Evangelho segundo S. Marcos 2,23-28.
Passava Jesus
através das searas num dia de sábado e os discípulos, enquanto caminhavam,
começaram a apanhar espigas.Disseram-Lhe então os fariseus: «Vê como eles
fazem ao sábado o que não é permitido». Respondeu-lhes Jesus: «Nunca lestes
o que fez David, quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os seus
companheiros? Entrou na casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e
comeu dos pães da proposição, que só os sacerdotes podiam comer, e também os deu
aos companheiros». E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem e não o
homem para o sábado.
Por isso, o Filho do homem é também Senhor do sábado».
Por isso, o Filho do homem é também Senhor do sábado».
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Exortação apostólica Sacramentum caritatis, 74 (trad © Libreria Editrice Vaticana)
«O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado»
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Exortação apostólica Sacramentum caritatis, 74 (trad © Libreria Editrice Vaticana)
«O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado»
É particularmente urgente no nosso tempo
lembrar que o dia do Senhor é também o dia de repouso do trabalho. Desejamos
vivamente que isto mesmo seja reconhecido também pela sociedade civil, de modo
que se possa ficar livre das obrigações laborais sem ser penalizado por isso. De
facto, os cristãos — não sem relação com o significado do sábado na tradição
hebraica — viram no dia do Senhor também o dia de repouso da fadiga quotidiana.
Isto possui um significado bem preciso, ou seja, constitui uma relativização do
trabalho, que tem por finalidade o homem: o trabalho é para o homem e não o
homem para o trabalho. É fácil intuir a tutela que isto oferece ao
próprio homem, ficando assim emancipado duma possível forma de escravidão. Como
já tive ocasião de afirmar, o trabalho reveste uma importância primária para a
realização do homem e o progresso da sociedade; por isso torna-se necessário que
aquele seja sempre organizado e realizado no pleno respeito da dignidade humana
e ao serviço do bem comum. Ao mesmo tempo, é indispensável que o homem não se
deixe escravizar pelo trabalho, que não o idolatre, pretendendo achar nele o
sentido último e definitivo da vida. É no dia consagrado a Deus que o homem
compreende o sentido da sua existência e também do trabalho.
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