quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

EVANGELHO DO DIA 21 DE JANEIRO

Evangelho segundo S. Marcos 3,7-12.
Naquele tempo, Jesus retirou-Se com os seus discípulos a caminho do mar e acompanhou-O uma numerosa multidão que tinha vindo da Galileia. Também da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e da Transjordânia e dos arredores de Tiro e de Sidónia, veio ter com Jesus uma grande multidão, por ouvir contar tudo o que Ele fazia. Disse então aos seus discípulos que Lhe preparassem uma barca, para que a multidão não O apertasse. Como tinha curado muita gente, todos os que sofriam de algum padecimento corriam para Ele, a fim de Lhe tocarem. Os espíritos impuros, quando viam Jesus, caíam a seus pés e gritavam: «Tu és o Filho de Deus». Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer. 
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia: 
Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir 
Demonstração da pregação apostólica, 92-95 
Acompanhou-O uma numerosa multidão que tinha vindo da Galileia.
O próprio Verbo, a Palavra de Deus, diz pela boca do Profeta Isaías que Ele tinha de Se manifestar no meio de nós - com efeito, o Filho de Deus fez-Se filho de homem - e de Se deixar conhecer por nós, que anteriormente O não conhecíamos: «Eu estava à disposição dos que me consultavam, saía ao encontro dos que não me buscavam. Dizia: "Eis-me aqui, eis-me aqui" a um povo que não invocava o meu nome» (Is 65,1). [...] É também este o sentido daquelas palavras de João Baptista: «Deus pode suscitar, destas pedras, filhos de Abraão» (Mt 3,9). De facto, depois de terem sido arrancados pela fé ao culto das pedras, os nossos corações vêem Deus e tornam-se filhos de Abraão, que foi justificado pela fé. [...] 
O Verbo de Deus encarnou e habitou entre nós, como afirma São João (Jo 1,14), seu discípulo. Graças a Ele, o coração dos pagãos foi transformado por esta nova vocação, e a Igreja dá muitos frutos naqueles que se salvam; e já não é um intercessor como Moisés, nem um mensageiro como Elias, mas o próprio Senhor que nos salva, dando à Igreja mais filhos do que os anciãos davam à sinagoga, como havia previsto Isaías ao dizer: «Regozija-te, estéril, que não tinhas filhos» (Is 54,1; Gal 4,27). [...] Deus tem a sua felicidade na concessão da sua herança às nações insensatas, àquelas que não pertencem à cidade de Deus. Agora pois que, graças a este apelo, a vida nos foi dada, e que em nós Deus levou à plenitude a fé de Abraão, não podemos voltar para trás, ou seja, não podemos regressar à primeira legislação, porque recebemos o Senhor da Lei, o Filho de Deus, e pela fé nele aprendemos a amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos.

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