Evangelho segundo S. Lucas 8,1-3.
Naqueles
tempo, Jesus ia de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, proclamando e
anunciando a boa nova do Reino de Deus. Acompanhavam-n'O os Doze
e algumas
mulheres, que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades:
Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demónios; Joana, mulher
de Cuza, administrador de Herodes; Susana e muitas outras, que os serviam com os
seus bens.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos
Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário do dia:
São João Paulo II (1920-2005), papa
Carta apostólica «Mulieris
dignitatem / A dignidade da mulher» § 31 (trad. © copyright Libreria Editrice
Vaticana, rev)
«Se tu conhecesses o dom de Deus» (Jo 4,
10), diz Jesus à Samaritana num daqueles admiráveis colóquios em que Ele mostra
quanta estima tem pela dignidade de cada mulher e pela vocação que lhe permite
participar na sua missão de Messias. […] A Igreja deseja render graças à
Santíssima Trindade pelo «mistério da mulher» e por todas as mulheres, por
aquilo que constitui a eterna medida da sua dignidade feminina, pelas «grandes
obras de Deus» que na história das gerações humanas nela e por seu intermédio se
realizaram. Em última análise, não foi nela e por seu intermédio que se operou o
que há de maior na história do homem sobre a terra: o evento pelo qual Deus
mesmo Se fez homem?
A Igreja, portanto, dá graças por todas e cada uma
das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas esposas; pelas mulheres consagradas
a Deus na virgindade; pelas mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres
humanos que esperam o amor gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam
do ser humano na família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas
mulheres que trabalham profissionalmente, e que às vezes carregam uma grande
responsabilidade social.[…]
A Igreja agradece todas as manifestações do
«génio» feminino surgidas no curso da história, no meio de todos os povos e
nações; agradece todos os carismas que o Espírito Santo concede às mulheres na
história do Povo de Deus […] A Igreja pede, ao mesmo tempo, que estas
inestimáveis «manifestações do Espírito» (cf 1Cor12,4ss), com grande
generosidade concedidas às «filhas» da Jerusalém eterna, sejam atentamente
reconhecidas e valorizadas, para que redundem em vantagem comum para a Igreja e
para a humanidade.
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