Evangelho segundo S. Marcos 13,24-32.
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Naqueles dias, depois de uma grande
aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas
cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, hão-de ver
o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. Ele mandará
os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade
da terra à extremidade do céu. Aprendei a parábola da figueira: quando os
seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do
homem está perto, está mesmo à porta. Em verdade vos digo: Não passará esta
geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas
palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece:
nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai».
Da Bíblia
Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da
Síria, doutor da Igreja - Comentário do Evangelho ou Diatessaron
«O Filho do Homem virá na hora em que não o
esperareis»
Para impedir qualquer pergunta indiscreta
acerca do momento da sua segunda vinda, Jesus declarou: «Essa hora, ninguém a
conhece, nem mesmo o Filho» (Mt 24,36); e, noutro momento: «Não vos pertence
conhecer os dias e os tempos» (Act 1,7). Escondeu-nos esse conhecimento para que
vigiemos, e cada um possa pensar que tal vinda se produzirá durante a sua vida.
Se o tempo da sua vinda tivesse sido revelado, o seu advento seria em vão, pois
as nações e os séculos em que se produzisse não o teriam desejado. Ele bem disse
que viria, mas não precisou em que momento; dessa forma, todas as gerações e
todos os séculos têm sede dele.
É certo que fez conhecer os sinais
da sua vinda; mas não revelou o seu termo. Na mudança constante em que vivemos,
alguns desses sinais já tiveram lugar, outros já passaram, outros duram sempre.
Com efeito, a sua última vinda será semelhante à primeira: os justos e os
profetas desejavam-na e pensavam que teria lugar no tempo deles. Também hoje,
cada um dos fiéis de Cristo deseja acolhê-Lo no seu próprio tempo, tanto mais
que Jesus não disse claramente quando apareceria. Assim, ninguém poderá imaginar
que Cristo esteja submetido a uma lei do tempo, a uma hora qualquer, Ele que
domina os números e o tempo.
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