|
Nos últimos dez meses de sua vida, a serva de Deus foi atormentada por aparições de demônios e também consolada por aparições da Virgem Maria e outros santos. |
Em 1384, uma camponesa pobre e iletrada chamada Hermínia mudou-se para a cidade de Reims com seu esposo idoso. A época em que ela viveu era afligida por guerras, pragas e pelo cisma no interior da Igreja Católica, e a vida de Hermínia poderia facilmente não ser notada entre as rupturas da História.
Porém, após a perda de seu esposo, as coisas tiveram uma reviravolta: nos últimos dez meses de sua vida, Hermínia foi atormentada por visões noturnas de anjos e demônios. Durante seus horrores noturnos ela era atacada por animais, surrada e sequestrada por demônios disfarçados, e exposta a espetáculos carnais; em outras noites, ela era abençoada por santos, visitada pela Virgem Maria. Ela confessou estas coisas estranhas a um frade agostiniano conhecido pelo nome de Jean le Graveur, que relatou tudo com detalhes vívidos.
Em uma Vita escrita por Radulfo, vice-prior de um mosteiro próximo a Reims, é relatado que Hermínia era pobre de dinheiro, mas rica de paciência e de humildade.
Hermínia faleceu no dia 25 de agosto de 1396. Foi sepultada na nave da Igreja de São Paulo, onde atualmente se vê o coro dos monges, sob uma pedra branca com sua imagem e uma breve inscrição. Uma relação das visões de Hermínia foi enviada por João Morelli para Paris, onde foi examinada por Pedro d’Ailly, superior da universidade de Navarra e por Gerson. Os dois concluíram que o culto a Hermínia poderia ser difundido.
Sua festa é celebrada no dia 25 de agosto.
Etimologia: Hermínia, duas origens:
1) do latim Herminius, derivado de Hermes;
2) do alemão, Irmin, o deus Irmin, “o grande, o forte, o poderoso”.
Em francês, Ermine. Também pode ser hipocorístico de Irmgard ou Irmingard: “bastão (gard) do deus Irmin (grande, forte, poderoso).
Nenhum comentário:
Postar um comentário