na Mauritânia Cesariense, atualmente Cherchell, Argélia)
foi um mártir do Império Romano
na antiga Mauritânia,
venerado como santo pela Igreja Católica.
A memória da liturgia é realizada em 31 de julho.
Hagiografia
Da vida de Fábio sabe-se que ele foi escolhido para carregar a bandeira do governador quando este organizou uma assembleia. Fábio recusou porque a cerimônia tinha caráter pagão. Ele foi preso, submetido à tortura e tentado, mas não mudou seus planos. Então Fábio foi decapitado. Por essa razão ele é apelidado de "o Porta-Estandarte", porque ele não queria levar uma bandeira com imagens pagãs.
Sua morte se insere no período da perseguição contra os cristãos ordenada pelo Imperador Diocleciano.
O culto
Diz-se que para impedir o enterro e posterior veneração popular, sua cabeça e seu corpo foram lançados ao mar em pontos diferentes, mas o mar milagrosamente os reuniu, e seus restos mortais ainda estão preservados em Cartenas, na Argélia.
Sua festa é celebrada no dia 31 de julho.
Nasceu Fábio certamente por volta do último quartel do século II. Os acontecimentos de sua vida se deram sob o governo de Diocleciano e Maximiano, Constâncio e Galério Maximiano. Em 303 ou 304, os dois primeiros eram cônsules e o edito de perseguição já tinha sido proclamado.
Fábio era soldado e se achava na guarnição de Cesareia da Mauritânia. Por ocasião do “concílio” da província, ele devia tomar parte num cortejo e foi mesmo designado para levar as insígnias, o que mostra que era tido em boa conta, pois tal encargo era uma honra e tinha certamente caráter sagrado — nós hoje diríamos idolátrico. Para Fábio, o soldado exemplar, mas também não menos cristão exemplar, o encargo foi considerado idolátrico; por isso recusou, convicto de que o cristão que deseja ser autêntico, não podia aceitá-lo. Essa desobediência implicava em castigo imediato: a prisão. E foi o que aconteceu com Fábio.
Ao cabo de alguns dias foi conduzido ao tribunal e interrogado pelo juiz uma primeira e segunda vez. Como o juiz não conseguisse demover Fábio de sua atitude e não conseguisse fazê-lo apostatar de seus princípios cristãos, condenou-o à morte. E assim são Fábio foi decapitado.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
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