segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

EVANGELHO DO DIA 18 DE JANEIRO

Evangelho segundo S. Marcos 2,18-22.
Naquele tempo, os discípulos de João e os fariseus guardavam o jejum. Vieram perguntar a Jesus: «Por que motivo jejuam os discípulos de João e os fariseus e os teus discípulos não jejuam?». Respondeu-lhes Jesus: «Podem os companheiros do noivo jejuar, enquanto o noivo está com eles? Enquanto têm o noivo consigo, não podem jejuar. Dias virão em que o noivo lhes será tirado; nesses dias jejuarão.Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo novo arranca parte do velho e o rasgão fica maior. E ninguém deita vinho novo em odres velhos, porque o vinho acaba por romper os odres e perdem-se o vinho e os odres. Para vinho novo, odres novos». 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino 
A Santíssima Trindade e as suas obras, livro 42, sobre Isaías, 2, 26 
«O esposo está com eles»
«Com grande alegria rejubilo no Senhor e o meu coração exulta no meu Deus.» (Is 61,10). [...] A vinda, a presença do Senhor de que fala o profeta neste versículo é o beijo que deseja a esposa do Cântico dos Cânticos quando diz: «Ah! Beija-me com ósculos da tua boca!» (Cant 1,2). E esta esposa fiel é a Igreja: nasceu dos patriarcas, noivou em Moisés e nos profetas e, com o desejo ardente do seu coração, suspira pela vinda do seu Bem-Amado. [...] Cheia de alegria, agora que recebeu este beijo, exclama na sua felicidade: «Exulto de alegria no Senhor!» 
Participando nesta alegria, João Baptista, o ilustre «amigo do Esposo», o confidente dos segredos do Esposo e da esposa, o testemunho do seu amor mútuo, declara: «Quem tem a esposa é o esposo; e o amigo do esposo, que o acompanha e escuta, alegra-se sobremaneira, ouvindo a voz do esposo. Essa é a minha alegria, que agora é completa» (Jo 3,29). Aquele que foi o precursor do Esposo no seu nascimento, e que o foi também da sua Paixão, quando desceu aos infernos, anunciou a Boa Nova à Igreja que se encontrava à espera. [...] 
Por conseguinte, este versículo ajusta-se completamente à Igreja jubilosa que, na mansão dos mortos, se apressa a ir ao encontro do Esposo: «Com grande alegria rejubilei no Senhor e o meu coração exulta no meu Deus.» E qual é a causa da minha alegria? Qual é o motivo do meu júbilo? «Porque me revestiu com a roupagem da salvação e me cobriu com o manto da justiça» (Is 61,10). Em Adão, tinha sido despida, tinha tido de juntar folhas de figueira para esconder a minha nudez; miseravelmente coberta de túnicas de pele, fui expulsa do paraíso (Gn 3,7.21). Mas hoje, o meu Senhor e meu Deus converteu as folhas na roupagem da salvação. Pela sua Paixão, ele revestiu-me com uma primeira roupa, a do baptismo e da remissão dos pecados; e, no lugar da túnica de peles da mortalidade, envolveu-me numa segunda roupa, a da ressurreição e da imortalidade.

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