sexta-feira, 30 de junho de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Ressuscitou verdadeiramente”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Tudo começa aqui
 
A temática da Ressurreição é um desafio espiritual para cristianismo. Para os que crêem em Jesus, este acontecimento é o núcleo da fé. “Se Cristo não ressuscitou é vã nossa fé” (1Cor 15,14), escreve S. Paulo. Uma fé que não se funda na Ressurreição não tem razão de ser. Nós vivemos na superfície. Por isso não temos consistência espiritual. Somos piedosos e podemos até fazer milagres, mas falta o impulso fundamental que justifique nossa vida. Na verdade as igrejas cristãs perderam esse impulso fundamental. Isso pode prejudicar a maneira de viver a fé. Certo que não destrói a força da Ressurreição, pois Jesus é maior que nossas fraquezas. O que ocorreu foi que, na dificuldade de apresentar a verdade da Ressurreição, optou-se pela piedade popular no culto aos santos e na devoção aos acontecimentos humanos de Jesus ou a busca do milagre para uma construção de uma vida sem dor ou problemas. A verdade fundamental da Ressurreição, tem que permanecer como base de toda a vida cristã. Sem isso, corremos o risco de deixar a fonte de lado e buscar cisternas rachadas que não retém água. A Igreja nasce da Ressurreição de Jesus dos mortos. Há uma comunhão entre a Igreja e Cristo na sua Ressurreição. Quando dizemos Igreja, dizemos todos nós. A vitória de Jesus sobre a morte dá a todo o universo a vida que o mal do pecado lhe tirou. A partir daquele momento a vida dos discípulos tomou novo rumo. Eles viram o Senhor glorioso. Eles nos transmitiram esta realidade e nós acreditamos. 
Vida na Ressurreição 
A vida do povo de Deus se funda na Ressurreição. Toda e qualquer atividade espiritual tem sentido na medida que está unida a este momento de Jesus. Por isso, pelo Batismo, nós participamos da Morte e Ressurreição de Jesus. Através da Palavra, dos símbolos e dos ritos, realizamos externamente a verdade que ocorre internamente. A Eucaristia torna presente para nós o mesmo acontecimento e nós participamos dele e recebemos a mesma vida de Cristo em sua Morte e Ressurreição. Em cada celebração litúrgica entramos em comunhão com esse mistério de Cristo de acordo com a Palavra e o símbolo. Por exemplo: uma é a aproximação que realizamos no matrimônio, outra na ordenação, outra em uma bênção, seja de um vivo, seja de um falecido. Mas é a mesma.
Ressuscitados com Cristo 
A Páscoa de Cristo, além a liturgia, penetra toda a vida cristã em todas suas manifestações. Pelo Batismo vivemos a vida do alto, onde está Cristo à direita de Deus, como lemos na Páscoa (Cl 3,1). A vida do alto não nos tira da terra, mas eleva o que é da terra. Todo ato de amor é um momento de ressurreição. Ela retira de nós o mal e nos retira de todos os momentos de morte pelo mal. Nossas atividades tornam-se momentos de Ressurreição. Vividos em Cristo, nossos atos nos conduzem a Deus e são santificadores, seja o trabalho, seja o lazer, seja a batalha da vida, sejam os prazeres que Deus colocou em nossa carne. A santificação das realidades terrestres não vem da quantidade de água benta que nelas colocamos, mas da capacidade de vida de amor com que as vivenciamos. Ressuscitados com Cristo, ressuscitamos com Ele o mundo que nos rodeia. Esta é a missão para o fiel. No domingo da Ressurreição Jesus dá o Espírito Santo para a reconciliação: “A paz esteja convosco..... A quem perdoardes os pecados eles serão perdoados” (Jo 20,21-22).
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM MARÇO DE 2010

EVANGELHO DO DIA 30 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 8,1-4. 
Ao descer Jesus do monte, seguia-O uma grande multidão. Veio então prostrar-se diante dele um leproso, que Lhe disse: «Senhor, se quiseres, podes curar-me». Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Eu quero: fica curado». E imediatamente ficou curado da lepra. Disse-lhe Jesus: «Não digas nada a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés ordenou, para que lhes sirva de testemunho». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
Simeão o Novo Teólogo 
Monge grego (949-1022), 
Hino n.º 30 
«Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo:
 "Eu quero, fica curado"»
Antes de brilhar a luz divina, não me conhecia a mim mesmo. Vendo-me nas trevas e na prisão, preso num lamaçal, coberto de sujidade, ferido, com a carne inchada caí aos pés daquele que me iluminara. E Aquele que me iluminara tocou com suas mãos nas minhas cadeias e nas minhas feridas; no sítio onde a sua mão tocou e onde o seu dedo chegou, no mesmo momento se soltaram as cadeias, daí desapareceram as feridas e toda a sujidade. A mácula da minha carne desapareceu, pois Ele tornou-a semelhante à sua mão divina. Estranha maravilha: a minha carne, a minha alma e o meu corpo participam da glória divina.

São Basilides de Alexandria Soldado e mártir 30 de junho

Ele é o padroeiro dos agentes penitenciários. Durante a perseguição a Septímio Severo (193-211), Origine, filósofo e teólogo cristão, instruiu alguns pagãos na fé cristã. Entre eles estava Basilides, um soldado designado para escoltar os condenados até o local da tortura. Durante as perseguições, Potamiena, uma virgem cristã, que já havia rejeitado muitos pretendentes, também foi presa. Ela foi imediatamente condenada à morte e confiada a Basilides, que a defendeu dos ataques do patife. Potamiena prometeu-lhe que oraria por sua salvação. Sua mãe, Marcella, também foi morta com ela. Depois de alguns dias, Basílides foi convidado a prestar juramento diante dos ídolos, mas ele recusou, declarando-se cristão. Conduzido pelo juiz, ele foi preso. Três dias depois de seu martírio, Potamyena apareceu-lhe uma noite, colocando uma coroa em sua cabeça, dizendo-lhe que ela havia implorado por ele a Graça para sua salvação, que ela havia sido concedida e que, portanto, ela logo viria para levá-lo. Basílides foi batizado na mesma prisão e decapitado no dia seguinte. (Futuro) 
Patrono: Agentes de custódia 
Martirológio Romano: Em Alexandria, Egito, Santa Basílide, que, sob o imperador Septímio Severo, tendo tentado proteger dos insultos dos homens vulgares a santa virgem Potamiena que estava levando à tortura, recebeu a recompensa deste seu lamentável serviço: converteu-se a Cristo por suas orações, depois de uma curta luta, tornou-se um mártir glorioso. 

Santa Lucina Mártir venerada em Rosate 30 de junho

O santo corpo de Santa Lucina, provável mártir dos primeiros séculos da era cristã, é venerado na igreja de Santo Stefano a Rosate, na Arquidiocese de Milão, perto do altar do crucifixo. Outra relíquia, proveniente do mesmo corpo, é venerada na igreja de Santa Lucina em Cortereggio di S. Giorgio Canavese (TO). Os restos mortais deste provável mártir, provenientes das Catacumbas de São Sebastião na Via Ápia, em Roma, foram extraídos em 1621 com a autorização do Papa Gregório XV e entregues a Massa Lubrense. No século XX, o bispo de Sorrento, sob cuja jurisdição se insere Massa Lubrense, doou-os ao cardeal Alfredo Ildefonso Schuster, arcebispo de Milão, particularmente interessado na arqueologia sagrada e no culto dos mártires (Beato desde 1996). Por ocasião do ano jubilar extraordinário da Redenção de 1933, Schuster decidiu doar a algumas comunidades de sua vasta Arquidiocese algumas relíquias de mártires, que ele mesmo considerava "um instrumento de renovação da fé". Santa Lucina, então, tocou a antiga paróquia de Santo Stefano, em Rosate, perto de Milão. Em 12 de fevereiro de 1933, o próprio arcebispo conduziu a procissão que acompanharia as relíquias até seu novo destino.

30 de junho - Beato Vasyl Vsevolod Velychkovskyj

Os servos de Deus, hoje inscritos no Álbum dos Beatos, representam todos os componentes da Comunidade eclesial: entre eles, encontram-se Bispos e sacerdotes, monges, monjas e leigos. Eles foram provados de muitas maneiras por parte dos seguidores das ideologias nefastas do nazismo e do comunismo. Amparados pela graça divina, eles percorreram até ao fim o caminho da vitória. É um caminho que passa através do perdão e da reconciliação; caminho que conduz à luz resplandecente da Páscoa, depois do sacrifício do Calvário. Estes nossos irmãos e irmãs são os representantes conhecidos de uma multidão de heróis anônimos, homens e mulheres, maridos e esposas, sacerdotes e consagrados, jovens e idosos que no decurso do século XX, o "século do martírio", enfrentaram a perseguição, a violência e a morte para não renunciar à sua fé. 
Papa João Paulo II – Homilia de Beatificação – 27 de junho de 2001 

Santa Adele de Orp-le-Grand, Abadessa – 30 de junho

Santa Adele de Orp-le-Grand é uma religiosa do século VII.

     Filha de um merovíngio notável , ela recebeu o véu no Mosteiro de Nivelles, recentemente fundado por Santa Ida, viúva de Pepino, o Velho, e sua filha, Santa Gertrudes de Nivelles.
     Por volta de 640, Santa Adele fundou o priorado de Orp-le-Grand, na Bélgica. Durante o reinado de Childerico II , ela recebeu cada vez mais freiras, por isso mandou construir no vale um oratório dedicado a São Martinho e para lá transferiu sua comunidade.
     Uma tradição local diz que Adele, tendo ficado cega milagrosamente recuperou a visão. Quando ela morreu, por volta de 670, foi enterrada na cripta da Igreja de São Martinho. Suas relíquias foram colocadas em um relicário ainda preservado em Orp-le-Grand e uma procissão anual é organizada em sua homenagem no primeiro domingo de outubro, com a presença de muitos fiéis.
     Popularmente invocada para a cura de doenças da vista, ela é representada tradicionalmente com o hábito religioso.
     Existe uma imagem sua em terracota na Igreja de São Omer d’Houchin em Pas de Calais.

Beato Januário Sarnelli, Presbítero (+1744), 30 de Junho

Januário Maria Sarnelli, filho do Barão de Ciorani, nasceu em Nápoles no dia 12 de setembro de 1702. Quando tinha 14 anos, acompanhou a beatificação de Francisco Régis e decidiu tornar-se um jesuíta. Foi logo desencorajado por seu pai, devido a sua pouca idade. Começou então os estudos de jurisprudência e se doutorou em leis eclesiásticas e civis em 1722. Logo se destacou na Associação dos Advogados e se inscreveu na Ordem dos Cavaleiros das Profissões Médico-Legais, dirigida pelos Pios Operários em São Nicolau de Toledo. Entre as normas desta associação, havia a obrigação de visitar os doentes no Hospital dos Incuráveis. E foi neste ambiente que ele se sentiu chamado ao sacerdócio.
Em setembro de 1728, tornou-se seminarista e foi encardinado pelo Cardeal Pignatelli, como clérigo na paróquia de Santana di Palazzo. No dia 4 de junho de 1729, com o objetivo de estudar em condições mais favoráveis, tornou-se interno no Colégio da Sagrada Família, conhecido como o Colégio Chinês, fundado por Mateus Ripa. No dia 8 de abril do ano seguinte, deixou o colégio e no dia 5 começou o noviciado na Congregação das Missões Apostólicas.

MARCIAL DE LIMOGES Bispo, Santo Século III

São Marçal era bispo de Limoges no século III. Não temos informações precisas sobre suas origens, data de nascimento e morte nem dos actos de seu bispado. Tudo o que sabemos dele é de Gregório de Tours. Durante o consulado de Décio e de Grato, sete bispos foram enviados de Roma para a Gália para pregar o Evangelho. Gatien foi mandado para Tours, Trofimo para Arles, Paulo para Narbonne, Saturnino para Toulouse, Denis para Paris, Austromoine para Cler-mont e Marçal para Limoges. Marçal estava sempre acompanhado de dois padres trazidos por ele do Oriente, então pensa-se que ele também tenha vindo de lá. Ele foi bem sucedido na conversão dos habitantes de Limoges, onde foi sempre venerado. A imaginação popular, criadora de lendas, logo transformou São Marçal em um apóstolo do século I. Enviado para a Gália pelo próprio São Pedro, ele teria evangelizado não apenas a província de Limoges, mas toda a Aquitânia. Ele fez muitos milagres, incluindo trazer um morto de volta à vida, tocando-o com uma vara dada por São Pedro. A “Vida de São Marçal”, atribuída ao Bispo Aureliano, seu sucessor, mas na verdade um trabalho do século XI, desenvolve esta versão lendária. Segundo ela, Marçal teria nascido na Palestina e teria sido um dos setenta e dois discípulos de Cristo, teria assistido a ressurreição de Lázaro, estava na Santa Ceia, foi batizado por São Pedro, etc.

RAIMUNDO LULO Religioso franciscano, Mártir, Bem-aventurado ca. 1235-ca. 1315

Raimundo Lulo nasceu por volta de 1235 em Palma de Maiorca, nas ilhas Baleares. Nascido no seio de uma Raimundo Lulo, Leigo franciscano, bem-aventuradofamília abastada, Raimundo consagrou toda a sua fortuna ― quando seus pais faleceram ― à evangelização. Efectivamente, inflamado do zelo das almas, entrou na Ordem Franciscana Secular, tratou da fundação de um colégio onde vieram estudar os futuros missionários, os quais ali aprendiam as línguas árabe e hebraica, visto que estes numerosos “estudantes” eram destinados à propagação da fé cristã nos países muçulmanos e em Israel. Homem de grande cultura, considerado por muitos como “um dos maiores génios da Idade Média, e sem dúvida o espírito mais original do seu tempo”, Raimundo Lulo viajou muito e encontrou-se mesmo, durante a sua vida com três Papas, para solicitar o apoio destes às suas iniciativas que nem sempre foram das mais felizes. Escreveu sobre quase todas as disciplinas humanas, sendo alcunhado “doutor iluminado”.

SÃO TEOBALDO

São Theobaldo era filho do Conde Arnaldo de Champagne e educado para ser um soldado, mas na idade de 18 anos, depois de estudar as vidas dos santos sentiu um grande desejo de seguir a vida religiosa e viver uma vida ascética. Ele deixou os militares, e com a permissão de seu pai entrou para a Abadia de São Remy em Rheims. Ele e outro nobre de nome Walter se tornaram eremitas em Suxy, Ardenha. Em 1135 eles mudaram para a Floresta de Pettingen em Luxemburgo onde trabalharam como pedreiros e no campo durante o dia e a noite passavam em orações. Na busca de solidão e contemplação eles peregrinaram para Compostela e Roma e reassumiram suas vidas de eremitas em Salanigo, perto de Vicenza, Itália. Walter morreu dois anos mais tarde. A santidade de Theobaldo atraiu muitos discípulos e ele foi ordenado e tornou-se um monge Camaldoles. Ele curava varias doenças apenas com sua benção e oração. Sua fama se espalhou e vários nobres e príncipes vinha a sua procura para conselhos e curas. Sua fama alcançou também os seus parentes que vinham visita-lo. Sua mãe mais tarde também se tornou uma eremita em um local próximo. Ele faleceu em Salanigo, Itália em 30 de junho de 1066. Ele foi canonizado pelo Papa Alexandre II em 1073. Sua festa é celebrada no dia 30 de junho. 
São Theobaldo, rogai por nós!

SANTOS PRIMEIROS MÁRTIRES DA IGREJA ROMANA - PROTOMÁRTIRES DA IGREJA DE ROMA

O testemunho dos mártires da nossa Igreja nos recorda o que é essencial para a vida, para o cristão, para sermos felizes em Deus Os primeiros mártires romanos, martirizados em Roma em 64 durante o reinado de Nero, ao lado da comunidade hebraica florescente e respeitada (Popéia, a mulher de Nero, era judia), vivia a exígua e pacífica comunidade cristã guiada pelo príncipe dos apóstolos. Por que Nero perseguiu os cristãos com tanta ferocidade? O historiador Cornélio Tácito nos oferece a explicação: “Visto que circulavam boatos de que o incêndio de Roma havia sido doloso, Nero apresentou-os como culpados, punindo com penas requintadíssimas aqueles que, obstinados por suas abominações, eram chamados pelo vulgo de cristãos”. Quais fossem suas culpas nós o sabemos muito bem: reuniam-se nas noites de sábado para celebrar a eucaristia, na qual se fala de corpo e sangue de Cristo dado como alimento aos fiéis.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 30 DE JUNHO

 

Oração da manhã para todos os dias 

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

 As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.

30 – Sexta-feira – Santos: Lucina, Basílides, Teobaldo

Evangelho (Mt 8,1-4) “Um leproso aproximou-se e ajoelhou-se diante dele, dizendo: ─ Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.”

Esta é uma das cenas do evangelho que eu mais admiro. Fico espantado com a confiança desse homem, consciente de sua miséria. Sua confiança era ilimitada, sabia que sua salvação dependia apenas da vontade de Jesus. Fez uma declaração de fé em seu poder divino, e parece que de fato estava certo que o Mestre queria curá-lo. Vendo e ouvindo Jesus não duvidava de sua bondade.

Oração

Senhor, dai-me um pouco da fé, da humildade e da confiança desse homem. Reconheço minha fraqueza que é grande, minha incapacidade para o bem. Minha única esperança é a confiança que tenho em vosso poder. Podeis mudar meu coração, e sei que o quereis mudar. Transformai-me e purificai-me do pecado, dai-me a vida nova no amor e na justiça. Confio em vós, Senhor. Amém.

quinta-feira, 29 de junho de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Cristo ressuscitou!”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Abriu as portas da Eternidade
 
Ele ressuscitou de verdade! Esta é nossa profissão de fé e a razão de tudo o que fazemos. Infelizmente a Ressurreição ainda não penetrou nossas vidas, pois a religiosidade popular esteve desligada da liturgia. Para nosso povo, a Semana Santa acaba na procissão do Senhor Morto. Foi assim que aprendeu. É sua cultura religiosa. Os discípulos inicialmente estavam desiludidos, confusos, temerosos, assustados e não acreditavam. Para eles tudo acabara, como disseram os dois discípulos que iam para Emaús: “Nós esperávamos que Ele fosse libertar Israel. Agora já são três dias que estas coisas aconteceram” (Lc 24,21). Nossa fé na Ressurreição se funda no testemunho do encontro pessoal dos discípulos com Jesus. Do medo vão à alegria incontida. Seu testemunho e a graça do Espírito dão-nos também a ventura de crer que Ele está vivo. “Ele é o verdadeiro Cordeiro que tirou o pecado do mundo, morrendo, destruiu a morte, ressurgindo, deu-nos a vida” (prefacio). Deus ressuscitou Jesus porque foi fiel até à morte cumprindo a vontade do Pai. “Por isso Deus o exaltou”, escreve Paulo aos Filipenses. A Ressurreição não é um acontecimento só de Jesus e alguns seguidores. O que acontece com Ele atinge o universo. Como, em sua encarnação, assumiu em Si o Universo e, em sua Morte dominou o mal, em sua Ressurreição abriu a vida a toda a humanidade. Rezamos: “Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concedei que, celebrando a Ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova” (oração). Todo o universo participa da Ressurreição. As portas do Paraíso, fechadas pelo pecado dos primeiros pais, Adão e Eva, são abertas para todos, sem distinção. A própria natureza participa da ventura de ser libertada (Rm 8,21). Pedro prega que Ele está vivo, pois apareceu para “eles que comeram e beberam com Ele depois de ressuscitado dos mortos” (At. 10,41). 
Viu e creu 
No primeiro dia da semana, isto é, em nosso domingo, Maria Madalena vai ao túmulo. Vai chorar um defunto e cumprir os ritos do sepultamento. Encontra a pedra da entrada afastada. Corre a avisar Pedro e João. Estes correm. João chega primeiro e espera Pedro. Este entra e vê. João entra e crê. Crer tem o sentido de compreender o mistério. As faixas de linho jogadas por terra e o sudário dobrado de lado. Por quê dobrado? Ouvi que há uma tradução de dobrado por murcho que significa um invólucro que esvaziou. Eles não compreenderam que Ele devia ressuscitar. Somente a aparição e a luz do Espírito farão que compreendam. Assim também a nós. 
Buscai as coisas do alto 
Celebrar a Ressurreição é ter um novo modo de compreender a vida. S. Paulo convida a celebrar a Páscoa não com o velho fermento, nem com o fermento de malícia e perversidade, mas com os pães ázimos, na pureza e na verdade”(1Cor 5,8). Fermento significa a mentalidade. Buscar a Eucaristia é buscar o alimento da Ressurreição, como rezamos: “Sacrifício pelo qual a vossa Igreja maravilhosamente renasce e se alimenta”. A Eucaristia é a celebração do Mistério Pascal de Cristo em sua Ressurreição. S. Paulo convida a buscar as coisas do alto (Cl 3,1) para passar a vida fazendo o bem (At 10,38). 
Leituras: Atos 10,34ª37-43;Salmo 117;
Colosseenses3,1-4; João 20,1-9. 
1. Jesus ressuscitou. Esta profissão de fé é a razão de tudo o que fazemos. O povo desenvolve a devoção à Paixão na religiosidade popular. Os discípulos estavam desiludidos, como lemos no episódio de Emaús. Nossa fé se funda no testemunho que os discípulos dão de seu encontro pessoal com Cristo e na graça do Espírito. Jesus foi fiel, por isso Deus o exaltou. A Ressurreição atinge todo o universo e abre as portas do Céu para todos. 
2. Na manhã do primeiro dia da semana Madalena vai ao sepulcro, encontra pedra afastada, chama Pedro e João que vão ao túmulo. Pedro entrou e viu. João viu e creu. O lençol dobrado significa que Ele não está mais ali. Somente depois, pelo Espírito, vão compreender que Ele falava da Ressurreição. 
3. Celebrar a Ressurreição é um novo modo de compreender a Vida. Paulo convida a celebrar com o fermento novo. Buscar a Eucaristia é buscar o alimento da Ressurreição. Por este alimento renasce e se alimenta a Igreja. Somos convidados a buscar as coisas do alto.
Conversa de mulheres. 
Podemos reclamar que há muitos problemas no mundo. Deus precisaria fazer uma revisão e consertar esses males. Não sabemos como foi feito, mas sabemos que os males do mundo tiveram já uma solução: um túmulo vazio. O rei da vida, cativo, é morto, mas reina vivo. O que havia de morte agora é vida. O túmulo vazio, os lençóis que o envolviam estão dobrados, não de qualquer jeito. Pode significar que a ressurreição coloca em ordem o mundo, desde uns simples panos de envolver defunto. Estão como prontos a servir à vida. Pedro, na casa de Cornélio, mostra que essa Vida é para todos, não só para os judeus. O mundo novo é aberto para todos os que queiram crer. Os que creram recebem um novo modo de vida: buscar a vida do alto, onde está Cristo. A vida está dentro de nós, escondida em Deus, até o dia de se manifestar com Ele na Glória. É preciso ver e acreditar: testemunhamos o que vivemos para que todos tenham vida: Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome o perdão dos pecados. 
Homilia do Domingo de Páscoa (04.04.2010)

EVANGELHO DO DIA 29 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 16,13-19. 
Naquele tempo, Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe e perguntou aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do homem?». Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que é Jeremias ou algum dos profetas». Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Então, Simão Pedro tomou a palavra e disse: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo». Jesus respondeu-lhe: «Feliz de ti, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos Céus. Também Eu te digo: tu és Pedro; sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus». 
Tradução litúrgica da Bíblia 
São Máximo de Turim (420) bispo 
Sermão CC1 
«Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus» 
O Senhor reconheceu em Pedro o intendente fiel, a quem confiou as chaves do Reino, e em Paulo um mestre qualificado, que encarregou de ensinar na sua Igreja. Para prometer aos que foram formados por Paulo que encontrariam a salvação, era preciso que Pedro os acolhesse para lhes dar repouso. Quando Paulo tiver aberto os corações com a sua pregação, Pedro abrirá às almas o Reino dos Céus. Assim, pois, também Paulo recebeu de Cristo uma espécie de chave, a chave da ciência, que permite abrir em profundidade para a fé os corações endurecidos, para em seguida trazer à superfície, por uma revelação espiritual, aquilo que se encontrava escondido no interior. Trata-se de uma chave que deixa escapar da consciência a confissão do pecado e que nela encerra para sempre a graça do mistério do Salvador. Ambos receberam, pois, chaves das mãos do Senhor; um deles recebeu a chave da ciência, o outro a chave do poder; este dispensa as riquezas da imortalidade, aquele distribui os tesouros da sabedoria. Porque há tesouros do conhecimento, como está escrito: «O mistério de Deus, isto é, Cristo, no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência» (Col 2,2-3).

Beato Raimundo Lulio

"Não amar é morrer 
Diga-me, louco de amor 
se o seu amado não te ama mais, 
o que você faria então? 
Eu continuaria amando para não morrer. 
Porque não amar é morrer. 
Amar é viver ". 
Conhecido como "Doctor Illuminatus" (Doutor Iluminado)ou "Doctor Inspiratus"n (Doutor Inspirado). Outro dos seus apelidos era o de "Arabicus Christianus" (Árabe Cristão). Proveniente de uma família de boa situação financeira, eram seus pais Amat Lull e Isabel d' Erill, Raimundo casou aos 22 anos com Blanca Picany, e deste matrimônio nasceram dois filhos: Domingos e Madalena. Depois de uma vida mundana que o levou a abandonar a mulher e os filhos, nos 30 anos de sua vida na Corte, redigia um poema a um amor ilícito. Caiu em si, resolveu deixar, a vida mundana e logo redigiu, em estilo cavaleresco, o poema Diálogo entre o Amigo e a Amiga. Nisto já espelhava o traço de São Francisco, o trovador da Dama Pobreza. Converteu-se em 1262, ingressando na então Ordem Terceira da Penitência, precursora da atual Ordem Franciscana Secular (OFS). Após uma experiência mística, em 1275, fez o duplo propósito de se preparar para o Magistério e dedicar-se à conversão dos infiéis.

29 de junho - Santa Ema de Gurk

Segundo alguns registros encontrados, Ema nasceu por volta do ano 980, na cidade de Karnten na Áustria e seus pais eram nobres cristãos. Levava o título de Condessa de Friesach-Zeltschach desde seu nascimento e foi apresentada à corte imperial de Bamberg por Santa Cunegunda. Ema contraiu núpcias com o Conde Guilherme de Sanngau, que pertencia a mais rica nobreza do Ducado da Carintia, uma belíssima região das montanhas austríacas, com quem teve dois filhos: Hartwig e Guilherme. No mesmo dia perdeu seu esposo e seus filhos, que foram assassinados. Depois disso, Ema viu-se sozinha com o patrimônio de uma família que não existia mais. Com a orientação espiritual do bispo de sua cidade, direcionou sua vida no sentido de auxiliar aos pobres e de fundar mosteiros, que colocou sob a regra dos beneditinos. Primeiro fundou o Mosteiro Feminino de Gurk e mais tarde o Mosteiro Masculino de Admont. Feito isto, em 1043 ingressou como religiosa no Mosteiro de Gurk. Entretanto não existem informações precisas se ela se tornou abadessa como outras fundadoras, ou se permaneceu uma simples monja beneditina.

Beatas Salomé e Judite de Niederaltaich, Reclusas - 29 de junho

Beata Judite 
Em Niederaltaich, a festividade de São Gotardo (Godehard) permitiu que a vida monástica florescesse de uma forma excelente por um longo tempo. Os monges não só levavam uma vida estrita e sagrada para si mesmos, mas eles levaram no caminho da santificação todos os que se voltavam para eles com confiança. Da Abadia de Waltgerus, uma virgem chamada Salomé veio aos monges deste mosteiro para ser guiada por eles no caminho da perfeição cristã. Salomé, parenta próxima do rei, decidiu oferecer a Deus o seu amor abandonando a corte real. A sua formosura era o reflexo das belas virtudes que lhe adornavam a alma. Duas empregadas dedicadas e fiéis notando na senhora mudança muito grande e querendo saber os motivos de seu recolhimento, interpelaram-na. Salomé, com suas santas argumentações, acabou despertando nelas igual desejo de pertencer só a Deus e de se afastarem do mundo. De comum acordo, e sem se despedirem de pessoa alguma, empreenderam uma viagem à Terra Santa, onde, com muita devoção, visitaram os Santos Lugares.Salomé, que acompanhava o Divino Esposo no caminho de dor até o Monte Calvário, teve de percorrer ainda outro caminho, ainda mais doloroso para ela. Na viagem de regresso perdeu, pela morte, as fiéis companheiras. Firme, porém, era seu propósito de não voltar mais à corte real da Inglaterra e levar uma vida pobre e desconhecida no estrangeiro.Com muitas dificuldades chegou a Regensburg, na Baviera (Alemanha), onde se aborreceu profundamente por causa de alguns galanteios à sua formosura.Humilhando-se diante de Deus, em fervorosas preces pediu que lhe tirasse os atrativos tentadores. Esta oração foi ouvida: acometida de uma enfermidade, em poucos dias perdeu a visão. 

PEDRO DE ROMA Apóstolo, Papa, Mártir, Santo Século I

I. SIMÃO PEDRO
, como a maior parte dos seguidores de Jesus, era natural de Betsaida, cidade da Galiléia, às margens do lago de Genesaré. Era pescador, como o resto da família. Conheceu Jesus por intermédio de seu irmão André, que pouco tempo antes, talvez naquele mesmo dia, tinha passado uma tarde inteira em companhia de Cristo, juntamente com João. André não guardou para si o tesouro que tinha encontrado, “mas, cheio de alegria, correu a contar ao seu irmão o bem que tinha recebido”[1]. Pedro chegou à presença do Mestre. Intuitus eum Iesus… “Jesus, fitando-o…” O Mestre cravou o olhar no recém-chegado e penetrou até o mais íntimo do seu coração. Como teríamos gostado de contemplar esse olhar de Cristo, capaz de mudar a vida de uma pessoa! Jesus olhou para Pedro de um modo imperioso e tocante. Nesse pescador galileu, ou melhor, para além dele, Jesus via toda a sua Igreja através dos tempos. O Senhor mostrou conhecê-lo desde sempre: Tu és Simão, filho de João! E também conhece o seu futuro: Tu te chamarás Cefas, que quer dizer Pedro. Nestas poucas palavras condensavam-se a vocação e o destino de Pedro, a sua tarefa neste mundo. Desde o começo, “a situação de Pedro na Igreja é a da rocha sobre a qual se levanta o edifício”[2]. Toda a Igreja ― e a nossa própria fidelidade à graça – tem como pedra angular, como alicerce firme, o amor, a obediência e a união com o Sumo Pontífice; “em Pedro, robustece-se a nossa fortaleza”[3], ensina São Leão Magno.

PAULO DE TARSO Apóstolo, Mártir, Santo Século I

A celebração dos 2000 anos do nascimento do grande apóstolo [São Paulo] dá-nos a ocasião para conhecermos mais em profundidade a sua vida e o admirável testemunho de Cristo e do Evangelho que nos Paulo de Tarso, Apóstolo e Mártirdeixou. São Paulo é um grande sinal da ternura de Deus não apenas para o seu tempo e para toda a história cristã, mas também para a nossa geração. Nele se revela como Deus pode mudar uma pessoa de fanático intolerante contra Cristo em apóstolo e testemunha apaixonado do mesmo Cristo que antes combatia. Porquê esta mudança? Ele considera que foi apanhado por Cristo e que é uma maravilha tê-lo conhecido (cf Fl 3). Por isso, nada lamenta do que deixou para trás, pois encontrou um bem muito mais precioso, a fé em Cristo e a graça do Seu Evangelho. Não quer outra coisa senão correr para diante em direcção à meta, para o prémio a que Deus, lá do alto, nos chama em Cristo Jesus. Paulo é testemunha da beleza e da força de vida que nos vem da fé em Cristo. O Livro dos Actos dos Apóstolos e as cartas que escreveu às comunidades cristãs comunicam-nos o grande amor que encontrou no Senhor e que ele mesmo se esforçou para dar a conhecer. Nos textos litúrgicos da solenidade dos santos Pedro e Paulo, encontramos vários elementos para conhecemos melhor este apóstolo.

Há 97 anos consagração da China à Nossa Senhora, Imperatriz da China-Santas Maria Du Tianshi e Madalena Du Fengju, Martires chinesas – 29 de junho

Um fato miraculoso ocorreu em 1900 e foi aprovado pelas autoridades eclesiásticas em 1924. O bispo jesuíta Henri Lecroart propôs que fossem consagrados à Nossa Senhora a China, a Mongólia, a Manchúria e o Tibete, sob a invocação de Nossa Senhora Imperatriz da China.
Nossa Senhora, Imperatriz da China, também conhecida como Nossa Senhora de Sheshan
24 de maio de Nossa Senhora de Sheshan - Dia mundial da oração na China
     "O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino" (Ap 12,13).
     Ninguém ignora a férrea repressão na China vermelha a tudo que possa se referir a religião. Repressão, sobretudo, anticristã. Há dois santuários marianos nacionalmente famosos na China, Dong-Lu em Boading e Sheshan em Shangai. O Santuário de Nossa Senhora de Sheshan em Shangai está sob o controle da Associação Patriótica (a Igreja católica nacional infiel ao Papa, criada pelo Partido Comunista), o Santuário a Dong-Lu permanece firmemente com a Igreja Católica Romana, chamada "Igreja Subterrânea". Desde 1924, católicos chineses provenientes de todas as localidades da China, viajavam todos os meses de maio para Dong-Lu com a finalidade de venerar a Mãe Santificada de Cristo.

São Pedro e São Paulo

A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis. E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo. Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios. A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 29 DE JUNHO

 

Oração da manhã para todos os dias 

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

 As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.

29– Quinta-feira – Santos: Pedro e Paulo

Evangelho (Mt 7,21-29)(Mt 7,21-29) “Quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha.”

Jesus não nos anuncia uma teoria, que possamos admitir sem a pôr em prática. Ensina-nos um jeito diferente de viver, que só pode ser acolhido de fato se começamos a viver como nos propõe. Por isso, por detrás de cada palavra do evangelho está sempre o convite: converta-se, mude de vida. A conversão de vida é a grande graça que temos de continuamente pedir em nossas orações.

Oração

Senhor, sempre me deixo entusiasmar por vossas palavras, mas nem sempre as ponho em prática. Ou por falta de coragem, porque me parecem duras, ou porque nem me esforço nem peço vossa ajuda. Quero mudar, socorrei-me com vossa graça, fazei mais firme minha fé, aumentai em mim o dom da caridade. Espero que no futuro não vos darei tanto desgosto como fiz até agora. Amém.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Não pudestes ficar comigo?”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Quinta-Feira Santa –o amor
 
Jesus chegou ao ponto máximo de sua vida e missão. É o momento de ouvir suas últimas palavras. Quanto desejamos guardar as palavras daqueles que amamos. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o estremo do amor” (Jo, 13,1). A Quinta-Feira Santa é um tesouro de ensinamento. Jesus deixa para nós o que tem de melhor: seu caminho de vida que foi amor de entrega que culmina na Eucaristia. Iniciando a Ceia, o que aparece? Uma bacia para lavar os pés. Parece que o discurso está errado. Mas não! O gesto de lavar os pés, serviço humilde e fraterno de acolhida, é a síntese de todo este momento de sua vida. A Eucaristia que institui para o memorial de sua morte e ressurreição e o Reino implantado são o serviço que Ele fez. Se servirmos com humildade e amor, estaremos fazendo o que Ele fez e, com Ele, redimimos o mundo. É sua nova Páscoa. Por que tanta humildade? É a vida da Trindade Santa: humildade e acolhimento. Jesus fez o discurso perfeito: disse: “Compreendeis o que vos fiz? ...Se portanto, eu, o Mestre e Senhor e vos laveis os pés também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais” (Jo 13,12-14). Jesus sintetiza seu ensinamento em um gesto simples. Sua Morte e Ressurreição, como obra de Redenção que permanece na Eucaristia, só se entende a partir do amor que se doa e serve. 
Sexta-feira Santa – o extremo amor 
Só Ele mesmo poderia amar assim! O amor só é amor, se não tiver medidas. Ninguém ama picadinho, um pedaço para cada um. Assim foi Ele: Amou até o extremo do amor. Todos os sofrimentos coroaram-no como Rei da Vida, Senhor do mundo, num trono elevado, vestido do manto vermelho do sangue de todos os sangues. Esta é sua Verdade. Ele disse: “Vim para dar testemunho da Verdade”, diz a Pilatos. Este pergunta: “O que é a verdade?”Já dissera: “Eu sou a Verdade”. Verdade é amar por completo, não ter o que reservar para si. É incompreensível que um Deus tão amoroso chegasse a ponto de se entregar, no Filho, a tanto sofrimento. Ele assumiu nossas dores. Só Ele mesmo poderia dar sentido, quando acabara todo o sentido. Estar diante da cruz de Jesus é uma escola para aprender a amar. Quando formos capazes de aprender a misericórdia de Deus, podermos saber o que significa a cruz. Os cristãos querem milagres, vida boa sem problemas. A Redenção veio pela dor, pela entrega. Quem não quer a cruz, não aprendeu a amar. A Mãe ali estava, pois o sangue a fecunda para os nascimentos dos filhos da Verdade.
Sábado Santo, o amor que dorme 
Rezamos na profissão de fé, o Creio: “Desceu à mansão dos mortos” ou, aos infernos. Não se trata do Inferno, mas, como se acreditava, que os mortos viviam nas sombras da morte. Desceu para ir ao encontro de Adão, a ovelha perdida, para libertá-lo da morte por sua morte na cruz. Fazemos um sábado silencioso para deixar escorrer para dentro do coração as riquezas desse amor de verdade. A Igreja faz silêncio para entrar com Ele neste mistério. Ele é a esperança para todos os que morreram antes de sua morte. Nesta esperamos vivemos também nós. Ele passou por tudo que passamos para podermos passar com Ele as agruras da morte e o silêncio do futuro até que brilhe a luz. O silêncio do Rei que dorme é um mistério e um dom. Mistério porque podemos participar dele e viver a morte como caminho da vida. Dom, porque em Deus encontramos o repouso.
ARTIGO REDIGIDO E PUBLICADO
EM MARÇO DE 2010

EVANGELHO DO DIA 28 DE JUNHO

Evangelho segundo São Mateus 7,15-20. 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos frutos os conhecereis. Poderão colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos? Assim, toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Portanto, pelos frutos os conhecereis».
Tradução litúrgica da Bíblia 
Beato Columba Marmion
Abade(1858-1923)  
«Instrumentos de boas obras» 
«Pelos frutos os conhecereis» 
As nossas obras não são nossas? Certamente que são, pois somos nós que agimos; mas essas obras só são boas se as fizermos, movidos pela graça, na fé e no amor de Cristo. Nós somos os ramos, Cristo é a raiz. Será a raiz que dá fruto? Não, é o ramo, somos nós; mas é o ramo enquanto está unido pelo tronco à raiz e extrai dela a seiva: somos nós enquanto estamos unidos a Cristo Jesus e extraindo dele a graça. Se, vendo um ramo coberto de belos frutos, pensarmos que eles são produzidos pelo ramo, sem levar em conta a união do ramo com a raiz, enganamo-nos; o ramo só os produz indo à raiz buscar o suco necessário à sua formação. E assim é connosco; nunca esqueçamos que a graça de Cristo Jesus é a raiz, e que o ramo separado do tronco, da raiz,é um ramo morto: tal é o nosso destino se não permanecermos unidos a Cristo pela graça. Esta união comporta aliás um número infinito de graus; quanto mais viva e mais forte for, isto é, quanto menos obstáculos houver à graça em nós, e quanto mais profunda for a nossa fé e o nosso amor, mais numerosos serão os frutos que produziremos.

Beatos Severiano Baranyk e Joaquim Senkivsky

(*)Uhniv, Ucrânia, 18 de julho de 1889 
(+)Drohobych, Ucrânia, 28 de junho de 1941 
Martirológio Romano: Na cidade de Drohobych, na Ucrânia, os beatos Severiano Baranyk e Joaquim Senkivsky, sacerdotes da Ordem de São Josafá e mártires, que, em tempos de perseguição contra a fé, com seu martírio tornaram-se participantes da vitória de Cristo. 
Severijan Baranyk nasceu em 18 de julho de 1889. Em 24 de setembro de 1904 ele entrou no seminário da Ordem Basiliana de São Josaphat perto de Krekhiv, fez seus votos perpétuos em 21 de setembro de 1910 e finalmente recebeu a ordenação sacerdotal em 14 de fevereiro de 1915. Em 1932 foi eleito hegúmen do mosteiro basiliano de Drohobych, na província de Lviv (Lviv). Dedicou-se particularmente a atividades com jovens e era conhecido como um pai espiritual zeloso. Em 26 de junho de 1941, ele foi preso pela NKVD e transferido para a prisão da cidade de Drohobych. A partir daquele momento, ninguém o viu vivo. Após a retirada dos bolcheviques, o povo empreendeu pesquisas e seu corpo torturado e mutilado foi encontrado na prisão. Algumas testemunhas oculares relataram que uma cruz era visível no cadáver do mártir, gravada em seu peito por seus torturadores. Ele compartilhou o martírio com seu confrade Jakym Senkivskyj. Os dois foram beatificados pelo papa João Paulo II em 27 de junho de 2001, junto com outras 23 vítimas do regime soviético de nacionalidade ucraniana.
Autor: Don Fabio Arduino

SÃO PAULO I, PAPA

Paulo, caso único na Igreja, foi o primeiro Papa a suceder seu irmão, Estêvão II, também Papa, após seu falecimento, no século VIII. Este homem bondoso governou a Igreja, cujas terras foram invadidas pelos Lombardos, mas recebeu ajuda dos Francos. Paulo I salvou muitas relíquias cristãs dos saques. 
(Papa de 29/05/757 a 28/06/767) 
Paulo, único na Igreja, é o primeiro Papa a suceder a um irmão Pontífice. Acontece no século VIII, após a morte de Estêvão II. Homem gentil, governava a Igreja em cujas terras os lombardos se enfureciam. Ele trabalhou para tornar o pontificado independente da autoridade do imperador bizantino, confiando no rei dos francos. Ele construiu várias igrejas e oratórios e salvou muitas relíquias cristãs de saques.
Martirológio Romano: Em Roma, São Paulo I, papa, que, homem manso e misericordioso, vagava à noite em silêncio pelas celas dos pobres doentes, servindo-lhes comida, defensor da fé correta, escreveu aos imperadores Constantino e Leão, para que as imagens sagradas fossem restituídas à veneração primitiva, amante devoto dos santos, transferiu os corpos dos mártires dos cemitérios arruinados para basílicas e mosteiros dentro da cidade, entre hinos e cânticos, e cuidou deles.

Santa Vicência Gerosa, Virgem e Cofundadora - 28 de junho

     Santa Vicência nasceu em 29 de outubro de 1784 em Lovere, Itália, e foi batizada com o nome de Catarina; começou a estudar nas Beneditinas de Gandino, em Val Seriana, mas a saúde frágil a impediu de continuar e teve que voltar para Lovere. Este foi, em sua vida, o primeiro de muitos projetos que as circunstâncias revolviam continuamente.
     Reservada e tímida, durante um período viveu contente atrás do balcão do pequeno comércio da família. Ela jamais havia pensado em tornar-se uma ‘fundadora’. O seu horizonte era Lovere, cidade do norte da Itália sujeita à República de Veneza. A empresa comercial que a família geria garantia aos Gerosa uma vida abastada. Mas, sob o ciclone napoleônico os negócios entram em crise, enquanto Lovere passava do domínio veneziano ao francês na República Cisalpina.
     A crise econômica levou à morte seu pai, depois sua irmã Francisca e por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável ela aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência.

SANTO ATÍLIO

Instituto das Irmãs de Maria Menina, tradução armênia, siríaca, Crucificado, profanação, LATINA, Lovere, Três Fontes, apóstolo dos gentios, hereges montanistas, heresia, decapitado, A Igreja sofreu, no início dos tempos, perseguições por parte dos imperadores. E era, ao mesmo tempo, dilacerada pelas heresias que proliferavam por todas as partes, que ameaçavam sua unidade na fé. Os cristãos das comunidades cristãs de Viena e Lyon foram barbaramente atingidos por uma dessas perseguições. Ela foi decretada pelo imperador Marco Aurélio e atingiu o auge de sua violência em 177, quando chegou à diocese de Lyon, na França. Os sobreviventes dessa comunidade, cuja maioria procedia da Ásia Menor dirigiram aos cristãos de lá uma circular relatando em detalhes tudo o que aconteceu e como muitos deles foram martirizados numa das mais terríveis matanças da história do cristianismo. Perseguidos nas casas, nas praças e banhos públicos, os cristãos começaram a ser agredidos e encarcerados. Submetidos a julgamentos em praças públicas, eram condenados à morte. Algumas mortes foram imediatas, para acabar com a liderança. Mas muitos cristãos foram reservados aos espetáculos no anfiteatro, como ocorreu com Atílio. Ele era um jovem diácono, pouco mais de quatorze anos.

IRINEU DE LYON Bispo, Mártir, Santo + 166

Santo Irineu era discípulo de São Policarpo, bispo de Esmirna, e quase contemporâneo dos apóstolos. Era sacerdote de Lyon, quando o santo bispo Potino ali foi martirizado pela metade do segundo século, com um grande número de fiéis. Esses mártires, consultados pelos cristãos da Ásia Menor, se haviam cabalmente pronunciado contra a heresia dos montanistas. Mas como não ignorassem que todas as Igrejas do mundo estão obrigadas a concordar com a Igreja Romana, escreveram ao Papa Eleutério que ocupava, então, o lugar de príncipe dos Apóstolos. Escolheram para levar as cartas a Roma o mais ilustre personagem do clero de Lyon e Viena, Santo Irineu, que recomendaram vivamente ao Papa, louvando seu zelo pela lei de Jesus Cristo. Muito se admira quando se pensa que em tempo tão calamitoso, no mais aceso da perseguição, estando já morto o bispo Potino, e, por conseguinte, viúva esta igreja, e quando os principais vultos do clero, presos e encerrados em horríveis calabouços, esperavam de uma hora para outra serem degolados ou atirados às feras, tivessem querido privar esta cristandade desolada de pessoa tão necessária, o que nos leva a crer que esta legação tinha ainda por objectivo o interesse de sua igreja. Após a morte de Potino, a principal solicitude dos santos confessores e de todo o clero foi dar a este rebanho atribulado um novo pastor que pudesse preservá-los de completa destruição, e terminada a tempestade, levar o redil as ovelhas dispersas, e reparar as perdas com novas conquistas.

LEÃO II Papa, Santo + 683

O papa Leão II era filho de um médico chamado Paulo e nasceu na Sicília. Os outros poucos dados que temos sobre ele foram extraídos do seu curto período à frente do governo da Igreja de Roma, quase onze meses. Em 681, ele já estava em Roma, onde exercia a função de esmoler-mor da Igreja. Era um homem extremamente culto, eloquente, professor de ciências, profundo conhecedor de literatura eclesiástica. Além de falar fluentemente o grego e o latim, era especialista em canto e salmodia. Por tudo isso os historiadores entendem que ele deve ter sido um mestre em alguma escola teológica cristã, de seu tempo e sua região. Foi eleito dias após a morte do papa Ágato. Mas o centro do império, em Constantinopla, opunha-se à sua posse, por não ter tido tempo suficiente para influenciar na escolha do sucessor ao pontificado, como seria mais conveniente aos interesses dos bispos do Oriente. Então, num verdadeiro ato de chantagem, o imperador exigiu uma compensação financeira. Um ano demoraram as negociações entre Roma e Constantinopla, até que o imperador desistiu da absurda exigência e o papa Leão II pôde assumir o governo da Santa Sé, sendo consagrado em 17 de agosto de 682. Sua primeira providência foi confirmar o VI Concílio Ecuménico. Enalteceu de maneira mais didáctica os argumentos do seu antecessor, aliviando a tensão que se formara com os bispos do Oriente.

VICÊNCIA GEROSA Religiosa, Fundadora, Santa 1784-1847

Religiosa e fundadora do 
Instituto das Irmãs de Maria Menina.
Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida, viveu Vicência Gerosa, fundadora, santaum período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito débil, não podia estudar. Modesta e caridosa, vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que frequentava todos os dias. Os anos seguintes à invasão napoleónica da Itália mudaram sua vida. A crise económica levou à morte primeiro seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus, sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência. Teve o grande amparo de seu confessor e orientador espiritual, que pediu ajuda a Gerosa nas actividades religiosas desenvolvidas pela paróquia às jovens carentes. Com zelo, ela organizou um oratório feminino com encontros de orações e palestras religiosas. Foi lá que, em 1824, conheceu Bartolomeia Capitanio. Era uma jovem professora de dezassete anos, nascida também numa família humilde, em Lovere.

BEATA MARIA MASTENA

Maria nasceu em Verona e, com 20 anos, entrou para a Congregação das Irmãs da Misericórdia, mas continuou a lecionar. Após fazer uma experiência de sete meses, na clausura das Cistercienses, em 1932 fundou as Religiosas da Santa Face, para "fazer o rosto de Cristo sorrir entre os homens". 
Maria Pia Mastena (1881-1951) 
MARIA PIA MASTENA nasceu em Bovolone, na província de Verona, Itália, aos 7 de dezembro de 1881. Dos pais da beata as testemunhas falam como de ótimos cristãos e muito fervorosos na prática religiosa e no exercício da caridade. Dos quatro irmãos, o último, Tarcísio, entrou na Ordem dos Frades Capuchinhos e morreu também ele com fama de santidade. A futura beata, aos 19 de março de 1891, recebeu com grande fervor a primeira comunhão, por ocasião da qual emitiu privadamente o voto de castidade. Aos 29 de agosto recebeu o sacramento da Confirmação. Durante a adolescência foi assídua às funções religiosas e às atividades da paróquia, particularmente como catequista. Logo nela se fez sentir o chamado à vida religiosa, perseguindo o seu ideal marcado por uma forte devoção eucarística e à Sagrada Face. Pediu para entrar no convento na idade de 14 anos, mas foi aceita somente em 1901, como postulante, no Instituto das Irmãs da Misericórdia, de Verona. Com a licença dos Superiores, aos 11 de abril de 1903, no mesmo dia no qual — sem que o soubesse — voltava para o Céu a mística de Lucca, S. Gema Galgani, fez pessoalmente « voto privado de vítima ». Vestiu o hábito religioso aos 29 de setembro de 1902, e aos 24 de outubro de 1903 emitiu os votos religiosos e foi-lhe imposto o nome de Ir. Passitea do Menino Jesus. A Beata viveu com generosa intensidade espiritual esta primeira etapa de vida religiosa e lembrar-se- á sempre dela como um tempo de graça e de bênção e sempre falará com estima e reconhecimento dos superiores e das coirmãs do Instituto das Irmãs da Misericórdia. O fervor encontrado neste Instituto levá-la-á a fazer em seguida o voto de buscar em tudo a coisa mais perfeita. Desenvolveu a tarefa de professora em diversos lugares do Veneto, e bem 19 anos transcorreu-os em Miane, dedicando-se também a um intenso apostolado entre os alunos de todas as idades, doentes e inábeis. Com a autorização dos seus Superiores e a permissão da Santa Sé, entrou, aos 15 de abril de 1927, no mosteiro Cisterciense S. Giacomo de Veglia, para secundar o seu anelo contemplativo. Aos 15 de novembro de 1927, encorajada pelo Bispo de Vittorio Veneto, saiu do Mosteiro, retomou o ensino e passou à instituição de uma nova Congregação denominada Religiosas da Sagrada Face. Ereta cononicamente aos 08 de dezembro de 1936, depois de tantos sofrimentos, foi reconhecida como Congregação de Direito Pontifício aos 10 de dezembro de 1947. Toda a sua atividade seguinte foi dedicada à consolidação e à expansão da Congregação, promovendo novas iniciativas para os pobres, sofredores e doentes, confiando ao Instituto o carisma de « propagar, reparar, restabelecer a imagem do doce Jesus nas almas ». Morreu em Roma, aos 28 de junho de 1951.

ORAÇÃO DE TODOS OS DIAS - 28 DE JUNHO

 

Oração da manhã para todos os dias 

Senhor meu Deus, mais um dia está começando. Agradeço a vida que se renova para mim, os trabalhos que me esperam, as alegrias e também os pequenos dissabores que nunca faltam. Que tudo quanto viverei hoje sirva para me aproximar de vós e dos que estão ao meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos amo e tudo espero de vossa bondade. Fazei de mim uma bênção para todos que eu encontrar. Amém. 

 As reflexões seguintes supõem que você antes leu o texto evangélico indicado.

28 – Quarta-feira – Santos: Irineu

Evangelho (Mt 7,15-20) “Cuidado com os falsos profetas: Eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes.”

Nossos tempos não são piores que os antigos, mas apresentam várias mazelas que nos podem preocupar. Se prestarmos um pouco de atenção, veremos logo que os males de nossa sociedade são o resultado de ideias que aos poucos foram sendo acolhidas. Temos de ter cuidado com os profetas atuais, para que falsas ideias não nos venham a trazer males ainda piores que os de agora.

Oração

Senhor Jesus, muitos males atuais mostram que eram falsos profetas alguns mestres que moldaram nossa época. Julgar elos frutos os profetas do passado, é fácil. Precisamos de ajuda para não nos deixar iludir pelos falsos profetas do presente e suas belas ideias. Aumentai nosso senso da fé, esse instinto sobrenatural, que nos afaste de tudo quanto se opõe à verdade que liberta. Amém.

terça-feira, 27 de junho de 2023

REFLETINDO A PALAVRA - “Por que me abandonastes”

PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA(+)
REDENTORISTA NA PAZ DO SENHOR
Bendito o rei que vem!
 
Nos reunimo-nos para ir ao encontro de Cristo que vem. Não se trata de uma celebração em que recordamos um acontecimento. Fazemos memória, isto é, vivemos o mesmo mistério na celebração. Acolhemos Cristo. S. Gregório de Creta, pelos anos 700, prega que devemos ir ao encontro de Cristo no monte das Oliveiras... imitemos os que foram a seu encontro não para estendermos os ramos de oliveira a sua frente... mas para nos prostrar-nos a seus pés, com humildade e retidão de espírito a fim de receber o Verbo de Deus que se aproxima, e acolher aquele Deus”. Nas celebrações da Semana Santa não há diferença entre o que ocorreu no momento histórico e o que vivemos na fé. Por isso, digamos levantando os ramos espirituais: “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Em todas as missas nós repetimos estas palavras para significar que Ele sempre vem ao nosso encontro e nós O acolhemos com alegria. A liturgia do dia tem dois momentos: o alegre e festivo da procissão e o doloroso da narrativa da Paixão. Pela Paixão chegamos à glória. Jesus entra em Jerusalém como o rei prometido e o povo O identifica. Jesus entra em confronto com os fariseus que dizem: “Mestre, repreende teus discípulos!”. Ao que responde: “ Se eles se calarem as pedras gritarão” (Lc 19,39-40). A solenidade de Ramos interessa para o mundo de hoje. Tenhamos segurança que toda essa pressão contra Cristo, significa sua importância, do contrário, não teria tantos inimigos. Por isso: “Bendito o que vem”! 
Um exemplo de humildade 
A Semana Santa é uma escola para conhecer Jesus. Isaías disse que Ele aprende como aluno”(Is 50,4). Jesus não é somente o Salvador e o Rei glorioso no Céu, mas é o exemplo de obediência e humildade. Sabemos que a humildade está presente na Trindade pelo mútuo acolhimento. Jesus era aberto ao Pai, sem orgulho. Qual o sentido de humildade? Rezamos: “Ó Deus, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz...” (oração). A humildade é a chave de entendimento da Paixão de Cristo. Ele se abaixou ao extremo, como lemos em Filipenses: “Humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e morte de cruz” (Fl 2,8). É o único modo de chegar à ressurreição. A atitude de humildade que caracteriza a Paixão está explicada no Lava-Pés. Humildade e acolher no serviço humilde de escravo. A morte de Jesus é também a morte do escravo. Jesus aceita até o abandono de Deus. Por isso vemo-lo gritar na cruz: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?”(Sl 22,1). É o máximo da humilhação. Assim é reconhecido pelo ladrão que pede: “Lembrai-vos de mim, quando entrares no teu Reinado” (Lc 23,42). “Por isso Deus o exaltou!” Exclama Paulo (Fl 2,9). 
Todo joelho se dobre 
A entrada de Jesus em Jerusalém ilumina a Paixão que não é o fim, mas o meio para se chegar à glorificação. No mundo, as forças da oposição à fé se tornam até instrumentos de morte. É uma participação nossa nas dores do Cristo. Não podemos perder de vista que Cristo venceu e que tudo será submetido a seu domínio. Mesmo que não se diga, vemos em muitas atitudes do mundo, as sementes do evangelho. Por isso, diante do universo, nós dobramos o joelho e O acolhemos como Senhor. No abandono, também nós lamentamos, mas creiamos na glória que se aproxima. 
Leituras: Lc 19,28-40 – Procissão de Ramos;
Isaias 50,4-7;Sl 21; Filipenses 2,6-11; Lucas 23,1-49 
1. Reunimo-nos para ir ao encontro de Cristo que vem. Acolhemos colocando, não ramos ou mantos, mas nos prostramos para receber o Verbo de Deus que se aproxima. Não há diferença espiritual no fato ocorrido e em nossa celebração. Levantamos nossos ramos espirituais. A liturgia de Ramos tem o momento festivo e a narrativa da Paixão. Pela Paixão chegamos à glória. 
2. A Semana Santa é uma escola para conhecer Jesus. Jesus é o exemplo de humildade e obediência. Jesus era aberto ao Pai. O sentido da humildade é o entendimento da Paixão. Ele se abaixou ao extremo humilhando-se até à morte de Cruz. Sua humildade se manifesta no serviço. Ele passa pelo abandono total. Sua morte é um serviço que leva à glorificação. 
3. A entrada de Jesus em Jerusalém ilumina a Paixão que não é o fim, mas o meio de chegar à glorificação. No mundo há oposição a Jesus. Não podemos perder de vista que Cristo venceu e tudo será submetido a seu domínio. Mesmo entre os opositores há semente do Evangelho que Ele plantou. Por isso dobramos os joelhos. No abandono lamentamos, mas creiamos na glória que se aproxima. 
Um rei ao avesso 
Lucas escreve seu Evangelho como uma grande viagem de Jesus a Jerusalém que se inicia no batismo e termina na Ascensão. Os judeus esperavam um Messias maravilhoso e miraculoso. Mas... veio um homem do interior, fora dos esquemas que haviam feito para Ele. Entrou na cidade montado em um jumentinho e cercado de um povinho ignorante, mas bom, que O aclamava. Eles reconheceram Jesus. Os fariseus não aceitaram. As pedras gritariam se o povinho não gritasse as aclamações. Mas não parou aí. A recusa a Jesus vai ao extremo de O prenderem, maltratarem e crucificaram. Por que tudo isso? Porque era o representante de todas as dores do povo e de sua humildade. Ele, na sua humildade, é o servo obediente que entrega a vida até à morte para que todos tenham vida. Morreu na cruz carregando nossos males. O centurião pagão diz: “Este homem era um justo” (Lc 23,47). Era um rei ao avesso, mas tem sua glória do direito, quando todas as glórias viram do avesso e mostram a verdadeira fraqueza que é o mal. 
Homilia do Domingo de Ramos (28.03.2010)