procuravam seus conselhos. Morreu com fama de santidade, em 31 de maio de 1524, nesse mosteiro. A cerimónia do funeral se desenvolveu no pátio interno do palácio paterno. Foi declarada beata Camila Baptista de Varano pela Igreja, para ser celebrada no dia de sua morte.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 31 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
31 – Terça-feira –Visitação de Nossa Senhora – Santos: Câncio, Petronila, Pascásio 
Evangelho (Lc 1,39-56) De agora em diante todas as gerações irão chamar-me de feliz, porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor.” 
O canto de Maria é canto de humildade e alegria. Reconhece que Deus lhe concedeu grandes dons, mais do que a todos os outros, mas proclama que não o merecia. Tudo lhe vinha da bondade misericordiosa de Deus, gratuitamente, por puro amor. E Maria alegra-se, porque sabe o quanto recebeu. Precisamos também reconhecer os dons de Deus, e fazer da alegria nosso agradecimento. 
Oração
Senhor meu Deus, sei que por mim mesmo não os mereço, mas vejo quantos bens me tendes dado por pura bondade. Alegro-me ao ver todos os dons naturais e espirituais que me concedeis, e os favores todos que me fazeis. Quero anunciar a todos que sois bom, e cuidais de nós com imenso carinho. Sou feliz e vivo contente,pois confio em vós, mesmo cercado de dificuldades. Amém.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

O “PREGADOR” NÃO TINHA UNÇÃO

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Certa vez o diabo, macaqueando os pregadores da penitência, teve a desfaçatez de pregar um sermão para o povo numa missa dominical. Logicamente disfarçou-se bem vestindo a batina e fazendo cara de compungido. Foi difícil, mas conseguiu esconder os chifres. Também não usou a cruz missionária, pois é seu terror desde que foi condenado. O texto da pregação, porém, foi perfeito. Citava a Bíblia com todas as virgulas e parecia um teólogo. Mas os ouvintes mantinham-se indiferentes ao que falava. Uns cochilavam, outros abriam a boca de sono, outros iam saindo e ninguém prestava atenção. Por que tanta frieza diante de uma exposição tão perfeita? O que faltou? Faltou a unção, i. é, a convicção do que o diabo falava. Faltou a devoção. Era como um gramofone falando para as nuvens. Nem podia ser diferente. 
Lição: Quem prega e quem ora com o povo ou consigo mesmo, que tudo brote do coração. Que haja devoção e ardor missionário. “O zelo da sua casa me consome (Sl 68,18).
http://www.boletimpadrepelagio.org/

REFLETINDO A PALAVRA - “África de meus sonhos”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
1735. Vivendo um pouco mais
            Em 1989, eu, Pe. Luiz Carlos, fui premiado com um convite para ir trabalhar na Angola como missionário para a formação dos seminaristas. A independência da Angola em 11.11.75 trouxe uma guerra civil que durou muitos anos, continuando os muitos anos de luta pela independência. O país vivia uma situação dolorosa. Houve muita destruição e morte. Houve um tempo de paz e depois recrudesceu a guerra. Com paz definitiva vieram os problemas da restauração. O país teve um crescimento rápido, mas se tornou um mar de corrupção. O partido do MPLA (Movimento pela Libertação de Angola) domina e o presidente está no poder desde 1979. A corrupção minou o crescimento do país. O povo está em uma situação difícil. A Igreja se desenvolve e toma força. A população é religiosa. Fiquei trê anos no Kwito (Estado do Bié). Como era tempo de guerra, não era possível sair da cidade. Apesar das dificuldades, foi um tempo muito bom e de profundo aprendizado. O africano é muito rico em qualidades e valores humanos e de muita resistência. Senti-me engrandecido. Há algo maravilhoso que toma a gente. Diz-se que há um mistério na África. É difícil dizer o que se aprendeu, mas sinto que essa riqueza é mais que um conhecimento. É um modo rico de se viver. Não somente as pessoas, mas o modo de viverem, a simplicidade, a resistência, a alegria e a força interior nos tomam. Mesmo a natureza contribui. A Igreja em seus padres, irmãs e leigos cristãos demonstram muita força. Há encantos que somente vendo e acolhendo que podem ser apreendidos.
1736. Uma missão que vale.
            Agora, em 2016, fui convidado para dar formação sobre espiritualidade redentorista aos padres, seminaristas e leigos. Por que estou tratando esse assunto? Muitos acompanharam essa minha primeira ida. A segunda não foi muito notificada. É um dever comunicar essas riquezas. Como é possível viajar pelo país, pude ver em poucos dias o que não vi em três anos. As paisagens, as aldeias, as matas, a beleza tocam profundamente. Sou muito agradecido por ter podido conhecer as comunidades redentoristas e ver seu esforço por construir algo novo e reconstruir o que foi destruído. Os confrades padres, irmão, seminaristas vivem tempos bonitos nas comunidades com o povo. Buscam a identidade redentorista para a evangelização do querido país africano. Estão animados com as Santas Missões. Há ainda muita carência. Mas vivem bem com o pouco que têm. A política está difícil.
1737.Ser irmão sempre

            É preciso cultivar mais fraternidade para com os outros povos. Nós vivemos fechados em nosso mundinho. Lá não é Europa ou USA para grandes passeios, mas o que se vê e se sente ali, é vida. É preciso conhecer mais e se comprometer mais ainda, sobretudo na ousadia missionária. Quantos missionários ali entregaram sua vida! Há falta de muitas coisas. Temos que nos organizar para dar àqueles jovens sempre mais condições de poderem desenvolver suas grandes capacidades. São muito inteligentes. O país procura dar educação. Mesmo sem condições, crescem. A Igreja mantém instituições de ensino. O país sofre pelos mesmos problemas que sofremos, como a política e a corrupção. Nem tudo é tão bom. O país está parado. Abrir-se ao mundo africano e aos valores de seus filhos é enriquecer-se e muito.

EVANGELHO DO DIA 30 DE MAIO

Evangelho segundo S. Marcos 12,1-12.
Naquele tempo, Jesus começou a falar em parábolas aos príncipes dos sacerdotes, aos escribas e aos anciãos: «Um homem plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, construiu um lagar e ergueu uma torre. Depois arrendou-a a uns vinhateiros e partiu para longe. Quando chegou o tempo, enviou um servo aos vinhateiros para receber deles uma parte dos frutos da vinha. Os vinhateiros apoderaram-se do servo, espancaram-no e mandaram-no sem nada. Enviou-lhes de novo outro servo. Também lhe bateram na cabeça e insultaram-no. Enviou-lhes ainda outro, que eles mataram. Enviou-lhes muitos mais e eles espancaram uns e mataram outros. O homem tinha ainda alguém para enviar: o seu querido filho; e enviou-o por último, dizendo consigo: «Respeitarão o meu filho». Mas aqueles vinhateiros disseram entre si: «Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e a herança será nossa». Apoderaram-se dele, mataram-no e lançaram-no fora da vinha. Que fará então o dono da vinha? Virá ele próprio para exterminar os vinhateiros e entregará a outros a sua vinha. Não lestes esta passagem da Escritura: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se pedra angular. Isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos’?». Procuraram então prender Jesus, pois compreenderam que tinha dito para eles a parábola. Mas tiveram receio da multidão e por isso deixaram-n’O e foram-se embora. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santa Catarina de Sena (1347-1380), terceira dominicana, doutora da Igreja, copadroeira da Europa - Diálogo, 24 
«Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o agricultor» (Jo 15,1)
[Deus disse a santa Catarina:] Sabes o que Eu faço quando os meus servidores querem seguir a doutrina do doce Verbo do amor? Podo-os para que produzam muito fruto, e para que os seus frutos sejam doces e não voltem a ser silvestres. O agricultor limpa os ramos da vinha para que eles produzam um vinho melhor; não é isso que Eu faço, Eu que sou o verdadeiro agricultor? (Jo 15,1). Aos meus servidores que permanecem em Mim, limpo-os por meio de muitas atribulações, para que produzam frutos mais abundantes e melhores, e sejam comprovados na virtude; mas aos que permanecem estéreis corto-os e lanço ao fogo (Jo 15,6). 
Os verdadeiros trabalhadores trabalham bem as suas almas: arrancam todo o amor-próprio e voltam à terra do seu amor por Mim, adubando e fazendo aumentar a semente da graça que receberam no santo batismo. Cultivando a sua vinha, cultivam também a do próximo; não podem cultivar uma sem a outra. Lembra-te sempre de que todo o mal e todo o bem se fazem por meio do próximo. É assim que sois meus agricultores, procedentes de Mim, o eterno agricultor. Fui Eu que vos uni e transferi para esta vinha, graças à união que estabeleci convosco. [...] Todos juntos, formais uma só vinha universal [...]; estais unidos na vinha do corpo místico da Santa Igreja, da qual extraís a vossa vida. Nesta vinha está plantada a cepa do meu Filho único, ao qual deveis estar ligados, para permanecerdes na vida.

30 DE MAIO – A JOVEM QUE SALVOU A FRANÇA

Santa Joana D’Arc (1412-1431) passou a infância trabalhando no campo. Nunca aprendeu a ler e a escrever. Dotada de uma inteligência inata, mas sem maior formação, aos 14 anos começou a ouvir vozes misteriosas e celestiais, convocando-a para salvar a França e repor o rei no trono.Diante da situação desesperadora do exército francês derrotado e humilhado, não duvidou em expor ao Delfim (mais tarde Carlos VII) a missão que recebeu do céu de salvar a França. Ganhou dez mil soldados para essa tarefa. Em 1429, usando a armadura branca marchou à frente do exército. Sua presença e sua fé inquebrantável levantaram a moral das tropas. Venceu várias batalhas e reconquistou a coroa para o Delfim. Missão cumprida. Mas foi traída e vendida aos ingleses, que atribuíram seu êxito a uma bruxaria. Encarcerada em Rouen, acusada de heresia, foi submetida a diversos interrogatórios humilhantes. Os juízes declararam falsas e diabólicas suas visões. Foi levada ao cemitério de Rouen diante de uma grande multidão e intimada a se retratar. Não o fez, porém. Voltou para a prisão e foi condenada ao suplício da fogueira. Morreu olhando para um crucifixo e exclamando :
“Jesus! Jesus! Jesus!”
Este foi um dos processos mais tenebrosos e infames da História. Poucos anos depois, foi revisto, e reconhecida sua inocência. Para reparar o mal, a Igreja abriu outro, o da canonização, o que aconteceu em 1920. É a segunda padroeira da França. 
José Marello (1844-1895). Italiano nascido em Turim. Era inteligente, alegre, idealista. Devotissimo de São José. Fundou até a Congregação dos “Oblatos de São José” para cuidar da juventude.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Vice-Postulador da Causa-Venerável Padre Pelágio CSsR
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Beata Matilde do Sagrado Coração Tellez Robles, religiosa, fundadora, +1902

Matilde Téliez Robles nasceu em Robledillo de la Vera (Cáceres - Espanha) no dia 30 de maio de 1841, um dia de plenitude primaveril inundado pela luz da solenidade litúrgica de Pentecostes. Ela recebeu as águas do batismo na igreja paroquial no dia seguinte do seu nascimento. Era a segunda dos quatro filhos de Félix Téliez Gómez e de sua esposa Basilea Robles Ruiz. No mês de novembro de 1841, seu pai, devido a sua profissão de escrivão, se estabeleceu com a sua família em Béjar (Salamanca). Nesta cidade de Béjar, importante pela sua indústria têxtil, a pequena Matilde vai crescendo; recebe uma formação cultural de base, própria da sua classe social média, e uma boa formação religiosa, iniciada no ambiente profundamente cristão do seu lar. 
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JOSÉ MARELLO Bispo, Santo 1844-1895

José Marello nasceu em 26 de Dezembro de 1844, em Turim, Itália. Seus pais, Vincenzo e Ana Maria, eram da cidade de São Martino Alfieri. Quando sua mãe morreu, ele tinha quatro anos de idade e um irmão chamado Vitório. Seu pai, então, deixou seu comércio em Turim e retornou para sua cidade natal, onde os filhos receberiam melhor educação e carinho, com a ajuda dos avós. Aos onze anos, com o estudo básico concluído, quis estudar no seminário de Asti. O pai não aprovou, mas consentiu. José o frequentou até o final da adolescência, quando sofreu uma séria crise de identidade e decidiu abandonar tudo para estudar matemática em Turim. Mas, em 1863, foi contaminado pelo tifo, ficando entre a vida e a morte. Quase desenganado, certo dia acordou pensando ter sonhado com Nossa Senhora da Consolação, que lhe dizia para retornar ao seminário. Depois disso, sarou e voltou aos estudos no seminário de Asti, do qual saiu em 1868, ordenado sacerdote e nomeado secretário do bispo daquela diocese. José e o bispo participaram do Concílio Vaticano I, entre 1869 e 1870. Posteriormente, acompanhou o bispo por toda a arquidiocese astiniana. Com uma rotina incansável, ele atendia todos os problemas da paróquia, da comunidade e das famílias. Muitas vezes, pensou em tornar-se um monge contemplativo, entretanto sua forte vocação para as necessidades sociais o fez seguir o exemplo do carisma dos fundadores, mais tarde chamados de "santos sociais", do Piemonte. Corajosamente, assumiu a responsabilidade dos problemas reais da época, sem se preocupar com o Estado, que fechava conventos, seminários e confiscava os bens da Igreja, sempre convicto de que os mandamentos não lhe poderiam ser confiscados por ninguém. Muito precisava ser feito, pois cresciam a miséria, o abandono, as doenças, a ignorância religiosa e a cultural. Mas, José também tinha de pensar nas outras pequenas paróquias da diocese, em condições precárias, e ainda, não podia deixar de estimular os padres, de cuidar da formação religiosa das crianças e jovens e de socorrer e amparar os velhos. Por isso decidiu criar uma "associação religiosa apostólica", em 1878, em Asti. O início foi muito difícil, contando apenas com quatro jovens leigos. Mas a partir deles fundou, depois, a Congregação dos Oblatos de São José, integrada por sacerdotes e irmãos leigos, chamados a servir em todos os continentes. Os padres Josefinos pregam, confessam, educam, fundam escolas, orfanatos, asilos, constroem igrejas e seminários. Dedicando-se igualmente aos jovens, velhos, doentes, por isso seu fundador os chamou de "oblatos", ou seja, "oferecidos" a servir em todas as circunstâncias. Em 1888, o papa Leão XIII consagrou José Marello bispo de Acqui. Porém, já com o físico muito enfraquecido pelo ritmo do serviço que nunca conheceu descanso ou horário, quando foi para a cidade de Savona, acompanhar a festa de São Filipe Néri, passou mal e morreu, aos cinquenta e um anos de idade, no dia 30 de Maio de 1895. O papa João Paulo II canonizou-o em 2001. A festa de são José Marello é celebrada no dia de sua morte e seu corpo repousa no santuário que recebeu o seu nome, em Asti.

FERNANDO III Rei de Castela e Leão, Santo 1198-1252

Fernando nasceu na vila de Valparaíso, em Zamora, Espanha, no dia 1o de agosto de 1198. Era filho do famoso Afonso IX de Leão, que reinou no século XII. Um rei que brilhou pelo poder, mas cujo filho o suplantou pela glória e pela fé. A mãe era Barenguela de Castela, que o educou dentro dos preceitos cristãos de amor incondicional a Deus e obediência total aos mandamentos da Igreja. Assim ele cresceu, respeitando o ser humano e preparando-se para defender sua terra e seu Deus. Assumiu com dezoito anos o trono de Castela, quando já pertencia à Ordem Terceira Franciscana. Casou-se com Beatriz da Suábia, filha do rei da Alemanha, uma das princesas mais virtuosas de sua época, em 1219. Viúvo, em 1235, contraiu segundo matrimónio com Maria de Ponthieu, bisneta do rei Luís VIII, da França. Ao todo teve treze filhos, o filho mais velho foi seu sucessor e passou para a história como rei Afonso X, o Sábio, e sua filha Eleonor, do segundo casamento, foi esposa do rei Eduardo I da Inglaterra. Essas uniões serviram para estabilizar a casa real de Leão e Castela com a realeza germânica, francesa e inglesa. Condizente com sua fé, evitou os embates, inclusive os diplomáticos, e aplacou revoltas só com sua presença e palavra, preferindo ceder em alguns pontos a recorrer à guerra. Sob seu reinado foram mudados os códigos civis, ficando mais brandos sob a tutela do Supremo Conselho de Castela, instituiu o castelhano como língua oficial e única, fundou a famosa Universidade de Salamanca e libertou sua nação do domínio dos árabes muçulmanos. Abrindo mão do tempo desperdiçado com novas conquistas, utilizava-o para fundar novas dioceses, erguer novas catedrais, igrejas, conventos e hospitais, sem recorrer a novos impostos, como dizem os registros e a história. Em 1225, teve que pegar em armas contra os invasores árabes, mas levou em sua companhia o arcebispo de Toledo, para que o ajudasse a perseverar os soldados na fé. Queria, com a campanha militar, apenas reconquistar seus domínios e propagar o catolicismo. Vencida a batalha, com a expulsão dos muçulmanos, os despojos de guerra foram utilizados para a construção da belíssima catedral de Toledo. Durante seu reinado, cidades inteiras foram doadas às ordens religiosas, para que o povo não fosse oprimido pela ganância dos senhores feudais. Com a morte do pai em 1230, foi coroado também rei de Leão. Em seguida, chefiou um pequeno exército, aos seus moldes, e reconquistou dos árabes ainda Córdoba e Sevilha, onde edificou a catedral de Burgos. Pretendia lutar na África da mesma forma, mas foi acometido de uma grave doença. Morreu aos cinquenta e três anos, depois de despedir-se da família, dos amigos e companheiros, no dia 30 de maio de 1252, em Sevilha. Imediatamente, o seu culto surgiu e se propagou rapidamente por toda a Europa, com muitas graças atribuídas à sua intercessão. Foi canonizado pelo papa Clemente X, em 1671, após a comprovação de que seu corpo permaneceu incorrupto. São Fernando III é venerado, no dia de sua morte, como padroeiro da Espanha.

SANTA JOANA D’ARC Guerreira do Altíssimo

Recebendo de Deus a missão de libertar a França do jugo dos ingleses, a admirável donzela de Orleans enfrentou o martírio para o cumprimento dessa sublime missão
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O Reino Cristianíssimo da França, aquela que era chamada a Filha Primogénita da Igreja, em 1429 estava prestes a desaparecer. Justamente castigada por Deus com quase cem anos de guerras contra os ingleses, como consequência do pecado de revolta contra o Papado, cometido no início do século XIV por seu Rei Filipe IV, o Belo, e pela elite da nação. Seu território estava reduzido a menos da metade e os ingleses cercavam a cidade de Orléans, última barreira que lhes impedia a conquista do resto do país. O herdeiro do trono, o delfim Carlos, duvidava da legitimidade de seus direitos, e seus capitães e soldados estavam desmoralizados. É significativo o seguinte relato dessa lamentável situação:
"O Analista de Saint Denis, começando a narração do ano de 1419, escrevia: 'Era de se temer, segundo a opinião das pessoas sábias, que a França, essa mãe tão doce, sucumbisse sob o peso de angústias intoleráveis, se o Todo Poderoso não se dignasse atender do alto dos Céus as suas queixas. Assim apelou-se para as armas espirituais: cada semana faziam-se procissões gerais, cantavam-se piedosas ladainhas e celebravam-se Missas solenes. Em sua terrível decadência, sentindo-se incapaz de salvar-se a si mesmo, o Delfim guardava sua fé no Deus de Clóvis, de Carlos Magno e de São Luís, a sua confiança na Santíssima Virgem" [1].
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ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE MAIO

Pe. Flávio Cavalca de Castro, redentorista
Oração da manhã para todos os dias 
Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor.Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade.Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 
As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.
30 – Segunda-feira –Santos: Joana d’Arc 
Evangelho (Mc 12,1-12) Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos, usando parábolas: ─ Um homem plantou uma vinha, cercou-a...” 
Mais de uma vez, na Bíblia, o povo de Deus foi comparado com uma vinha. Jesus aproveita a mesma figura, para falar da responsabilidade dos encarregados de seu povo. Seu povo é a Igreja, mas é também a humanidade, a família e os vários grupos humanos. Isso que dizer que todos nós, de um modo ou de outro somos responsáveis pela vinha do Senhor. E disso prestaremos contas. 
Oração
Senhor Jesus, de algum modo sou responsável por vossa vinha. Tenho procurado cumprir minhas responsabilidades,mas sei que falhei muitas vezes. Ainda preciso crescer em caridade, para não pensar egoisticamente em meus interesses; preciso ser mais atento e cuidadoso. De modo especial ajudai-me a estar sempre atento a vós, procurando vossa vontade e não a minha. Amém.

domingo, 29 de maio de 2016

DANDO TIROS PARA O AR

PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsr
Vice-Postulador da Causa
Venerável Padre Pelágio CSsR
Certa vez, um homem estava, com sua espingarda, dando tiros para cima. Veio um guarda e perguntou
- O que você está fazendo aí, dando tiros para cima? 
Ele respondeu: 
- Estou espantando elefantes. 
O guarda olhou em volta e disse: 
- Mas eu não estou vendo nenhum elefante!”. 
- É sinal que eu já espantei todos, disse o homem. 
- Nesse caso não precisa mais dar tiros. Se não, o povo é que vai se espantar ou mandar prender você. 
Lição: Precisamos ter um ideal na vida pelo qual daríamos vida se preciso fosse. São Paulo já escreveu: “Eu corro, mas não às tontas. Eu luto, não como quem golpeia o ar” (1Cor9,26)

Homilia do 9º Domingo Comum (29.05.16)“A força da oração”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Nunca vi tanta fé
          O Evangelho não pode ser mudado nem trocado por nada. Paulo é duro com os gálatas que andaram misturando teorias com o Evangelho. Mesmo que venha um Anjo do Céu e pregue um Evangelho diferente do que vos pregamos, seja excomungado (Gl 1,8). Uma verdade que vem do Evangelho de Jesus, como lemos hoje é que Deus atente todos os que O procuram com fé. Toda oração é uma demonstração de fé. Só reza quem crê, mesmo que essa oração seja feita por alguém que não faz parte de nosso modo de viver. Salomão o disse com clareza quando inaugurou o templo de Jerusalém. Diz: “Se um estrangeiro que não pertence ao nosso povo, escutar falar de teu grande nome, e por isso vier rezar nesse templo, Senhor, escuta do céu e atende a todos os pedidos desse estrangeiro” (1Rs 8,1-45). Jesus afirma que Ele é o templo: “Destruí esse templo Eu o reedificarei em três dias” (Jo 2,19). Quando o oficial romano pediu, por intermédio dos anciãos judeus, que curasse seu empregado, teve fé na força da palavra de Jesus para a cura de seu empregado. Nem quis ir pessoalmente, nem sentiu necessidade de o Senhor ir pessoalmente. Bastava a Palavra. E Jesus o elogia dizendo “Nem em Israel encontrei tanta fé” (Jo 7,9). O fundamento da oração é a fé em Jesus. Não há outro modo mais justo na oração que viver esse Evangelho. É a fé, não o modo como fazemos a oração. Por isso é muito conveniente não impor modos e regras aos outros, mas estimular a fé. As palavras do pagão romano foram tão profundas que permanecem na liturgia quando nos é apresentada a Comunhão (Jo 7,6). Há um único modo de rezar: com fé. O modo como se reza depende de cada um. Deus é quem comanda a oração e não nós. Rezamos a oração da Igreja, para indicar os caminhos.
O Pai atende todos
          Salomão faz um templo aberto a todos os povos. Não precisamos mais de templos exclusivos para a oração, pois Jesus ensinou a orar em espírito e verdade (Jo 4,24). Toda oração é conduzida pelo Espírito e realiza a verdade que é Jesus. Jesus é a verdade da oração, por isso Paulo diz que o Espírito ora em nós com palavras que não temos (Rm 8,26). O Espírito Santo fala com o Pai sobre Jesus que é a Verdade. Certo que a oração bem feita humanamente, mas só é oração se fazemos com fé, mesmo frágil. É o Espírito quem reza. Ele faz a relação entre o Pai e o Filho. Por mais frágil que seja nossa oração, ela ganha força nessa relação amorosa que há na Trindade Santa. Pelo Espírito nossa oração fala a língua de Deus. Sempre podemos aprimorar, pois não sabemos o que rezar (Ib). Mas ninguém pode dar-se o direito de negar a oração dos outros, mesmo que não sejam como as nossas. Essa oração se encontra também fora do âmbito de nossas comunidades, mas estão na Igreja. A evangelização procura purificar e colocar a Palavra no centro de nossas orações.
Um só Evangelho
          Sempre vemos pessoas mudando de religião como se troca de roupa. O que procuram? Há pessoas que criam religiões. Não duvidando de sua boa vontade de procurar o bem, temos que nos alertar para a firmeza das palavras de Paulo sobre as mudanças que fazemos na compreensão do Evangelho. Ele deve ser assumido na sua totalidade e não somente firmar-se em algum ponto e fazer dele a totalidade. Podemos apoiar nossos pensamentos em poucas frases, mas não esquecer que a Palavra é um todo e se explica somente nesse todo e não em teorias. A pregação deve procurar sempre fundamentar a fé.
Leituras: 1 Reis, 8,41-43; Salmo 116;Gálatas 1,1-2.6-10;Lucas 7,1-10.

1.    Aprendemos hoje que Deus ouve a oração de todos, mesmo que não sejam dos nossos. Ouve todo aquele que o procura de coração sincero, como foi o caso do oficial romano.

2.    O Pai ouve a todos. Rezamos no Espírito e na Verdade que é Jesus. Toda oração é consistente, pois quem reza em nós é o Espírito. Ele nos põe na relação de Jesus com o Pai.

3.    Paulo insiste que há um só Evangelho que não pode ser mudado por outras teorias.

          Como se faz uma oração forte?

          Encerramos o Tempo Pascal com a festa de Pentecostes e iniciamos o tempo comum com a festa da Santíssima Trindade. Agora retomamos os domingos do Tempo Comum no qual lemos o Evangelho de Lucas.
          De vez em quando as pessoas pedem uma oração boa para resolver algum problema. Onde está a força da oração?
          Primeiramente temos consciência, como reza Salomão, que Deus ouve a todos. Não seleciona nem cristãos, católicos ou outros tantos. Ele diz, referindo-se à oração do pagão: “Se ele vier de uma terra distante, para rezar neste templo, Senhor, escuta então do céu e atende a todos os pedidos do estrangeiro” (1Rs 8,42-43).
          Em segundo lugar, como nos escreve Paulo, é preciso ser fiel ao evangelho de Jesus e não ficar pulando de galho em galho como fazem alguns que não têm firmeza na fé.
          Jesus no Evangelho dá a indicação que é preciso acreditar que Jesus ouve. O oficial romano que tinha um empregado doente, pediu aos anciãos judeus que intercedessem por ele a Jesus. Jesus disse que iria lá. Ele respondeu que não precisa vir, bastava sua palavra e meu servo ficaria curado (Lc 7,1-10). Sem essa fé, a oração será sempre frágil.
https://padreluizcarlos.wordpress.com/



EVANGELHO DO DIA 29 DE MAIO

Evangelho segundo S. Lucas 7,1-10.
Naquele tempo, quando Jesus acabou de falar ao povo, entrou em Cafarnaum. Um centurião tinha um servo a quem estimava muito e que estava doente, quase a morrer. Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-Lhe alguns anciãos dos judeus para Lhe pedir que fosse salvar aquele servo. Quando chegaram à presença de Jesus, os anciãos suplicaram-Lhe insistentemente: «Ele é digno de que lho concedas, pois estima a nossa gente e foi ele que nos construiu a sinagoga». Jesus acompanhou-os. Já não estava longe da casa, quando o centurião Lhe mandou dizer por uns amigos: «Não Te incomodes, Senhor, pois não mereço que entres em minha casa, nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma palavra e o meu servo será curado. Porque também eu, que sou um subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens. Digo a um: ‘Vai’ e ele vai, e a outro: ‘Vem’ e ele vem, e ao meu servo: ‘Faz isto’ e ele faz». Ao ouvir estas palavras, Jesus sentiu admiração por ele e, voltando-se para a multidão que O seguia, exclamou: «Digo-vos que nem mesmo em Israel encontrei tão grande fé». Ao regressarem a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja-Sermão 62 
«Mas diz uma palavra e o meu servo será curado»
Como é que o centurião obteve a graça da cura do seu servo? «Porque também eu tenho os meus superiores a quem devo obediência e soldados sob as minhas ordens, e digo a um: 'Vai', e ele vai; e a outro: 'Vem', e ele vem; e ao meu servo: 'Faz isto', e ele faz.» Tenho poder sobre os meus subordinados mas eu também estou submetido a uma autoridade superior. Se, pois, embora subordinado, tenho, apesar de tudo, o poder de comandar, o que não poderás fazer Tu, a Quem se submetem todas as potestades? Este homem pertencia ao povo pagão pois a nação judaica estava ocupada pelos exércitos do Império Romano. [...]. 
Mas Nosso Senhor, embora estivesse no meio do povo hebraico, declarava já que a Igreja se espalharia por toda a terra, para onde Ele enviaria os seus apóstolos (cf Mt 8,11). Com efeito, os pagãos acreditaram nele sem O terem visto [...]. O Senhor não entrou fisicamente na casa do centurião; mas, embora ausente de corpo, estava presente pela sua majestade e curou esta casa pela sua fé. Do mesmo modo, o Senhor só estava fisicamente presente no meio do povo hebraico; os outros povos não O viram nascer de uma Virgem, nem sofrer, nem caminhar, nem sujeitar-Se às condições da natureza humana, nem fazer maravilhas divinas. Ele não fez nada disso entre os pagãos e, no entanto, entre eles, realizou-se o que Ele tinha dito a seu respeito: «Povos desconhecidos prestaram-Me vassalagem.» Como é que O serviram se não O conheciam? O salmo continua: «Mal ouviram falar de Mim, logo Me obedeceram e os estrangeiros Me cortejaram» (Sl 17,45).

DIA 29 DE MAIO – MARTIRIO COM REQUINTES DE MALDADE

Os adoradores do deus Saturno não gostaram dos primeiros evangelizadores cristãos na região de Trento porque, além de pregar contra a idolatria, recusaram-se a adorar esse ídolo. Eram eles Sisinio, Maltartiri e Alexandre, acólitos e futuros padres (+397). 
Foram surpreendidos na sua igreja e agredidos violentamente. O primeiro, Sisinio, morreu em conseqüência dos maus tratos. Martiri e Alexandre, dois irmãos, foram queimados vivos diante do altar do deus Saturno, usando-se para isso a madeira da mesma igreja que os idólatras destruíram. 
URSULA LEDOCHOWSKA (+1939) nasceu na Austria. Fundadora de uma Congregação Religiosa. Percorreu vários paises da Europa pregando o ecumenismo. Criou novo estilo de vida religiosa. Foi beatificada em 1983.
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S. Félix de Nicósia, religioso, +1787

Nasceu em Nicosia, Sicília, no ano de 1715, de uma família pobre, mas animada de profunda fé e temor a Deus, unidos a uma grande laboriosidade. O pai começava o dia participando da missa e o encerrava com uma visita ao SS. Sacramento. A mãe, quando dava um pedaço de pão aos filhos, convidava-os a deixar um pouco para os pobres, educando-os desse modo, no amor aos mais necessitados. Félix com a idade de 20 anos pediu para ser admitido no convento dos frades Capuchinhos. Obteve resposta negativa. Mas não desistiu: rezou, implorou, pediu novamente até que, depois de sete anos de provas, em 1743, é admitido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Frei Félix não precisou de uma transformação no noviciado: pobreza, penitência, humildade, obediência, união com Deus na oração e no trabalho, toda uma vida animada e iluminada no amor de Deus e ao próximo, ele procurou viver também na vida religiosa, numa atmosfera franciscana. Passou quarenta e três anos de vida religiose e gostava de se chamar “o jumentinho do convento”. Passava dia após dia pelas ruas e becos da cidade e pelas localidades próximas, com uma batina velha e remendada, os pés descalços, cabeça descoberta sob a chuva ou sol quente da Sicília, sacola nos ombros o terço nas mãos e o coração em Deus. Era afável e cordial com grandes e pequenos, ricos e pobres, autoridades e gente simples, tendo sempre uma palavra boa para todos, ora consolando, ora admoestando. Sempre agradecia com um alegre "Deo gratias" não só as esmolas, mas também as ofensas e repulsas. Frei Félix dedicava o dia ao apostolado e a noite às orações e penitências. No fim de maio de 1787, adoece de uma febre forte e, no último dia do mês de Nossa Senhora, a quem tinha amado e venerado desde a infância, entrou na paz eterna. Foi canonizado em 2005 pelo Papa Bento XVI.