segunda-feira, 29 de julho de 2024

São. Félix, mártir, na via Portuense

Félix ou Felício foi um dos primeiros mártires cristãos da história. Sabe-se pouco ou nada da sua vida. Sabe-se, porém, o lugar onde foi sepultado: em Roma, ao longo da terceira milha da Via Portuense, no cemitério que, mais tarde, recebeu o no me deste Santo.
No início da perseguição de Diocleciano, muitos cristãos deram aos perseguidores os livros sagrados para serem queimados. Alguns tentaram desculpar seu proceder ou diminuir sua culpa, como se as circunstâncias pudessem justificar a cooperação em uma ação ímpia ou sacrílega. Félix, bispo da África proconsular, longe de seguir o mau exemplo de tantos outros crostianos, sentiu-se bastante estimulado a adotar uma conduta vigorosa e vigilante. O magistrado de Tibiuca, Magnilian, ordenou-lhe que entregasse todos os livros e escritos sagrados para serem queimados. O mártir respondeu que era obrigado a obedecer a Deus e não aos homens, e então Magniliano o enviou ao procônsul de Cartago. De acordo com o relato do martírio, o procônsul, enfurecido com a corajosa confissão do santo, carregou-o de correntes e o trancou em uma masmorra horrível. Nove dias depois, ele o enviou em um navio para a Itália para ser julgado por Maximino. A travessia durou quatro dias; O bispo foi trancado na enseada do navio com os cavalos e não provou comida ou bebida. Os cristãos de Agrigento, da Sicília e de todas as cidades por onde o santo passou, acolheram-no com alegria. Em Venosa, na Apúlia, o prefeito ordenou que os grilhões fossem removidos e perguntou-lhe se ele realmente possuía livros sagrados e por que motivo se recusava a entregá-los. Félix respondeu que não podia negar que possuía livros sagrados, mas que nunca os abandonaria. Sem mais investigações, o prefeito ordenou que ele fosse decapitado. No local da execução, São Félix agradeceu a Deus por sua bondade e depois estendeu a cabeça para o carrasco para se oferecer como sacrifício Àquele que vive para todo o sempre. Ele tinha cinquenta e seis anos na época. Ele foi uma das primeiras vítimas da perseguição de Diocleciano. A lenda da deportação de São Félix para a Itália e seu martírio naquele país é uma invenção do hagiógrafo, que queria torná-lo um santo italiano. Não há dúvida de que São Félix foi martirizado pelo procônsul de Cartago. Suas relíquias foram posteriormente transferidas para a famosa "Basílica de Fausti" daquela cidade.

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