De origem francesa, Urbano foi um incansável viajante. Defendeu a Igreja do assalto dos poderes seculares e combateu contra a simonia e a corrupção do clero. Organizou, na França, a primeira Cruzada para a libertação de Jerusalém, cujo resultado não conseguiu ver porque faleceu em Roma, em 1099.
Papa Igreja Cristã Romana (1088-1099) nascido em Ckâtillon-Sur-Mane, na província de Champagne, França, escolhido como sucessor de Victor III (1086-1087), cuja atividade eclesiástica foi caracterizada pela promoção de importantes reformas na Igreja Católica Romana, e pelo planejamento e criação da Primeira Cruzada durante o sínodo de Clermont-Ferrand (1095).
De uma família nobre estudou em Reims, onde se tornou clérigo e posteriormente entrou para a Ordem Beneditina e tornou-se prior no grande mosteiro de Cluny. Requisitado à Roma pelo papa Gregório VII, foi nomeado cardeal bispo de Óstia e foi delegado para a Alemanha (1084), período em que envolveu-se na intensa disputa político-religiosa entre o Papa e o imperador Henrique IV, que chegou a eleger um antipapa, Clemente III de Ravenna.
Com a morte de São Gregório VII (1073-1085), e do seu substituto Vítor III (1086-1087), foi escolhido em Terracina, sumo pontífice (1088) com o nome de Urbano II. Manteve o isolamento do antipapa e seus seguidores e também do imperador Henrique IV e apoiou Conrado, o filho rebelde do imperador, que juntamente com Matilde da Toscana e Guelfo V da casa da Baviera.
Com suas tropas derrotou o antipapa e fez sua entrada triunfal na Basílica de São Pedro, o que lhe deu muito prestígio junto aos príncipes e reis ibéricos e reconciliou-se com o rei da França, Felipe I (1095). Convocou os bispos para um concílio (1095), invalidou as ordenações realizadas por eclesiásticos simoníacos e iniciou um trabalho para reunir as duas Igrejas, a ortodoxa e a católica, estabelecendo contatos com o patriarcado e a corte do imperador bizantino, Alexus I.
Convocou um sínodo em Clermont (1095) e como o apoio dos nobres definiu a criação de um exército, composto de cavaleiros e homens a pé que deveria dirigir-se à Jerusalém, para salvá-la e auxiliar as igrejas da Ásia contra os sarracenos – A Primeira Cruzada. Promulgando que as pessoas que participassem desta cruzada receberiam a indulgência plenária, tendo todos os seus pecados e suas conseqüências excluídas, designou Ademar, bispo de Le Puy (1096), para organizar uma cruzada para libertação da cidade onde Cristo havia pregado e sofrido seu martírio.
Os exércitos da nobreza e o povo comum procedente da França, do sul da Itália e das regiões da Lorena, Borgonha e Flandres participaram dessa Cruzada. Os cruzados se agrupariam em Constantinopla e, partindo de lá, realizariam uma campanha contra os muçulmanos da Síria e Palestina, sendo Jerusalém seu objetivo principal.
Os cristãos tomaram Jerusalém (1099) e elegeram um de seus chefes, Godofredo de Bouillon, duque da Baixa Lorena, como governante da cidade. No entanto o papa faleceu em Roma, poucos dias após a tomada de Jerusalém (26 de julho de 1099), sem receber a notícia da vitória dos cruzados.
A maioria dos cruzados regressou à Europa, permanecendo uma pequena tropa de reserva da força original para organizar e estabelecer o governo e o controle latino sobre os territórios conquistados. Dos quatro estados que surgiram, o maior e mais poderoso foi o reino latino de Jerusalém. As conquistas da primeira Cruzada se deveram em grande parte ao isolamento e à fraqueza relativa dos muçulmanos.
Contudo, a geração posterior a essa Cruzada contemplou o início da reunificação muçulmana no Oriente Próximo sob a liderança de Imad al-Din Zangi. Sob seu comando, as tropas muçulmanas empreenderam uma reação militar e obtiveram sua primeira grande vitória contra os latinos quando tomaram a cidade de Edessa (1144).
Depois disso, os muçulmanos foram avançando e dominando sistematicamente os estados cruzados na região. A resposta da Igreja de Roma aos avanços muçulmanos foi proclamar a segunda Cruzada (1145) quando era papa o Beato Eugênio III. Papa de número 160, morreu em Roma, e foi sucedido por Pascoal II (1099-1118).
Foi sepultado na cripta da Basílica de São Pedro, perto da tumba de Adriano, e é venerado pela Igreja Católica, como beato.
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
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